Falar de Carlos Relvas no seu tempo, nos tempos de hoje…
23 NOVEMBRO > 18H00 I GRANDE AUDITÓRIO
por: José Soudo
Tomando como referência que nos tempos atuais a reconstrução da memória é feita a partir de coleções, arquivos e atlas de imagens, tomou-se a iniciativa de estruturar, uma reflexão sobre o Arquivo fotográfico e o(s) estúdio(s) de Carlos Relvas, fotógrafo “amateur”, do século XIX, na Golegã.
Sobre a obra de Carlos Relvas (1838/1894), membro desde 1869, da “Societé Française de Photographie”, um dos mais prestigiados e destacados fotógrafos na Europa na sua época, muito se tem escrito e falado, mas na maior parte das vezes, mais fundamentado no estereótipo e na ficção e menos na realidade dos factos.
Sobre ele há mais incertezas e desconhecimento, do que certezas fundamentadas sobre factos, pelo que é lícito afirmar que para o estudo profundo e analítico deste autor, “tudo” ou quase tudo ainda se encontrará por fazer.
Esta reflexão sobre Carlos Relvas, o seu legado patrimonial e o seu arquivo, será mais uma homenagem, modesta sem dúvida, mas que permitirá a pesquisa de mais pistas e contributos, para um debate e conhecimento mais alargado, possivelmente transdisciplinar, sobre a obra fascinante deste fotógrafo português, do século XIX, tão desconhecido ainda, em pleno século XXI, quer em Portugal quer no estrangeiro.
José Soudo – n. Lisboa – 1950
Mestre em Fotografia Aplicada. Título de “Especialista” na Área dos Audio Visuais e Produção dos Media – Fotografia.
Fotógrafo. Curador. Investigador independente em História da Fotografia.
Docente de Fotografia desde 1982 e História da Fotografia desde 1986, no Curso de Fotografia do Departamento de Fotografia do Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual.
Coordenador Técnico, com funções pedagógicas, do Departamento de Fotografia do Ar.Co, de 1986 a 2016.
Sócio co-fundador em 1982, da Galeria e do Projecto de Animação Cultural, “Ether-Vale tudo menos tirar olhos”.
Formador creditado, da Bolsa de Formadores do “Cenjor – Centro Protocolar para Formação de Jornalistas Profissionais”, em ações de formação para jornalistas, nas áreas da Fotografia, do Fotojornalismo, da sua história e cultura, desde 1992.
Docente na Licenciatura do CSF – Curso Superior de Fotografia, da ESTT – Escola Superior de Tecnologia, do IPT – Instituto Politécnico de Tomar, de 2002 até 2016, ano de Aposentação.
Diretor da Licenciatura em Fotografia da ESTT/IPT no ano de 2015. Co-fundador do referido Curso.
Membro da Comissão Executiva do CEFGA – Centro de Estudos em Fotografia da Golegã, nos anos de 2008 a 2009. (Protocolo estabelecido entre ao Município da Golegã e o IPT).
Membro da Comissão de Estudo para a Recuperação da Casa-Estúdio Carlos Relvas, na Golegã, nomeado pelo IPPAR, em Junho de 1996. Deve-se ao relatório desta comissão, o parecer favorável do IPPAR, para o restauro efetivo da Casa Estúdio, executado pelo Arquiteto Victor Mestre, entre 2001 e 2003.
Enquanto fotógrafo, está representado em diversas coleções, oficiais e particulares, quer em Portugal quer no estrangeiro e, também através de livros e publicações diversas, assim como em exposições individuais e também coletivas, com outros artistas visuais.