“invisualidade da pintura – uma história de giotto a bruce nauman” de Carlos Vidal
INVISUALIDADE DA PINTURA À VENDA NA TESOURARIA DAS BELAS-ARTES ULISBOA
Carlos Vidal, professor de Pintura da FBAUL, publica o seu último livro na Editora FENDA, Invisualidade da Pintura: Uma História de Giotto a Bruce Nauman (Distribuição Letra Livre: Calçada do Combro, 139, Lisboa).
O presente livro, com quase nenhuma alteração, foi corpo de uma tese de Doutoramento (de cariz teórico) em Pintura, apresentada na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (2009), e é um documento essencial da Bibliografia da disciplina Estudos de Pintura II do 2º semestre. O livro está à venda na Tesouraria da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa com o preço de 20€, preço exclusivo para a comunidade académica das Belas-Artes da ULisboa.
Depois do seu lançamento no dia 26 de Outubro no Teatro dos Artistas Unidos, na Politécnica, o livro foi apresentado pelo Professor Bernardo Pinto de Almeida da FBAUP, na Galeria Fernando Santos, no Porto, no dia 19 de Dezembro.
ENTREVISTA DE CARLOS VIDAL NO JL Nº1181 (6 a 19 Janeiro 2016)
SÍNTESE
“Pretende-se uma definição da pintura que permita um denominador comum dela à videosfera, mas também à escultura, música, cinema, teatro e política. Esse denominador comum define ou redefine a natureza, ou a marca e a existência, das duas disciplinas em causa (vídeo e pintura, em primeiro lugar, com sucessivos alargamentos pertinentes): essa marca está no conceito de INVISUALIDADE, algo que não pertence nem à ordem do visível nem do invisível. Dito de outra forma, a “coisa mental” através da qual historicamente se costuma definir a pintura, a sua presença, no fundo, não pode ser visível, como também não será invisível. A pintura é o uso prático, ou a realização do seu medium que, sem obra, é medialidade pura (logo, nada). E, para ser alguma coisa (obra, trabalho…) tem de redundar em nada: o medium só o é se for nada ou reduzido a nada (se se tornar útil e outra “coisa” que não a sua pureza). Deste modo, o INVISUAL é o invisível determinante (do visível).
O INVISUAL é o par da Verdade, sendo a verdade aquilo que emana da pintura. A arte e a filosofia serão relacionadas. Esta é a determinante da arte, mas a forma como a arte afirma em si a relevância da Verdade repercute-se na própria definição da Verdade, numa circularidade com múltiplos sentidos: Verdade → arte; arte → Verdade; Verdade → indiscernibilidade; indiscernibilidade → INVISUALIDADE; INVISUALIDADE → INTERPRETABILIDADE (ausência da interpretação). Escolha sem alicerces, que se apoia antes de tudo num vazio sem motivações, interesses ou justificações (excluindo-se, portanto, da experiência verificável-ocular). As suas determinantes são oriundas de um lugar do ser sem apoio e fundado numa intuição pura, «forte», onde a dedução e a indução não têm lugar.”
Carlos Vidal