sessão evocativa do centenário de josé dias coelho
18 JUNHO 2023 > 11H00 I GRANDE AUDITÓRIO FBAUL
Realiza-se no domingo, dia 18 de junho, às 11h00, no Grande Auditório da Faculdade de Belas-Artes, a Sessão Evocativa do Centenário de José Dias Coelho, artista plástico e militante comunista assassinado pela PIDE em 1961. A sessão contará com as intervenções do Professor Doutor Eduardo Duarte, Historiador de Arte e Professor da FBAUL, e de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP.
Haverá um momento musical e de poesia.
Confirmação de presença até 16 de junho para apoiosectores@pcp.pt ou +351 913 323 816.
Centenário de José Dias Coelho: artista e militante.
Evocamos nesta data, em que se assinalam os cem anos do seu nascimento, uma vida de firme e corajoso combatente pela liberdade, pela democracia, pelo direito à livre criação artística e cultural.
José Dias Coelho frequentou a Escola de Belas Artes de Lisboa, onde cursou arquitectura e depois escultura.
A sua actividade desdobrou-se entre o trabalho artístico e a intervenção política e social.
No trabalho artístico e na sua carreira de escultor começa a ser reconhecido pelas obras que executa, nas quais se destacam as cabeças de Alves Redol, Fernando Namora e Sá Nogueira. Partilha um atelier com Júlio Pomar e outros artistas. Ilustra contos de José Cardoso Pires. Desenha e esculpe. Trabalha para encomendas e para expor, mas também executa ilustrações, como as do livro de Alexandre Cabral, “O Sol Nascerá um Dia”.
Tem, simultaneamente, uma activa participação em todas as lutas estudantis, políticas e culturais dos anos quarenta e cinquenta. Em Outubro de 1955 mergulha na luta clandestina contra o regime que oprimia o seu povo, como funcionário do Partido Comunista Português. Esta decisão revela a nobreza e a firmeza das suas convicções, quando aceita trocar a perspectiva de uma vida artística promissora e a consideração de uma vida cheia de relações sociais pela modesta, mas essencial, tarefa de pôr de pé uma oficina de falsificação de documentos destinados à defesa dos seus camaradas clandestinos.
José Dias Coelho tombou para sempre às balas assassinas desse regime brutal, em 19 de Dezembro de 1961, num combate desigual pela libertação do seu povo. Morreu o artista e o militante, mas não a luta que ele honrou.