Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha, quinze pinturas primitivas num retábulo imaginado — prémio apom na área da investigação
20 DEZEMBRO 2020 > 20 DEZEMBRO 2021 I CAPELA DO FUNDADOR DO MOSTEIRO DA BATALHA
Prémios APOM 2021 | DGPC
A 26ª edição da Cerimónia dos Prémios APOM realizou-se no dia 28 de outubro.
O Prémio Investigação foi atribuido a Mosteiro da Batalha – Simão Palmeirim e Pedro Freitas “Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha – Quinze pinturas primitivas num retábulo imaginado”
Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha, quinze pinturas primitivas num retábulo imaginado é o título da exposição que celebra uma ideia ousada e original do artista português.
As quinze obras que compõem o retábulo que Almada imaginou incluem várias pinturas primitivas (dos séculos XV e XVI), nomeadamente os icónicos Painéis de S. Vicente. Desde a sua descoberta, e ao longo do século XX, estes painéis geraram um interesse público muito intenso. Almada Negreiros (1893-1970) também se dedicou a esta obra, ainda que de um ângulo completamente original: o da geometria.
Começando por um estudo de perspectiva dos painéis, Almada foi complexificando as suas análises geométricas. Com o tempo, foi juntando vez cada vez mais pinturas até definir um retábulo de quinze obras. Após visita à Batalha ficou convicto que o conjunto era destinado à parede Norte da Capela do Fundador do Mosteiro.
Nesta exposição, além da reconstituição em tamanho natural do retábulo que idealizou – uma instalação com mais de dez metros de altura – os trabalhos de Almada expostos na Capela testemunham o seu longo e intenso processo de pesquisa. Desenhos, cadernos de autor, e até maquetes tridimensionais realizadas por Almada, poderão ser vistas, muitas delas pela primeira vez.
A exposição, comissariada por Simão Palmeirim, é visitável a partir de 20/12/2020 na Capela do Fundador do Mosteiro da Batalha e ficará patente até ao final de 2021.
Dia 7 de abril, pelas 18h, no Mosteiro da Batalha no âmbito desta exposição é lançado um livro homónimo dedicado à investigação de Almada Negreiros sobre Pintura Primitiva Portuguesa, esta edição pretende explicar como chegou o modernista à sua proposta de retábulo imaginado, com a publicação de cadernos de estudo, maquetes e desenhos inéditos do autor.
Até 25 de abril, na Sala do Tecto Pintado do MNAA, está patente a exposição complementar Almada Negreiros e os Painéis (15-10-2020 a 25-04-202).
Comissariada por Simão Palmeirim, com a colaboração do investigador Pedro Freitas, a exposição do MNAA propõe uma reflexão sistemática sobre o contexto da produção destes estudos no próprio percurso intelectual de Almada Negreiros, a sua metodologia de trabalho bem como as implicações das suas (re)construções num entendimento global da obra de arte, que cria submetida a um conhecimento geométrico ao qual chamou Cânone.
O catálogo conta com textos destes investigadores, bem como do também investigador e jornalista António Valdemar e dos responsáveis pelo restauro de uma obra inédita, levado a cabo no Instituo José de Figueiredo, para a exposição.
Dia 18 de abril – Dia Internacional dos Monumentos – haverá visitas guiadas à exposição patente na Capela do Fundador, com o curador Simão Palmeirim.
Para mais informações contactar o Serviço Educativo para o número 244 765 497 ou servicoeducativo@mbatalha.dgpc.pt.