Curso Livre – Reverberações Performativas Luso-Brasileiras – Lygia Clark e Helena Almeida
Cabeça Coletiva de Lygia Clark. Performance AnaVitoria Fotografia: Renato Manholin
04 OUTUBRO > 29 NOVEMBRO 2021 I SALA 3.63
Estão abertas ATÉ 30 DE SETEMBRO as inscrições para o curso livre Reverberações Performativas Luso-Brasileiras – Lygia Clark e Helena Almeida, que se realiza nos meses de outubro e novembro, na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Coordenador: Fernando Rosa Dias
Formadora: Ana Vitória Freire
Data/ Horário
4, 11, 18 e 25 de outubro, 8, 15, 22 e 29 de novembro
ALTERAÇÃO DO HORÁRIO: 20h00 às 22h00
Outubro: 8 horas
Novembro: 8horas
Sala: 3.63
Limite máximo: 15 alunos
Limite mínimo: 10 alunos.
Público-Alvo: Artistas pesquisadores e estudantes de belas artes/visuais e performativas
INSCRIÇÕES
Valor da inscrição: 50€
Pagamento
A liquidação do valor da inscrição é feita através de transferência interbancária, com os seguintes dados:
Beneficiário:
FBAUL Faculdade de Belas-Artes da ULisboa
Endereço: Largo da Academia Nacional de Belas-Artes, 1249-058 Lisboa
IBAN PT50 0035 0250 0000 1453230 37
INSCRIÇÕES ENCERRADAS
A inscrição é referente apenas ao primeiro mês, o mês de novembro é gratuito.
Termo de responsabilidade
Caso não se verifique o número mínimo de inscritos, a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa não se responsabiliza pela não realização do curso.
Neste caso particular será devolvido o valor da inscrição aos alunos já inscritos.
SINOPSE
A arte contemporânea vem esgarçando cada vez mais as suas redes de relações disciplinares e artísticas, transversalizando seus conhecimentos, suportes e ações. O afeto como modo de troca com o meio, pois para ser afetado a pessoa tem que ter afeto pela coisa, é um indicador primordial desta relação.
Um artista ao ser tocado pela experiência estética de um outro artista, remodela a despeito dos novos afetos, sua plasticidade artística sem perder sua estética primária. Neste sentido, nos interrogamos quais as transformações marcantes dadas pela experiência estética de um criador em outro criador?
Quão devastadora é essa experiência a ponto de se abrir uma fenda na própria construção estética e conceitual de uma trajetória artística já consolidada? E quando se dá essa troca, ao tecer uma teia de relação com outras maneiras de se pensar a criação e seus afetos, novas possibilidades se aportam para outras e diferentes experiências?
Serão 8 encontros com artistas interessados em experimentar, conhecer e explorar as proposições criadas pela artista plástica brasileira Lygia Clark (1920-1988) a partir dos seus “objetos relacionais”, como o método composicional da artista portuguesa Helena Almeida (1934-2018), buscando acionar outros estados de presença e tessituras próprias ao sermos “confrontados à densidade invisível de uma intensa circulação de fluxos que se dá entre os corpos e as coisas” nos devolvendo um corpo vibrátil, não assujeitado, mas potente e em consonância ao pensamento da arte como um disparador da existência.
Esta Residência baseia-se na Residência Artística realizada por Lygia Clark na Falculté d’Arts Plastique St. Charles, na Sorbonne entre os anos de 1970 a 1975 cujo foco é a reflexão sobre “como” produzimos e o estado de atenção e presença no ato criativo.
AnaVitória (1969-) Pós Doutora em Artes da Performance (Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa – Portugal) e PhD. em Artes – Performances do Corpo pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO/Brasil). Coreógrafa premiada e diretora artística da Cia Ana Vitória Dança Contemporânea fundada em 1997 com mais de 33 obras criadas e digressões nacionais e internacionais. Bailarina e artista visual tendo criado várias Instalações Performáticas, site-specifc e Vídeos de Dança com foco naspoéticas corporais, autoperformance e memórias autobiográficas. Coordenadora Adjunta do Mestrado Profissional em Dança na contemporaneidade – PPGPDAN da Faculdade Angel Vianna e do Curso de Pós-Graduação em Preparação Corporal para as Artes Cênicas – FAV/Brasil e Investigadora colaboradora pelo Inet-MD (FMH-UL-Portugal), Sens-Lab (Canadá) e NEPAA (Núcleo de estudos da Performance Afro-Ameríndia – Brasil).
Desde 2009 vem trabalhando em diálogo com o pensamento clarkiano de arte-vida na fronteira com o pensamento clínico de autoconsciência e processos integrados do ser. Atua em projetos junto a Associação Cultural o Mundo de Lygia Clark tendo remontado obras como a Cabeça Coletiva para o Queer Museu e Museu MAR no Brasil.
Desde 2018 vive em Portugal aonde desenvolve seu trabalho artístico-pedagógico sobre poéticas autoperformativas.