Pintura
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prémio de pintura “alunos da fbaul na ermida” — 2ª edição
Mai 31 2021PRAZO DE ENTREGA DE PROPOSTAS ATÉ 31 MAIO 2021
A Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) e o Projecto Travessa da Ermida pretendem promover e acolher uma exposição coletiva dedicada à Pintura, de autoria dos alunos da FBAUL. Convidam-se os artistas interessados a apresentar propostas artísticas para efeitos de selecção das obras a expôr.
São admissíveis todos os alunos do 1º e 2º ciclos de estudos da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), cuja matrícula seja comprovadamente válida (ano lectivo 2020/2021). Os artistas podem candidatar-se individualmente ou em colectivo.
O prazo para instrução e envio das propostas artísticas em formato digital contendo a integralidade dos elementos acima discriminados termina às 24:00h do dia 31 de Maio de 2021.
fertilid’art concurso de expressão artística — resultados
Fev 24 2021O concurso de expressão artística Fertilid’art que desafiou os alunos das Faculdades de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e da Universidade do Porto a retratar a fertilidade foi um sucesso!
Estiveram a concurso 44 obras de arte (pinturas e esculturas) e o júri – constituído pela APFertilidade, pelas duas faculdades e pela empresa farmacêutica Merck – selecionou as 10 obras que fizeram parte da exposição final, incluindo as três vencedoras, três menções honrosas e quatro trabalhos que se destacaram aos olhos dos jurados.
Devido à situação epidemiológica os resultados são publicados apenas agora.
Resultados:
Ângela Abrantes Fonseca, aluna de Escultura da FBAUL, ficou em 3º lugar.
Lígia Fernandes e Ana Alice Abreu Miranda, alunas de Pintura da FBAUL, foram premiadas com menções honrosas.
Foram ainda selecionadas as obras de Maria João Tavares Costa, aluna de Pintura, e Catarina Veloso Teixeira, aluna de Escultura, ambas da FBAUL, para participar da exposição.
o 1º e 2º prémios foram entregues a alunos da Faculdade de Belas-Artes do Porto, assim como uma menção honrosa e participaram mais dois alunos desta Faculdade na exposição.
No âmbito das celebrações das Semana Europeia da Fertilidade, que se assinala entre 4 e 10 de novembro, a Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) lança o concurso FERTILID’ART em conjunto com a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) e a Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto (FBAUP) e que conta com o apoio da farmacêutica Merck.
Se és aluno de uma destas instituições e tens aquilo que é necessário para criar uma obra de Pintura ou Escultura fresca, jovem e inovadora sobre a temática da fertilidade, inscreve-te no concurso!
Serão premiados os três melhores trabalhos nas áreas de Pintura e Escultura e o valor do primeiro prémio é de 1750€. Farão parte do júri membros da Associação Portuguesa de Fertilidade, das Faculdades de Belas-Artes de Lisboa e Porto e da farmacêutica Merck, uma empresa vibrante de ciência e tecnologia que está a apoiar o projeto.
A avaliação das obras e anúncio dos vencedores será feita no início de 2020, com data a ser anunciada posteriormente.
NOTA: PODEM PARTICIPAR TODOS OS ALUNOS DA FBAUL desde que se candidatem com uma obra de PINTURA ou de ESCULTURA, não é obrigatório serem alunos exclusivas destas duas áreas.
última lição: ateliês e tutoriais — manuel botelho
Nov 10 20202 NOVEMBRO 2020 > 12H00 I VIA ZOOM
No dia 2 de novembro, pelas 12h00, realizou-se a última lição do Professor Doutor Manuel Botelho subordinada ao tema “Ateliês e tutoriais”.
Apresentou a cerimónia o Professor Doutor Fernando António Baptista Pereira, Presidente da Faculdade de Belas-Artes e a Professora Doutora Isabel Sabino.
Nesta última aula, Manuel Botelho fez uma breve reflexão sobre aspetos nucleares do ensino artístico contemporâneo, partindo da sua experiência pessoal enquanto docente da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (1995-2020).
gravação
Ana Romãozinho vencedora do Prémio Novo Talento Desenho
Nov 02 2020Ana Romãozinho, licenciada e mestranda em pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, é a vencedora do Prémio Novo Talento Desenho, atribuído pela Viarco e pela Drawing Room – Lisboa, a Feira de Arte Internacional dedicada ao Desenho Contemporâneo que teve a sua 3ª edição na Sociedade Nacional de Belas-Artes, entre 14 e 18 de outubro de 2020.
As sombras do ‘nuno’, os bustos azuis e as fragrâncias do açafrão
Out 26 202001 > 30 OUTUBRO I MUSEU ARQUEOLÓGICO DO CARMO
Inaugura a 1 de outubro, no Museu Arqueológico do Carmo, a exposição individual de José Quaresma com o título: As sombras do ‘nuno’, os bustos azuis e as fragrâncias do açafrão que pode ser visitada entre 1 e 30 de outubro, tanto física como virtualmente.
Dois dias antes da inauguração será disponibilizado na plataforma da FBAUL um catálogo digital com imagens de todas as obras expostas. Cinco dias após a inauguração “física” será disponibilizado, também nesta plataforma, o registo videográfico para a visita virtual.
Esta exposição consiste na criação de diversas evocações — algumas indiciais e tendencialmente abstractas, outras parcialmente figurativas — resultantes do entrelaçamento entre a expressão da pintura (bidimensional e tridimensional) e determinadas peças arqueológicas do Museu Arqueológico do Carmo (MAC), intactas ou fragmentadas, tais como bustos, túmulos, colunas, outras. Inclui ainda duas obras que aludem a um tempo mais remoto e característico da eclosão do próprio acto de pintar, como a reconfiguração plástica de objectos naturais (conchas spondylus) com pigmentos usados há cerca de 60.000 anos pelo homem de Neandertal, segundo investigações conduzidas por João Zilhão e outros especialistas dos vestígios da simbolização humana.
Sendo assim, a intenção consistiu no desenvolvimento de um diálogo vivo e interpelante entre a pintura, a instalação pictural, o poder evocativo de certos “objectos” que o MAC conserva, e a relação imemorial entre o “pintar de hoje” e o “pintar mais remoto” que já se investigou no espaço europeu até ao presente, seja a “escada” pintada de La Pasiega, a “mão” stencilizada de Maltravieso, ou as misteriosas “conchas” da Cueva de los Aviones, Cartagena.
Mais concretamente a exposição compõe-se de treze pinturas e de três instalações de pintura no espaço interior do Museu Arqueológico do Carmo, e da inserção de uma pintura tridimensional numa das naves laterais da igreja, a parte descoberta do MAC. A produção destas obras orientou-se segundo três sugestões nucleares. (1) Potencial matérico, ou seja, a exploração da materialidade intrínseca à própria elaboração de uma pintura, em confronto e assimilação das matérias (algumas já transformadas devido ao processo de erosão) usadas nos elementos arqueológicos que caracterizam a atmosfera específica do MAC. (2) Potencial pictural com origens dispersas pela nossa vida mais remota, nomeadamente do homem de Neandertal, fruto da exploração de diversas grutas na Península Ibérica por especialistas em Arqueologia e Paleo-antropologia, elaborando a estratigrafia e remexendo em sedimentos, aspirando a tocar a “rocha mãe”. (3) Potencial afectivo, desta vez entre os humanos e os animais em ambiente arqueológico e cultural, pois, nada mais tocante, disruptivo, mas ao mesmo tempo natural, do que imaginar um “Mago” como o de Miguel Torga, entrever um “Nuno” ou dar com uma “Carlota” miando e “arqueando o lombo” sob a pureza espacial das ogivas do MAC.
Lisboa, 15 de setembro, 2020
José Quaresma
bem vindo à ulisboa
Out 05 2020A Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa dá as boas vindas aos seus novos estudantes!
A receção aos estudantes do 1º ano na Ulisboa será feita de forma inteiramente digital.
Entre 28 de setembro e 8 de outubro podes aceder a um conjunto de conteúdos digitais AQUI.
O Digipaper terá lugar no dia 8 de outubro às 16h30. Inscrições a partir de 1 de outubro.
Vê aqui os vídeos:
Boas-vindas às Belas-Artes:
https://www.youtube.com/watch?v=YzJhX51bYhg&list=PL8lFEpB9E9qgMnemRDIM1rkKEUuWvRB91&index=5
Boas-vindas à ULisboa:
https://www.youtube.com/watch?v=8vmTCW3sV-8
controverso — exposição online de finalistas de pintura 2020
Set 11 202001 > 14 SETEMBRO I EXPOSIÇÃO ONLINE
Controverso conta com um conjunto de trabalhos recentes de alguns finalistas de Pintura da FBAUL, de 2020. São apresentados trabalhos produzidos, na sua maioria, nos últimos meses que vão pela primeira vez sair das suas casas e ser mostrados a público. Estes correspondem a um conjunto heterogéneo e diversificado, abrangendo projetos de pintura, ilustração, escultura, instalação, fotografia, vídeo e performance.
Ana Ferreira / Ana Flor / Ana Teixeira / Ânia Pais / Barbara Faden / Barbara Jasmins / Carolina Prata / Clara Correia / Duarte Burnay / Edna Serrão / Francisco Gonçalves/ Francisco Painço Santos / Inês Brito / Joana Oliveira / José Leite/ Leonor Sousa / Liliana Ferreira / Madalena Hipólito / Margarida Pinheiro/ Oksana Zahryva / Rita Andrade / Rita Leitão / Rita Pequeno / Salomé Lopes / Sandra Jorge / Sofia Fernandes / Vera Moreira / Vera Soares
Para mais informações, acompanhem o evento no Facebook e sigam-nos no Instagram.
Instagram: @con_troverso
Apresentação do livro Santa Rita Pintor – Polémicas e controvérsias
Set 07 20209 Setembro 2020 | 18h00 | Feira do Livro – Auditório Sul – Parque Eduardo VII
Na próxima quarta-feira, o responsável pela organização da obra, Fernando Rosa Dias e os autores, juntamente com a editora Documenta, estarão na Feira do Livro de Lisboa, para apresentar o livro sobre o futurista Santa Rita Pintor, figura polémica da cultura portuguesa.
O livro é o resultado de anos de pesquisa partilhada com vários dos autores e de um evento comemorativo que se realizou na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, há pouco mais de dois anos.
Com as diversas leituras em torno de várias questões de Santa Rita Pintor, que avaliam a sua fase académica, a sua fase futurista, a sua dimensão de pintor ou de performer, a sua biografia, etc., o projeto pretende deixar um contributo que visa ajudar a estudar e a pensar esta fascinante figura da cultura portuguesa.
Coordenação
Fernando Rosa Dias
Autores
Ana Bailão
Carlos Silveira
Fernando Cabral Martins
Fernando Rosa Dias
Guilherme Floro de Santa-Rita
João Macdonald
João Mendes Rosa
José Leite
Luís de Barreiros Tavares
Luís Leite
Luís Lyster Franco
Marta Soares
Raquel Henriques da Silva
Sofia Marçal
+info
https://www.sistemasolar.pt/pt/produto/471/santa-rita-pintor-polemicas-e-controversias/
prémio de pintura “alunos da fbaul na ermida” — 1ª edição
Jun 17 2020PRAZO DE ENTREGA DE PROPOSTAS ATÉ 26 JUNHO 2020
A Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) e o Projecto Travessa da Ermida pretendem promover e acolher uma exposição coletiva dedicada à Pintura, de autoria dos alunos da FBAUL. Convidam-se os artistas interessados a apresentar propostas artísticas para efeitos de selecção das obras a expôr.
São admíssiveis todos os alunos do 1º e 2º ciclos de estudos da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), cuja matrícula seja comprovadamente válida (ano lectivo 2019/2020). Os artistas podem candidatar-se individualmente ou em colectivo.
O prazo para instrução e envio das propostas artísticas em formato digital contendo a integralidade dos elementos acima discriminados termina às 24:00h do dia 26 de Junho de 2020.
entre — exposição de tiago santos
Jan 27 202015 > 29 JANEIRO 2020 I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 15 de janeiro de 2020, às 18h00, na Galeria das Belas-Artes, a exposição Entre de Tiago Santos, com curadoria de Isabel Sabino. A exposição ficará patente até 29 de janeiro de 2020.
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Entre
Todo o homem, patrão a bordo depois de Deus.
Todo o homem, prisioneiro no fundo do porão.
E navio ao mesmo tempo que marinheiro.
Marguerite Yourcenar[1]
No estúdio do jovem artista Tiago Santos (Oliveira de Azeméis, 1996), ocorre-me esta palavra ‘entre’ quando me vejo perante obras em processo, materiais espalhados no chão e mesas, o cheiro e a luz próprios do ambiente de trabalho de atelier que é sempre familiar e que, ao mesmo tempo, se faz estranho.
Estou aqui ‘entre’ tarefas, no meu próprio tempo, mas sobretudo entre objetos, entre representações, entre vestígios de realidades, entre gestos de procura, entre obras, entre palavras e, novamente, entre tempos (entre gerações e entre décadas e séculos de obras, antes e depois de mim, antes e depois deste jovem artista). Não é, contudo, um estar de passagem. Sinto-me no lugar certo à hora certa. O resto agora não conta.
Aliás, mal acabo de chegar pelo meio da chuva miudinha que cai lá fora, o Tiago acolhe-me e diz: entre. E, no interior, vejo pela janela larga a manhã cinzenta e molhada, cujo clima cromático continua nos papéis, cá dentro.
Entre espaços, infiltra-se portanto o olhar.
Entre janelas e paredes há a luz que passa. Entre umas e outras, parece que a luz se fixa mais demoradamente em certas matérias, sejam elas da realidade ou decantadas nas obras. Mesmo aquela luz branca que, no contraste através de vidros aparentes ou quadros, me cega numa certa penumbra acolhedora, acaba por se render ao seu destino, como por exemplo nos casos em que bate e foge de imediato, reflectida, repelida. Esses são os objetos que brilham na sedução da comunicação e da beleza consumível. Aqui rareiam.
Outros são os das matérias cujas superfícies, humildes como corpos baços, absorvem a luz e guardam-na na escuridão, em réstias desmultiplicadas no interior das células, prontas a iluminarem-se ao toque, de dentro para fora.
Poderíamos pensar que é algo químico, algo que resulta da mistura e respiração dos materiais aqui presentes neste laboratório informalmente obsessivo e parcialmente negro: papel, carvão, grafite, tintas acrílicas, betumes, diluentes, etc. Mas, na verdade, é a natureza dos gestos que altera a pele destas coisas aqui visíveis, acende o que elas escondem e cria essa relação inesperada com a luz, essa reação em potência. Neste lugar (ocorre-nos um outro que não este, como uma distante caverna, galeria subterrânea, porão de navio) a luz não se vislumbra por ser reflectida; é imanente, mas precisa de ser revelada.
É o que aqui se passa, suspeito, no estúdio e em cada obra: superfícies intensa e insistentemente tocadas, manuseadas, pisadas, pelos olhos que têm dedos e pelos dedos que têm penas, lábios, dentes e máquinas caprichosas, são propensas a revelarem a sua força expressiva, a sua verdade. É com a sua erosão no labor que se ilumina o brilho baço e quente do sangue dentro do corpo, do carvão sobre o papel, do alcatrão da estrada escura da viagem. E não se gasta tal negrume de tanto olhar, pelo contrário, de tanto olhar nele fulgem centelhas e, com elas, vemos algo. Entre olhares, acontece um facto: uma obra que se funde com um espaço e que dele faz por sair.
Trata-se, portanto, de um acontecimento, pois é isso uma obra, um labor que produz resultados, um trabalho inclusive como Marx repensou e cujo conceito fábulas de cigarras e formigas servem para debater até hoje. Todavia, também no caso de Tiago Santos a obra não é apenas nem a labuta nem o que ela faz, o objeto desenho ou o objeto pintura. A obra é, sobretudo, o aroma que fica, o sabor/saber que permanece, entre olhares. Por isso é que olhar (contemplar devidamente) é trabalho, dá trabalho, produz experiência e obra.
Entre o papel e a tela, sem referir agora o espaço real, o olhar desdobra-se e hesita. Pode supor-se que, aqui, é o papel que se instaura como arena prioritária, embora haja telas em curso. Dúctil e absorvente, o papel é a superfície que melhor guarda marcas, por imperceptíveis que pareçam, permitindo que formas “raptadas” da vida se tornem “matéria comungada com o papel” (aqui adaptando expressões do próprio artista que, não se furtando ao uso das palavras, respeita a sua rigidez possível). No seu caso, entre pintura, desenho e escrita, por vezes as diferenças perdem importância na necessidade e poder expressivo das passagens, tornando fútil e artificial qualquer separação.
Repetem-se, pois, gestos sobre chão, papel ou tela. Repetem-se letras e nascem palavras, repetem-se palavras e nascem poemas. Também aqui é de uma poética que se trata, de um movimento tão metafórico quanto generativo, pois há um gesto, mais outro e depois outro ainda e produzem marcas. Mas não é a sua simples soma que conta, se bem que essa soma interesse pela necessidade produtiva, isto é, para fazer nascer formas, figuras, espaços de diferentes naturezas sugeridos no plano: resultados mais ou menos estáveis ou efémeros. De novo, o que conta mesmo é o que acontece entre gestos, entre traços, entre manchas, quando acontece. E quando acontece, suspendem-se gestos, traços e manchas, antes de voltar a essa lida. O que acontece é no intervalo. Entre tudo o que se passa, passa-se algo. Entre (tanto).
Daí a imensa importância do tempo, da sua irregular velocidade, ora voraz, ora muito lento, para nos podermos dar verdadeiramente conta do presente. No presente é que acontece o que acontece. “Há que ser paciente”, diz também Tiago.
Entre um antes e um depois, há sempre o atelier, o espaço entre. No estúdio não há relógios adequados, porque é o lugar onde o tempo pulsa com o corpo, simplesmente: os relógios acertam-se com um corpo que faz. “Lugar visceral por natureza”, escreve o artista, referindo-se ao seu carácter orgânico, semi-informe, eventualmente sujo. Arena orgânica, quando invadida (profanada?) por matérias, memórias, imagens fotográficas, nela os gestos pictóricos vão sagrando uma dissecação devoradora, uma digestão lenta que procura transformação e renovação de formas usando também processos de destruição (sobreposição, apagamento, rasura, erosão, uma vez e mais outra e outra), podendo deixar pelo caminho ruínas de passagem. Mais do que lugar, o atelier é extensão do corpo do artista, dos seus gestos, da sua vontade face à resistência do mundo que ali ecoa.
Para a pintora Marlene Dumas, também a imagem referente é uma carga pesada e ela debate-se com a sua história, afirmando num certo momento que a sua arte “is situated between the pornographic tendency to reveal everything and the erotic inclination to hide what it’s all about.”[2]Aceder e facultar acesso ao desejo é o que, no fundo, alimenta o processo do fazer e da sua partilha, obrigando a um ritual combinado de controle e liberdade, como sabem navios e marinheiros: resistir entre ondas para navegar com elas.
Entre si – independentemente de poderem sugerir interiores e paisagens, de haver entre espaços figuras fantasmáticas que não sabemos se chegam ou partem, se o espaço é único ou abre representações dentro de representações, ecrãs ou coisas materiais, se as matérias se degradam ou renascem alquimicamente, ou se o seu ‘filme’ avança em câmara lenta ou vai fastbackward (porque tudo está de passagem) – cada obra é separada das que a antecedem, num processo que evita a serialidade. É que esta implica algum determinismo e, pelo contrário, parece interessar a Tiago Santos privilegiar a manutenção da atenção permanente, da lucidez que instaura uma lógica de ‘quadro’ ou ‘aparição’, se bem que não deixe de haver, contudo, recorrências e afinidades, elos possíveis que, sem fechar narrativas, possibilitam nexos de entendimento entre si.
Entre os limites da construção e da ruína, talvez por esse labor assim se confundam, nos resultados finais, os tempos do passado e do futuro. Talvez por isso também pouco interessem, frequentemente, esses resultados, rapidamente tornados caducos e nunca finais na voragem da procura da comunhão certa de tudo na matéria, como Tiago afirma quando procura pisar a sua própria sombra, ciente dos passos de Kiefer, Pedro Saraiva ou João Jacinto e identicamente implicado na consciência de Yourcenar sobre a erosão do tempo e da sua lenta capacidade de modelação.
“You can’t TAKE a painting, you MAKE a painting”[3], diz de novo Marlene Dumas, sobre esse fazer laborioso, ao que Tiago acrescenta: “pintar é uma submissão extrema”.
Passo a passo, Robert Walser e Xavier De Maistre precisaram de calcorrear muito chão para perderem de vista o caminho ou as paredes do quarto fechado. Com ambos, recorda-se que toda a criação artística requer um estranho jogo interior que apaga ou integra limites impostos, fazendo deles matéria para horizontes mais amplos e abrindo o discurso a partir da linguagem, a narrativa a partir da figura ou vulto que a forma.
Aqui, no estúdio de Tiago Santos e no que dele, entretanto nos chega a esta outra sala, entre interior e exterior, entre tecto, paredes e chão, neste tempo suspenso entre realidades, é preciso deixar que o olhar caminhe, gesticule, labore, para pisarmos a arena do artista e experimentarmos a sua transformação: como no voo de pássaro dos antigos, conjugamos na mobilidade do olhar diferentes, senão mesmo impossíveis, pontos de vista, ou seja, visões; ou como numa máquina do tempo, na ficção científica, atravessamos datas e horas; ou ainda, como no tapete voador que Xerazade inventou num dos seus contos para iludir a morte, vemo-nos pisar outra história.
E, então, também o artista regressa de novo àquele “(…) espaço de 10m2…uma vez lá, espera ser deixado em paz pela consciência para poder sonhar de uma maneira muito distante e, ao mesmo tempo próxima, de qualquer um de nós.”[4]
Isabel Sabino
28 de novembro de 2019
[1] “Blocos de apontamentos 1942-1948” [1942]. Peregrino e estrangeiro. Lisboa: Livros do Brasil, 1990, p. 147.
[2]DUMAS, Marlene. “Pornographic tendency” [1986]. Em Sweet Nothings. Notes and texts. London: Tate Publishing, 2015, p. 33.
[3] Marlene Dumas. “Miss Interpreted” [1992]. Em Sweet Nothings. Notes and texts. London: Tate Publishing, 2015, p. 64.
[4]Tiago Santos, excerto de um dos seus relatórios para as disciplinas finais de Pintura V e VI, FBAUL, 2018-19. Várias expressões entre aspas usadas no presente texto, quando não identificadas, são também oriundas desses relatórios.
finalistas de pintura faculdade de belas-artes ulisboa 18’19
Ago 20 2019
30 JULHO > 24 AGOSTO I SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES
Inaugura no dia 30 de julho às 18h30 a exposição FINALISTAS DE PINTURA FACULDADE BELAS-ARTES ULISBOA 18’19, na Sociedade Nacional de Belas-Artes.
A exposição ficará patente até 24 de agosto.
horário schedule
2ª a 6ª › 12h–19h
sábado › 14h–20h
monday to friday › 12am to 7pm
saturday › 2pm to 8pm
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
A Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, com a prestimosa colaboração da Sociedade Nacional de Belas-Artes, vem dar visibilidade ao trabalho desenvolvido pelos seus finalistas, dando continuidade a idênticos eventos anteriores.
A exposição abrange a totalidade dos finalistas tendo sido organizada em duas fases distintas: a apresentação de um conjunto de obras escolhidas pelos alunos -por vezes apenas uma obra; a selecção das obras consideradas mais representativas dos percursos efectuados pelos discentes, sem qualquer tipo de actuação censória.
A reflexão sobre as obras expostas, num momento em que a definição de obra de arte parece depender cada vez mais de um acto de legitimação, radica no património de conhecimentos e experimentações efectuadas no seio das diferentes vanguardas artísticas do séc. XX.
Considera-se a possibilidade de, com o nosso olhar de contemporaneidade, recorrermos a teorias e conceitos de artistas que, a seu modo, nos finais do séc. XIX estiveram presentes no surgimento da arte do séc. XX à qual em grande parte ainda estamos ligados, como é o caso de um texto de 1890, no qual Maurice Denis defendia – sob o dogma da sua própria arte – que uma obra de arte antes de ser uma batalha de cavalos, um nu, ou seja o que for, era uma superfície plana coberta de cores segundo uma determinada ordem.
Em abono da verdade, a arte da pintura sempre utilizara a parede, a madeira ou a tela como suporte. O que Maurice Denis não podia adivinhar era a grande transformação que se viria a operar ao longo de todo o séc. XX, quer a nível de materiais/meios, quer na exploração dos elementos da linguagem pictórica. Porém, num princípio tinha razão: a arte possuía e vem possuindo uma determinada ordem, uma estrutura, uma intencionalidade, muito para além da sua referência privilegiando a cor, a saber: uma composição.
Quando posteriormente, noutro texto de 1898, Maurice Denis defendeu, referindo-se aos pintores/artistas que, a criação de uma obra de arte estava no saber e na vontade do artista, deu-nos a seu modo, a chave que nos permite direcionar o nosso olhar para as obras em presença partindo destes dois princípios sugeridos: o saber e a vontade do artista.
Estes jovens autores expondo-se, expõem um percurso feito de uma diversidade de saberes acumulados orientados a partir do desenvolvimento e apuramento das suas propostas de trabalho.
Sem tentações de adjectivação de valor e, ou, de gosto, esperamos que a consolidação dos percursos destes jovens possa coexistir em os dois princípios fundamentais de Maurice Denis que não será demais enfatizar: o saber e a vontade do artista.
João Pais
PRÉMIO SGPCM — FBAUL
Ago 20 2019
12 JULHO > 30 AGOSTO I SGPCM
Inaugurou no dia 12 de julho, às 11h00, na Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros, a exposição Prémio SGPCM – FBAUL. A exposição ficará patente até 30 de agosto.
Na cerimónia de inauguração foram entregues os prémios e as menções honrosas:
1º Prémio – Lígia Fernandes
2º Prémio – Simão Martinez Pinto
3º Prémio – Tomás Serrão
Menções honrosas:
Joana Paiva Sequeira
Lorenzo Bordonaro
Tiago Costa
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
O Júri, constituído pelo Secretário Geral da SGPCM, pelo Presidente da FBAUL, pelos diretores das áreas de Arte Multimédia, Desenho, Escultura e PIntura, reuniu no dia 26 de março.
Foram selecionados os seguintes alunos:
1. Alberto Marques
2. Ana Romãozinho
3. Ana Sofia Sá Santos
4. Ânia Pais
5. Bárbara Jasmins
6. Joana Hamrol Pereira
7. Joana Paiva Sequeira
8. João Madureira e Pedro da Silva
9. Julian Sanchez
10. Lígia Fernandes
11. Lorenzo Bordonaro
12. Maria Inês Alves
13. Maria Inês Marcos
14. Pedro Quintáns
15. Simão Martinez Pinto
16. Tiago Costa
17. Tomás Serrão
A Secretaria Geral da Presidência de Conselho de Ministros (SGPCM) e as Belas-Artes Lisboa com o duplo objetivo de estimular e divulgar novos artistas e designers, cujo universo é circunscrito aos alunos da instituição e, ao mesmo tempo, valorizar a sala de reuniões do Conselho de Ministros bem como outros espaços do edifício sede da Presidência do Conselho de Ministros, promovem um concurso anual destinado a promover e a premiar a criação de obras site specific por estudantes matriculados no 1º e no 2º ciclos de estudos ministrados nas Belas-Artes, que acrescentem valor e enriqueçam artística e esteticamente o edifício.
Notas:
a) O concurso é dirigido exclusivamente a alunos da FBAUL, matriculados no 1º e no 2º ciclos de estudos das áreas formativas da instituição;
b) No ano de 2018/2019, o concurso dirigir-se-á particularmente a estudantes das Áreas de Arte Multimédia, Desenho, Escultura e Pintura;
c) De modo a informar e esclarecer os estudantes interessados em participar, decorrerá uma sessão de esclarecimento, no dia 19 de fevereiro de 2019, às 14h30 na SGCPM, na qual estarão presentes membros da SGPCM e docentes da FBAUL;
d) As inscrições decorrem entre 18 de dezembro 2018 e 28 de fevereiro de 2019 através de um formulário Google que deve ser acedido com a conta @campus no gmail aberta;
e) O primeiro, o segundo e o terceiro premiados recebem respetivamente 2.500€, 1.500€ e 1.000€, atribuídos pela SGPCM;
f) Ler com atenção todo o regulamento onde se encontram discriminadas todos os prazos, fases e documentação necessária do concurso.
OPEN DAY FBAUL 2019
Mai 17 201920 MAIO > 10H/18H I ENTRADA LIVRE
Dia 20 de maio realiza-se OPEN DAY FBAUL 2019, na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa entre as 10h00 e as 18h00.
Convidam-se os alunos de escolas secundárias e todos os interessados em frequentar as nossas licenciaturas, mestrados e doutoramentos.
Entre os acontecimentos desse dia constam:
Visitas aos ateliers e laboratórios. O evento GAB-A prolonga-se até ao dia 20.
Sessão de apresentação dos cursos de mestrado e doutoramento no Grande Auditório às 14 horas.
Este dia pretende propiciar um contacto de futuros alunos com docentes, instalações, unidades curriculares e ciclo de estudos, sem prejudicar o normal funcionamento das aulas.
gab-a — 13ª edição das galerias abertas das belas-artes
Mai 17 201918 > 19 MAIO - 14H/19H – ENTRADA LIVRE
Durante o fim-de-semana de 18 e 19 de maio de 2019 a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa vai acolher a 13ª edição das GAB-A / Galerias Abertas das Belas-Artes.Participam alunos e ex-alunos dos vários cursos que a escola integra: Arte Multimédia, Ciências da Arte e do Património, Desenho, Design de Comunicação, Design de Equipamento, Escultura e Pintura.
As GAB-A são um fórum de discussão e mostra de jovens artistas, produtos de investigação artística e obras em contexto de ensino superior artístico público, integrados no espaço físico onde são pensados e produzidos.
Não é uma comum exposição em galeria, museu ou centro cultural. É a abertura dos espaços de trabalho e de investigação artística que a Faculdade de Belas-Artes contém, num espírito de oficina, de atelier ou de estúdio.
As GAB-A são um evento de partilha com públicos exteriores que depende da vontade dos seus participantes, das solicitações, motivações, e da oportunidade e convites que, depois de cada edição, lhe são dirigidas.
É um espaço de grande informalidade, com a presença dos jovens autores. Um fórum / feira, onde se ensaiam questões pragmáticas como o universo do contacto com o mundo exterior, a constituição de grupos e projetos ou a definição de estratégias de ações futuras. Um momento de troca de experiências e de aplicação de conhecimentos.
Nas GAB-A não há seleção de obras nem de participantes por qualquer entidade que não o próprio autor, possibilita-se que cada estudante teste a sua capacidade de decisão, de autocrítica e de autonomia. São convidados a participar todos os alunos que o queiram fazer, todos os que tenham a segurança e a determinação que qualquer profissão exige.
Possibilita-se a fruição de um ambiente de fórum de arte atual, no contexto do seu núcleo embrionário (o local de aprendizagem e investigação) o que propicia interrogações sobre os mundos, sobre a arte e sobre o mundo da arte.
Nas GAB-A estabelecem-se pontes entre todos os ciclos e níveis de ensino. Participam alunos que frequentam a Faculdade há seis meses ao lado de outros que a frequentam há muitos mais anos (licenciandos, mestrandos e doutorandos).
festival partes 2019
Mai 16 2019
15 > 31 MAIO
Exposições
Pintura
inauguração 15 maio > 18h00
Auditório Escola Superior de Tecnologia da Saúde
15 > 31 de maio
Desenho
inauguração 16 maio > 18h00
Átrio do Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva
16 > 31 maio
Fotografia
inauguração 17 maio > 18h00
Espaço cultural AGEAS Seguros
17 > 31 maio
Data limite de inscrições – 10 de abril
Cerimónia de abertura – 17 de abril
O Festival das Artes do Parque das Nações é um projeto da Junta de Freguesia em parceria com a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa que pretende dar a conhecer o trabalho de artistas locais.
Desenvolve-se em dois momentos, um de aprendizagem e outro de exposições. O PaRTES 2019 conta ainda com a parceria do Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, Grupo AGEAS Portugal, Escola Superior de Tecnologias da Saúde (ESTeSL) e Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Este ano há novidades. As áreas de intervenção artística privilegiam os trabalhos de desenho, pintura e fotografia. Cada residência artística é liderada por um mentor convidado, que irá orientar um grupo de artistas amadores no desenvolvimento dos projetos.
No final da residência as obras farão parte de uma exposição coletiva, aberta ao público. À semelhança de anos anteriores, cada mentor irá dinamizar um workshop gratuito, aberto à comunidade, com a duração de 1 dia. Este ano os workshops têm como áreas de intervenção as técnicas de Pergamano, Pintura e Desenho Urbano. Prepare o talento, as tintas e os pincéis para mais uma jornada que junta o trabalho artístico e uma dinâmica de grupo que faz do PaRTES um dos programas mais participados do Parque das Nações.
Pode participar de duas formas:
Residência artística + exposição – Durante cerca de um mês, os artistas de uma determinada categoria trabalham sob orientação de um artista mentor para o desenvolvimento de uma obra conjunta ou de trabalho individual a expor durante o período de mostra coletiva. Cada grupo e respetivo mentor são responsáveis por planear, assegurar a curadoria, montagem e desmontagem de cada exposição, em articulação com o espaço onde esta decorrer. As exposições, uma por cada categoria, contarão com trabalhos realizados pelos artistas participantes e pelo menos uma peça colaborativa desenvolvida durante a residência artística. Para se inscrever nas residências preencha o formulário.
Workshop – Durante um dia são realizados workshops, abertos à comunidade, proporcionando aos participantes uma experiência ou primeira abordagem à criação artística nas artes visuais. Esta aprendizagem é dinamizada por artistas convidados e artistas de edições anteriores. Os três workshops (pergamano, pintura e desenho urbano) realizam-se em simultâneo, no dia 27 de abril, das 14h00 às 19h00, nas instalações do IPDJ. Para se inscrever nos workshops preencha o formulário.
O PaRTES abre oficialmente as portas com uma sessão inaugural no dia 17 de abril, que coincide com o início das residências artísticas. É importante a presença de todos os participantes. Este é o dia das apresentações dos parceiros, dos mentores e dos grupos e a opotunidade para saber mais sobre as etapas, técnicas, métodos e temáticas a utilizar, tanto nas residências artísticas e exposições como nos workshops.
Pintura – segunda a sexta-feira, entre as 09h00 às 20h00, no IPDJ;
Fotografia – terças e quintas-feira, das 17h às 20h e sábados à tarde, das 14h00 às 19h00, na AGEAS;
Desenho – segundas-feira entre as 10h00 às 18h00 e sábados entre as 14h00 e as 18h00, no Pav. Conhecimento.
No final de cada residência, cada participante deve propor ao seu mentor quais os trabalhos a expor. A selecção final de trabalhos, bem como a curadoria da exposição fica a cargo do mentor, de acordo com a seguinte programação de inauguração das exposições:
Pintura – 15 de maio, na ESTESEL
Fotografia – 16 de maio, na AGEAS
Desenho – 17 de maio, no Pavilhão do Conhecimento, Ciência Viva
No dia 27 de abril, realizam-se os workshops, das 14h00 às 19h00.
candidaturas 2019/20 — alunos nacionais e internacionais
Mai 01 2019CANDIDATURAS ATÉ 17 MAIO DE 2019
Para a candidatura a ingresso nos seus cursos de formação pós-graduada (Pós-Graduações, Mestrados e Doutoramento em Belas-Artes), a Faculdade de Belas-Artes disponibiliza duas fases de candidatura, sendo que a disponibilização de vagas (em cada um dos dois contingentes abaixo indicados) na 2ª fase, depende da existência de vagas sobrantes na fase anterior.
São disponibilizados dois contingentes de candidatura, com vagas específicas:
- Vagas para admissão de estudantes nacionais e equiparados (cidadãos de um Estado membro da União Europeia);
- Vagas para admissão de estudantes internacionais.
ela — exposição de isabel sabino
Abr 15 2019APRESENTAÇÃO E LANÇAMENTO DO CATÁLOGO — 04 MAIO > 16H00 I SOCIEDADE NACIONAL BELAS ARTES
No âmbito da exposição ELA de Isabel Sabino que inaugurou no dia 11 de abril, na Sociedade Nacional de Belas-Artes, realiza-se no dia 4 de maio, às 16h00, a apresentação e o lançamento do catálogo da exposição, com a presença da artista.
Ainda no dia 4 de maio realiza-se a finissage da exposição.
pintura na terra
Abr 15 2019FINISSAGE E LANÇAMENTO DO LIVRO PINTURA NA TERRA I 27 ABRIL > 15H30 I GALERIA BELAS-ARTES
Realiza-se no dia 27 de abril, às 15h30, na Galeria das Belas-Artes a finissage e o lançamento do livro Pintura na Terra.
A exposição Pintura na Terra de João Paulo Queiroz, que inaugurou no dia 4 de abril, ficará patente até 29 de abril.
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Desde 2005 que executo pintura na mesma paisagem, de modo direto, no terreno, nos Valinhos, bem perto de Fátima. É terra quieta, que conhece peregrinos, e que me conhece bem. As séries têm-se sucedido, ano após ano. Ali tenho executado entre 60 a 120 trabalhos em cada ano, conforme me é possível.
Este espaço vital do artista, que reforça também uma certa dimensão performativa da sua proposta, está geograficamente identificado (…) e deve ser visto no quadro do rigor que caracteriza esta abordagem processual a que não é também alheia uma certa gestão disciplinada do tempo da realização / experimentação, mais própria das experiências científicas de largo espectro temporal (das observações da biologia, dos ciclos das vidas de determinadas espécies vegetais e animais, por exemplo) do que de um processo de criação artística, em regra, quase sempre mais espontâneos e fugazes (Leonardo Charréu, 2019)
Nesta exposição apresento os trabalhos feitos no ano de 2017: são 106 pequenas paisagens, em conjuntos de oito pinturas em cada dia, em que em cada um me debrucei sobre um conjunto de árvores em particular, começando desde manhã, e seguindo sem parar até ao escurecer.
João Paulo Queiroz
Nota biográfica
João Paulo Queiroz (Aveiro, Portugal). Curso Superior de Pintura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Mestre em Comunicação, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). Doutor em Belas-Artes pela Universidade de Lisboa, onde é professor. Co autor dos programas de Desenho A e B (10º ao 12º anos) do Ensino Secundário. Coordenador do Congresso Internacional CSO Criadores Sobre outras obras (anual, desde 2010) e diretor das revistas académicas :Estúdio (QUALIS: A2), Gama (QUALIS: B1), e Croma ISSN (QUALIS: B1). Coordenador do Congresso Matéria-Prima, Práticas das Artes Visuais no Ensino Básico e Secundário (anual, desde 2012). Dirige também a Revista Matéria-Prima (QUALIS: B1). Membro de diversas comissões e painéis científicos, de avaliação, e conselhos editoriais. Consultor da FCT, Portugal. Presidente do Centro de Estudos e Investigação em Belas-Artes (CIEBA), Portugal. Presidente da Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa, Portugal. Diversas exposições individuais de pintura. Prémio de Pintura Gustavo Cordeiro Ramos pela Academia Nacional de Belas-Artes em 2004.
Paisajes Enlazados
Fev 20 201907 > 27 FEVEREIRO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 7 de fevereiro, às 18h00, na Galeria das Belas-Artes a exposição Paisajes Enlazados de Ilídio Salteiro, com curadoria de Antonio García López.
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
“Los hombres construimos demasiados muros
y no suficientes puentes”
Sir Isaac Newton
Entender la serie Paisajes enlazados de Ilidio Salteiro desde la literalidad de un género como el paisaje, sería quedarse en la superficie de un pensamiento mucho más profundo. Solo es posible entender la obra de Salteiro como una manifestación autorreferial hacia la propia pintura en cuanto disciplina, y espacio para la expresión. Los paisajes primigenios y “magmáticos” presentes en las últimas obras de Salteiro, lejos de ser inocentes, señalan el sentido último de la pintura entendida como elección personal, y como acto de resistencia. En un contexto como el actual, donde la industria cultural parece haber abdicado ante la moda del entretenimiento, donde todo es virtual, devolver la mirada a los materiales básicos de la pintura: óleo, acrílico, acuarela, es devolver el protagonismo a la naturaleza de la que nacimos, es hablar del barro, el agua, o el musgo, es un acto utópico pero necesario para poner en valor la fortaleza del pensamiento creativo como motor de cambio. Es así como Salteiro, asume que tanto la pintura como el pensamiento creativo, forman parte de un mismo espacio que hoy parece en peligro. Pero también es consciente de que esa creatividad, es la que nos ha permitido enlazar lo micro con lo macro, el pasado con el presente, investigar sobre la vida, y en definitiva adaptarnos a un medio siempre turbio, siempre cambiante.
Debemos asumir que la muestra Paisajes enlazados, alude más allá del género paisaje, al espacio pictórico de Salteiro entendido como metáfora de la vida, con su diversidad genética pero también como su multiculturalidad. Con sus recurrentes paisajes inventados, Salteiro no hace más que encontrarse con el ser humano que los habita. Con sus anhelos y con sus turbaciones, con sus ganas de vivir y con su miedo a morir. Todo lo que nos rodea está interrelacionado, naturaleza y vida son la misma cosa, el agua de los ríos, y la sangre que fluye por nuestras venas. El pasado y el presente también estan conectados, todo esta en movimiento continuo, y no es posible por mucho que se empeñen los totalitarismos absurdos, y la cosificación que rodea a nuestra sociedad consumista, poner límites y barreras a la naturaleza y a la propia vida. Hacer eso es sinónimo de autodestrucción y fracaso como especie. Solo podremos sobrevivir, si respetamos los tiempos y los flujos de la naturaleza, si retornamos al origen y a los elementos más esenciales, el agua, el barro, el aire. Solo así, seremos capaces de respetarnos a nosotros mismos y por extensión de sentirnos vivos. Es por ello que Salteiro insiste en su empeño por tender puentes y construir refugios, huyendo así de la absurda idea de ponerle vallas al bosque. Es por ello que el acto pictórico de Salteiro, está más preocupado por la curiosidad asociada a la formulación de preguntas, que por el confort que pueda proporcionar conocer las respuestas. Es por ello que esos paisajes que pinta, no son un ejercicio de nostalgia, más bien son expresiones de vida, de metamorfosis, de interpretaciones de un tiempo presente convulso, y que siempre ha sido cambiante a lo largo de la historia.
Antonio García López
lo straniero
Fev 19 201907 > 23 FEVEREIRO I ISTITUTO PORTOGHESE DI SANT’ANTONIO IN ROMA
Inaugura no dia 7 de fevereiro, às 18h00, no Istituto Portoghese di Sant’Antonio in Roma a exposição Lo Straniero de Manuel Gantes, com curadoria de Luísa Arruda.
horário schedule
3ª a sábado › 17h–20h
tuesday to saturday › 5pm to 8pm
Manuel Gantes, propôs o enigmático título Lo Straniero para a exposição na Galeria do Instituto de Santo António dos Portugueses, revisitando a série de 119 desenhos da sua tese: Desenho no século XX e XXI: imagem, espaço, tempo, tese apresentada à Universidade de Lisboa, Faculdade de Belas-Artes, em 2013. A este núcleo temático de desenhos agregou outras séries, desta vez em pintura, relativas à sua actividade actual. A obra de Albert Camus, o seu pensamento, subjaz nas séries que Manuel Gantes nos dá a ver, reclamando na limpidez solar dos seus desenhos ou na opacidade pardacenta das tintas das pinturas, a condição de Straniero que somos de um ou outro modo. Urge reler Camus.
Luísa Arruda
isto é. achas
Jan 20 201910 > 29 JANEIRO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 10 de janeiro, às 18h00, na Galeria das Belas-Artes, a exposição Isto é.Achas de Alberto Rodrigues Marques, Francisco Correia e Gonçalo Gouveia.
Curadoria: Rui Serra
horário schedule
2ª a sábado › 11h–19h
monday to saturday › 11am to 7pm
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
A proposta desta exposição surgiu do contacto e da relação que nós os três estabelecemos ao longo dos últimos quatro anos, em que fomos alunos de Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
O ponto comum aos diferentes trajetos apresentados nesta exposição é a Pintura, quer seja enquanto pensamento quer seja enquanto obra materializada. É daí que parte a ideia desta exposição, que pretendemos que demonstre não só as diferentes abordagens, mas que também evidencie esse “movimento” oscilante e flexível no qual, em três momentos distintos (assinalado por cada um dos participantes), a pintura passa do plano bidimensional, mais perto da sua definição habitual, para o plano tridimensional no qual a questão do “objeto pintura” é subvertida.
Dito isto, o Francisco aborda a pintura do ponto de vista da superfície (a imagem). Encontrou na técnica – e mais concretamente na utilização da tinta de óleo pelo seu carácter carnal – o medium predileto para as pesquisas que desenvolve ao nível da forma. Essas configurações que cria (ou encontra) à superfície da tela, equipara-as a achados arqueológicos até então desconhecidos. Esse paralelismo surge da estreita comparação do momento em que procura no interior da pintura a imagem, com o processo de escavação em busca de possíveis artefactos perdidos. O facto de aliar a exploração matérica da tinta ao carácter gráfico da forma, fá-lo perseguir um universo irónico assente na fronteira entre abstração e figuração.
Seguidamente, o Alberto tem por base processos pictóricos que incidem sobre a importância dos materiais – quer sejam concebidos para o desempenho da atividade artística ou outros de carácter mundano – e a exploração das possibilidades ímpares que estes proporcionam.
Por vezes, inverte os métodos tradicionais da pintura criando trabalhos que são transportados para um território neutro, uma vez que é recorrente a aproximação ao espaço tridimensional; como é o caso das pinturas propostas para a exposição em que a tinta, ao invés de ser aplicada à superfície, é pressionada por detrás da chapa de aço resultando um aparente baixo-relevo.
Por último, o Gonçalo ‘apanha tudo’. Gosta de se definir como pintor-recolector. Acredita que os estímulos para a prática artística estão em todo o lado; a essência de cada coisa torna-a única e por isso tem propriedades que mais nada no mundo possui (por exemplo, comer uma bifana num estabelecimento lisboeta contém o seu intrínseco valor de vivência, enquanto ver uma exposição, ou um filme, tem outro). Depois de recolhidos, esses objetos são emparelhados na tentativa de encontrar relações insólitas entre si – tal como acontece com os materiais idealizados para fins artísticos -. A tela é virada do avesso para se tornar numa piscina, onde um tanque de guerra se mantém à tona de água graças a uma balsa salva-vidas. Ou o fotograma que funciona como pretexto para criar uma mala de pele de crocodilo com duas pernas e botas.
O propósito maior desta exposição é a de tornar compreensível a coreografia que propomos, onde a pintura se mostra em três das suas múltiplas valências, e durante a qual se intui uma operação de questionamento do olhar e da compreensão do que é observado. O próprio título da exposição – Isto é. Achas. -, além de desafiador, surge ele próprio como tom de negação e de impossibilidade perante o que é definido como uma conclusão.
Concurso Prato de Natal Vista Alegre
Ago 27 2018ENTREGA DE CANDIDATURAS ATÉ 7 DE SETEMBRO
CONCURSO EXCLUSIVO PARA ALUNOS 4º ANO LICENCIATURA PINTURA FBAUL
No âmbito do Protocolo entre a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e a Vista Alegre Atlantis S.A. está aberto um concurso para os alunos inscritos no 4º ano da Licenciatura em Pintura da FBAUL, para o prato de Natal da Vista Alegre.
REGULAMENTO
PRIMEIRA
(Caraterísticas / Especificidades)
Os projetos devem ter as seguintes caraterísticas e/ou especificidades:
a) Serem originais e concebidos propositadamente para o efeito;
b) Integrarem-se na natureza simbólica da época natalícia;
c) Apresentarem-se segundo: dimensões do suporte – A3; mancha do tondo – 23,5 cm de diâmetro; sem restrições técnicas;
d) O projeto pode contemplar frente-e-verso (verso: aba traseira com 5 cm);
e) Os concorrentes são responsáveis pela originalidade dos trabalhos apresentados, garantindo a sua autoria e assumindo toda a responsabilidade decorrente de reclamações de terceiros no que diz respeito a direitos de autor e direitos conexos, devendo assinar uma declaração de honra onde seja referido que a peça é original.
SEGUNDA
(Procedimentos)
O concurso obedecerá aos seguintes procedimentos:
a) Divulgação nos sítios de internet da FBAUL e da Vista Alegre;
b) Entrega do projeto final e das propostas em formato digital no Gabinete de Comunicação, Imagem e Inovação (GCII) da FBAUL;
c) Reunião e deliberação do júri;
d) Anúncio dos vencedores e divulgação dos projetos a concurso.
TERCEIRA
(Destinatários)
a) Podem concorrer a este prémio todos os alunos inscritos no 4º ano da Licenciatura em Pintura da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) com inscrição regular à data da candidatura;
b) Cada candidato pode apresentar o máximo de 3 projetos.
QUARTA
(Prazos)
- O concurso público decorrerá entre os dias 1 de julho e 7 de setembrode 2018;
- Os alunos interessados em participar deverão proceder à inscrição, apresentando candidatura online através do preenchimento da FICHA DE INSCRIÇÃO e do envio para o e-mail do GCII (comunicacao@belasartes.ulisboa.pt) uma imagem da obra final, identificada com o respetivo nome, mediante o carregamento (upload) de uma fotografia, com qualidade igual ou superior a 300 dpi’s, juntamente com uma memória descritiva da obra (máx. 300 palavras), até 7 de setembro de 2018;
- A obra final, física, identificada com o nome da obra e do autor, deverá ser entregue presencialmente no GCII da FBAUL até 7 de setembro de 2018;
- Os resultados do concurso serão divulgados até 30 de setembro de 2018;
- As obras não selecionadas devem ser levantadas no GCII até 30 de outubro de 2018.
QUINTA
(Elementos da proposta)
Na submissão de candidatura deverão constar os seguintes elementos:
a) Ficha de candidatura devidamente preenchida;
b) Foto da obra com qualidade igual ou superior a 300 dpi’s;
c) Título da obra, dimensões, materiais, técnica, ano de realização;
d) Memória descritiva (máx. 300 palavras);
e) Declaração de honra onde seja referido que a peça é original.
SEXTA
(Júri)
- O júri é responsável pela apreciação e seleção das obras candidatas
- O júri será constituídopelosseguinteselementos:
a) Dois elementos do Gabinete de Design e Marketing da Vista Alegre, na qualidade de representantes da Vista Alegre;
b) ProfessoraDoutoraIsabel Sabino e Professor Doutor Carlos Vidal,na qualidade de representantesda FBAUL.
SÉTIMA
(Prémio)
- A obra escolhida será produzida e comercializada como prato de Natal que integrará a coleção da Vista Alegre de acordo com o contrato de direitos de autor a celebrar entre a Vista Alegre e o vencedor do concurso;
- Todos os concorrentes terão direito a um certificado de participação no concurso;
- A Vista Alegre reserva-se o direito a não selecionar qualquer obra se o projeto não corresponder a critérios da própria coleção.
OITAVA
(Direitos de Autor)
- A Vista Alegre e a FBAUL respeitarão os direitos de propriedade industrial, de autor e conexos, constantes da regulamentação e legislação em vigor;
- Os direitos intelectuais e patrimoniais dos projetos efetuados no âmbito deste Acordo serão objeto de contrato entre aos seus autores e a Vista Alegre;
PRÉMIOS GAB-A 2018
Ago 26 2018PRÉMIOS GAB-A 2018
Durante o fim-de-semana de 19 e 20 de maio de 2018 a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa acolheu a 12ª edição das GAB-A / Galerias Abertas das Belas-Artes, um evento onde participam alunos e antigos alunos de todos os cursos da instituição e que promove a abertura dos espaços de trabalho e de investigação artística que a Faculdade de Belas-Artes contém, num espírito de oficina, de atelier ou de estúdio.
Nesta edição contou-se com a colaboração de três instituições artísticas para a atribuição de prémios que atribuíssem mérito a alguns dos trabalhos apresentados pelos participantes nas mais diversas áreas: Associação Luzlinar, zet gallery e Casa das Artes de Tavira.
VENCEDORES DO PRÉMIO LUZLINAR
1º lugar | Bolsa para residência artística de longa duração
- Ana Sofia Sá, com a obra “Retorno”, 2018.
Bolsas para residências artísticas de curta duração
- Carolina Lino
- Joana Pitta
- Pedro Tavares
- André Silva
- Marco Pestana
VENCEDORES DO PRÉMIO ZET GALLERY
Participantes seleccionados para participar numa exposição coletiva na zet gallery em Braga a 17 de novembro 2018:
- André Silva
- Marco Pestana
- Jéssica Burrinha
- Carla Afonso
- Mikha-ez
- Ana Sofia Sá
- Lena Wan
- Carolina Serrano
- Joana Pitta (Não Joana)
- Sal Silva
- Fábio Veras
- Tiago Santos
- Rúben Lança
- Poliana Pieratti
- Dora Meirelles Cerqueira
- Francisco Correia
- Alberto Rodrigues Marques
- Ana Sofia Sá, Rita Vidigal e Rodrigo Empis com “nós, e volta a ser ruína”
VENCEDORES DO PRÉMIO CASA DAS ARTES DE TAVIRA
Participantes seleccionados para participar numa exposição coletiva na Casa das Artes de Tavira na programação do verão 2019:
- Ana Sofia Sá
- Beatriz Mónica
- Carlos Cavaleiro
- Carolina Lino
- Hugo Cubo
- Juliana Julieta
- Leonor Sousa Fernandes
- Margarida Andrade
- Maria Francisca de Abreu Afonso
- Natacha Queirós
- Tiago Santos
- Vera Kace
Nota: os premiados que não receberam email de selecção devem contactar o Gabinete de Comunicação e Imagem afim de efectivarem os procedimentos necessários, nomeadamente a autorização para serem contactados futuramente por email e telefone para se agilizar o processo de participação.
finalistas de pintura belas-artes 16’17
Ago 26 201831 JULHO > 31 AGOSTO I SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES
Inaugura no dia 31 de julho, às 18h30, na Sociedade Nacional de Belas-Artes a exposição “Finalistas de Pintura Belas-Artes 16’17“
Coordenação: Miguel Ângelo Rocha
Curadoria: Margarida Eloy
horário | schedule
2ª a 6ª > 12h–19h
sáb. > 14h–20h
monday to friday 12noon to 7pm
saturday 2pm to 8pm
A inauguração é passível de ser registada e divulgada pela Faculdade através de fotografia e vídeo.
Trabalho em curso
Entrámos neste espaço e não havia ninguém – aparentemente, não havia ninguém.
Depois (imediatamente), apercebemo-nos que, afinal, o espaço já estava completo, repleto.
Então, a possibilidade seria criar um espaço nosso para podermos existir.
Como começar? Por onde começar?
“To build a house you start with the roof”(Franz West)
Talvez não exista um espaço vazio, sem referências ou contexto – o próprio espaço écontexto. Não existe um espaço vazio assim como não existe uma página em branco (ou tela em branco…).
Por breves momentos (antes de começar), é possível que a ideia de uma página em branco ou de um espaço sem ninguém seja plausível mas, assim que o primeiro gesto se inicie, originando uma marca numa superfície ou um golpe numa matéria, todas as referências surgem – o contexto da arte.
Um “espaço nosso”seria possivelmente a criação de uma voz própria alterando assim esse contexto, esse espaço já repleto. E esse “espaço”também inclui o tempo, quero dizer: a dinâmica espaço/tempo em que uma obra surge e que irá transformar essa mesma dinâmica.
O acto criativo equaciona a nossa experiência perante as subtilezas que percebemos do mundo. Contudo, aquele não é um empreendimento óbvio, exige o deslocamento da mente, dos preconceitos e da disponibilidade dos sentidos. É uma experiência para lá dos limites do que pode ser nomeado. Não obstante a objectividade que pode estruturar uma obra e a sua concepção, o seu fazer recupera instâncias complexas, de difícil acesso, relacionadas com a nossa natureza subjectiva.
Do contexto próprio da prática artística, a percepção da realidade é uma de multiplicidade e de simultaneidade de eventos. O olhar, o ver é, então, aquele que decorre, coincidente com o movimento – uma experiência do tempo como continuum. Trata-se então da actualização do ver e do pensamento enquanto forma; do movimento em si e do próprio mundo. Serão estas, porventura, as qualidades que estão na génese de uma voz (de uma pluralidade de vozes) e na procura daquela, patentes nas obras presentes nesta exposição.
À obra de arte não é só o tempo histórico específico que lhe corresponde mas, também, uma dimensão do fluxo temporal, algo presente desde o momento da sua concepção e até ao momento em que a obra é apreendida pelo observador. Este traz consigo a sua história, o seu conhecimento e os seus desejos para a experiência da obra. São os tempos colectivo e subjectivo, a partir da direcção do artista e da direcção do observador, que convergem e coincidem na obra, actualizando-a.
Como dizia, a actualização diz respeito ao movimento em si e do próprio mundo. Característica implícita nas acções sucessivas, de valor positivo e que incluem o indeterminado: aquilo que existe potencialmente e que rejeita o óbvio porque a indeterminação implica inovação e criação. É então, a indeterminação, intrínseca à procura de uma voz, de uma prática artística que se afirma como um organismo vivo. Esta é a possibilidade, a abertura e a receptividade ao encontro, uma atenção verificada por uma estrutura que está receptiva ao momento, à invenção que aí está potencialmente contida. São noções que reflectem uma consciência de pluralidade. É a dimensão que afirma o híbrido, o impuro, o imperfeito, conceitos que advêm da percepção que temos da realidade mas que não nos é de todo óbvia pois, desde que nascemos, que nos édito o que as coisas são e o que significam – somos ensinados a reconhecer e, o conhecimento, pela sua natureza, é algo que fica como possibilidade de aprendizagem. (O Eduardo Chillida dizia não acreditar no ensino da arte, que há algo que pode ser ensinado mas, o “resto”, na sua maior parte, só pode ser aprendido, o que é essencialmente diferente.)
A impureza de uma linguagem, uma arte que procura na indeterminação um veículo para adquirir um sentido de autonomia e vitalidade, são condições que advêm, precisamente, da recusa de qualquer categorização. Neste sentido, os trabalhos permanecem abertos, inconclusivos, são potencialmente novas materializações em si mesmos. A incorporação do fluxo e da mudança são elementos críticos na obra e encontram a sua última expressão na recusa de uma só configuração ou fim.
As implicações de tais obras são simultaneamente evidentes e imprevisíveis. A obra não dissimula nem mimetiza o mundo, será, porventura e também, evidência e presença no mundo. A obra é fluxo. Os seus significados balançam entre vários níveis de realidade: concreta, abstracta, simbólica, e outros, dependentes da subjectividade individual, embebidos no mundo, dependentes da luz, do espaço, do momento.
Captando e denunciando a espontaneidade do momento, as actualizações da obra revelam uma intermitência entre a sua natureza e a própria vida, por outras palavras, a sua dimensão política.
M.A.R., Junho 2018.
Razões filosóficas e tecnológicas para a pintura nunca acabar
Mai 15 201801 JUNHO > 16H00 I MUSEU ARQUEOLÓGICO DO CARMO , SALA DE CONFERÊNCIAS
Por questões oficiais a DATA E O LOCAL DA CONFERÊNCIA FORAM ALTERADOS.
Pedimos desculpa pelo incómodo.
Fica remarcada para as 16h00 , no dia 1 de junho, na Sala de Conferências do Museu Arqueológico do Carmo, Largo do Carmo, Lisboa (A entrada no Museu para assistir à Conferência é gratuita).
Será ainda feito o lançamento do livro A Pintura e o Elemento fotográfico. Uma Reciprocidade Inesgotável, e inaugurada a Exposição Carmo, Chiado e as Aparições de Fausto, pelas 17h30, no mesmo local.
Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
A comunicação será desenvolvida em quatro momentos:
1) Apresentação de cinco ideias artísticas com consequências tecnológicas inteiramente relacionadas com a pintura, ou melhor, o elemento pictural: (a) A pintura entre as imagens acheiropoietos e as imagens tecnologicamente elaboradas; (b) As “afinidades electivas” entre o elemento pictural e o elemento fotográfico. (c) De “A Pintura é a flor de todas as artes” (Alberti) à “Homeostasia dinâmica” do elemento pictural. (d) Rememoração e infatigável auto-reflexividade do elemento pictural. Visionamento de exemplos concretos de pintura. (e) A instalação pictural e o homo spectator.
(25 minutos de duração).
2) Apresentação de cinco teses filosóficas relacionáveis com o elemento pictural: (a) As Telephone Paintings de László Moholy-Nagy e as imagens conversacionais em André Gunthert; (b) O “Mito de Theuth”, as linguagens e as tecnologias a partir de Fedro); (c) A interpelação das ideias picturais e a fecundidade da asserção kantiana “aquela representação da faculdade da imaginação que dá muito que pensar”; (d) A metáfora da identidade e da diferenciação através do tempo em Stephen Ferret: O Barco de Teseu; (e) Arthur Danto, After the End of Art ou a questão da morte da pintura na forma tentada.
(25 minutos de duração).
3) Momento dedicado à apresentação do livro que trata uma parte substancial das questões referidas: A Pintura e o Elemento Fotográfico: uma Reciprocidade Inesgotável. A Pintura Contemporânea no Barco de Teseu. (2015-2020). Vol. III
(10 minutos de duração).
4) Diálogo e objecções.
(20 minutos de duração).
Lisboa, 24 de maio, 2018
José Quaresma
INSCRIÇÕES ENCERRADAS
A entrada nas conferências é livre e gratuita, mas de inscrição obrigatória.
adriano de sousa lopes — conservação e restauro das obras académicas pertencentes ao espólio da faculdade de belas-artes da universidade de lisboa
Mai 01 201826 ABRIL > 11 MAIO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 26 de abril, na Galeria das Belas-Artes a exposição Adriano de Sousa Lopes — conservação e restauro das obras académicas pertencentes ao espólio da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, resultado do trabalho de restauro das pinturas de Adriano de Sousa Lopes, realizado pela doutoranda Liliana Cardeira, no âmbito do seu doutoramento, sob orientação da Professora Ana Bailão.
A curadoria da exposição é de Beatriz Bento, Mestre em Museologia e Museografia pela FBAUL.
A exposição é de entrada livre e estará patente até 11 de maio.
Horário:
2ª a 6ª 10h/18h
sáb.: 10h/13h
No dia 11 de maio a Galeria encerra às 13h00
Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
DN (20.04.2018) — Belas Artes exibe obras restauradas inéditas de Adriano de Sousa Lopes
OBSERVADOR (26.04.2018) — Belas Artes de Lisboa exibem obras restauradas inéditas de Adriano de Sousa Lopes
SAPO24 (26.04.2018)— Belas Artes de Lisboa exibem obras restauradas inéditas de Adriano de Sousa Lopes
Adriano de Sousa Lopes nas Belas-Artes: vislumbres de uma carreira
What passing-bells for these who die as cattle?
— Only the monstrous anger of the guns.
(Wilfred Owen, Anthem for Doomed Youth, 1917)[1]
Adriano de Sousa Lopes (1879-1944) entrou nas Belas-Artes de Lisboa em 1895. Aqui foi aluno de Veloso Salgado (1864-1945) e de Luciano Feire (1864-1935). Prémio Anunciação em 1900, parte para Paris em 1903 com uma bolsa do Legado Valmor. Durante esta primeira estadia em Paris frequenta a École Nationale de Beaux-Arts e a então famosa Académie Julien; expõe no Salon d’Automne e, em 1907 e em 1908, viaja até Veneza – prelúdio das viagens que mais tarde fará pela Europa e pelo norte de África. Com a entrada de Portugal na I Guerra Mundial parte em 1917 para a frente de batalha, integrando o Corpo Expedicionário Português. Como oficial artista, o único entre as tropas portuguesas, regista o mortífero conflito militar e a penosa vida dos soldados-ratos nas trincheiras do norte de França. Desta experiência resultará um trabalho único na história da arte portuguesa.
O acervo Sousa Lopes da Faculdade de Belas-Artes integra onze pinturas que lhe estão atribuídas e que são datadas destes seus anos de formação: primeiro como aluno dos mestres lisboetas e depois como estudante bolseiro na capital da Europa, obrigado a enviar para Lisboa as provas do acertado investimento feito na sua educação cosmopolita. Este conjunto de obras é, assim, emblemático da natureza específica das coleções artísticas da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL): maioritariamente constituídas por obras do período de aprendizagem dos artistas e designers nacionais[2]. Esta restrição das coleções à breve e precoce passagem pela instituição dos autores das obras tem sido frequentemente entendida como uma fraqueza ou insignificância intrínseca – avaliação em que assentou muito do desinteresse a que estiveram votadas ao longo de décadas. Na verdade, deve ser entendida como sinónimo da singularidade e qualidade específica do património da maior e mais antiga escola nacional: ao abarcarem o período de formação dos artistas e designers nacionais, estas coleções permitem uma visão primordial das suas carreiras, através de criações que, tantas vezes, desaparecem ou ficam ocultas do olhar público e da investigação crítica; nalguns casos, permitem mesmo vislumbres inesperados ou antevisões renovadas do futuro já conhecido.
Sendo uma escola, a missão principal da FBAUL é «a formação, a investigação e a disseminação do saber nos domínios da arte, da cultura e da ciência que lhe são historicamente reconhecidos bem como nos domínios emergentes da criação contemporânea»[3]. Ao mesmo tempo, cabem-lhe responsabilidades museológicas embora, à semelhança de outras escolas de arte e design, nem sempre disponha dos recursos humanos e dos meios técnicos que melhor garantam a inventariação, a conservação e reabilitação do seu património material. Acima de tudo, a dotação financeira ao seu dispor esgota-se no cumprimento da sua missão principal, ficando até longe, como infelizmente sabemos, de suprir integralmente as necessidades inerentes. Esta dimensão dupla (ou híbrida) é um factor distintivo face a outras instituições de ensino superior e museus e, por isso mesmo, uma vantagem da qual deverá saber tirar partido – pese embora todas as dificuldades que, no contexto atual, coloca à sua gestão. Se a isto somarmos a manutenção e a preservação do Convento de São Francisco da Cidade, no qual a Faculdade está sediada, percebemos melhor a amplitude e o carácter sui generis dos desafios patrimoniais que a FBAUL enfrenta.
A criação de cursos e de vias de especialização (da graduação à pós-graduação) na área de ciências da arte e do património, a aposta que neles tem sido feita nos últimos anos e o claro crescimento tanto dos recursos como dos resultados diretamente ligados ao estudo, à preservação e à recuperação de obras de arte é um sinal claro da vontade da instituição em fazer das dificuldades vantagens. O investimento feito na preservação e na divulgação da grande coleção de escultura em gesso, de qualidade internacional, e a elaboração, em curso, de um plano estratégico para todas as coleções e acervos é um outro.
A presente exposição é, por isso, um excelente exemplo desta nova capacidade da FBAUL em estudar, recuperar e divulgar o seu próprio património artístico. Nela encontramos de forma muito clara estas três vertentes: ao tornar público o resultado do trabalho de restauro das pinturas de Adriano de Sousa Lopes, realizado pela estudante Liliana Cardeira, no âmbito do seu doutoramento, sob orientação da Professora Ana Bailão, a exposição permite difundir o conhecimento resultante do estudo das obras e do autor que a intervenção exige, revelando ao mesmo tempo o processo e os meios da própria intervenção. Esta ênfase no processo de trabalho, para além das inerentes razões científicas e óbvias vantagens pedagógicas, demonstra os paralelismos que a especialidade de conservação e restauro mantém com o processo produtivo de artistas e designers, a sua reconhecida importância nos resultados criativos e a repercussão que tem alcançado na cultura visual contemporânea.
Além das pinturas de Adriano de Sousa Lopes agora mostradas, a coleção das Belas-Artes integra ainda seis desenhos e vinte e quatro gravuras do artista. Destas, dez estão diretamente relacionadas com a sua experiência na frente de guerra e com o trabalho daí resultante. Uma sepultura portuguesa na terra de ninguém é, provavelmente, de todas as gravuras a mais próxima da crueza dos dois versos de Wilfred Owen nascidos da violência inaudita da Grande Guerra. Será dos escombros desta que nascerá o século XX. Mas será também depois dela que a carreira de Adriano de Sousa Lopes se tornará, em Portugal, uma das mais bem sucedidas da primeira metade do novo e moderno século.
[1] «Que sinos dobram para estes que morrem como gado? / — Apenas a fúria monstruosa das armas.» Os dois primeiros versos do poema de Wilfred Edward Salter Owen (1893-1918), poeta inglês que participou como soldado na I Guerra Mundial e morreu nas trincheiras francesas uma semana antes do armistício, surgem logo no início do War Requiem, composto por Benjamin Britten (1913-1976) em 1961-62 para a consagração da nova Catedral de Conventry (cujo edifício medieval foi destruído nos bombardeamentos da II Guerra Mundial). No texto da sua obra, Britten combinou nove poemas de Owen sobre a guerra com os textos latinos tradicionais da missa de requiem.
[2] A FBAUL é detentora de outras acervos, como os que integram obras adquiridas para fins assumidamente pedagógicos ou provenientes de legados. No primeiro caso, destaca-se a coleção de réplicas em gesso de grandes obras escultóricas mundiais; no segundo, o legado do professor e artista Lagoa Henriques (1923-2009). Relembre-se que o essencial das coleções artísticas reunidas na Academia de Belas-Artes de Lisboa, após a sua fundação em 1838, foram-lhe retiradas, entre o fim do século XIX e o início do século XX, para integrarem os novos museus públicos da capital – os atuais Museu Nacional de Arte Antiga e Museu Nacional de Arte Contemporânea.
[3] Estatutos da Faculdade de Belas-Artes, Diário da República, 2.ª série, N.º 43, 3 de março de 2014, p. 6227.
GAB-A — 12ª edição das galerias abertas das belas-artes
Mai 01 201819 > 20 MAIO I BELAS-ARTES
Este evento é passível de ser registado e divulgado pela Faculdade através de fotografia e vídeo
As Galerias Abertas das Belas-Artes são um evento periódico da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, que nos dias 19 e 20 de maio de 2018 realizará a sua 12ª edição.
Horário abertura ao público:
19 maio: 14h – 23h
20 maio: 14h – 19h
Esta atividade integra-se no ANO EUROPEU DO PATRIMÓNIO CULTURAL 2018.
INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Durante o fim-de-semana de 19 e 20 de maio de 2018 a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa vai acolher a 12ª edição das GAB-A / Galerias Abertas das Belas-Artes. Participam alunos e ex-alunos dos vários cursos que a escola integra: Arte Multimédia, Ciências da Arte e do Património, Desenho, Design de Comunicação, Design de Equipamento, Escultura e Pintura.
As GAB-A são um fórum de discussão e mostra de jovens artistas, produtos de investigação artística e obras em contexto de ensino superior artístico público, integrados no espaço físico onde são pensados e produzidos.
Não é uma comum exposição em galeria, museu ou centro cultural. É a abertura dos espaços de trabalho e de investigação artística que a Faculdade de Belas-Artes contém, num espírito de oficina, de atelier ou de estúdio.
As GAB-A são um evento de partilha com públicos exteriores que depende da vontade dos seus participantes, das solicitações, motivações, e da oportunidade e convites que, depois de cada edição, lhe são dirigidas.
É um espaço de grande informalidade, com a presença dos jovens autores. Um fórum / feira, onde se ensaiam questões pragmáticas como o universo do contacto com o mundo exterior, a constituição de grupos e projetos ou a definição de estratégias de ações futuras. Um momento de troca de experiências e de aplicação de conhecimentos.
Nas GAB-A não há seleção de obras nem de participantes por qualquer entidade que não o próprio autor, possibilita-se que cada estudante teste a sua capacidade de decisão, de autocrítica e de autonomia. São convidados a participar todos os alunos que o queiram fazer, todos os que tenham a segurança e a determinação que qualquer profissão exige.
Possibilita-se a fruição de um ambiente de fórum de arte atual, no contexto do seu núcleo embrionário (o local de aprendizagem e investigação) o que propicia interrogações sobre os mundos, sobre a arte e sobre o mundo da arte.
Nas GAB-A estabelecem-se pontes entre todos os ciclos e níveis de ensino. Participam alunos que frequentam a Faculdade há seis meses ao lado de outros que a frequentam há muitos mais anos (licenciandos, mestrandos e doutorandos).
HOMENAGEM A SANTA RITA PINTOR NOS CEM ANOS DO SEU FALECIMENTO – POLÉMICAS E CONTROVÉRSIAS
Mai 01 201803 > 04 MAIO 2018 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Este evento pretende durante dois dias (3 e 4 de maio) homenagear a polémica figura de Santa Rita Pintor, decorridos cem anos do seu falecimento, a 29 de Abril de 1918. Juntando um grupo de especialistas que nos últimos anos se têm interessado e trabalhado sobre Santa Rita Pintor, este projeto pretende lançar novas informações, reflexões e discussões em torno da sua particular importância na história da arte portuguesa, em torno de questões como a sua relação com a Academia, as suas polémicas enquanto bolseiro, com a enviada cópia da Olympia de Manet e o conflito com João Chagas que levou à suspensão das bolsas, o seu reivindicado futurismo, com as suas blagues e provocações, os seus envolvimentos em Orpheu e na edição de Portugal Futurista, esta imediatamente apreendida à saída da gráfica, a sessão futurista com Almada Negreiros que é caso único na sua dimensão extremamente precursora na história da performance em Portugal, a polémica da atribuição da Cabeça Futurista que o amigo Manuel Jardim trouxe postumamente de Paris como sendo de Santa Rita Pintor, a destruição da sua obra de vanguarda, deixando um vazio provocatório ao seu entendimento póstumo, entre outras.
Será um regresso de Santa Rita Pintor à Escola e Academia de Belas-Artes, com as quais esteve diretamente relacionado durante cerca de 1/3 da sua vida. Haverá uma exposição bibliográfica na Biblioteca da Faculdade de Belas-Artes e outra na Academia Nacional de Belas-Artes, com obras e documentação desta instituição e da Faculdade de Belas-Artes, mais algumas curiosidades de coleções privadas, com material pouco visto ou mesmo inédito em exibição pública. Esta exposição terá que funcionar com visita guiada e marcações prévias.
Instituições:
- Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa / CIEBA
- Academia Nacional de Belas-Artes
- Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa
- Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (CET-FLUL)
- Projeto integrado no Ano Europeu do Património Cultural