zona dolorosa — exposição de mariana meireles
© Itarcio Araujo Lima
16 > 24 SETEMBRO 2024 I CAPELA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 16 de setembro, às 18h00, na Capela da Faculdade de Belas-Artes a exposição Zona Dolorosa – Quando a dor passa a existir, de Mariana Meireles a convite do investigador Fabián Cevallos Vivar, curadoria de Inês Zinho Pinheiro.
Horário: 2ª a 6ª 11h00/19h00
Este evento é passível de ser fotografado e filmado e posteriormente divulgado publicamente.
A exposição parte de uma constatação simples: a dor é uma experiência autobiográfica portadora de uma neuro-assinatura congênita.
Exprime-se entre o limiar da palavra, a (i)mobilização do corpo e as formas silentes de se manifestar.
A série de imagens, cujo trabalho poético resulta de ensaios performáticos e analíticos advindos de uma pesquisa de pós-doutorado, confronta-se com a (pre)suposta (in)visibilidade da dor e suas formas substantivas de existir, originando-se da experimentação de narrativas e da proposição da imagem para além da apreensão visual. Gesto que inicia com a escuta, desdobrando-se nas fendas simbólicas de olhar, perceber e projetar o corpo que sofre. Ao seu modo, o acervo imagético tensiona a captura da vida pelo trabalho, indaga a ideia de automatização e padecimento, redimensionando o lugar do corpo e suas vicissitudes no estudo da profissão docente. Em “Zona Dolorosa”, a dor é projetada esteticamente enquanto fenômeno encarnado, despontando-se como possibilidade imaginativa de ver e de ser vista. Nesse sentido, o ato de ver confunde-se com o ato de pensar.
Este processo torna-se significativo, a partir do momento em que, laboriosamente, a dor recusa sua condição privada e incomunicável e, passa existir, subjetivamente, como matéria palpável nas imagens.
Ficha Técnica
Mariana Martins de Meireles é professora adjunta na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia/Brasil. Atualmente desenvolve Estágio Pós-Doutoral no Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade e no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Doutora e Mestre em Educação e Contemporaneidade (UNEB). Licenciada em Geografia (UNEB).
Fabián Cevallos Vivar é investigador da FBAUL-CIEBA. Doutor em Pós[1]Colonialismos e Cidadania Global pela Universidade de Coimbra. Mestre em Educação Superior pela Universidade de Barcelona. Licenciado em Filosofia, Sociologia e Economia pela Universidade de Cuenca-Equador.
Inês Zinho Pinheiro é doutoranda no programa Artes Performativas e Imagem em Movimento (Faculdade de Belas-Artes, Universidade de Lisboa). Mestre em Filosofia e História da Dança pela Roehampton University, Londres. Licenciou-se na Rambert School of Ballet and Contemporary Dance, University of Kent, Londres.
Itarcio Araujo Lima é fotógrafo e designer (Unijorge/Brasil). Artista de palavras e imagens, contrastes e composições, de silencio e barulho. Em períodos de dispersão e melancolia, a fotografia o faz se sentir real, conectando-o ao presente.