mirar-imaginar-vestir | Catálogo
08 MARÇO 2023 I 16h00 | MUSEU NACIONAL DO TRAJE
No dia 8 de março, às 16h00, no Museu Nacional do Traje decorrerá a finissage da exposição coletiva Mirar-Imaginar-Vestir .
Curadoria: Cláudia Matoos
Artistas: Daniela Remião (Mirar: Memória e sentimento), Michele Augusto (Imaginar: O não casamento de Inês, o vestido invisível); Elaine Almeida (Vestir: Entrelaces) .
As artistas são Doutorandas em Belas Artes – FBAUL e participam do Grupo de Investigação e Estudos em Ciências da Arte e do Património – “Francisco de Holanda” – CIEBA
Mirar-Imaginar-Vestir
Esta proposta revela os olhares de três artistas visuais numa atmosfera interdisciplinar. Moda, fotografia e instalação interativa estabelecem conexões na dimensão simbólica da criação e da reflexão, acerca do universo feminino na poética do matrimónio. Seus ritos, memórias, tradições culturais, afetividades, imaginários, contextos voláteis e eternos, envolvem o visitante em uma imersão lúdica na essência da indumentária de casamento.
O percurso visual estimulará o público nestas (Re)vivências.
Mirar: Memória e sentimento. As imagens da artista Dani Remião surgem de uma elaborada investigação e criação, através de processos de impressão manual. Originam-se de memórias e das coleções de fotografias de familiares e do acervo do Museu Nacional do Traje. O namoro, a cerimónia e a família construída permeiam as suas obras.
Imaginar: O Não-casamento de Inês, o Vestido Invisível. A artista Michele Augusto reflete a presença da invisibilidade – a alma – da personagem histórica, Inês de Castro. O Não-vestido translúcido e os corações escultóricos relicários fundamentam-se na literatura e nos figurinos do acervo do Museu Nacional do Teatro e da Dança.
Vestir: Entrelaces. Três vestidos de noiva em papel e uma silhueta da figura humana fazem parte da obra interativa da artista Elaine Karla de Almeida. As suas referências são as “paper dolls” e as investigações no Museu Nacional do Traje.
As memórias individuais e coletivas, na perspetiva de Maurice Halbwachs, podem se adaptar às nossas perceções atuais. A arte possibilita estes dinamismos atemporais.
Cláudia Matoos, 2022