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revista arte e cultura visual — lançamento do n.1 “isolamento”
Mar 08 2021Nº1: ISOLAMENTO | 2020 | CIEBA-FBAUL
creative (un)makings: disruptions in art/archaeology — lançamento do catálogo
Fev 01 2021O catálogo da exposição “Creative (un)makings: disruptions in art/archaeology” que decorreu no Museu Internacional de Escultura Contemporânea, em Santo Tirso, entre 6 de Março e 14 de Junho de 2020, já está disponível na loja do MMAP/MIEC, em edição bilingue. O livro conta com os contributos de Álvaro Moreira, Sara Navarro e Doug Bailey e com fotografias inéditas da exposição e da sua montagem.
BaileyD.W., S. Navarro, and Á. Moreira. 2020. Creative (un)makings: Disruptions in Art/Archaeology. Santo Tirso: International Museum of Contemporary Sculpture. ISBN 978-972-8180-75-1.
http://miec.cm-stirso.pt/wp-content/uploads/2020/10/Doug-Bailey-Sara-Navarro.pdf
Também já se encontram disponíveis as atas da conferência internacional “Ineligible: A Disruption of Artefacts and Artistic Practice” .
Bailey, D.W., Navarro, S. and Moreira, Á. (eds) Ineligible: A Disruption of Artefacts and Artistic Practice. Santo Tirso: International Museum of Contemporary Sculpture. ISBN 978-972-8180-74-4.
http://miec.cm-stirso.pt/wp-content/uploads/2020/10/Atas-Conferência-Internacional.pdf
Para além de já se encontrarem disponíveis em open-source no website do MIEC, a tiragem de cada uma das publicações é de 500 exemplares impressos.
RIACT — Revista de Investigação Artística, Criação e Tecnologia — chamada de trabalhos
Jan 13 2021CHAMADA DE TRABALHOS ATÉ 15 DE FEVEREIRO 2022
apresentação dos livros persistência da obra l — arte e política // persistência da obra ll — arte e religião
Jan 02 202115 JANEIRO > 18H30 I ONLINE
Organização Tomás Maia
Apresentação a 15 de janeiro de 2021, às 18h30, por Rodrigo Silva (professor na ESAD — Caldas da Rainha) do primeiro volume (Arte e Política), seguida da apresentação por João Sarmento (padre jesuíta, responsável pela Galeria da Brotéria) e, sob confirmação, por Maria João Mayer Branco (professora na FCSH da Universidade Nova de Lisboa) do segundo volume (Arte e Religião).
Estes livros propõem pensar a questão moderna da arte: o que resta da obra após a sua separação da política e da religião. O projecto da Persistência manteve o núcleo inicial de autores (Boyan Manchev, Jean-Luc Nancy, Federico Ferrari e Tomás Maia), tendo acolhido no primeiro volume Silvina Rodrigues Lopes e Isabel Sabino, e no segundo volume Alfredo Teixeira e Paulo Pires do Vale (no âmbito da parceria encetada com o CITER da Universidade Católica Portuguesa). Os dois volumes, inteiramente bilingues (português/francês), são editados pela Documenta (ambos apoiados pelo CIEBA e o segundo apoiado pelo CITER).
Devido à situação actual de confinamento a sessão será on-line acedendo ao endereço https://videoconf-colibri.zoom.us/j/83704589359
Além dos dois oradores principais, a sessão contará com breves participações de alguns dos autores (em directo ou gravados: Boyan Manchev, Federico Ferrari, Jean-Luc Nancy), assim como de representantes dos dois centros de investigação, CITER e CIEBA, respectivamente a Professora Luísa Almendra e o Professor João Paulo Queiroz. A sessão será moderada por Catarina Reis, doutoranda em Belas-Artes.
A Collision Between A Stream Of Light And An Obstacle
Nov 03 202006 OUTUBRO > 06 NOVEMBRO I ONLINE
O design, entre a crise da realidade e a crise da ficção
Mostra de Finalistas de Design de Comunicação 2019/20
Belas-Artes ULisboa
ONLINE: acollisionbetween.belasartes.ulisboa.pt
6 outubro — 6 novembro 2020
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Em 1929, o cineasta russo Sergei Eisenstein escrevia «O Princípio Cinematográfico e o Ideograma», cujos argumentos teciam um quadro comparativo entre duas práticas distintas – a arte pictórica japonesa e o cinema. Para Eisenstein, a montagem (podemos dizer a criação) é sempre fruto de uma colisão. Só a colisão permite a representação de algo impossível de representar. É da colisão que surge o conceito. É ainda neste texto que encontramos a expressão «a collision between a stream of light and na obstacle», título da 10.ª Mostra de Alunos Finalistas da Licenciatura em Design de Comunicação da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Seguindo a proposta de Eisenstein, no ano lectivo de 2019/20, ensaiámos colocar a prática do design de comunicação em colisão com outras duas práticas: o jornalismo (durante o 1.º semestre) e o cinema (no 2.º semestre). A este princípio adicionámos duas hipóteses: poderá à crise do jornalismo corresponder a crise da realidade? E à crise da ficção, a crise do cinema?
Entretanto, e em pleno segundo semestre, um único vocábulo – uma espécie de nome de código de seu nome COVID-19 –, associado a um poderoso conjunto de dados quantitativos e estatísticas diárias, controlaram as nossas acções e os modos de governação do mundo. Que sentido faria continuar a falar de ficção e de cinema, quando a realidade do nosso quotidiano se começava a assemelhar, de um modo estranhamente familiar, ao melhor e ao pior cinema de ficção científica? Se as metodologias projetuais inflectiram para um cenário exclusivamente remoto e digital, decidimos que a pandemia não nos ocuparia como tema; bem pelo contrário, insistimos teimosamente nos aspectos líricos da ficção, em continuar a ver filmes, a falar de filmes, a discutir os limites da nossa prática, talvez agora, mais do que nunca, as nossas bolhas ou espaços de segurança do real. Se a realidade (como a conhecemos) terminou, resta ao design ocupar a ficção.
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A 10.ª edição da Mostra de Finalistas de DC acontecerá online.
De dois em dois dias, em acollisionbetween.belasartes.ulisboa.pt, será revelado um núcleo temático respeitante à produção académica de 2019/20.
No final do evento, será lançada uma publicação impressa.
website: acollisionbetween.belasartes.ulisboa.pt
instagram: instagram.com/acollisionbetween/
facebook: facebook.com/acollisionbetween
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Organização: área de Design de Comunicação — Belas-Artes Ulisboa
livro “> gabinetes” de maria joão gamito e pedro saraiva
Nov 01 2020O livro “> gabinetes” de Maria João Gamito e Pedro Saraiva, da Editora Documenta, já está disponível nas livrarias.
> gabinetes foi o título da exposição com que Pedro Saraiva concluiu o projecto homónimo, iniciado em 2008 com o gabinete > linares. Manuel dos Prazeres Dias Linares (1898- 1968), António Maria Codina (1896-1954), Manuel Celestino Alves, o ‘Dr. Cambedo’, (1912-1990), Alberto Maria de Oliveira Bárcea (1908-1978), Maiga Musad (1952- 2017), Cristina Rosa Agostinho, dita a ‘Linfa’, (1912-1973), Francisco José Martins, mais conhecido por ‘Panero’, (1895-1955), António Rodrigues Carrera (1900-1948), João Gregório (1884-1964) e Pedro Saraiva (1952-) foram o álibi das obras e os nomes que, através de fragmentárias biografias, consubstanciaram os espólios, em cada exposição dados a ver sob a designação do gabinete que os identificou.
> gabinetes é também o título do livro que se oferece como abertura à possibilidade de uma dupla infinitude: a que decorre da ilimitada conveniência do mundo e a que — de natureza mais operativa — delega na pluralidade dos olhares e das leituras um regime próprio de consulta, sediado na neutralidade da ordenação alfabética em que os dicionários e as enciclopédias encerram a totalidade do que se conhece e a sua representação. É essa neutralidade que, de A a Z, orienta neste livro a chegada das palavras e das imagens. Cada palavra — que desse modo funciona como uma entrada — remete para outras palavras, pulverizando-se na hipertextualidade em que repousa a cumplicidade dos objectos e das obras no seu comprometimento com os autores e com os diversos espaços expositivos em que uns e outros fizeram a sua aparição. Também por isso, e porque não faz sentido sujeitar as coisas ao arbítrio da escala que supõe a definição de uma hierarquia, mesmo que sob a forma mais afectiva de uma preferência, todas as imagens — com excepção dos cadernos e das exposições — são reproduzidas à escala 1:10, o que faz do livro o contentor que, contido entre as fotografias da última exposição — > gabinetes —, espacializa o que continua a ver-se sob a lógica formal do modelo reduzido.
Maria João Gamito
Apresentação do livro Santa Rita Pintor – Polémicas e controvérsias
Set 07 20209 Setembro 2020 | 18h00 | Feira do Livro – Auditório Sul – Parque Eduardo VII
Na próxima quarta-feira, o responsável pela organização da obra, Fernando Rosa Dias e os autores, juntamente com a editora Documenta, estarão na Feira do Livro de Lisboa, para apresentar o livro sobre o futurista Santa Rita Pintor, figura polémica da cultura portuguesa.
O livro é o resultado de anos de pesquisa partilhada com vários dos autores e de um evento comemorativo que se realizou na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, há pouco mais de dois anos.
Com as diversas leituras em torno de várias questões de Santa Rita Pintor, que avaliam a sua fase académica, a sua fase futurista, a sua dimensão de pintor ou de performer, a sua biografia, etc., o projeto pretende deixar um contributo que visa ajudar a estudar e a pensar esta fascinante figura da cultura portuguesa.
Coordenação
Fernando Rosa Dias
Autores
Ana Bailão
Carlos Silveira
Fernando Cabral Martins
Fernando Rosa Dias
Guilherme Floro de Santa-Rita
João Macdonald
João Mendes Rosa
José Leite
Luís de Barreiros Tavares
Luís Leite
Luís Lyster Franco
Marta Soares
Raquel Henriques da Silva
Sofia Marçal
+info
https://www.sistemasolar.pt/pt/produto/471/santa-rita-pintor-polemicas-e-controversias/
atravessar — arte, memória e lugar: apresentação e lançamento do catálogo, data a definir
Abr 19 2020DATA A DEFINIR I PALÁCIO MARQUÊS DE POMBAL, OEIRAS
A data para apresentação e lançamento do catálogo da exposição “atravessar” será definida e informada posteriormente.
Atravessar é uma exposição de arte pública promovida pela Câmara Municipal de Oeiras em parceria com a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e que resulta a partir de trabalhos realizados por alunos finalistas da Licenciatura de Escultura em 2017, 2018 e 2019. A mostra que terá lugar na frente ribeirinha, jardim municipal e centro histórico de Oeiras, inaugurada a 23 de novembro 2019, e ficou patente até 22 de fevereiro de 2020.
Partindo do território e de referências como a paisagem, a memória, a identidade cultural, ou o lugar as intervenções escultóricas estabelecem, pelos enquadramentos e morfologias, nexos e problemáticas que contribuem para uma leitura crítica e estratigráfica das narrativas sedimentadas nos lugares.
Intervir artisticamente no espaço público implicou pensar, investigar e questionar os sítios para além dos estereótipos e dos lugares comuns, num processo de resignificação de memórias e sentidos que convocam o olhar contemporâneo e convidam a uma perceção dinâmica por parte do público.
O espaço referencial que promove o atravessar do território além de servir de incentivo à produção artística contemporânea, abre novas perspetivas sobre as referências que constroem as narrativas do tempo, património, memória e identidade dos lugares.
A parceria que CMO e a FBAUL (Área de Escultura) iniciaram em 2004 e que conta um assinável número de prestigiantes eventos, alargou este ano o seu âmbito ao integrar no projeto, atravessar, uma equipa da licenciatura em design de comunicação, que conceberam a sinalética e a comunicação, analógica e digital da exposição.
Portal do município: http://www.cm-oeiras.pt/pt/agenda/Paginas/Exposicao-arte-publica.aspx
Redes do município: https://www.facebook.com/MunicipiodeOeiras/posts/10159288256638696?comment_id=10159303475858696
NewinOeiras: https://newinoeiras.nit.pt/cultura/oeira-vai-ter-uma-exposicao-de-arte-que-atravessa-a-vila/
Roteiro cultura 30 dias: http://www.cm-oeiras.pt/pt/municipio/boletimmunicipal/30dias/222_TRINTA%20DIAS_2019_web.pdf
Oeiras atual: http://www.cm-oeiras.pt/pt/municipio/boletimmunicipal/oeirasatual/254_OEIRAS_ATUAL_2019_WEB.pdf
janotas e flâneurs suspensos num smartphone — chiado, carmo e artes na esfera pública
Mar 11 202004 > 30 MARÇO I MUSEU ARQUEOLÓGICO DO CARMO
10 MARÇO I Łódź, Polónia
Inaugurou no dia 04 de março de 2020, no Museu Arqueológico do Carmo, a exposição janotas e flâneurs suspensos num smartphone — chiado, carmo e artes na esfera pública, no âmbito da 12ª edição do projecto Chiado / Carmo 2020, com a coordenação de José Quaresma. A exposição estará patente até 30 de março.
Ainda no âmbito do projecto Chiado / Carmo 2020 haverá uma mostra na Boutique Gardenia, de 4 a 11 de março, das 14h00 às 17h00.
No dia 10 de março inaugura a segunda exposição do projecto Janotas e flâneurs suspensos num smartphone. Chiado, Carmo e Artes na Esfera Pública, na qual participam estudantes e docentes da Strzemiński Academy of Art Łódź, da Academia di Belli Arti di Firenze e da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Esta segunda exposição (a primeira inaugurou no Museu Arqueológico do Carmo no dia 4 de março) tem a Curadoria local da Prof.ª Alicja Habisiak-Matczak, em comunicação e sintonia com o Programa de trabalho que apresentei aos diversos participantes no Chiado / Carmo deste ano. Tem ainda a particularidade de estar integrada nas celebrações dos 75 anos da Fundação daquela Escola Superior de Belas Artes.
Ao mesmo tempo serão lançados o Livro e o Catálogo, com a participação de ensaístas e de artistas portugueses, polacos e italianos.
Com a participação de 28 artistas (estudantes e docentes) de três instituições europeias de Ensino Artístico Superior, a saber, a Faculdade de Belas-Artes (Lisboa), a Strzemiński Academy of Art Łódź (Lodz) e a Academia di Belli Arti di Firenze (Florença), a exposição no Museu Arqueológico do Carmo, é a primeira das três exposições internacionais programadas para o Chiado / Carmo 2020. As outras duas exposições inauguram em Lodz, no dia 10 de março, e na Casa de Portugal, em Paris, no dia 16 de maio, integrada na Noite Europeia dos Museus.
Paralelamente às exposições será editado um livro de ensaios e um catálogo das exposições em torno dos temas lançados para esta 12ª edição do projecto Chiado / Carmo. Será também realizado um Ciclo internacional de Conferências no Grémio Literário, a 11 de março, cuja informação ficará disponível brevemente.
Lançamento do livro “Silva Porto,” de Varela Aldemira
Mar 02 202007 MARÇO > 15H30 I SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES
Trata-se da reedição da ed. monumental de 1953 (então no centenário do nascimento Silva Porto).
Obra de referência que marca, agora em 2020, a reedição das obras completas de Varela Aldemira. Esta reedição é uma iniciativa do CIEBA, Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes da Universidade de Lisboa, resultado da parceria SNBA / FBAUL, que tornou possível a exposição “500 desenhos de Silva Porto”.
É ocasião para um encontro de debate com os especialistas: a Prof. Raquel Henriques da Silva (FCSH UNova), a Prof. Isabel Sabino (CIEBA/FBAUL), o Prof. João Paulo Queiroz (Curador da exposição, CIEBA/FBAUL e SNBA), a Dra Sara Beirão (resp. pelo inventário, CIEBA/FBAUL), a Prof. Cristina Tavares (CIEBA, FBAUL), e a Prof. Elsa Garrett Pinho (DGPC e FBAUL / CIEBA).
15h30: Visita guiada à exposição “Os 500 Desenhos de Silva Porto na coleção SNBA.”
16h00: Lançamento do primeiro volume das obras completas de Varela Aldemira, o livro “Silva Porto,” (Ed. CIEBA / FBAUL), com oferta de alguns exemplares.
16h30: Debate e intervenções.
19h00: Encerramento da exposição “Os 500 Desenhos de Silva Porto na coleção SNBA.”
Luís Varela Aldemira (1895-1975) foi pintor, professor e investigador, Presidente da SNBA (1932), Vice-Secretário da Academia Nacional de Belas Artes, e eminente Professor de Pintura na então Escola Superior de Belas Artes.
Diz Isabel Sabino: “É especialmente notável essa sua ‘pintura escrita’ – termo com que ele mesmo designa a produção literária, na qual regista diálogos do real com a vida e a cultura e criação artísticas, entre a história, o quotidiano, o trabalho no ensino artístico, os relatos de testemunhos orais dos seus precedentes e as impressões pessoais.”
São títulos seus:
A Arte e a Psicanálise (1935); Um Ano Trágico – Lisboa em 1836 (1937); Terceira Missão Estética de Férias. Alcobaça Ilustrada. Um Estudo Crítico / Programa / Relatório / Catálogo e Estampas (1940); Notas Sobre a Vida e a Obra do Pintor Veloso Salgado (1940); Columbano. Ensaio Biográfico e Crítico (1941); Estudos de Arte e Crítica (1942); O Pintor El Greco (1942); Itinerário Estético – A Caminho de Roma (1943); A Pintora Josefa Greno (1951); Homens e Livros (1952); Silva Porto (1954); Memorial da Berlenga (1956); Os Dois Cristos de Columbano (1957); Henrique Pousão (1959); A Pintura na Teoria e na Prática (1961); Influências e Originalidade da Pintura (1961); A Geometria Estética de Velasquez (1962); A Paisagem nos Cursos de Pintura (1963); A Questão das Cores Complementares (1965); Estudos Complementares de Pintura (1970); Pintura Naturalista (1974).
Revista Convocarte
Fev 01 2020
Christian Marclay, The Clock, 2010, video, 24 h
13 FEVEREIRO > 18H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Apresentação por Fernando Rosa Dias, Stefanie Franco e Leonor Veiga
Com comunicação do filósofo Michel Guérin
Apresentação e lançamento da versão digital da revista 8 / 9 sob o tema “Arte e Tempo” (2019)
“Que é, pois, o tempo? Quem poderá explicá-lo clara e brevemente? Quem o poderá apreender, mesmo só com o pensamento, para depois nos traduzir por palavras o seu conceito? E que assunto mais familiar e mais batido nas nossas conversas do que o tempo? Quando dele falamos, compreendemos o que dizemos. Compreendemos também o que nos dizem quando dele nos falam. O que é, por conseguinte, o tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; se o quiser explicar a quem me fizer a pergunta, já não sei”.
(Santo Agostinho, Confissões, Santo Agostinho, Confissões, Livro XI)
“Qu’est-ce donc que le temps ? Qui pourra l’expliquer clairement et en peu de mots ? Qui pourra, pour en parler convenablement, le saisir même par la pensée ? Cependant quel sujet plus connu, plus familier de nos conversations que le temps ? Nous le comprenons très bien quand nous en parlons ; nous comprenons de même ce que les autres nous en disent.Qu’est-ce donc que le temps ? Si personne ne me le demande, je le sais ; si je cherche à l’expliquer à celui qui m’interroge, je ne le sais plus.”
(St Augustin, Confessions, Livre XI)
Lançamento de trabalhos do próximo número 10 / 11 “Arte e Loucura” (2020)
“A loucura, longe de ser uma anomalia, é a condição normal humana. Não ter consciência dela, e ela não ser grande, é ser homem normal. Não ter consciência dela e ela ser grande, é ser louco. Ter consciência dela e ela ser pequena é ser desiludido. Ter consciência dela e ela ser grande é ser génio”
(Fernando Pessoa)
“La folie, loin d’être une anomalie, est la condition normale de l’homme. L’ignorer sans qu’elle soit grande, c’est être un homme normal. L’ignorer alors qu’elle est grande, c’est être fou. En être conscient alors qu’elle est petite, c’est être déçu. En être conscient et qu’elle soit grande, c’est être un génie.”
(Fernando Pessoa)
Apresentação e lançamento da versão impressa da revista 6 / 7 sob o tema “Ars Ludens – Arte, Jogo e Lúdico” (2018)
“A comunicabilidade universal subjectiva do modo de representação num juízo de gosto (…) não pode ser outra coisa senão o estado de ânimo no jogo livre da faculdade da imaginação e do entendimento (…) . “
Kant, Crítica da Faculdade do Juízo. Analítica do belo. §9
“La propriété subjective qu’a le mode de représentation propre au jugement de goût de pouvoir être universellement partagé (…), ne peut donc être autre chose que l’état de l’esprit dans le libre jeu de l’imagination et de l’entendement (…).”
Kant, Critique de la faculté de juger. Analytique du beau. §9
http://convocarte.belasartes.ulisboa.pt
convocarte@belasartes.ulisboa.pt
As revistas CONVOCARTE editadas estão disponíveis na loja online.
Páginas Inquietas. Sobre Documentos Insubmissos — conferência de mário moura
Dez 01 201918 DEZEMBRO > 18H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Alguns são objectos pequenos, portáteis, que se escondem no bolso ou na palma da mão. São assim para circular discretamente ou porque não há dinheiro para mais. Resumem-se a uma folha impressa dos dois lados, dobrada para simular a ideia de revista. Outros são grandes, demasiado grandes, é difícil desdobrá-los, as suas páginas viram-se com desordem e ruído. Lê-los em público chama necessariamente a atenção, incomoda a pessoa no lugar ao lado, da mesa do fundo, provoca o burburinho alheio. São o equivalente impresso de quem ouve música alto no autocarro. Outros são impossíveis de ler fora de casa: vêm em formatos estranhos, exóticos, caixas, posters que se dobram para fazer páginas, encadernações de elástico, capas que brilham como os espelhos com que se fazem sinais a partir de uma ilha deserta. Alguns cheiram a novo, acabados de fazer; outros envelheceram, melhor ou pior. O mesmo formato que os tornou tão estranhos e ofensivos ameaça destruí-los, rasgá-los, torcê-los, esmagá-los. Em Páginas Inquietas, apresentam-se publicações cujos temas se relacionam com a urgência do acto político, social ou subversivo. E cujo aspecto gráfico chama a atenção. Tenta-se perceber se a sua política se alicerça – ou não – nas suas formas gráficas, no seu formato, nos seus materiais.
Páginas Inquietas, um projecto de Mário Moura e Susana Gaudêncio, toma agora o formato de livro após uma primeira exposição originalmente apresentada no Espaço Mira, Porto em 2016.
Apoiado pela Câmara Municipal do Porto através do programa CRIATÓRIO.
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20 de Dezembro às 17h
Lançamento do livro Páginas Inquietas. Sobre Documentos Insubmissos. Biblioteca Pública Municipal do Porto.
28 de Dezembro às 17h
Lançamento do livro Páginas Inquietas. Sobre Documentos Insubmissos. Livraria STET, Lisboa
Alien Magazine: identidade, design e política
Nov 01 201920 NOVEMBRO > 14H00 I SALA 4.15
Alien Magazine: identidade, design e política
Lisa Moura
20 de Novembro, sala 415, 14h
Desde a sua origem, a palavra “alien” adquiriu múltiplos significados, desde a terminologia legal, que se serve da palavra para descrever as pessoas que estão fora dos seus territórios nativos, sendo sinónimo de conceitos como estrangeiro ou imigrante, às criaturas às vezes fofas, às vezes monstruosas retratadas pela ficção científica.
A revista Alien explora, distorce e expande os limites da compreensão do que é um alien. Numa série de ensaios visuais/escritos, entrevistas ou relatórios de investigação, convida os cidadãos, independentemente da sua forma, tamanho, cor, profissão, partido político, credo, crença, nação, planeta a repensar as normas e os rótulos sociais.
Numa sociedade por vezes alienante, a Alien Magazine oferece-se como um porto seguro para aqueles que sentem que não o têm.
Lançamento do Nº 20 da Revista ARTETEORIA_21 Nov
Nov 01 201921 NOV | CINEMATECA
No próximo dia 21 de novembro, pelas 18h30, realiza-se o lançamento do nº 20 da Revista ARTETEORIA, que decorrerá na Cinemateca Portuguesa, na Rua Barata Salgueiro, nº 39, em Lisboa.
as imagens e a autonomia dos seus conflitos
Nov 01 201905 NOVEMBRO > 14H00 I GRANDE AUDITÓRIO
Os colóquios e a publicação do livro de ensaios com a designação As imagens e a autonomia dos seus conflitos são um “regresso” ao debate sobre a origem das imagens, a sua natureza ambivalente, a multiplicidade das suas funções, as suas novas tipologias, a vertigem da respectiva disseminação, mas também a exigência de se efectuar uma reflexão alargada sobre algo em que se está ininterruptamente imerso: fluxismo e imagem.
No colóquio de Paris (Cité Universitaire), a 25 de setembro, e no colóquio de Lisboa (FBAUL), a 5 de novembro, registar-se-á a participação de um conjunto de autores com competências específicas no domínio da imagem (nomeadamente da FBAUL, da Univ. Panthéon-Sorbonne, Univ. Paris 8, da Univ. de Lille, Univ. Granada, e outros lugares de indagação sobre a origem e o sentido das imagens), motivos pelos quais vos convido a inscrever e participar neste projecto.
Durante o Colóquio a realizar na FBAUL será apresentado o livro de ensaios com o título e os autores indicados no Cartaz/ Programa aqui anexado. Segue também uma ficha de inscrição.
INSCRIÇÕES
Apesar de gratuita a inscrição é obrigatória.
Para o efeito solicita-se o preenchimento da FICHA DE INSCRIÇÃO e o envio da mesma para investigar.artes@gmail.com
dia das belas-artes
Out 01 2019o dia é meu amante < chama | ficção
Jul 01 20195 e 6 JULHO > 18H – 21H I CISTERNA BELAS-ARTES
A CHAMA | FICÇÃO < Ana Mata e Catarina Domingues < apresenta a vídeo-instalação O dia é meu amante. Nesta, a Cisterna recebe, em diversas projecções, a fluência das imagens, das palavras e do som, com um solo de Ricardo Ribeiro.
Simultaneamente dá-se o lançamento de O dia é meu amante, livro em risografia.
Acerca do amor enquanto vida secreta, separada, o projecto de edição livre CHAMA | FICÇÃO gera-se na consciência da realidade da fantasia, questionando os seus limites. Inaugura um lugar de ousadia e alegria, onde a sedução do olhar se liberta, um lugar onde se chama desejando ser visto e vivo através do outro.
Numa prática diária de endereçamento – pela evocação da palavra, da voz e da imagem, lançada num registo amoroso de chamada – a demanda é apelante:
diz-me a palavra que toca, prolongamento do corpo.
26 anos dos fazedores de letras
Abr 23 201929 ABRIL > 02 MAIO I ÁTRIO PRINCIPAL FLUL
O jornal Os Fazedores de Letras, feito pelos estudantes da Faculdade de Letras, comemora 26 anos de existência. Para assinalar a data realiza-se uma exposição no átrio principal da FLUL e publica-se uma edição especial comemorativa. O projecto da exposição e da publicação foi desenvolvido por alunos de Design Editorial II, do 3.º ano da licenciatura de Design de Comunicação, no âmbito de uma colaboração entre a FLUL e a Área de Design de Comunicação da FBAUL.
A inauguração da exposição está agendada para o dia 29 de Abril, às 18h30, e a exposição ficará patente até 2 de maio.
+ info
Leiam-nos https://osfazedoresdeletras.com, escrevam-nos para osfazedores@gmail.com, e encontrem-nos no Facebook: www.facebook.com/osfazedoresdeletras ou no Instagram:http://instagram.com/osfazedoresdeletras.
Há 26 anos que somos fazedores de letras, venham fazê-las connosco.
convocarte
Abr 01 2019
09 ABRIL > 18H30 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
No dia 9 de abril de 2019, pelas 18h30, realiza-se no Auditório Lagoa Henriques da FBAUL uma sessão especial de apresentação e lançamento dos trabalhos da Convocarte – Revista de Ciências da Arte, com a seguinte ordem:
- Lançamento do nº 6 e do nº 7 sobre Ars Ludens – com apresentação em vídeo de Pascal Krajewski
- Apresentação da versão Impressa do nº 4 e do nº 5 dedicados a Arte e Activismo Político – com Cristina Cruzeiro
- Apresentação do próximo dossier temático do nº 8 e do nº 9 sobre Arte e Tempo – com Leonor Veiga
- Apresentação geral e moderação de Fernando Rosa Dias
lançamento do livro “o messias” de rocha de sousa
Fev 20 201922 FEVEREIRO > 17H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
No dia 22 de fevereiro, às 17h00, no Auditório Lagoa Henriques, realiza-se o lançamento do livro “O MESSIAS” de Rocha de Sousa.
A apresentação será feita pela Professora Isabel Sabino.
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
ROCHA DE SOUSA
Professor universitário (aposentado) na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa onde participou nos órgãos directivos e científicos da instituição, tendo sido significativa a sua actuação na Reforma do Ensino Superior Artístico. Foi também Professor Convidado na Universidade Aberta, onde investigou e leccionou tecnologia do vídeo. Membro correspondente da Academia Nacional de Belas Artes, membro da A.I.C.A e larga participação na SNBA.
Com uma larga actividade artística, participou em centenas de exposições individuais e colectivas no país e no estrangeiro.
Participou em diversos campos de criação e espaços de cultura, nomeadamente ensaio e crítica de arte (Diário de Lisboa, Colóquio, Seara Nova, Sinal, artes Plásticas), trabalho de conferências, visitas guiadas, além de pesquisa e ensaio em cinema e vídeo, com diversos filmes publicados, arte digital.
Colaborou em várias séries sobre arte para a RTP, como Arte Portuguesa, As Coisas e as Imagens, A mão, O Homem em desenvolvimento, entre várias outras.
Publicou livros de carácter pedagógico, didáctico e técnico como Didáctica Educação Visual, Ver e Tornar Visível, Desenho: tpu19, Introdução às Artes Plásticas, ed. Gulbenkian, entre outros sobre autores como Teixeira Lopes, Pedro Chorão, Eduardo Nery, Luís Dourdil.
No plano literário tem publicado vários livros: Amnésia (teatro), Angola 61 — uma crónica de guerra — A Casa, Os Passos Encobertos, A Casa Revisitada, A Culpa de Deus, Belas Artes e Segredos Conventuais, coincidências Voluntárias, Talvez Imagens e Gente de Um Inquieto Acontecer, Lírica do Desassossego, Narrativas da Suprema Ausência.
lançamento da revista arteteoria nº1/ll série
Dez 01 201805 DEZEMBRO > 18H30 I LINHA DE SOMBRA LIVRARIA, CINEMATECA
Com este número duplo, correspondente aos números 18/19, a revista Arteteoria inicia a sua II Série. Fundada no ano 2000, em articulação com o mestrado de Teorias da Arte da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, e sob a direcção do Professor Catedrático José Fernandes Pereira (1953-2012), foi dirigida, entre 2009 e 2017, pela Profª. Doutora Maria João Ortigão e pelo Prof. Doutor Eduardo Duarte. A partir do caminho percorrido, a revista Arteteoria procura hoje a sua acreditação junto dos repertórios de investigação, tendo procedido, para o efeito, à constituição de um Conselho Científico, à revisão duplamente cega por pares (double blind peer review), e à adopção das normas recomendadas de edição e publicação, tendo em vista a sua indexação em bases de dados internacionais.
Neste número alargámos também o âmbito da revista ao Brasil, seja em termos de co-direcção seja em termos de colaboradores, iniciando um desejável e progressivo processo de internacionalização, que pretende incorporar colaborações de outros países da Europa e da América. Em termos de estrutura, e para além da consagração da figura do Editor, externo à Direcção, a revista divide-se em duas partes: um corpo principal, que recolhe os artigos respeitantes ao tema, ou dossier, seleccionados para cada número, e uma segunda parte, intitulada Notas de Investigação, onde se promovem, divulgam, e incentivam os trabalhos de investigadores mais jovens, no âmbito de mestrados, doutoramentos e pós-doutoramentos, vinculados ao CIEBA (Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes), ou a outros centros e institutos de investigação.
Aproveitando o centenário, ocorrido em 2017, da Revolução Russa de Outubro de 1917, constituiu-se ensejo da Direcção celebrar a efeméride, e particularmente o surgimento das vanguardas que anteciparam a revolução política, e nela se desenvolveram, sem esquecer, naturalmente, o cerceamento a que foram mais tarde sujeitas pelas opções estéticas e programáticas do regime então implantado, pese embora as implicações que uma outra noção de realismo, proposta pelos vanguardistas russos, acabaria por ter na arte da posteriormente constituída União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), mas também da Europa e do continente americano. Ainda assim, e tendo em conta o carácter disseminado das vanguardas, as propostas, entre outras, do futurismo, do construtivismo, do suprematismo e do formalismo russos, frutificaram muito para além das fronteiras onde surgiram, reconfigurando a arte ocidental, e não só, sendo que os seus efeitos ainda ecoam na arte contemporânea, seja pela sua sedimentação lenta, ou pela reavaliação que as neovanguardas fizeram desse legado. Para além das propostas estéticas propriamente ditas, e da pioneira noção de arte como praxis social, no quadro referencial das aspirações programáticas e ideológicas dos artistas na época, o reconhecimento do valor da criatividade humana, em termos vivenciais e ontológicos, não deixa de constituir, ainda hoje, motivo de uma profunda reflexão.
Num tempo, como o nosso, em que também a arte, a braços com o multiculturalismo estreito que o processo de globalização implantou, se vê convertida muitas vezes numa “marca”, mercadoria e “commodity” — e em que até a resistência política inerente ao acto criativo é frequentemente parodiada, ou rapidamente absorvida pelos fluxos das novas tendências estéticas, políticas e sociais, do chamado pós-capitalismo —, o espírito que animou a produção artística russa nas duas primeiras décadas do século XX é ainda hoje louvável exemplo de explosão criativa, pese embora a referida instrumentalização que o poder político fez dessa mesma produção, atenuando, ou extinguindo, na maioria das vezes, o contributo fecundo de artistas que encaravam a arte como uma outra possibilidade de regenerar a sociedade, através de um outro modo de ver, viver, e relacionar-se com o mundo.
O confronto dos valores da arte, na sua ontogénese, com os valores de mercado tem implicado frequentemente uma hegemonia dos segundos sobre os primeiros, ambos se confundindo, por vezes, numa voragem que alterou o próprio sistema da arte, como fora conhecido desde, pelo menos, o romantismo até às últimas décadas. Sem prejuízo do lícito valor de mercado, o valor da arte, assim como o valor da experiência estética — desde a fruição à própria possibilidade de afirmação de uma identidade individual e colectiva, construída a partir do mundo, ou mundos, possibilitados pela abertura da obra de arte —, são hoje motivo também de profunda reflexão. A necessidade desta reflexão, que tem surgido, com frequência, de modo tangencial, é tanto mais urgente quanto os valores de mercado se transformaram em valores absolutos da vida contemporânea; na verdade, há hoje escassos indícios de uma verdadeira e fundamentada crítica ao conflito entre os valores ontogenéticos da obra de arte e os valores de mercado, sendo que, quando essa crítica aflora, e dada a actual e cínica base alargada de consenso, rapidamente cai na suspeita de romântica ou marxista, procurando-se, de um modo não raras vezes frágil, do ponto de vista argumentativo, descredibilizá-la à partida.
Na verdade, a partir da experiência estética, a arte constitui-se abertura para um horizonte histórico, não enquanto conjunto ou soma de factos passados, mas possibilidade efectiva de um destino, já que, no modo compreensivo da obra de arte, se pode figurar, e refigurar, uma existência mais livre e, consequentemente, mais fraterna, transcendendo, em parte, as fronteiras do fenómeno designado por Arthur Danto de “mundo da arte”. Da exortação e do acolhimento iniciais à experimentação e ao imprevisto, que largamente caracterizaram as vanguardas russas, ficou consagrado o princípio de que o que se vê através da obra de arte se vê melhor, dada a sua natureza pluridimensional e aberta, através da qual cada ser humano pode construir e exercer uma subjectividade autêntica enquanto fundamento da própria existência. Neste contexto, o número duplo que agora apresentamos procurou, tanto quanto possível, problematizar e reflectir, dentro dos diversos paradigmas de investigação em arte, não apenas as diversas práticas e expressões artísticas (do cinema à pintura, da escultura à arquitectura, à curadoria, à educação artística, e à denominada arte pública), mas, também, a relação do então promissor papel emancipado da mulher com as revoluções estética e política russas.
É neste sentido que Alexei Bueno apresenta cerca de trinta filmes, realizados entre 1924 e 1948, e em cuja análise reflecte os aspectos da estética fílmica, o seu contexto histórico e ideológico, e a sua influência no Brasil em particular. De Helena de Freitas, reconhecida comissária e investigadora, e sob o fundo das duas últimas grandes exposições dedicadas pela Fundação Gulbenkian a Amadeo de Sousa-Cardoso, em Lisboa e Paris, publicamos o texto inédito de uma conferência, na qual retoma a biografia e a complexidade das possíveis relações da pintura do artista portugês com a arte russa, relações que poderão ter mitigado na sua obra a influência das vanguardas oriundas de França. Daniela Kern parte também do legado da revolução russa, e da acção pedagógica de Max Raphael no domínio da educação artística, para sublinhar a dimensão social da arte, dentro de uma nova proposta ideológica. Sandra Makoviecky e Luana Wedekin problematizam as novas concepções expográficas da arte pública, resultantes de outro entendimento da relação política do ser humano com a obra de arte, não deixando de reflectir acerca desse outro devir da arte em direcção ao cidadão no espaço público, a partir do confronto das novas estratégias curatoriais subjacentes às exposições “Rosa Azul” e à última exposição futurista “0.10”.
Afonso Medeiros reitera a necessidade de estudar a precedência das revoluções artísticas face à revolução política na Rússia no início do novecentismo; por outro lado, propõe-se analisar “o princípio ideogramático” como modus operandi das vanguardas e das neovanguardas, tanto pelos artistas russos como pelos poetas concretistas brasileiros, num espaço de criação artística que se estende dos Estados Unidos ao Japão. Paulo Simões Nunes estuda a articulação entre a tentativa de construção de uma nova sociedade, saída da revolução russa de Outubro, e o papel da arquitectura construtivista na edificação dessa mesma sociedade, a partir de uma nova reflexão sobre o realismo. A revolução tipográfica, lograda pelas vanguardas russas, a partir do eixo Moscovo-Berlim, é objecto da reflexão de Jorge dos Reis, na qual propõe uma “topografia da tipografia”, assumindo como marco histórico a obra teórica de Jan Tschichold.
Das relações entre as dinâmicas sociais e a escultura, no âmbito das vanguardas russas, ocupa-se João Castro Silva, assumindo como linha da investigação desse processo a “objectivação” da arte, e a progressiva partidarização da cultura, proposta por Lenine. Uma possível cartografia do percurso feminino no construtivismo russo é apresentada pela investigadora Joana Tomé, a partir das produções artísticas de Popova, Ekster e Stepanova, e nela analisa e situa o papel da mulher artista no próprio processo das vanguardas e da revolução política, concluindo que, à tentativa de emancipação efectiva da mulher artista, rapidamente se colocaram diversos obstáculos, legitimados por uma ideologia de Estado que teimou em manter uma hegemonia patriarcal. Perante as propostas estéticas e políticas soviéticas, Carlos Vidal faz a análise das contradições e afinidades do próprio conceito de vanguarda, na conexação com os realismos, e propõe, em simultâneo, uma leitura desses mesmos realismos, que se estenderam à Europa, aos Estados Unidos e ao México, como consequência da “porta aberta” pelas referidas vanguardas.
Na secção Notas de Investigação, publicamos um artigo acerca da pintura de Ana Mata, do cineasta e professor Eduardo Geada, uma apresentação documentada do Acervo de Fotografia da FBAUL, da autoria de Priscila Machado, com nota introdutória de Luísa Arruda, e uma síntese retrospectiva dos cem anos das vanguardas russas, da autoria da professora e investigadora Isabel Nogueira. Por fim, Leonor Reis, aluna do Mestrado de Crítica, Curadoria e Teorias da Arte, da FBAUL, faz uma introdução à dimensão estética no pensamento de Emmanuel Levinas.
Fiel ao seu espírito inaugural, a revista Arteteoria abre-se agora às questões de um mundo globalizado, buscando o equilíbrio entre o trabalho consolidado de investigadores experientes e as novas propostas de jovens pesquisadores no domínio da investigação em arte.
Uma última nota de agradecimento é devida a todas as pessoas que contribuíram para este número duplo da revista Arteteoria, mas também ao CIEBA, à Presidência da FBAUL, e ao El Corte Inglés, Grandes Armazéns, nas pessoas do Prof. Doutor João Paulo Queiroz, Prof. Doutor Vítor dos Reis, e da Doutora Susana Santos, respectivamente, pelo apoio institucional.
José Carlos Pereira
António Vargas
Fiel ao seu espírito inaugural, a revista Arteteoria abre-se agora às questões de um mundo globalizado, buscando o equilíbrio entre o trabalho consolidado de investigadores experientes e as novas propostas de jovens pesquisadores no domínio da investigação em arte.
Uma última nota de agradecimento é devida a todas as pessoas que contribuíram para este número duplo da revista Arteteoria, mas também ao CIEBA, à Presidência da FBAUL, e ao El Corte Inglés, Grandes Armazéns, nas pessoas do Prof. Doutor João Paulo Queiróz, Prof. Doutor Vítor dos Reis, e da Doutora Susana Santos, respectivamente, pelo apoio institucional.
apresentação do livro “o convento de s. francisco da cidade”
Dez 01 201806 DEZEMBRO > 19H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
O livro “O Convento de S. Francisco da Cidade” da autoria da Professora Margarida Calado será apresentado pela autora, no dia 6 de dezembro, às 19h00, no Auditório Lagoa Henriques.
A entrada é livre.
PREÇO ESPECIAL (durante a cerimónia de apresentação): 20€
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
O livro que agora se publica comemora os 800 anos da fundação do Convento em 1217, retomando em grande parte a edição de 2000, decorrente de um trabalho iniciado em 1996, a pedido do Conselho Directivo então em exercício (Professora Clara Menéres), que posteriormente foi decidido publicar por iniciativa de outro Conselho Directivo (Professora Maria João Gamito), como primeiro número de um conjunto de edições da Faculdade. A presente edição foi actualizada em função de obras entretanto publicadas e que de algum modo estão relacionadas com a história do convento ou do seu património.
Tornou-se assim possível dar a conhecer ao público em geral, nomeadamente aos visitantes do Convento, e aos docentes e estudantes da Universidade de Lisboa, as várias fases de construção do edifício, acompanhando simultaneamente a história da Ordem Franciscana na cidade de Lisboa e, depois da sua extinção, de alguns dos serviços públicos que foram instalados neste espaço.
Margarida Calado
MIGRAÇÕES — processos migratórios e práticas artísticas em tempos de guerra: do século xx à atualidade
Jun 21 2018LANÇAMENTO E APRESENTAÇÃO 21 JUNHO > 18H I FUNDAÇÃO JOSÉ SARAMAGO
Migrações – Processos migratórios e práticas artísticas em tempo de guerra: do século XX à actualidade, coordenado por Cristina Pratas Cruzeiro, reúne textos de investigadores especialistas, nacionais e estrangeiros, sobre uma matéria de grande actualidade, incidindo sobre os processos migratórios a partir das artes. Esta é uma publicação do Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes – CIEBA (Grupo de Investigação e de Estudos em Ciências da Arte e do Património — Francisco de Holanda) da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL).
carmo, chiado e as aparições de fausto
Jun 01 201801 > 15 JUNHO I MUSEU ARQUEOLÓGICO DO CARMO
Inaugura no dia 1 de junho, às 17h30, em Lisboa, no MUSEU ARQUEOLÓGICO DO CARMO, a última exposição internacional relativa ao Chiado, Carmo e ao mito de Fausto, com a participação de docentes e estudantes de cinco Instituições de Ensino Artístico Superior, aventura coletiva a exibir em diversas cidades europeias, projeto com a conceção e a curadoria geral de José Quaresma, acompanhado nesta tarefa por outros quatro curadores convidados para estabelecer os elos com os respetivos países.
As Instituições participantes são:
École Nationale Supérieure des Beaux-Arts de Paris
Facultad de Belas Artes de Cuenca
École Nationale Supérieure des Arts Visuels La Cambre, Bruxelas
Academia de Belas Artes de Lodz
e docentes e estudantes da FBAUL.
No dia 1 de fevereiro, em Cuenca, foi apresentado oficialmente o livro de ensaios deste ano com a coordenação do docente acima referido, assim como um Ciclo internacional de Conferências com a designação: Carmo, Chiado e as Aparições de Fausto. Esfera Pública e Transfigurações de um Mito.
LÓDZ: 3 a 17 janeiro
CUENCA: 1 A 25 fevereiro
PARIS: 1 a 26 março
LISBOA: 2 a 15 maio; 1 a 15 junho
crossing borders, shifting boundaries: city
Mai 15 201830 MAIO > 18H30 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
LANÇAMENTO E APRESENTAÇÃO DO 5º NÚMERO DA PUBLICAÇÃO SCOPIO MAGAZINE ” CROSSING BORDERS, SHIFTING BOUNDARIES: CITY ”
A apresentação da sessão estará a cargo de Vítor dos Reis, Presidente da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa que mediará uma conversa em torno do tema Fotografia, Arquitectura e Arte, contando com a presença de Susana Ventura (Ed. scopio Magazine), Paulo Catrica (Fotógrafo e autor convidado scopio Magazine), Pedro Leão Neto (Coord. Edições scopio) e de Rogério Paulo Taveira (FBAUL).
Entrada livre (sujeita à lotação da sala).
Programa sujeito a alterações (sem aviso prévio).
Este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Sobre a publicação
A scopio Magazine, uma publicação periódica anual cuja responsabilidade editorial é do grupo de investigação CCRE pertencente ao Centro de Estudos de Arquitecura e Urbanismo (CEAU) da FAUP, é o suporte de divulgação e investigação ligado em termos gerais à Arquitectura, Arte e Imagem (AAI) e, em termos específicos, à Fotografia Documental e Artística relacionada com Arquitectura, Cidade e Território. A publicação desenvolve-se através de ciclos temáticos e tem como propósito divulgar diversos autores e trabalhos na área da Fotografia Documental e Artística que de alguma forma promovam uma reflexão sobre o contributo das imagens na compreensão da realidade e na construção de imaginários, entre o documento e a ficção, entre a reprodução e a manipulação, entre o analógico e o digital. O universo da Arquitectura é, assim, entendido de uma forma abrangente como uma prática e disciplina capaz de integrar os domínios sócio – económico, político, histórico e técnico. Por outro lado, interessam-nos trabalhos onde a imagem fotográfica é principalmente utilizada como um instrumento de investigação que permite descobrir novas perspectivas sobre a arquitectura e suas vivências. A scopio Magazine serve também para o envolvimento de sectores académicos, culturais e sociais em concepções e práticas dotadas de poder de inovação relativas à cidade, nas suas múltiplas vertentes, com especial destaque para as que utilizam a fotografia e a imagem como instrumentos críticos do território. Crossing Borders e Shifting Boundaries, Cidade é o tema principal e categoria do ciclo atual da scopio Magazine que focaliza o seu interesse em países diversos, questionando como é que a arquitetura se transforma, como reflete diferentes identidades culturais híbridas em muitos países e como tudo isso interage e afeta as nossas cidades e paisagem, considerando as categorias mencionadas: Arquitetura , Cidade e Território.
scopio Editions
O universo de interesse da scopio Editons é, em termos gerais, o da Arquitectura, Arte e Imagem (AAI) e, em termos específicos, o da Fotografia Documental e Artística relacionada com Arquitectura, Cidade e Território. Neste contexto, a Arquitectura é entendida de uma forma abrangente como uma prática e disciplina capaz de integrar os domínios social, económico, político, histórico e técnico. A scopio Editions tem uma linha editorial com uma estrutura dinâmica constituída por publicações periódicas e não periódicas com o objectivo de difundir diversos trabalhos e autores que utilizam ou investigam o universo da Arquitectura, Arte e Imagem de uma forma critica, exploratória e inovadora, com especial incidência na Fotografia Documental e Artística, relacionada com Arquitectura, Cidade e Território.
Betâmio de Almeida (1920-1985): a Pintura de um Educador pela Arte
Abr 01 2018LANÇAMENTO DO LIVRO 02 MARÇO > 18H30 I SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES
Por ocasião da inauguração da exposição Betâmio de Almeida 1920-1985 a Pintura de um Educador através da Arte , no dia 2 de março, na Sociedade Nacional de Belas-Artes, realiza-se a apresentação e o lançamento do livro com o mesmo título, da autoria de Elizabete Oliveira e João Paulo Queiroz.
A exposição estará patente até 7 de abril de 2018.
Betâmio de Almeida (1920-1985): a Pintura de um Educador pela Arte
A obra plástica de um dos autores mais relevantes da Educação Artística em Portugal.
O CIEBA / FBAUL conjuga esforços com a SNBA para dar a conhecer a obra plástica de Betâmio de Almeida que introduziu nos anos 40 o “Desenho Livre” nos Liceus, e que aprofundou nos anos 60 a expressão “Educação Visual”.
Alfredo Betâmio de Almeida contribuiu de modo decisivo para que se ultrapassassem os estilos rígidos vigentes através da elaboração de reformas curriculares assim como de diversos manuais, como é exemplo a sua colaboração na reforma de Veiga Simão, bem como outras intervenções, desde os anos 40 e as Exposições Gerais de Artes Plásticas da SNBA até ao seu desaparecimento, em 1985.
Convocarte: lançamento 4/5 (Arte e Ativismo Político), início de trabalhos 6/7 (Ars Ludens), versão impressa 2/3 (Arte e Geometria)
Abr 01 201827 ABRIL > 18H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES I ENTRADA LIVRE
Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
No dia 27 de Abril de 2018, pelas 18h00, realiza-se no Auditório Lagoa Henriques da FBAUL uma sessão especial de apresentação e lançamento dos trabalhos da Convocarte – Revista de Ciências da Arte, com a seguinte ordem:
• Abertura, receção e apresentação geral;
• Apresentação dos trabalhos do próximo dossier temático, Ars Ludens – Arte, jogo e lúdico, para os números 6/7 de Convocarte — Jorge M. Martins Rosa;
• Apresentação da versão impressa 2/3, com dossier temático dedicado à Arte e Geometria — Simão Palmeirim;
• Apresentação dos trabalhos do dossier temático Arte e Activismo Político, no âmbito do lançamento da edição digital 4/5 — Cristina Pratas Cruzeiro;
• Apresentação da pasta especial de homenagem a Rocha de Sousa, com textos resultantes dos 3º Encontros com Críticos de Arte — Ana Sousa;
• Encerramento dos trabalhos pelo Coordenador Científico Geral de Convocarte Fernando Rosa Dias.
Nicoleta Sandulescu é a vencedora da 2ª edição do PRÉMIO PAULA REGO
Fev 26 201826 OUTUBRO > 07 JANEIRO I CASA DAS HISTÓRIAS PAULA REGO