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então…gravei.
Oct 05 202028 SETEMBRO > 09 OUTUBRO 2020 I CISTERNA FBAUL
então…gravei. – exposição Individual de gonssalo
O projeto “então … gravei.”, iniciado em 2016, parte da intenção de registar o seu próprio nascimento através da fixação ou memorização dos vários momentos da sua criação. Assim, durante 37 dias, foram gravados com um iPhone acontecimentos, pensamentos, afirmações, experiências em contextos e ambientes diversos embora todas integrantes do quotidiano do artista. Por via desta metodologia, esses momentos e as gravações sonoras correspondentes, passam a ser o centro do trabalho artístico. Num processo criativo em loop, são revisitadas todas as vezes em que é produzido um objeto novo dentro do projeto global intitulado “então…gravei.”
Este projeto pretende questionar o papel do meio, o conceito de transmédia e, nesse sentido, o próprio conceito de objeto artístico e o processo criativo que lhe subjaz. Partindo da concepção que tudo é projeto, ou seja, que tudo na vida influi para a sua criação, o artista apropria-se de todos os elementos do seu quotidiano por considerar que estes são indispensáveis para compor o processo de criação.
Assente na incomunicabilidade, no inteligível e nas suas ténues fronteiras com o ininteligível e, em última instância, na impossibilidade de aceder ao conteúdo, este projeto é igualmente sobre a linguagem ao fundamentar-se numa exploração prática das suas características. Neste momento existem 74 objetos, pensados ou concebidos, embora não necessariamente concretizados. Cada um deles pode existir isoladamente e/ou viver das ligações que estabelece com todos os outros que formam este corpo rizomático que é o projeto. No entanto, os 74 são um só: o objeto “então … gravei.”.
Ficha Técnica:
Curadoria: Maria João Gamito
Apoio à curadoria: João Reis, Marta Antunes
Produção: Gonçalo Silva
Apoio ao desenvolvimento e produção: Ana Manana
Apoio técnico: Joana Lourenço
Design divulgação: Diogo Tomás
Divulgação: Mariana Calado
Registo Visual: Filipa Machado
Biografia:
Cascais, viveu na Madeira antes de vir para Lisboa estudar nas Belas-Artes. Licenciou-se em Arte Multimédia em 2018 e actualmente encontra-se no 2º ano do Mestrado em Arte Multimédia na mesma faculdade. Já expôs em Portugal, Alemanha, onde realizou Erasmus, e Holanda. Tem vindo a desenvolver o projeto então … gravei. desde 2016 e mais recentemente a exposição IMAGO. Em setembro de 2019 participou no seminário Doc’s Kingdom com bolsa Gulbenkian. Como artista performativo explora a natureza da linguagem, o meio artístico e o processo de criação.
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contextile 2020 — bienal de arte têxtil contemporânea
Sep 21 202005 SETEMBRO > 25 DE OUTUBRO I IDEGUI, INSTITUTO DE DESIGN DE GUIMARÃES
A Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa foi uma das escolas convidadas a participar na exposição “Emergências”: Educação e Criação Têxtil, no âmbito da Contextile 2020.
A Contextile, na continuidade das edições anteriores, convidou escolas artísticas com disciplinas de técnicas têxteis, desafiando os alunos (e as escolas) para a criação e produção de trabalhos de arte têxtil, patentes na IEGUI, Instituto de Design de Guimarães, entre 5 de setembro e 25 de outubro.
Para além da FBAUL foram convidadas a participar a Escola Artística Soares dos Reis, Escola Artística António Arroio, FBAUP e EAUM-LAV.
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controverso — exposição online de finalistas de pintura 2020
Sep 11 202001 > 14 SETEMBRO I EXPOSIÇÃO ONLINE
Controverso conta com um conjunto de trabalhos recentes de alguns finalistas de Pintura da FBAUL, de 2020. São apresentados trabalhos produzidos, na sua maioria, nos últimos meses que vão pela primeira vez sair das suas casas e ser mostrados a público. Estes correspondem a um conjunto heterogéneo e diversificado, abrangendo projetos de pintura, ilustração, escultura, instalação, fotografia, vídeo e performance.
Ana Ferreira / Ana Flor / Ana Teixeira / Ânia Pais / Barbara Faden / Barbara Jasmins / Carolina Prata / Clara Correia / Duarte Burnay / Edna Serrão / Francisco Gonçalves/ Francisco Painço Santos / Inês Brito / Joana Oliveira / José Leite/ Leonor Sousa / Liliana Ferreira / Madalena Hipólito / Margarida Pinheiro/ Oksana Zahryva / Rita Andrade / Rita Leitão / Rita Pequeno / Salomé Lopes / Sandra Jorge / Sofia Fernandes / Vera Moreira / Vera Soares
Para mais informações, acompanhem o evento no Facebook e sigam-nos no Instagram.
Instagram: @con_troverso
alunos da fbaul na ermida — prémio de pintura
Aug 24 202027 AGOSTO > 05 SETEMBRO I TRAVESSA DA ERMIDA, BELÉM
Na próxima quinta-feira, dia 27 de agosto, vai passar na RTP, no programa Portugal em Directo, uma reportagem sobre esta exposição com a presença do Presidente da FBAUL, Professor Doutor Fernando António Baptista Pereira.
Bárbara Faden, João Motta Guedes e Madalena Hipólito são os três finalistas da primeira edição do prémio de pintura Alunos da FBAUL na Ermida, resultante do protocolo estabelecido entre o Projecto Travessa da Ermida e a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) no primeiro semestre deste ano. Os artistas vão integrar a exposição do Prémio que inaugura no próximo dia 27 de agosto no Projecto Travessa da Ermida, em Belém.
Selecionados por Ilídio Salteiro, da FBAUL, e por Ricardo Escarduça, do Projecto Travessa da Ermida, os finalistas – escolhidos entre mais de 20 candidatos – vão apresentar obras inéditas de pintura que abordam várias dimensões desta técnica artística, nomeadamente a paisagem, a figuração humana e a poesia.
A artista Bárbara Faden irá expor um núcleo de três pinturas numa espécie de ensaio de paisagens, onde o posicionamento do espetador é evidenciado face a um palimpsesto que se perpetua no tempo e no espaço, recorrendo a uma paleta cromática de tons quentes. Já Madalena Hipólito investiga a questão do “modelo”, enquanto arquétipo e paradigma em rutura e em reconstrução permanente, apresentando uma instalação composta por quatro dos elementos que caracterizam o espaço laboratorial do atelier do artista –o plinto, o ecrã, o projetor e o estirador – repensando a relação entre ser artista e fazer arte. O artista João Motta Guedes mostrará um rolo desenrolado onde vemos texturas, cores diluídas, grafismos e caracteres que denunciam a existência de uma mensagem inaudita, como se de um objeto arqueológico de um outro tempo de um outro lugar com um conteúdo subjacente, mas não evidente, se tratasse.
O Prémio de pintura “Alunos da FBAUL na Ermida” visa o encorajamento e promoção do desenvolvimento profissional dos estudantes da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa cujo percurso se encontra em fase de formação académica na área da criação artística, facultando uma experiência em contexto profissional, e fomentando a apresentação, divulgação e valorização do seu trabalho de produção artística.
O prémio é anual e está aberto a todos os alunos do 1º e 2º ciclos dos cursos ministrados na FBAUL. Além da exposição o Prémio inclui ainda a edição de uma publicação e um valor pecuniário fixo exclusivamente convertível em materiais para produção artística.
A premiação destes artistas e a oportunidade que o Projecto Travessa da Ermida oferece de apresentar publicamente a obra dos artistas selecionados pretende contribuir para a descoberta de novos talentos e para alavancar carreiras no contexto da pintura contemporânea em Portugal e fora de portas.
Sobre a FACULDADE DE BELAS ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
A Faculdade de Belas Artes de Lisboa é uma instituição de ensino, investigação, e disseminação de práticas e conhecimentos artísticos, científicos e tecnológicos, a qual, dispondo da liberdade de definição e execução de programas de investigação, ensino, formação e desenvolvimento, apostando num ensino que cruza o carácter de desenvolvimento prático de projectos com uma intensa formação teórica nas áreas da história de arte e do design, da estética e dos estudos culturais, ministra formação de nível superior, ao nível da graduação e da pós graduação, organizando cursos conferentes dos graus de licenciado, mestre e doutor em áreas diversas de ensino e, especificamente no âmbito deste protocolo, na de Pintura, incluindo a colaboração e parceria consorciada com outras instituições públicas ou privadas na implementação de atividades que concretizem tais atribuições.
Sobre o PROJECTO TRAVESSA DA ERMIDA
O Projecto Travessa da Ermida é um projecto de referência de natureza experimental orientado sem fim lucativo pela valorização do património histórico e pela dinamização do tecido artístico e cultural contemporâneos. Desde 2008 com âncora geográfica no seu espaço próprio em Lisboa porém também estendido ao território nacional, o histórico da sua actividade compreende um conjunto variado de iniciativas de criação e programação artística e de fomentação e disseminação do pensamento de dimensão ensaística, Com curadoria própria e/ou envolvimento em parcerias com outras estruturas de criação e programação artística, e a disseminação daquelas junto do público especializado e não-especializado, contando para o efeito com a presença dos mais proeminentes artistas e autores nacionais e, em igualdade de oportunidade, os artistas cujo percurso se encontre em fases evolutivas ou embrionárias do seu processo de consolidação.
xCoAx 2020: 8th International Conference on Computation, Communication, Aesthetics and X
Jul 06 2020
xCoAx 2020: 8th International Conference on Computation, Communication, Aesthetics and X
Opening: Wednesday, 8th July, 6:00 PM CEST
xCoAx is an international conference that promotes the discussion and discovery of synergies at the frontiers of digital art, in the form of a multidisciplinary questioning on aesthetics, computing, communication and the elusive X factor that connects them all. After previous editions in Milan, Madrid, Lisbon, Bergamo, Glasgow and Porto, the 2020 edition was meant to take place in Graz, with a conference and performances at MUMUTH – House of Music and Music Theatre, and an exhibition at the Forum Stadtpark, all under the auspices of IEM – Institute of Electronic Music and Acoustics, at the University of Music and Performing Arts Graz.
Instead, the global CoViD-19 emergency imposed a rapid rethinking of the nature and structure of xCoAx, which is now online, still comprised of papers, artworks and performances. For the first time, xCoAx is a totally open event where everyone can attend and join the discussion!
Opening event:
The opening of xCoAx 2020 will take place on Zoom (Meeting ID: 858 6972 5053 Password: 978675) on July 8th at 6 PM CEST. The Organising Committee will be extremely happy to welcome you there to meet, greet, network, and exchange impressions and opinions.
Papers have been organised as follows:
There are 6 different sessions, where papers with stimulating connections and overlaps were put together.
The authors were invited to record a 15-minute presentation of their work and to hold a Q&A panel within their session, which was moderated by a member of the Organising Committee.
You can access all the material: abstracts, papers in PDF format, video presentations and the Q&A by accessing xCoAx’s website at 2020.xcoax.org and clicking on “Paper Sessions” in the navigation menu.
You can join the discussion on Twitter by replying to the tweet at the end of each session page.
Artworks have been organised as follows:
The xCoAx 2020 website features a page for each artwork that was selected for the exhibition, where the artists present their work with visual documentation, an abstract, a prerecorded artist talk and other media assets.
You can access each artwork’s page by accessing xCoAx’s website at 2020.xcoax.organd clicking on “Artworks” in the navigation menu.
You can join the discussion on Twitter by replying to the tweet at the end of each artwork’s page.
Performances and Ligeti Hall performances have been organised as follows:
The xCoAx 2020 website includes a page for each performance that was selected for the performance evenings, where the artists illustrate their work with a video, an abstract, a prerecorded artist talk and other media assets.
You can access each work’s page by accessing xCoAx’s website at 2020.xcoax.org and clicking on “Performances” in the navigation menu.
You can join the discussion on Twitter by replying to the tweet at the end of each performance’s page.
The Doctoral Symposium has been organised as follows:
Doctoral students whose research proposals were accepted were invited to a discussion and feedback session with our chairs Marko Ciciliani and Philip Galanter. The symposium has usually taken place in a more secluded part of xCoAx, and we kept with this tradition by not recording the online session to allow for a more relaxed environment where to exchange opinions and give advice. However, the xCoAx 2020 website features a page with all the research proposals discussed during the symposium, which you can access by going to xCoAx’s website at 2020.xcoax.organd clicking on “Doctoral Symposium” in the navigation menu.
See you at 2020.xcoax.org !!
Instagram @xcoaxorg
Facebook @xcoax.org
Twitter @xcoaxorg
Hashtag #xcoax2020
For further information on the conference and press materials, please contact the xCoAx team at info@xcoax.org
Organizing committee: André Rangel (Portugal), David Pirrò (Austria), Daniele Pozzi (Austria), Hanns Holger Rutz (Austria), Jason Reizner (Germany), Luís Pinto Nunes (Portugal), Luísa Ribas (Portugal), Mario Verdicchio (Italy), Miguel Carvalhais (Portugal)
Authors, papers: Alberto Novello, Alessandro Ludovico, Antonio Pošćić, Birgit Bachler, Caterina Moruzzi, Corneel Cannaerts, Daniel Bisig, Daniel Lopes, Dejan Grba, Domenico Napolitano, Ephraim Wegner, Erik Hoff Zepka, Frederic Fol Leymarie, Gordan Kreković, Guilherme Wood, Hugo Gonçalo Oliveira, João Correia, João Miguel Cunha, Kit Kuksenok, Louisa Nyman, Luísa Ribas, Magdalena Kovarik, Marian Dörk, Matteo Amadio, Michael Vogrin, Mick Grierson, Pedro Ferreira, Pedro Martins, Penousal Machado, Philip Galanter, Provides Ng, Rewa Wright, Rodrigo Hernández-Ramírez, Sage Jenson, Simon Howden, Terence Broad, Thomas Schmickl, Yanai Toister.
Authors, exhibition: Alan Dunning, Amy Alexander, André Rangel, Andrés Villa Torres, Catarina Sampaio, Christian Faubel, Christian Herren, Dragica Kahlina, Eli Joteva, Ian Heisters, Luísa Ribas, Marco Heleno, Marta Flisykowska, Matthew Mosher, Miguel Carvalhais, Nimrod Astarhan, Nuno Correia, Pedro Ângelo, Pedro Ferreira, Provides Ng, Susie Fu, Tivon Rice, Tonio Mundry, Ya Nzi, Yanai Toister.
Authors, performances: Arne Eigenfeldt, Christos Michalakos, Dani Iosafat, Dave Murray-Rust, Isak Han, Jaume Darbra Fa, Joaquín Jiménez-Sauma, Jules Rawlinson, Jung In Jung, Nicholas Moroz, Owen Green, Paul Blackham, Yuri Wilmering.
Authors, Ligeti Hall performances: Alberto de Campo, Daniel Mayer, Jia Liu, Nicola Giannini, Ron Kuivila, Ștefan Damian.
xCoAx is organized by:
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IEM, Institute of Electronic Music and Acoustics
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University of Music and Performing Arts Graz
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Bauhaus University, Weimar
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Faculty of Fine Arts, University of Lisbon
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Faculty of Fine Arts, University of Porto
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University of Bergamo
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CIEBA
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CITAR
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i2ADS
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INESC TEC
the new art fest pandemia open call
Jun 25 2020Submission: May 22 thru July 6, 2020
The New Art Fest is an international new media art festival based in Lisbon.
Due to COVID19, this year’s edition will run almost entirely online.
Maker Art is an exhibition and a workshop, where ‘new media art’ projects are presented as if in a beta stage, probably in search of a business angel to make them true. Maker Art 2020 will be 100% online, addressing Pandemia as an inspirational leitmotiv.
The new coronavirus has brought us to a sudden and extreme dependence on virtual worlds. Social distance induced by our growing reliance on the technosphere is not entirely new, but the new half-living creature (2019-nCoV) housed us in a kind of a planetary concentration camp. Will this global event induce metamorphosis of the human space. If so, what about future art?
MAKER ART is not only an exhibition of freshly squeezed new-media artworks, but also the right spot for cross-fertilization processes.
From all the accepted applications a limited number of artists will be selected for the exhibition. Artworks in exhibition will automatically apply to the Black Raven Award.
MAKER ART online exhibition goes from July 29 thru September 16, 2020.
MAKER ART, as part of The New Art Fest 2020, will be widely publicized namely on TV networks and social media.
This CALL is open to any artist, or creative platform around the world.
It is understood by works of ‘new media art’ artworks or projects making use of computing processes, digital technologies, and/or advanced cognitive strategies. Some keywords that fulfills the definition: AI, AR, digital media, drones, electronics, gaming, generative art, informational, digital interfaces, interactive, locative media, multimedia, social networks, post-internet, robotics, sensors, science-art, synthetic biology, virtual worlds.
Submission: May 22 thru July 6, 2020
Language: English
Location: World Wide Web
Exhibition dates: July 29 thru September 16, 2020_
Award ceremony: 16 September 2020
Prize: Black Raven Award
Type: Open
+INFO: https://www.belasartes.ulisboa.pt/the-new-art-fest-pandemia-open-call/
CANCELADO — As coisas fundadas no silêncio
Jun 04 202010JUNHO > 30 AGOSTO 2020 I VÁRIOS LOCAIS DE LISBOA
As coisas fundadas no silêncio é um programa vasto que se iniciou no dia 3 de março incluindo conferências na Culturgest, uma oficina de Filosofia com Crianças (streaming), visitas a uma câmara anecóica (Instituto Superior Técnico), duas performances (Igreja de St. George e Galeria Monumental), um ciclo de cinema (streaming) um workshop (streaming), um concerto (Museu da Música) e a exposição Como silenciar uma poeta, de Susana Mendes Silva (Sala Sonae do Museu Nacional de Arte Contemporânea).
No âmbito da exposição Como silenciar uma poeta, de Susana Mendes Silva, no Museu Nacional de Arte Contemporânea, a artista apresenta ainda duas performances, Tradução #1 e Tradução #2 e a leitura performativa da conferência De mim, que a poeta e novelista Judith Teixeira publicou em 1926.
A performance Tradução #1 realiza-se na Faculdade de Belas-Artes, em junho em data a definir.
A performance Tradução #2 realiza-se nos Estúdios Victor Córdon, no dia 3 de julho.
A leitura performativa realiza-se no Museu Nacional de Arte Contemporânea, no dia 21 de junho, às 17:00.
A participação nas performances é gratuita, mas de inscrição obrigatória através do e-mail atelier@efabula.pt.
Apoio à criação: OPART – Estúdios Victor Córdon
Exposição
Como silenciar uma poeta
Susana Mendes Silva
Museu Nacional de Arte Contemporânea
10 de junho a 30 de agosto
O livro Decadência da poeta Judith Teixeira foi apreendido e queimado em 1923, no Convento de São Francisco, nas antigas instalações do Governo Civil de Lisboa, com entrada pela Rua Capelo, hoje parte integrante do Museu Nacional de Arte Contemporânea. Como refere Vítor Silva Tavares, após 1927 Judith desaparece temporariamente de Portugal e dá-se um “emudecimento definitivo de uma voz tão incisivamente lançada à agitação”. Mas a potência destrutiva que silencia as e os artistas é muitas vezes revertida pela prática de se manter como presença fantasmática ao longo das décadas.
Susana Mendes Silva (Lisboa, 1972) é artista plástica e performer. O seu trabalho integra uma componente de investigação e de prática arquivística, que se traduz em obras cujas referências históricas e políticas se materializam em exposições, ações e performances através dos mais diversos meios de produção. O seu universo contempla e reconfigura contextos sociais diversos sem perder de vista a singularidade do indivíduo. A sua intimidade psicológica ou a sua voz são inúmeras vezes veículos de difusão e receção de mensagens poéticas e políticas que convocam e reativam a memória dos participantes e espectadores. Susana estudou Escultura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e frequentou o programa de doutoramento em Artes Visuais (Studio Based Research) no Goldsmiths College, Londres, tendo sido bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. É Doutorada em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, com a tese baseada na sua prática performativa – A performance enquanto encontro íntimo. É professora auxiliar na Universidade de Évora no curso de Arquitetura.
Creative (un)makings: disruptions in art/archaeology
May 19 2020O6TH MARCH > 14TH JUNE I Santo Tirso International Museum of Contemporary Sculpture
From 6th March to 14th June 2020, the Santo Tirso International Museum of Contemporary Sculpture hosts an exhibition/installation named “Creative (un)makings: disruptions in art/archaeology”, with the participation of artists and archeologists from all over the world.
From 2010-2012, archaeologists in San Francisco excavated a city-center site in advance of the construction of a major new bus and subway station. The excavation recovered many thousands of artefacts. While a standard set of analyses and interpretation resulted from the project, art/archaeologist Doug Bailey gained control of a large number of the archaeological remains and designed a project to test the collaborative limits of artists and archaeologists. Working with Lisbon-based sculptor, Sara Navarro, Bailey sent assemblages of the artefacts to artists, archaeologists, and other creators. Accompanying the artefacts was the request for people to make new creative work, to use the artefacts not as historical objects, but as if they were raw materials (like pigment or clay), and to repurpose the materials to make artwork that would stimulate visitor questions and thought about a political or social issue of contemporary society. For people working in San Francisco, that issue might be homelessness or income disparity; for people working elsewhere, different local, regional, or national issues might be more relevant (such as immigration, or refugee status). Ineligible is a selection of the result of the works that were made.
Creative (un)makings: disruptions in art/archaeology presents this new approach to the past in three provocative installations. The first (Releasing the Archive) presents photographs and videos in order to turn upside down the standard values that museums and institutional collections use to preserve historic objects and images. The second installation (Beyond Reconstruction) displays an array of ceramic fragments that resulted from the construction/deconstruction of a figure; in addition it includes documentary photographs of the works, highlights the limits of the archaeological reconstruction, and opens a new creative space beyond. The third installation (Ineligible) takes artefacts from an excavation in San Francisco and uses them as raw materials in order to make new artistic work that stimulates museum viewers’ thoughts about modern political and social issues, such as homelessness and income inequality.
Curator: Doug Bailey e Sara Navarro
Participants: Thomas Andersson, Doug Bailey, Jéssica Burrinha, Simon Callery, João Castro Silva, Shaun Caton, Rui Gomes Coelho, Jim Cogswell, Tiago Costa and Daniel Freire Santos, Ilana Crispi, Patrik Elgström and Jenny Magnusson, Dov Ganchrow, Stefan Gant, Cornelius Holtorf with Martin Kunze, Alfredo González-Ruibal and Álvaro Minguito Palomares, Cheryl E. Leonard, Nicola Lidstone, Marko Marila and Tony Sikström, Alison McNulty, Daniel V. Melim, Colleen Morgan, Sara Navarro, Jana Sophia Nolle, Laurent Olivier, Luisa da Rocha, Filomena Rodrigues, Suvi Tuominen, Ruth M. Van Dyke, Valter Ventura, Vanessa Woods
+ info: http://miec.cm-stirso.pt/portfolio/creativeunmakings/
atravessar — arte, memória e lugar: apresentação e lançamento do catálogo
Apr 19 202014 MARÇO > 16H30 I PALÁCIO MARQUÊS DE POMBAL, OEIRAS
realiza-se no dia 14 de março, às 16h30, no palácio marquês de Pombal, em Oeiras, a apresentação e o lançamento do catálogo da exposição “atravessar”.
Atravessar é uma exposição de arte pública promovida pela Câmara Municipal de Oeiras em parceria com a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e que resulta a partir de trabalhos realizados por alunos finalistas da Licenciatura de Escultura em 2017, 2018 e 2019. A mostra que terá lugar na frente ribeirinha, jardim municipal e centro histórico de Oeiras, inaugurada a 23 de novembro 2019, e ficou patente até 22 de fevereiro de 2020.
Partindo do território e de referências como a paisagem, a memória, a identidade cultural, ou o lugar as intervenções escultóricas estabelecem, pelos enquadramentos e morfologias, nexos e problemáticas que contribuem para uma leitura crítica e estratigráfica das narrativas sedimentadas nos lugares.
Intervir artisticamente no espaço público implicou pensar, investigar e questionar os sítios para além dos estereótipos e dos lugares comuns, num processo de resignificação de memórias e sentidos que convocam o olhar contemporâneo e convidam a uma perceção dinâmica por parte do público.
O espaço referencial que promove o atravessar do território além de servir de incentivo à produção artística contemporânea, abre novas perspetivas sobre as referências que constroem as narrativas do tempo, património, memória e identidade dos lugares.
A parceria que CMO e a FBAUL (Área de Escultura) iniciaram em 2004 e que conta um assinável número de prestigiantes eventos, alargou este ano o seu âmbito ao integrar no projeto, atravessar, uma equipa da licenciatura em design de comunicação, que conceberam a sinalética e a comunicação, analógica e digital da exposição.
Portal do município: http://www.cm-oeiras.pt/pt/agenda/Paginas/Exposicao-arte-publica.aspx
Redes do município: https://www.facebook.com/MunicipiodeOeiras/posts/10159288256638696?comment_id=10159303475858696
NewinOeiras: https://newinoeiras.nit.pt/cultura/oeira-vai-ter-uma-exposicao-de-arte-que-atravessa-a-vila/
Roteiro cultura 30 dias: http://www.cm-oeiras.pt/pt/municipio/boletimmunicipal/30dias/222_TRINTA%20DIAS_2019_web.pdf
Oeiras atual: http://www.cm-oeiras.pt/pt/municipio/boletimmunicipal/oeirasatual/254_OEIRAS_ATUAL_2019_WEB.pdf
cancelled — 14ª edição gab-a / galerias abertas das belas-artes
Apr 05 2020Sorry, this content is only available in Portuguese.
conversas com arte & ciência …
Mar 18 2020
12 MARÇO > 18H00 I CAPELA BELAS-ARTES
A IST Press, editora universitários do Instituto Superior Técnico, apresenta Conversas com Arte & Ciência, na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Este é um espaço informal de partilha e divulgação de boas práticas de interdisciplinaridade entre as diferentes áreas do conhecimento e a Arte, nas suas diversas vertentes, a partir da obra “Observatório”, de António Faria.
Esta segunda conversa, “à volta” da pintura, contará com Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Graça Morais, pintora, Laboratório de Artes na Montanha, Joana Baião, Doutora em História da Arte, com especialização em Museologia e Património Artístico, Domingos Rego, Professor, área de Desenho, Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
O Laboratório de Artes na Montanha – Graça Morais é um projeto de investigação baseado na prática, da iniciativa do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), através do Centro de Investigação de Montanha (CIMO), em parceria com o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais (CACGM), através da sua tutela, a Câmara Municipal de Bragança (CMB) e o Instituto de História da Arte da NOVA FCSH, com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). A Pintora Graça Morais apoia a criação e funcionamento do Laboratório, disponibilizando toda a sua obra para ser estudada e documentada.
António Faria (n. em 1966) trabalha na área do desenho desde os anos 90. Concluiu o curso de artes plásticas pelo Ar.Co (curso completo avançado e projeto). Colabora com a IST Press, enquanto designer gráfico, desde 1998, ilustrando as capas dos livros da Coleção Ensino da Ciência e Tecnologia e Apoio ao Ensino. Ganhou o segundo prémio da Bienal de Tóquio Art Olimpia, 2015, Japão, o Prémio seleção Emerging Artista Ward, TAG bxl gallery, 2016, Bruxelas e o Prémio seleção ward LYNX, 2016, Eslovenia. Está representado em coleções privadas e institucionais, nomeadamente, a coleção de Figueiredo Ribeiro e o Living National Treasure Museum, Japão.
cancelled — us — exposição de pedro alegria
Mar 18 202005 > 30 MARÇO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 05 de março de 2020, às 18h00, na Galeria das Belas-Artes, a exposição Us de Pedro Alegria, com curadoria de Eduardo Duarte. A exposição ficará patente até 30 de março de 2020.
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
Us
Um ponto de onde partem dois pontos 0 e 0. Desse pontos no mesmo lugar partem medidas com uma disrupção de alguns metros. Enganos? A linha reta é a menor distância entre o princípio e o fim. Mas, há curvas e o itinerário é o mesmo, A deriva pode levar-nos a esquinas díspares. Mesmo trilhando as mesmas ruas. Pode haver diferentes velocidades para duas pessoas juntas. O que nós pensamos não é o mesmo. Mais, há uma medida que se tentou ocultar pintando-a de negro. A chuva, o pó, o sol, os escapes, a borracha das bicicletas, descobriu-a. Se não se procurasse remendar uma medida saberíamos que essa está errada? Qual das duas medidas estará enganada: a que foi apagada, ou a que foi escrita com uma letra diferente? Quem a mandou ocultar como soube que uma estaria errada? Um dos dois conta metros rodava a uma velocidade diferente? Será que o metro universal não estaria exato e quem nos garante que os dois metros usados não estariam diminuídos ou exagerados? E também quem nos diz que as duas medidas não necessitavam de uma terceira? E quem necessitou fazer estas mudanças por uma consciência mais tranquila? Que pavor é esse ao erro e à necessidade de medir tudo, nem que seja por 1 000 m? Como é que um inglês reagiria a esta parafernália de marcações no terreno? 8oo m à distância de poucos metros de outros 800 m em caligrafia diferente? Como fazer um mapa com estas marcações?
Harry Beck. O primeiro mapa do metro de Londres adaptava-se aos contornos geográficos do terreno (iniciou entre 1860 e 1870). Para um uso prático das ligações de quem o usava, era muito pouco legível, na medida que ia também aumentando os ramais e incluíndo as extremidade das linhas de metro, tornava esse mapa grande e difícil de ler com o seu centro concentrado (1890 e 1900). Harry Beck baseando-se nos quadros dos circuitos eléctricos, criou um diagrama (em 1931) onde o que interessava tanto não era a rede de metro adaptada ao terreno e suas respetivas distâncias, mas sim a facilidade para os milhões em perceber as ligações entre redes e uma distância mental que o utente teria da percepção desse novo mapa. Este modelo de Harry Beck expandiu-se no mundo ocidental e hoje ainda somos herdeiros dele.
Pinus. Esta pequena exposição paralela de peças em madeira de pinho, reflete a minha formação em escultura. Embora a minha produção seja mais em fotografia. São peças formais, mas que partem do princípio de como escrever um poema em madeira. Nas peças Norte-Oeste procurou-se materializar contrafortes como se fossem caixas circulares. As peças são colocadas, uma a Norte e outra a Oeste. Na peça fuso esta tem a forma da extremidade dos fusos de fiar. No relógio solar como receptor de energia, vemos “o sol é a fonte de luz, de calor e da vida. Os seus raios representam as influências celestes – ou espirituais – recebidas pela Terra ( Chevalier, Jean e Gheerbrant, Alain). Já no Livro de Job (27, 18) encontramos sobre a aranha: “Constrói a sua casa como a aranha/ como a choupana levantada pela guarda/Deita-se rica, mas será pela última vez/ ao abrir os olhos já deixou de existir.” Porém, um círculo é um círculo e uma reta, uma reta.
Pedro Alegria, fevereiro 2020
Fotografias, Esculturas e Texturas
A obra artística de Pedro Alegria, além da Poesia publicada, tem sido materializada na Escultura e na Fotografia.
Licenciado em Escultura pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa e Mestre em Curadoria, desde cedo explorou o universo da Fotografia, que, no seu percurso, tem a dimensão talvez do Desenho. A Escultura – uma das filhas vasarianas do Desenho, com as suas irmãs Arquitetura e Pintura -, na obra de Pedro Alegria, está em permanente diálogo com a Fotografia. Já agora, seria interessante saber, a este propósito, qual a mãe que Vasari escolheria para esta última.
Na presente exposição, intitulada Us, estamos, uma vez mais, diante do diálogo de duas expressões artísticas aparentemente antagónicas, devido às suas dimensões, uma bidimensional e a outra tridimensional, numa espécie de (eterna) revisitação do Paragone inventado por Leonardo. Uma oposição falsa, portanto, visto que um dos denominadores comuns das esculturas e das fotografias é precisamente a textura e a exploração do seu universo poético.
Textura, do latim textura, significa tecido. A palavra é sintomaticamente próxima de têxtil (do latim textile) e de texto (do latim textu) que significava entrelaçamento, tecido e contextura. Nesta exploração etimológica e também poética de palavras, Rafael Bluteau, no seu célebre Vocabulario Portuguez e Latino (1712-1721/1727-1728), escreve que textura é tecido e que “Diz se metaforicamente das obras da natureza, que constão de vários fios unidos, & parecem tecidas.” No Diccionario da Lingua Portugueza, do mesmo Rafael Bluteau, acrescentado e reformado por António de Morais Silva (1789), afirma-se que textura, além de tecido, é “A união íntima das partes de hum corpo, que formão hum como tecido.”
Na exposição, as peças em madeira de pinho são naturalmente também texturas e tecidos, pelas suas próprias formas, padrões e veios (veias) do material lenhoso. As fotos, essas, revelam os pavimentos de uma ciclovia, com diversos materiais, camadas, cicatrizes, números e letras pintados de branco (memórias) e ainda aplicações de tinta preta. No fim, as esculturas e as fotografias formam inúmeras e inesperadas texturas, cuja poética formal parece remeter para antigos e preciosos tecidos.
Eduardo Duarte, fevereiro de 2020
CANCELADO — EVOCAÇÃO DE MARTINS CORREIA (1910-1999)
Mar 18 2020EVENTO CANCELADO – 26 MARÇO > 16H30 I CENTRO CULTURAL CASAPIANO — CASA PIA DE LISBOA
COMUNICAÇÕES:
Dra. Maria Cristina Ricardo Inês Fangueiro (Presidente do Conselho Diretivo da Casa Pia de Lisboa)
Prof. Doutor Fernando António Baptista Pereira (Presidente da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa)
Prof. Doutor Eduardo Marçal Grilo
Escultor Charters de Almeida
Escultor José Aurélio
Escultor João Duarte
Às 18.00 horas inauguração da exposição Poema de Contornos
Centro Cultura Casapiano – Casa Pia de Lisboa – Rua dos Jerónimos 7 A, 1400-210 Lisboa
janotas e flâneurs suspensos num smartphone — chiado, carmo e artes na esfera pública
Mar 11 202004 > 30 MARÇO I MUSEU ARQUEOLÓGICO DO CARMO
Inaugura no dia 04 de março de 2020, às 17h30, no Museu Arqueológico do Carmo, a exposição janotas e flâneurs suspensos num smartphone — chiado, carmo e artes na esfera pública, no âmbito da 12ª edição do projecto Chiado / Carmo 2020, com a coordenação de José Quaresma. A exposição estará patente até 30 de março.
Ainda no âmbito do projecto Chiado / Carmo 2020 haverá uma mostra na Boutique Gardenia, de 4 a 11 de março, das 14h00 às 17h00.
Com a participação de 28 artistas (estudantes e docentes) de três instituições europeias de Ensino Artístico Superior, a saber, a Faculdade de Belas-Artes (Lisboa), a Strzemiński Academy of Art Łódź (Lodz) e a Academia di Belli Arti di Firenze (Florença), a exposição no Museu Arqueológico do Carmo, é a primeira das três exposições internacionais programadas para o Chiado / Carmo 2020. As outras duas exposições inauguram em Lodz, no dia 10 de março, e na Casa de Portugal, em Paris, no dia 16 de maio, integrada na Noite Europeia dos Museus.
Paralelamente às exposições será editado um livro de ensaios e um catálogo das exposições em torno dos temas lançados para esta 12ª edição do projecto Chiado / Carmo. Será também realizado um Ciclo internacional de Conferências no Grémio Literário, a 11 de março, cuja informação ficará disponível brevemente.
International Seminar of Research in Sculpture
Mar 10 2020OPEN CALL UP TO THE 22ND MARCH 2020
The Sculpture Research Group situated in CIEBA (Fine-Arts Research Centre), at the Faculty of Fine-Arts of the University of Lisbon invites researchers and artists for the submission of abstracts to the International Seminar of Research in Sculpture, taking place on the 4th, 5th and 6th of June, 2020, at Museu da Fábrica de Loiças de Sacavém e na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Portugal.
This Seminar seeks to debate and explore the ways by which sculpture is constituted ontologically in the present, its multiple historical legacies and the construction of the sculptural imaginary. We are inviting the scientific and artistic community for a transdisciplinary and critical analysis on the repercussions that the multiple formations of what is taken and understood as sculpture have, not only in art, but also outside the artistic realm.
Obra da Coleção de Gravura das Belas-Artes na exposição “Vieira Lusitano. A partir de 3 Desenhos” no Museu de lisboa
Mar 10 202022 OUT 2019 > 23 FEV 2020 | MUSEU DE LISBOA– PALÁCIO PIMENTA
Inauguração: 22 outubro 2019, 18h30
A Faculdade de Belas-Artes participa nesta exposição com a cedência de uma obra da sua Coleção de Gravura, intitulada “Retrato de Vieira Lusitano, da autoria do gravador João José dos Santos, segundo o quadro de Joaquim Manuel da Rocha.
+ informação sobre a gravura
Museu Virtual da FBAUL
Francisco de Matos Vieira (1699-1783), conhecido como Vieira Lusitano, partiu para Roma em 1712, sob a proteção de Rodrigo de Meneses e Almeida (1676-1733), 1.º marquês de Abrantes. Estudou com os pintores Benedetto Lutti (1666-1724) e Francesco Trevisani (1656-1746) e foi o primeiro português a ser galardoado com um prémio da academia romana de S. Lucas. Regressado a Lisboa em 1721, entrou ao serviço do rei D. João V, tendo sido nomeado pintor régio em 1733 e «desenhador e abridor» da Academia Real de História no ano seguinte. Em 1744, obteve o hábito de Cavaleiro da Ordem de Santiago. Em 1774, após a morte de sua mulher, Inês de Lima, o pintor recolheu-se ao convento do Beato António, em Xabregas, onde escreveu a sua autobiografia: O insigne pintor e leal esposo. Foi ainda nomeado honorificamente primeiro diretor da Academia do Nu, criada em 1780 por Cyrillo Volkmar Machado (1748-1823), mas veio a falecer três anos depois, amargurado e retirado do ofício de pintor.
Lisboa foi tema e destino de grande parte da sua obra. Muitas realizações perderam-se com o Terramoto de 1755, como o inacabado ciclo para a sacristia da igreja patriarcal, ou o teto da igreja dos Mártires. Entre a obra que ainda subsiste, realçam-se as telas para a capela de Santo António na igreja de São Roque, São Francisco despojado dos hábitos seculares, que se preserva na igreja do Menino Deus, e Santo Agostinho calcando aos pés a heresia, obra destinada ao convento da Graça e hoje no Museu Nacional de Arte Antiga.
A aquisição de dois desenhos de Francisco Vieira Lusitano pelo Museu de Lisboa dá o mote a esta exposição. Nela se assinalam os 260 anos do atentado a D. José e se apresenta investigação recente e inédita sobre parte do acervo do Museu.
Texto © Museu de Lisboa
guizos rattles
Mar 09 202016 TH JANUARY > 29TH MARCH I MUSEU DE OLARIA, BARCELOS
GUIZOS é uma obra composta por diferentes objectos cerâmicos para mexer… Desenvolveu-se a partir da observação de objectos sonoros de precursão: o guizo/cascavel como objecto central, a referência. O sino é usado em todas as culturas, é um sinal, uma consciência, uma presença. No alargamento do conceito observamos os berloques, a sinalização de uma presença e o jogo, rocas e pulseiras, as dimensões simbólicas e protectoras, os objectos corporais na dança e no transe e as diferentes manifestações presentes nas celebrações religiosas e em cortejos. Falámos então de convocar e afastar o medo, de sermos em comunidade. Esta obra inscreve-se num modelo colaborativo e foi produzida por um colectivo constituído por alunos da Unidade Curricular Laboratório de Cerâmica da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) que frequentaram o 2º semestre do ano lectivo 2018/19 em diferentes níveis de aprendizagem da cerâmica. A este grupo juntei dois convidados, um ex-aluno e uma investigadora em final de pós-doutoramento da Universidade de São João del rei no Brasil. Interessava-me criar um grupo heterogéneo. A cada participante foi dada informação sobre o tema, algumas referências e a possibilidade de criar um conjunto de elementos com identidade num campo muito aberto de possibilidades. As ideias desenvolveram-se na partilha e encontraram-se no processo, ampliando o conceito da obra Guizos. No processo criativo e na pesquisa, o movimento, o corpo e o som estiveram presentes, desde os primeiros gestos do amassar da matéria. No silencia de dar forma, cada um imaginou os resultados sonoros. Os objectos foram feitos para serem manipulados, para haver uma relação sensível com o corpo do outro. As obras foram realizadas em duas oficinas de cerâmica, a da FBAUL e a da associação de Arte e Comunicação Oficinas do Convento – OCT. Na FBAUL usamos matérias cerâmicas recicladas e nas Oficinas da Cerâmica e da Terra a porcelana e o grés de sal. Experimentamos vários processos técnicos de cerâmica: o raku, a faiança, o grés e a porcelana. A instalação no espaço público destes objectos criou a necessidade de uma relação de partilha com os comerciantes da rua, assim solicitamos-lhes a mediação, tornarem-se actores na Bienal. O espectador escuta, mexe nos objectos cerâmicos, acciona o som, experimenta o leve, o pesado, o rugoso, o liso, o brilhante. Uns objectos estão suspensos, outros pousados, e todos pedindo para ser tocados. Nesta proximidade, propomos uma outra relação com a obra de arte. Acreditamos que a experiência háptica melhora o conhecimento da cerâmica, dá alegria e isso é a forma de celebrar a vida.
Virgínia Fróis
com(post)
Feb 16 202006TH > 26TH FEBRUARY I BELAS-ARTES GALLERY
Adam Zaretzky, Alex Warmouth, Ânia Pais, Crystal Kershaw, Dalila Honorato, Diana Aires, Eira Tapio, Ellen Wetmore, Gato Aleatório, Hege Tapio, Henry Wang, Jeff Warmouth, Marne Lucas, Mark Lipton, Marta de Menezes, Molly Ashley, Narae Jin, Rita Wang, Tiago Costa
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
Compost is organic matter that has been decomposed in a process called composting. It is a process of recycling various organic materials, also considered waste and produces a soil conditioner (compost).
This year’s exhibition in the Faculty of Fine Arts Gallery of the University of Lisbon has a dual title as the word compost has a complexity of meanings that are relevant to the cohesiveness of the show as a whole, but also as a composite of artworks that have profound meaning by themselves. Com(post) implies a process of transformation, and this year Cultivamos Cultura is reflecting very much about transformation. The unavoidability of changes is a constant awareness we have throughout our lives, through the times that we live now. Compost and composite, composition, Com(posto) [translated here as possibly: with parts, made of parts, with and put] is an exhibition about cycles, about transformation and becoming something else, something that will encourage growth new beginnings, better beginnings. As we become aware of the need to change in our world, in our planet in our lives it feels necessary to remember that life is a dynamic process. That life is a consistent process of transformation and adaptation, that we must think of it as a somewhat process of composting. Art, more than any other human endeavour can show and be itself a reflection of this cycle as life and therefore the best way to remember the process of being something different, something else, something more, or something less, composing what we will need for a potential future. This year’s exhibition is com(posed) of a small series of works from different artists that makes rethink what we can become.
os 500 desenhos de silva porto da coleção snba
Feb 16 202029 JANEIRO > 07 MARÇO I SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS ARTES
Inaugura no dia 29 de janeiro, às 18h30, a exposição 500 DESENHOS DE SILVA PORTO DA COLEÇÃO SNBA. A exposição ficará patente até 07 de março.
Horário
2ª a 6ª: 10h/19h; sáb.: 14h/19h
No Campo Grande, com Silva Porto
João Paulo Queiroz
- Presidente da Direção SNBA
Há 160 anos, em 1860, a Academia de Belas-Artes de Lisboa procurava um enquadramento para as suas exposições trienais, onde expunham, mediante obrigação estatutária, os seus professores e os seus alunos, obrigatoriamente e sem falta. Estas exposições eram as únicas e atraíam o interesse e participação de não académicos, de amadores e ilustres, sem um lugar para a sua exposição.
É fundada, em 1860, pelos académicos de Lisboa e alguns aristocratas, e com o patrocínio real, a Sociedade Promotora de Belas Artes, a antecessora direta da atual Sociedade Nacional de Belas Artes. Os seus sócios, os académicos, os alunos, e os amadores sofisticados, dividiam-se, como ainda hoje, em “sócios titulares” – os amadores categorizados – e em “sócios efetivos” – os artistas profissionais, possuidores de diploma em Belas Artes.
As exposições da Promotora são também trienais, como as da Academia, pelos seus estatutos. Quando Silva Porto regressa de Paris e participa na exposição de 1880, e cedo se apercebe que o seu ritmo de trabalho não era compatível com a lentidão implícita nas Exposições ao ritmo de três anos, talhadas a pensar nas grandes obras de composição histórica aparatosa e de lenta e esforçada elaboração.
Silva Porto trouxera novidades. Abrira a porta do atelier para, junto do gado e do povo, se sentar ao sol e, duramente, pintar ali mesmo os seus quadros. Era uma pintura portadora da frescura verde do rio, do azul metálico do céu dos dias quentes, do sol a pique que se reflete nas agulhas ondeantes das searas em sequeiro. Entorno da sua casa de campo, no Lumiar, estabelece um perímetro de operações, como o fizera em França, ao longo do Rio Oise em Auvers, ou na Floresta de Barbizon.
O trabalho, muito, é exposto nas exposições paralelas, em salas emprestadas, com um grupo restrito dos seus alunos e amigos. Chamam-lhes o Grupo do Leão, nome da cervejaria, aos Restauradores. As exposições são anuais, espécie de primeiros “Salões de Outono” e reservadas à “arte moderna”.
Ao mesmo tempo, a Sociedade Promotora esgotava as suas energias, pelo seu programa clássico, e pela monumental fundação do Museu das Janelas Verdes e a organização das suas exposições, levadas a cabo pelos seus académicos. Perdia-se o fôlego das exposições, mesmo trienais. Mas Silva Porto empreende a sequência, em paralelo, de oito exposições anuais sendo acompanhadas de muito êxito. Ele e os seus companheiros e admiradores, colecionadores e amadores, em combinação com Ramalho Ortigão, e contando com o apoio da casa real, preparam uma nova associação, dinâmica e reformada, que será o Grémio artístico.
Quando Silva Porto morreu, precocemente, aos 42 anos, em Lisboa, em 1893, deixa um complexo legado, tanto artístico, como institucional e patrimonial. É o Grémio Artístico que, no leilão do espólio do artista, em 1894, irá adquirir as suas gavetas de desenhos, a miscelânea de folhas de papel que lá se encontravam.
Objetos muito diversos, desde os pequeninos apontamentos de uma criança de 10 anos passando pelos trabalhos esforçadas de um estudante de escola industrial, projetos de arquitetura e estudos de Belas-Artes, provas de pensionista, desenhos de exame e de prova de acesso às academias de Paris, e muitos outros trabalhos que acompanharam a sua curta vida.
Será o Grémio Artístico que, já em 1901, se fundirá com a Sociedade Promotora, exangue, mas prestigiada, numa assembleia geral simultânea, originando assim a Sociedade Nacional de Belas Artes.
Este conjunto de desenhos é ao mesmo tempo monumental e banal, pois no acervo convivem os mais ambiciosos projetos com os mais insignificantes esbocetos e anotações ínfimas. Neles se esconde uma vida inteira, e uma leitura do mundo, um pensamento e muitos testemunhos.
O conjunto dos 500 desenhos, significativo e diversificado, protegeu-o, talvez. O tempo foi passando sem que se dispersasse, mantendo-se em diversas pastas e cadernos, conservados nas arrecadações da SNBA durante mais de 100 anos, a maior parte inéditos. Talvez a grandeza do espólio assustasse, e talvez não tenha sido mau de todo, afinal.
E os tempos mudaram: o trabalho de Sara Beirão, que no seu Mestrado de Ciências da Arte e do Património tomou como objeto de estudo o espólio da Sociedade Nacional de Belas-Artes, tomou como objeto o completo inventário deste conjunto. Um trabalho diligente, minucioso, atualizado e correto, com uma metodologia científica adequada, supervisionado pelas professoras Cristina Tavares e Elsa Garrett Pinho, as mais autorizadas especialistas.
Faltava agora a divulgação integral deste acervo. Em 2019 pudemos estabelecer a ligação oportuna entre a crescente consciência ambiental – e esse foi um ano grande para todos – e a temática desta pintura que nos faz regressar à Natureza. Pudemos assim fazer a proposta de associar esta exposição às iniciativas que a Câmara Municipal de Lisboa programou em 2020, por ocasião da atribuição pela Comissão Europeia a Lisboa do título de “Capital Verde.”
Foi o pretexto imaginado, proposto, valorizado e compreendido. Uma oportunidade de editar este volume, de restaurar, desenhos mais precários, de emoldurar a totalidade dos desenhos do acervo, sem excepção, e de mostrá-los também ao público.
A ideia, ambiciosa – 500 desenhos! – foi recebida com entusiasmo pelo vereador José Sá Fernandes e pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, que nos apoiaram.
Inesperadamente atual, a obra de Silva Porto esconde um pensamento profundo, e é uma oportunidade que surpreende na sua criatividade renovada: a natureza hoje mudou de lugar no imaginário, chama-se sustentabilidade, chama-se ambiente, chama-se verde: mas é ainda a mesma, aquela que Silva Porto tanto procurou e incansavelmente representou.
Olhamos de novo os trabalhos de Silva Porto, antes do plástico e do óxido de enxofre, da camada escura do que estamos a deixar nos estratos do antropoceno, e percebemos novos sentidos, chamadas, perguntas e desafios que ultrapassam em muito o gosto da época, e o domínio da pintura e do desenho, coisas afinal pequenas.
Desenvolve-se agora a obra de Silva Porto numa ética integral do ser humano. Este é um sinal da grandeza da obra: quando transcende a sua significância expressiva e se alarga até um humanismo novo, hoje, continuando a sua criação.
Lisboa, 15 de janeiro de 2020
Meia década de resistência tipográfica e editorial (oficinal, projetual, autoral)
Feb 16 202007 > 28 FEVEREIRO I AR.CO
Exposição de projectos dos alunos do mestrado em Práticas Tipográficas e Editorais Contemporâneas (FBAUL + FAUL + Ar.Co)
Os primeiros cinco anos lectivos: 2014-2019
Exposição em três núcleos.
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Primeira parte
“Oficinal”
Inauguração, quinta-feira, 6 de Fevereiro às 18h. Ar.Co, Xabregas.
Exposição patente de 7 a 28 de Fevereiro 2020.
Horário: 2ª a 6ª das 10h às 21h.
Local: Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual
Antigo Mercado de Xabregas, Rua Gualdim Pais, 1900-255 Lisboa
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Segunda parte
“Projectual”
Março 2020 (quatro semanas de duração)
Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa
Núcleo debruçado em torno da caligrafia e desenho de letra
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Terceira parte
“Autoral”
Maio/Junho 2020 (quatro semanas de duração)
Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Núcleo debruçado em torno do book design e do livro de artista
esculturas infinitas
Feb 15 202003 DEZEMBRO > 16 FEVEREIRO I ÉCOLE NATIONALE SUPÉRIEURE DES BEAUX-ARTS DE PARIS ///
24 ABRIL > 07 SETEMBRO I MUSEU GULBENKIAN
A exposição Esculturas Infinitas é uma coprodução do Museu Calouste Gulbenkian e da École Nationale Supérieure des Beaux-Arts de Paris (ENSBAP), onde será apresentada em primeiro lugar entre 3 de dezembro de 2019 e 16 de fevereiro de 2020. Em Lisboa, a exposição ocorre entre 24 de abril e 7 de setembro de 2020.
Se em Paris o ponto de partida são os gessos da ENSBAP e do Louvre, no Museu Gulbenkian expõe-se uma seleção proveniente da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, pretendendo-se, por um lado, celebrar as coleções históricas de réplicas em gesso de esculturas conservadas em escolas de arte e, por outro, questionar a relevância da técnica do molde/modelagem nas práticas artísticas contemporâneas.
A exposição apresenta, lado a lado, estes acervos históricos e um conjunto de obras de 16 artistas contemporâneos, nacionais e internacionais: David Bestué, Christine Borland, Steven Claydon, Michael Dean, Asta Gröting, Simon Fujiwara, Oliver Laric, Juamana Manna, Jean-Luc Moulène, Charlotte Moth, Francisco Tropa, Xavier Veilhan, Marion Verboom, Daphne Wright, Heimo Zobernig e Aleksandra Domanović. Desenvolve-se assim, em diálogo e confronto, um olhar atual sobre a função pedagógica e a contribuição destas coleções de gessos europeias para a cultura visual e para os conceitos de reprodução, variação, serialidade, escala e matéria, entre outros.
Esta exposição constitui uma oportunidade para dar a conhecer ao público coleções históricas que têm vindo a despertar um interesse crescente por parte dos museus, dos investigadores e universidades e dos artistas contemporâneos.
Comissária: Penelope Curtis
Equipa curatorial: Armelle Pradalier, Penelope Curtis, Rita Fabiana, Thierry Leviez
Exposição organizada e coproduzida pela Fundação Calouste Gulbenkian e a École nationale supérieure des Beaux-Arts de Paris, com a colaboração da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Invariante uma suspensão
Feb 10 202008, 13, 15 E 20 FEVEREIRO I CISTERNA BELAS-ARTES
Instalação sonora Invariante uma suspensão de Paulo Morais
HORÁRIOS:
Dias da apresentação
08 fevereiro,,18h10
13 fevereiro, 19h40
15 fevereiro, 18h10
20 fevereiro, 19h40
Entrada livre até ao número limite de 20 visitantes por apresentação .
Não é permitida a entrada depois dos horários estabelecidos.
O trabalho de Paulo Morais materializa-se na criação de Instalações/ Performances que resultam da constante pesquisa sobre a atenção — descobrir, filtrar, e evidenciar — em processos de confrontação ou associação de ideias e objectos.
O “conceito aberto” e a “forma pela forma” são pontos de partida essenciais para “ver/reconhecer o que já lá está”. A apropriação de território, espaço e tempo, estabelece ligações entre matéria/ objectos que, em movimento, geram sonoridades.
O imaginário, de referencial industrial e natural, conecta-se à química, física, função e vida dos objetos. Instalações que evidenciam a percepção de tempo e movimento, que se prolongam, adiando um fim, aludindo à experiência perpetua.
No processo criativo, vento, luz, fogo, água e magnetismo são impulsionadores de movimento que se traduz em peso, resistência, atrito, tensão, queda ou inércia, dando origem a acontecimentos sonoros sobre a reciprocidade “causa-efeito”. O resultado são propostas abertas de paisagens visuais e sonoras que trabalham com a atenção, evocando o acaso aparente, o momento e a ilusão.
A Home Made by Drawing: Amazonia_Lorenzo Bordonaro
Feb 05 202024 JAN > 17 FEB 2020 | CAPELA DA FACULDADE DE BELAS-ARTES DA ULISBOA
Opening Jan 23, 18h00
curated by: Ângela Ferreira
A Home Made by Drawing is an art-research and anthropological long term project exploring the human practice of dwelling, the notions of home and shelter, and the meanings and quandaries of human mobility and identity. The project investigates the dialectic between ideas of home and horizon, openness and closure, finite and infinite that generates a constant, ambiguous and unsolvable movement between contraction and expansion, between staying and leaving. Created by artist and cultural anthropologist Lorenzo Bordonaro, A Home Made by Drawing explores non-static and fluid manners of dwelling that evoke an alternative and nomadic relationship between human beings and their environment, suggesting different and fluid notions of identity and belonging. In Home Made by Drawing, Bordonaro creates symbolic nomadic structures through ephemeral, fragile and impermanent architectures that embody this oscillation between the need to take shelter and the drive to move beyond, between being oneself and becoming other, between the home and the drive to travel.
In this specific installation, Amazonia, part of the wider project A Home Made by Drawing, Bordonaro reworks photographic images and architectural suggestions of his landmark travel to the Amazonian rainforest in 2014.
Bio of the artist at www.bordonaro.eu
instagram: https://www.instagram.com/lorenzobordonaro/
facebook: https://www.facebook.com/lorenzobordonaroart
grão
Feb 05 202001 > 16 FEVEREIRO 2020 I GALERIA DA ANTIGA CAPITANIA DE AVEIRO
A presente exposição apresenta pela primeira vez os resultados da GRÃO – Residência Artística e de Investigação, que teve a sua primeira edição entre 14 de outubro e 3 de novembro de 2019 na sede da entidade organizadora, a Associação Quinta das Relvas (Branca, Albergaria-a-Velha).
Carolina Serrano, Francisco Lourenço, Hugo Lami, Joana Patrão, João Melo, Juliana Matsumura, Tiago Rocha Costa e Tiago Santos, bem como Beatriz Manteigas e Mariana Malheiro (coordenadoras do projeto) são os artistas representados, selecionados para fazerem parte desta primeira edição da GRÃO pelos artistas que apadrinharam o projeto sob a forma de visitas de acompanhamento aos participantes: Isabel e Rodrigo Cabral, Rodrigo Oliveira, Rui Sanches, Sara Bichão e Vasco Costa.
Esta residência, que se pretende anual, contou com o apoio das Faculdades de Belas-Artes das Universidades de Lisboa e Porto.
Entidade Organizadora: CMA
horário
2ª a 6ª › 10h–12h30 / 13h30–18h
Entrada livre
+INFO: Museu da Cidade | Rua João Mendonça, nº. 9/11 3800 – 200 Aveiro.
Tel: (+351) 234 406 485
Email:museucidade@cm-aveiro.pt
PURO INÓSPITO OU A TRANSCENDÊNCIA DOS OBJECTOS CORPÓREOS ARTLAB — TAPEÇARIA CONTEMPORÂNEA
Jan 27 202012 DEZEMBRO > 30 JANEIRO 2020 I GALERIA DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS DO CASTELO DE PORTALEGRE
Inaugura no dia 12 de dezembro, às 17h00, na Galeria de Exposições Temporárias do Castelo de Portalegre, a exposição PURO INÓSPITO OU A TRANSCENDÊNCIA DOS OBJECTOS CORPÓREOS ARTLAB — TAPEÇARIA CONTEMPORÂNEA.
A exposição que se realiza na Galeria de Exposições Temporárias do Castelo de Portalegre reafirma a ligação estabelecida entre a unidade curricular de Tapeçaria da Licenciatura em Pintura da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, o Museu de Tapeçaria de Portalegre Guy Fino e a Câmara Municipal de Portalegre.
Esta exposição intitulada: «Puro Inóspito ou a Transcendência dos Objectos Corpóreos – ArtLab – Tapeçaria Contemporânea», procura introduzir-nos numa «territorialidade imagética» em que a convicção de que as coisas que fazem parte do mundo do pintor são a superfície do mundo visível, este fluxo incessante de transformações é observado, ensaiado de forma a permitir instaurar uma ordem artística (cosmos) que transcende o impacto da fascinação e pavor perante a natureza (Ernesto Grassi).
Os “objectos corpóreos” entendidos como tapeçarias contemporâneas, reconhecidas como «coisas» que podem ser vistas em fragmentos momentâneos de um mundo construído e partilhado por cada autor ao desvendar na materialidade da obra a sua presença imagética (visível) que se torna comunicação multidimensional. Esta mostra-se estrutura-se através de três grupos de «objectos corpóreos» que são identificados pela numeração romana de I, II e III. No “Objectos Corpóreos I”, encontram-se os artistas Alves Dias, Leonor Serpa Branco e Joedy Marins, representando a memória e o legado da Tapeçaria Contemporânea. No «Objectos Corpóreos II», existem os testemunhos artísticos dos professores da disciplina, no caso do Hugo Ferrão, manifesta nas obras a intencionalidade essencial dos materiais e matérias fundadores da Tapeçaria (linhas, tecidos, agulhas) que inventam corpos que aparentam emaranhados de tessituras, já a Susana Pires concebe obras motivadas pelo vestígio do toque revelador da sensualidade e sensorialidade de um corpo intuído. Por último no “Objectos Corpóreos III”, encontramos uma explosão de propostas, com enorme diversidade de criatividade por parte dos alunos selecionados que frequentam a unidade curricular de Tapeçaria: Ana Rita Esteves, Andreia Jesus, Ânia Pais, Aline Welmer, Daniela Landeiro, Joana Leão Alves, Joana Batista, Maria Inês Marcos, Maria Madeira, Maria Nascimento e Margarida Vinhais. A maioria das peças são respostas de enorme qualidade e actualidade, realizadas num contexto que por vezes é muito limitativo, com toda a generosidade que caracteriza a juventude, materializaram mundos em forma de objectos corpóreos poéticos de uma subtileza surpreendente (Andreia Jesus, Ânia Pais, Maria Inês Marcos e Margarida Vinhais) ou funcionalidades que suavizam a existência (Maria Madeira, Ana Rita Esteves e Joana Batista). Neste tempo magnífico em que fui professor de «criaturas mágicas» a quem chamei de alunos pelos seus nomes, fomos capazes de nos olhar nos olhos em busca de humanidade e conhecimento e por breves instantes, sentimos fazermos parte de uma comunidade de seres que desejam mediar a tragédia da vida através de «objectos corpóreos» capazes de despertar mais sentido perante o «puro inóspito» da vivência.
Hugo Ferrão
Regente da unidade curricular de Tapeçaria
Licenciatura em Pintura
entre — exposição de tiago santos
Jan 27 202015 > 29 JANEIRO 2020 I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 15 de janeiro de 2020, às 18h00, na Galeria das Belas-Artes, a exposição Entre de Tiago Santos, com curadoria de Isabel Sabino. A exposição ficará patente até 29 de janeiro de 2020.
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Entre
Todo o homem, patrão a bordo depois de Deus.
Todo o homem, prisioneiro no fundo do porão.
E navio ao mesmo tempo que marinheiro.
Marguerite Yourcenar[1]
No estúdio do jovem artista Tiago Santos (Oliveira de Azeméis, 1996), ocorre-me esta palavra ‘entre’ quando me vejo perante obras em processo, materiais espalhados no chão e mesas, o cheiro e a luz próprios do ambiente de trabalho de atelier que é sempre familiar e que, ao mesmo tempo, se faz estranho.
Estou aqui ‘entre’ tarefas, no meu próprio tempo, mas sobretudo entre objetos, entre representações, entre vestígios de realidades, entre gestos de procura, entre obras, entre palavras e, novamente, entre tempos (entre gerações e entre décadas e séculos de obras, antes e depois de mim, antes e depois deste jovem artista). Não é, contudo, um estar de passagem. Sinto-me no lugar certo à hora certa. O resto agora não conta.
Aliás, mal acabo de chegar pelo meio da chuva miudinha que cai lá fora, o Tiago acolhe-me e diz: entre. E, no interior, vejo pela janela larga a manhã cinzenta e molhada, cujo clima cromático continua nos papéis, cá dentro.
Entre espaços, infiltra-se portanto o olhar.
Entre janelas e paredes há a luz que passa. Entre umas e outras, parece que a luz se fixa mais demoradamente em certas matérias, sejam elas da realidade ou decantadas nas obras. Mesmo aquela luz branca que, no contraste através de vidros aparentes ou quadros, me cega numa certa penumbra acolhedora, acaba por se render ao seu destino, como por exemplo nos casos em que bate e foge de imediato, reflectida, repelida. Esses são os objetos que brilham na sedução da comunicação e da beleza consumível. Aqui rareiam.
Outros são os das matérias cujas superfícies, humildes como corpos baços, absorvem a luz e guardam-na na escuridão, em réstias desmultiplicadas no interior das células, prontas a iluminarem-se ao toque, de dentro para fora.
Poderíamos pensar que é algo químico, algo que resulta da mistura e respiração dos materiais aqui presentes neste laboratório informalmente obsessivo e parcialmente negro: papel, carvão, grafite, tintas acrílicas, betumes, diluentes, etc. Mas, na verdade, é a natureza dos gestos que altera a pele destas coisas aqui visíveis, acende o que elas escondem e cria essa relação inesperada com a luz, essa reação em potência. Neste lugar (ocorre-nos um outro que não este, como uma distante caverna, galeria subterrânea, porão de navio) a luz não se vislumbra por ser reflectida; é imanente, mas precisa de ser revelada.
É o que aqui se passa, suspeito, no estúdio e em cada obra: superfícies intensa e insistentemente tocadas, manuseadas, pisadas, pelos olhos que têm dedos e pelos dedos que têm penas, lábios, dentes e máquinas caprichosas, são propensas a revelarem a sua força expressiva, a sua verdade. É com a sua erosão no labor que se ilumina o brilho baço e quente do sangue dentro do corpo, do carvão sobre o papel, do alcatrão da estrada escura da viagem. E não se gasta tal negrume de tanto olhar, pelo contrário, de tanto olhar nele fulgem centelhas e, com elas, vemos algo. Entre olhares, acontece um facto: uma obra que se funde com um espaço e que dele faz por sair.
Trata-se, portanto, de um acontecimento, pois é isso uma obra, um labor que produz resultados, um trabalho inclusive como Marx repensou e cujo conceito fábulas de cigarras e formigas servem para debater até hoje. Todavia, também no caso de Tiago Santos a obra não é apenas nem a labuta nem o que ela faz, o objeto desenho ou o objeto pintura. A obra é, sobretudo, o aroma que fica, o sabor/saber que permanece, entre olhares. Por isso é que olhar (contemplar devidamente) é trabalho, dá trabalho, produz experiência e obra.
Entre o papel e a tela, sem referir agora o espaço real, o olhar desdobra-se e hesita. Pode supor-se que, aqui, é o papel que se instaura como arena prioritária, embora haja telas em curso. Dúctil e absorvente, o papel é a superfície que melhor guarda marcas, por imperceptíveis que pareçam, permitindo que formas “raptadas” da vida se tornem “matéria comungada com o papel” (aqui adaptando expressões do próprio artista que, não se furtando ao uso das palavras, respeita a sua rigidez possível). No seu caso, entre pintura, desenho e escrita, por vezes as diferenças perdem importância na necessidade e poder expressivo das passagens, tornando fútil e artificial qualquer separação.
Repetem-se, pois, gestos sobre chão, papel ou tela. Repetem-se letras e nascem palavras, repetem-se palavras e nascem poemas. Também aqui é de uma poética que se trata, de um movimento tão metafórico quanto generativo, pois há um gesto, mais outro e depois outro ainda e produzem marcas. Mas não é a sua simples soma que conta, se bem que essa soma interesse pela necessidade produtiva, isto é, para fazer nascer formas, figuras, espaços de diferentes naturezas sugeridos no plano: resultados mais ou menos estáveis ou efémeros. De novo, o que conta mesmo é o que acontece entre gestos, entre traços, entre manchas, quando acontece. E quando acontece, suspendem-se gestos, traços e manchas, antes de voltar a essa lida. O que acontece é no intervalo. Entre tudo o que se passa, passa-se algo. Entre (tanto).
Daí a imensa importância do tempo, da sua irregular velocidade, ora voraz, ora muito lento, para nos podermos dar verdadeiramente conta do presente. No presente é que acontece o que acontece. “Há que ser paciente”, diz também Tiago.
Entre um antes e um depois, há sempre o atelier, o espaço entre. No estúdio não há relógios adequados, porque é o lugar onde o tempo pulsa com o corpo, simplesmente: os relógios acertam-se com um corpo que faz. “Lugar visceral por natureza”, escreve o artista, referindo-se ao seu carácter orgânico, semi-informe, eventualmente sujo. Arena orgânica, quando invadida (profanada?) por matérias, memórias, imagens fotográficas, nela os gestos pictóricos vão sagrando uma dissecação devoradora, uma digestão lenta que procura transformação e renovação de formas usando também processos de destruição (sobreposição, apagamento, rasura, erosão, uma vez e mais outra e outra), podendo deixar pelo caminho ruínas de passagem. Mais do que lugar, o atelier é extensão do corpo do artista, dos seus gestos, da sua vontade face à resistência do mundo que ali ecoa.
Para a pintora Marlene Dumas, também a imagem referente é uma carga pesada e ela debate-se com a sua história, afirmando num certo momento que a sua arte “is situated between the pornographic tendency to reveal everything and the erotic inclination to hide what it’s all about.”[2]Aceder e facultar acesso ao desejo é o que, no fundo, alimenta o processo do fazer e da sua partilha, obrigando a um ritual combinado de controle e liberdade, como sabem navios e marinheiros: resistir entre ondas para navegar com elas.
Entre si – independentemente de poderem sugerir interiores e paisagens, de haver entre espaços figuras fantasmáticas que não sabemos se chegam ou partem, se o espaço é único ou abre representações dentro de representações, ecrãs ou coisas materiais, se as matérias se degradam ou renascem alquimicamente, ou se o seu ‘filme’ avança em câmara lenta ou vai fastbackward (porque tudo está de passagem) – cada obra é separada das que a antecedem, num processo que evita a serialidade. É que esta implica algum determinismo e, pelo contrário, parece interessar a Tiago Santos privilegiar a manutenção da atenção permanente, da lucidez que instaura uma lógica de ‘quadro’ ou ‘aparição’, se bem que não deixe de haver, contudo, recorrências e afinidades, elos possíveis que, sem fechar narrativas, possibilitam nexos de entendimento entre si.
Entre os limites da construção e da ruína, talvez por esse labor assim se confundam, nos resultados finais, os tempos do passado e do futuro. Talvez por isso também pouco interessem, frequentemente, esses resultados, rapidamente tornados caducos e nunca finais na voragem da procura da comunhão certa de tudo na matéria, como Tiago afirma quando procura pisar a sua própria sombra, ciente dos passos de Kiefer, Pedro Saraiva ou João Jacinto e identicamente implicado na consciência de Yourcenar sobre a erosão do tempo e da sua lenta capacidade de modelação.
“You can’t TAKE a painting, you MAKE a painting”[3], diz de novo Marlene Dumas, sobre esse fazer laborioso, ao que Tiago acrescenta: “pintar é uma submissão extrema”.
Passo a passo, Robert Walser e Xavier De Maistre precisaram de calcorrear muito chão para perderem de vista o caminho ou as paredes do quarto fechado. Com ambos, recorda-se que toda a criação artística requer um estranho jogo interior que apaga ou integra limites impostos, fazendo deles matéria para horizontes mais amplos e abrindo o discurso a partir da linguagem, a narrativa a partir da figura ou vulto que a forma.
Aqui, no estúdio de Tiago Santos e no que dele, entretanto nos chega a esta outra sala, entre interior e exterior, entre tecto, paredes e chão, neste tempo suspenso entre realidades, é preciso deixar que o olhar caminhe, gesticule, labore, para pisarmos a arena do artista e experimentarmos a sua transformação: como no voo de pássaro dos antigos, conjugamos na mobilidade do olhar diferentes, senão mesmo impossíveis, pontos de vista, ou seja, visões; ou como numa máquina do tempo, na ficção científica, atravessamos datas e horas; ou ainda, como no tapete voador que Xerazade inventou num dos seus contos para iludir a morte, vemo-nos pisar outra história.
E, então, também o artista regressa de novo àquele “(…) espaço de 10m2…uma vez lá, espera ser deixado em paz pela consciência para poder sonhar de uma maneira muito distante e, ao mesmo tempo próxima, de qualquer um de nós.”[4]
Isabel Sabino
28 de novembro de 2019
[1] “Blocos de apontamentos 1942-1948” [1942]. Peregrino e estrangeiro. Lisboa: Livros do Brasil, 1990, p. 147.
[2]DUMAS, Marlene. “Pornographic tendency” [1986]. Em Sweet Nothings. Notes and texts. London: Tate Publishing, 2015, p. 33.
[3] Marlene Dumas. “Miss Interpreted” [1992]. Em Sweet Nothings. Notes and texts. London: Tate Publishing, 2015, p. 64.
[4]Tiago Santos, excerto de um dos seus relatórios para as disciplinas finais de Pintura V e VI, FBAUL, 2018-19. Várias expressões entre aspas usadas no presente texto, quando não identificadas, são também oriundas desses relatórios.
which colours have painte the roman theatre?
Jan 10 202012 NOVEMBRO > 26 JANEIRO 2020 I MUSEU DE LISBOA, TEATRO ROMANO
Inaugura no dia 12 de novembro , às 18h00, no Museu de Lisboa, Teatro Romano, a exposição “Que Cores Pintaram o Teatro Romano — modelos e ensaios da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa”.
Imaginar hoje como seria o teatro romano há 2.000 anos, aquando da sua construção, é um exercício difícil de realizar. A maqueta em exposição no museu, assim como as plantas de reconstituição que a investigação logrou obter toram esta questão mais fácil de perceber. Falta, no entanto, conhecer os detalhes decorativos e as cores que os vários elementos arquitetónicos teriam. Em colaboração com a Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, este foi o trabalho que alguns dos alunos ensaiaram: reconstituir a forma e a cor de alguns dos elementos arquitetónicos que ornamentavam o teatro romano de Felicitas Iulia Olisipo.
a vida é um emaranhado de nós
Jan 02 202023 NOVEMBRO > 11 JANEIRO I ZET GALLERY
Inaugura no dia 23 de novembro, às 16h00, na Zet Gallery, em Braga, a exposição “A VIDA É UM EMARANHADO DE NÓS”, com visit a guiada e performativa.
A exposição estará patente até 11 de janeiro de 2020.
Trata-se de uma exposição coletiva com obras selecionadas de artistas que participaram nas GAB-A (Galerias Abertas das Belas-Artes).
Joana Meneses Fernandes (coordenadora do projeto Braga Cultura 2030), Miguel Bandeira Duarte (diretor do Museu Nogueira da Silva), Luís Coquenão (artista visual) e Helena Mendes Pereira (curadora da zet gallery) formam o júri que selecionou, a partir dos participantes na edição de 2019 das Galerias Abertas da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, um grupo de 13 autores.
Alberto Rodrigues Marques, Ana Lúcia Ventura, Ana Sofia Sá, André Costa, Carlos Filipe Cavaleiro, Francisco Lourenço, Hugo Castilho, Lorenzo Bordonaro, Lígia Fernandes, Joana Lapin, Joana Paiva Sequeira, Pablo Quiroga e Segismundo ocupam o espaço expográfico, que é intersetado visual e concetualmente a partir de distintos apelos emocionais, evidenciando o cruzamento disciplinar dos trabalhos.
EXPOSIÇÃO a ilustração na ulisboa
Dec 16 201928 NOVEMBRO > 20 DEZEMBRO | GALERIA BELAS-ARTES
2ª a 6ª feira, 11h00-19h00 / sábado, 14h00-17h00
No âmbito do 2.º Encontro A Universidade de Lisboa e o Património, apresenta-se uma exposição que pretende unir as coleções de várias unidades orgânicas desta instituição de Ensino Superior.
Aqui encontramos a Ilustração na sua plenitude, como modelo ou exercício de aprendizagem, ultrapassando a visão tradicional do seu conceito bidimensional, que ganha uma nova tridimensionalidade com um caráter absolutamente pedagógico.
Esta pequena recolha que agora apresentamos demonstra a potencialidade da ligação entre as coleções que constituem o Património da ULisboa, refletindo a necessidade da adoção de uma estratégia para o património que ligue as várias unidades orgânicas em torno de um eixo comum para a defesa da sua herança partilhada.
Este cruzamento inesperado pretende fomentar novas pontes de ligação entre as diferentes escolas e os seus museus, como o objetivo de incentivar novos projetos transversais e transdisciplinares entre os seus investigadores.
Curadoria:
Alice Nogueira Alves
Ana Mafalda Cardeira
Filipa Soares
Maria Teresa Sabido
Virgínia Glória Nascimento
LAGOA HENRIQUES (1923 – 2009)
Da coleção à ilustração
UMA EVOCAÇÃO DO ATELIER DE LAGOA HENRIQUES
O estudo do processo criativo de um artista do século XX tem forçosamente de partir do reconhecimento das suas fontes artísticas e do seu universo de referências na Natureza e nas Culturas do Mundo por onde viajou. Ao apresentarmos uma seleção de fotos do atelier, realizadas algumas delas em vida do artista ou pouco depois do seu falecimento, antes da desmontagem e transferência do espólio, pretendemos dar conta dessas múltiplas «lembranças» materializadas nos objetos colecionados.
Assim, às conchas (náutilus e búzios) e aos barros etnográficos, juntam-se as máscaras (africanas e japonesas), as lucernas, os leques (chineses e japoneses), instrumentos musicais eruditos e populares, um tinteiro ou a estatuária antiga em madeira (europeia e asiática). Nesta destacam-se dois Cristos, um da Ressureição, seiscentista, e um fragmento de um Crucificado que Lagoa Henriques considerava ser da mão de Miguel Ângelo, com base numa análise estilística e na referência documental a um Cristo desse autor existente numa capela de um antigo Convento lisboeta.
Curadoria:
Maria Teresa Sabido
Virgínia Glória Nascimento
Alice Nogueira Alves
Com a colaboração de
Fernando António Baptista Pereira
Maria João Gamito
27 > 30 NOVEMBRO 2019 | Faculdade de Belas-Artes
27 nov | Sessão de Abertura | Anfiteatro Manuel Valadares | Museu de História Natural e da Ciência (entrada pelo átrio principal do Museu)
28 – 30 nov | Apresentação das comunicações, pósteres e workshops | Grande Auditório | FBAUL
Apresentação
Na sequência da edição de 2018, realiza-se entre os dias 27 e 30 de novembro de 2019 a segunda edição do Encontro – A Universidade de Lisboa e o Património, organizado pela Faculdade de Belas-Artes, em conjunto com a Reitoria e com a colaboração das Escolas da ULisboa.
Neste encontro é pretendida uma abordagem global ao notável património cultural e natural da ULisboa, nas suas múltiplas vertentes – científica, artística, histórica e arquitetónica – reunindo património do saber e da ciência, representado pelos seus edifícios, museus, bibliotecas, arquivos, laboratórios, jardins e coleções, que são identificados como fontes de memória, compreensão, identidade, diálogo, coesão e criatividade.
A importância de iniciativas desta natureza fundamenta-se nas diretrizes internacionais, segundo as quais cabe às instituições a responsabilidade da preservação dos seus elementos patrimoniais e da sua divulgação. Este papel deve ser acentuado no contexto de uma instituição de ensino superior, considerada como a detentora de todos os testemunhos materiais e imateriais da evolução do ensino nacional e europeu nos últimos séculos.
O debate entre as várias escolas da ULisboa visa a promoção do cruzamento dos diversos domínios do conhecimento e do saber, desenvolvidos nas suas Faculdades, Institutos e Centros de Investigação, que trabalham as mais variadas áreas, desde as Artes e Humanidades, às Ciências e Tecnologias. Tem também como objetivo estimular a criação de novas sinergias resultantes de uma visão transdisciplinar no seio da ULisboa
Este encontro pretende ainda reforçar a educação da comunidade académica para a importância do seu património único, e fomentar a contribuição de todos para o estudo e estabelecimento de estratégias de salvaguarda, preservação, valorização e divulgação deste importante recurso para a construção de uma identidade comum.
Linhas temáticas
- Ilustração literária, científica, arqueológica, artística e paisagística
- Estudo, Dinamização e Divulgação do Património e das Coleções da ULisboa
- Estratégias na ULisboa para a Valorização, Preservação, Conservação e Restauro do Património
O primeiro dia é dedicado ao Património Cultural da Universidade de Lisboa e o segundo ao Património Cultural na Universidade de Lisboa, onde se destacam projetos sobre património cultural realizados pelas escolas da Universidade.
PROGRAMA (PDF)
LIVRO DE RESUMOS (PDF)
Comissão Executiva e Organizadora
Alice Nogueira Alves (FBA)
Ana Bailão (FBA)
Ana Mafalda Cardeira (FBA)
Cristina Tavares (FBA)
Eduardo Brito-Henriques (IGOT)
Eduardo Duarte (FBA)
Fernando António Baptista Pereira (FBA)
Filipa Soares (IST)
João Pais (FBA)
João Paulo Martins (FA)
Jorge dos Reis (FBA)
Luís Jorge Gonçalves (FBA)
Maria Isabel Dias (IST-CTN)
Maria Teresa Sabido (FBA)
Mariana Diniz (FL)
Marta Frade (FBA)
Marta Manso (FBA)
Marta Lourenço (MUHNAC)
Palmira Siva (IST)
Pedro Arsénio (ISA)
Odete Palaré (FBA)
Virgínia Glória Nascimento (FBA)
Keynote Speakers
Artur Ramos (FBA)
Fernando António Baptista Pereira (FBA)
Maria Isabel Dias (IST-CTN)
Marta Lourenço (MUHNAC)
Comissão Científica
António Vaz Carneiro (FM)
Artur Ramos (FBA)
Carlos Fabião (FL)
Eduardo Brito-Henriques (IGOT)
Fernando António Baptista Pereira (FBA)
Henrique Leitão (FC)
Isabel Dias (IST-CTN)
João Paulo Martins (FA)
Luísa Arruda (FBA)
Maria João Mogarro (IE)
Maria João Neto (FL)
Marta Lourenço (MUNHAC)
Susana Henriques (FM)
Vítor Serrão (FL-ANBA)
Comissão de Honra
Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa | Presidente da República
Professor Doutor António Cruz Serra | Reitor da Universidade de Lisboa
Professor Doutor José Manuel Pinto-Paixão |Vice-Reitor da Universidade de Lisboa
Professor Doutor António Feijó | Pró-Reitor da Universidade de Lisboa
Dra. Catarina Vaz Pinto | Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa
Professor Doutor Carlos da Costa Salema | Presidente da Academia das Ciências
Doutora Emília Ferreira| Diretora do Museu Nacional de Arte Contemporânea
Almirante Francisco Vidal Abreu | Presidente da Academia de Marinha
Professor Doutor Guilherme d’Oliveira Martins | Administrador da Fundação Calouste Gulbenkian
Professor Catedrático Luís Aires Barros | Presidente da Sociedade de Geografia
Professora Doutora Manuela de Matos Fernandes | Presidente da Academia Portuguesa da História
Professora Doutora Maria Calado |Presidente do Centro Nacional de Cultura
Doutora Natália Correia Guedes | Presidente da Academia Nacional de Belas-Artes