Repensar as museologias na era da descolonização das artes
20 FEVEREIRO > 18H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Arte selvagem, arte negra, arte primitiva, arte extra europeia, arte étnica? Como é que se passou de uma visão de « selvagem » para uma visão repleta de valores humanistas? Como repensar a museologia para expor uma arte considerada durantes séculos como arte colonial?
Estas são algumas das questões e desafios dos principais museus da Europa na última década.
Partindo de nossa experiência nos museus franceses e do recente relatório Sarr-Savoy (2018) encomendado pelo presidente francês, veremos de que forma é que se tem pensado a museologia participativa, a descolonização das artes as heranças coloniais através de arrojados artefatos e dispositivos de museografia e de arquiteturas.
Nota Bio-Bibliográfica:
Egidia Souto
Doutorada em Literatura e Arte pela Universidade da Sorbonne Nouvelle, é professora associada de literatura e cultura lusófona (Portugal e África) na mesma universidade. As suas pesquisas dividem-se em diversas áreas, entre as quais se destacam: a pintura e a ekphrasis; a importância da paisagem como teatro do mundo; os lugares de memória; a arte tribal, museologias participativas. É conferencista, há mais de dez anos, no Museu do Quai Branly-Jacques Chirac, Museu Dapper, Museu do Homem. Tem colaborado em diversos projetos antropológicos ligados ao património. É membro do CREPAL (Centre de recherches sur les pays lusophones), Universidade da Sorbonne Nouvelle, CEAUP (Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto), do grupo Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal da Universidade do Porto e do Instituto de antropologia cultural (Instituto Frobenius), Universidade Goethe de Francfort-sur-le-Main.