Práticas artísticas ecofeministas na era do antropoceno
12 MAIO > 14H30 I GRANDE AUDITÓRIO
A arte ecofeminista surgiu no final da década de 1960, entre o desenvolvimento da arte conceptual, um tipo de feminismo ecológico e espiritual que reflectia sobre a exclusão das mulheres do mercado da arte e o símbolo da mulher como ser sagrado de conexão com a natureza.
As ideologias do patriarcado e do capitalismo conduziram cada vez mais à exploração das mulheres e da terra, por isso o ecofeminismo associa-se às causas indígenas, antiracistas e LGBT+.
O Ecofeminismo revela e desperta uma concepção da Natureza que ultrapassa o domínio físico e se estende a uma dimensão espiritual mais ampla – uma energia viva sagrada do cosmos.
O Ecofeminismo coloca em questão a justaposição entre o microcosmos e o macrocosmos, o que na arte pode ser representado através do corpo da mulher, em que este se torna um portal através do qual se pode mergulhar num mar de possibilidades.
Nesta palestra veremos alguns exemplos de práticas artísticas ecofeministas, dos anos 1970 até à actualidade, onde a arte em tempo de Antropoceno pode ser entendida como um refúgio, um estado de tensão em direcção a formas de figuração mais orgânicas, sistémicas, resilientes e férteis, como os próprios organismos vivos.
A palestra é uma ação do movimento OCUPAFBAUL, acontecerá dia 12/05/23 ás 14h30 presencial no Grande Auditório da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e também por zoom no link: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/84041097042
Teresa Lousa Mikosz
Professora Auxiliar – FBAUL – Ciências da Arte e do Património
Investigadora integrada do CHAM e Coordenadora do Grupo de Investigação Cultura, história e pensamento ibéricos e ibero-americanos.