lançamento do livro “A pintura contemporânea e o rio do esquecimento. O elemento pictural, a instalação e a fotografia”
24 JUNHO > 14H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Realiza-se no dia 24 de junho o lançamento do livro “A pintura contemporânea e o rio do esquecimento. O elemento pictural, a instalação e a fotografia”.
Considerando a situação atual, este evento é exclusivo para pessoas com convite.
O evento é passível de ser fotografado e filmado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação e nas redes sociais.
Hora: 24 jun. 2021 14:00 Lisboa
Entrar na reunião Zoom
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/83271125839?pwd=YVA1SXlmYnVEcjFtbFZUWkhGU1RwZz09
ID da reunião: 832 7112 5839
Senha de acesso: 684643
A pintura contemporânea e o rio do esquecimento. Elemento pictural, instalação e fotografia, é o primeiro volume de uma linha de investigação em pintura iniciada em 2014, estando prevista a edição dos restantes volumes até ao ano de 2030. As linhas que se seguem são breves excertos da Introdução da obra a apresentar no dia 24 de junho, no Auditório Lagoa Henriques.
“Este livro trata de pintura contemporânea, da densidade do elemento pictural e do seu entrelaçamento com a instalação artística e a fotografia. Como o elemento pictural tem um caudal que arrasta todos os sedimentos existentes da experimentação com a pintura, escolhemos a imagem simultaneamente substancial e fluxista de “rio” para exemplificar força imemorial, possibilidades de mudança irrestrita, entrecruzamento da pintura com outras expressões artísticas.
Existe um rio Pinturas. Tem este nome por ser uma linha de água na Patagónia com inúmeras pinturas instaladas na sua margem. Existe um outro rio que também desagua na pintura e que sempre serviu de “imagem” a todos os rios que conhecemos, os reais e os imaginários, sendo expressão heraclitiana do fluxismo da natureza, mas também da mudança incessante de tudo aquilo em que mergulhamos as mãos. Há ainda outro que cala mais fundo e que sempre esteve aí para significar esquecimento, purificação, preparação para uma vida de reminiscências e cruzamento de memórias — profundas, semi-profundas, superficiais —, sendo igualmente fundamental para compreender as metamorfoses que a pintura põe em movimento.
Por ter mergulhado repetidas vezes no rio do esquecimento, a pintura contemporânea, com toda a temporalidade que a precede, espreita e condiciona, adquiriu a capacidade de superar criativamente a estagnação, mesmo que para tal tenha sido induzida a morrer ciclicamente, reapresentando-se mais adiante para convencer praticantes e espectadores da sua pertinência […].”
José Quaresma