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janotas e flâneurs suspensos num smartphone — chiado, carmo e artes na esfera pública
Mar 11 202004 > 30 MARÇO I MUSEU ARQUEOLÓGICO DO CARMO
10 MARÇO I Łódź, Polónia
Inaugurou no dia 04 de março de 2020, no Museu Arqueológico do Carmo, a exposição janotas e flâneurs suspensos num smartphone — chiado, carmo e artes na esfera pública, no âmbito da 12ª edição do projecto Chiado / Carmo 2020, com a coordenação de José Quaresma. A exposição estará patente até 30 de março.
Ainda no âmbito do projecto Chiado / Carmo 2020 haverá uma mostra na Boutique Gardenia, de 4 a 11 de março, das 14h00 às 17h00.
No dia 10 de março inaugura a segunda exposição do projecto Janotas e flâneurs suspensos num smartphone. Chiado, Carmo e Artes na Esfera Pública, na qual participam estudantes e docentes da Strzemiński Academy of Art Łódź, da Academia di Belli Arti di Firenze e da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Esta segunda exposição (a primeira inaugurou no Museu Arqueológico do Carmo no dia 4 de março) tem a Curadoria local da Prof.ª Alicja Habisiak-Matczak, em comunicação e sintonia com o Programa de trabalho que apresentei aos diversos participantes no Chiado / Carmo deste ano. Tem ainda a particularidade de estar integrada nas celebrações dos 75 anos da Fundação daquela Escola Superior de Belas Artes.
Ao mesmo tempo serão lançados o Livro e o Catálogo, com a participação de ensaístas e de artistas portugueses, polacos e italianos.
Com a participação de 28 artistas (estudantes e docentes) de três instituições europeias de Ensino Artístico Superior, a saber, a Faculdade de Belas-Artes (Lisboa), a Strzemiński Academy of Art Łódź (Lodz) e a Academia di Belli Arti di Firenze (Florença), a exposição no Museu Arqueológico do Carmo, é a primeira das três exposições internacionais programadas para o Chiado / Carmo 2020. As outras duas exposições inauguram em Lodz, no dia 10 de março, e na Casa de Portugal, em Paris, no dia 16 de maio, integrada na Noite Europeia dos Museus.
Paralelamente às exposições será editado um livro de ensaios e um catálogo das exposições em torno dos temas lançados para esta 12ª edição do projecto Chiado / Carmo. Será também realizado um Ciclo internacional de Conferências no Grémio Literário, a 11 de março, cuja informação ficará disponível brevemente.
UNIVERSIDADE DE LISBOA – CORE MEMBER DO EIT URBAN MOBILITY – abertura de calls para projetos de Investigação e Inovação
Mar 11 2020UNIVERSIDADE DE LISBOA CONFIRMOU AGORA A SUA POSIÇÃO DE CORE MEMBER DO EIT URBAN MOBILITY
(EIT-UM), (https://www.eiturbanmobility.eu/)
Participação da Universidade de Lisboa no EIT Urban Mobility
Duas Calls abertas para projetos de Investigação e Inovação:
- Call designada de 2020 (para atividades a serem executadas em 2020). Deadline 17 Abril de 2020. Esta chamada tem âmbito temático mais limitado e focaliza-se no “Envolvimento dos Cidadãos e Atividades RIS a serem executadas em 2020″.
https://www.dropbox.com/sh/cqhwxni2qpvtuwj/AABum3ekNs4H8OuGojGMAd7wa?dl=0
- Call designada de 2021 (para atividades a serem executadas em 2021) deadline 30 de Abril de 2020
https://www.dropbox.com/sh/wroidh3ohql3q1y/AAAYLXhQf12xzpHCEko0OQena?dl=0
É objetivo central da EIT-UM acelerar a transferência de inovação na mobilidade para as cidades, por forma a melhorar a sua condição de sustentabilidade e qualidade de vida. Os programas da EIT-UM focam-se em 8 desafios:
Challenge 1 (C1) Achieving sustainable urban growth
Challenge 2 (C2) Decongesting our transport networks
Challenge 3 (C3) Growing interdisciplinary talento
Challenge 4 (C4) Eco-efficient and safe transport for people and goods, including waste;
Challenge 5 (C5) Data exploitation;
Challenge 6 (C6) Boosting the competitiveness of the mobility industry;
Challenge 7 (C7) Shaping the framework for regulatory and behavioural change;
Challenge 8 (C8); Urban governance.
Sessão de Esclarecimentos do EIT Urban Mobility – Reitoria (Sala de Conferências) no dia 6 de março, pelas 17h.
Por favor confirmar presença para
lfcabrita@reitoria.ulisboa.pt
arte em espaço público e sustentabilidade
Mar 10 2020OPEN CALL ATÉ 03 DE ABRIL DE 2020
O Prémio ARTE EM ESPAÇO PÚBLICO & SUSTENTABILIDADE é uma iniciativa do dstgroup e da zet gallery, com o apoio do IB-S (Universidade do Minho). Tem como objetivo afirmar um pensamento estratégico sobre a economia circular, a partir da criação artística contemporânea, como central no quadro de valores do dstgroup e da zet gallery. O seu objeto é a produção de uma obra de Arte para o espaço público da cidade de Braga que integre, fundamentalmente, resíduos industriais e/ou provenientes da construção e demolição de edifícios.
Em 2017, em parceria com o IB-S (Universidade do Minho) produzimos a escultura “Artes, Humanidades e Engenharia”, da autoria de Raúl Ferreira e que utilizava um material, visual e funcionalmente, equivalente ao cimento, mas concebido de forma sustentável, tendo-se assim iniciado uma parceria entre a zet gallery e o IB-S, consequente à já estabelecida com o dstgroup. Em 2018, reeditamos a iniciativa de um simpósio que cerca de 10 anos antes, o dstgroup havia organizado, mas reformulando-o por forma a que as questões da sustentabilidade e da economia circular estivessem no centro da ação: desafiamos quatro artistas para a produção de obras de arte públicas que reutilizassem resíduos do campus do dstgroup. O IB-S foi também parceiro deste projeto, como é parceiro do projeto Esposende SmartCity onde se enunciam
alguns destes mesmos pressupostos.
Considerando o histórico enunciado, o objetivo é fixar, através de um modelo que tem por base a apresentação livre de propostas e não a pré-seleção de autores, o conceito relacional ARTE EM ESPAÇO PÚBLICO & SUSTENTABILIDADE como marca do grupo e da sua galeria, afirmando uma possibilidade de relações que se estabelecem e se continuaram a estabelecer entre a criação artística, a natureza e a indústria.
A Open Call consiste na apresentação livre de propostas de trabalho que se enquadram no desenho teórico e enquadramento conceptual do Prémio ARTE EM ESPAÇO PÚBLICO & SUSTENTABILIDADE.
A Open Call está aberta até às 23h59 de sexta-feira, 3 de abril de 2020.
Jornadas Internacionais de Investigação em Escultura
Mar 10 2020OPEN CALL ATÉ 22 MARÇO 2020
O Grupo de Investigação em Escultura do CIEBA (Centro de Investigação e Estudos em Belas Artes), Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, convida investigadores e artistas a responderem à chamada de trabalhos para as Jornadas Internacionais de Investigação em Escultura, que se vão realizar nos dias 4, 5 e 6 de junho, 2020, no Museu da Fábrica de Loiças de Sacavém e na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Portugal.
Estas jornadas procuram debater e explorar os modos como a Escultura se constitui ontologicamente no presente, as diferentes heranças históricas e a construção do imaginário escultórico. Convidamos a comunidade científica e artística para uma análise crítica e transdisciplinar sobre as repercussões que as múltiplas constituições do que é a Escultura têm não só nas artes, mas também fora do âmbito artístico.
guizos rattles
Mar 09 202016 JANEIRO > 29 MARÇO I MUSEU DE OLARIA, BARCELOS
GUIZOS é uma obra composta por diferentes objectos cerâmicos para mexer… Desenvolveu-se a partir da observação de objectos sonoros de precursão: o guizo/cascavel como objecto central, a referência. O sino é usado em todas as culturas, é um sinal, uma consciência, uma presença. No alargamento do conceito observamos os berloques, a sinalização de uma presença e o jogo, rocas e pulseiras, as dimensões simbólicas e protectoras, os objectos corporais na dança e no transe e as diferentes manifestações presentes nas celebrações religiosas e em cortejos. Falámos então de convocar e afastar o medo, de sermos em comunidade. Esta obra inscreve-se num modelo colaborativo e foi produzida por um colectivo constituído por alunos da Unidade Curricular Laboratório de Cerâmica da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) que frequentaram o 2º semestre do ano lectivo 2018/19 em diferentes níveis de aprendizagem da cerâmica. A este grupo juntei dois convidados, um ex-aluno e uma investigadora em final de pós-doutoramento da Universidade de São João del rei no Brasil. Interessava-me criar um grupo heterogéneo. A cada participante foi dada informação sobre o tema, algumas referências e a possibilidade de criar um conjunto de elementos com identidade num campo muito aberto de possibilidades. As ideias desenvolveram-se na partilha e encontraram-se no processo, ampliando o conceito da obra Guizos. No processo criativo e na pesquisa, o movimento, o corpo e o som estiveram presentes, desde os primeiros gestos do amassar da matéria. No silencia de dar forma, cada um imaginou os resultados sonoros. Os objectos foram feitos para serem manipulados, para haver uma relação sensível com o corpo do outro. As obras foram realizadas em duas oficinas de cerâmica, a da FBAUL e a da associação de Arte e Comunicação Oficinas do Convento – OCT. Na FBAUL usamos matérias cerâmicas recicladas e nas Oficinas da Cerâmica e da Terra a porcelana e o grés de sal. Experimentamos vários processos técnicos de cerâmica: o raku, a faiança, o grés e a porcelana. A instalação no espaço público destes objectos criou a necessidade de uma relação de partilha com os comerciantes da rua, assim solicitamos-lhes a mediação, tornarem-se actores na Bienal. O espectador escuta, mexe nos objectos cerâmicos, acciona o som, experimenta o leve, o pesado, o rugoso, o liso, o brilhante. Uns objectos estão suspensos, outros pousados, e todos pedindo para ser tocados. Nesta proximidade, propomos uma outra relação com a obra de arte. Acreditamos que a experiência háptica melhora o conhecimento da cerâmica, dá alegria e isso é a forma de celebrar a vida.
Virgínia Fróis
![E_2017_EXPOSICAOGULBENKIAN](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2017/03/E_2017_EXPOSICAOGULBENKIAN.jpg)
Portugal em Flagrante – Operação 3. Obras da Coleção das belas-artes da ulisboa em exposição na Fundação Calouste Gulbenkian
Mar 09 2020OPERAÇÃO 3 I MUSEU CALOUSTE GULBENKIAN
Lançamento do livro “Silva Porto,” de Varela Aldemira
Mar 02 202007 MARÇO > 15H30 I SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES
Trata-se da reedição da ed. monumental de 1953 (então no centenário do nascimento Silva Porto).
Obra de referência que marca, agora em 2020, a reedição das obras completas de Varela Aldemira. Esta reedição é uma iniciativa do CIEBA, Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes da Universidade de Lisboa, resultado da parceria SNBA / FBAUL, que tornou possível a exposição “500 desenhos de Silva Porto”.
É ocasião para um encontro de debate com os especialistas: a Prof. Raquel Henriques da Silva (FCSH UNova), a Prof. Isabel Sabino (CIEBA/FBAUL), o Prof. João Paulo Queiroz (Curador da exposição, CIEBA/FBAUL e SNBA), a Dra Sara Beirão (resp. pelo inventário, CIEBA/FBAUL), a Prof. Cristina Tavares (CIEBA, FBAUL), e a Prof. Elsa Garrett Pinho (DGPC e FBAUL / CIEBA).
15h30: Visita guiada à exposição “Os 500 Desenhos de Silva Porto na coleção SNBA.”
16h00: Lançamento do primeiro volume das obras completas de Varela Aldemira, o livro “Silva Porto,” (Ed. CIEBA / FBAUL), com oferta de alguns exemplares.
16h30: Debate e intervenções.
19h00: Encerramento da exposição “Os 500 Desenhos de Silva Porto na coleção SNBA.”
Luís Varela Aldemira (1895-1975) foi pintor, professor e investigador, Presidente da SNBA (1932), Vice-Secretário da Academia Nacional de Belas Artes, e eminente Professor de Pintura na então Escola Superior de Belas Artes.
Diz Isabel Sabino: “É especialmente notável essa sua ‘pintura escrita’ – termo com que ele mesmo designa a produção literária, na qual regista diálogos do real com a vida e a cultura e criação artísticas, entre a história, o quotidiano, o trabalho no ensino artístico, os relatos de testemunhos orais dos seus precedentes e as impressões pessoais.”
São títulos seus:
A Arte e a Psicanálise (1935); Um Ano Trágico – Lisboa em 1836 (1937); Terceira Missão Estética de Férias. Alcobaça Ilustrada. Um Estudo Crítico / Programa / Relatório / Catálogo e Estampas (1940); Notas Sobre a Vida e a Obra do Pintor Veloso Salgado (1940); Columbano. Ensaio Biográfico e Crítico (1941); Estudos de Arte e Crítica (1942); O Pintor El Greco (1942); Itinerário Estético – A Caminho de Roma (1943); A Pintora Josefa Greno (1951); Homens e Livros (1952); Silva Porto (1954); Memorial da Berlenga (1956); Os Dois Cristos de Columbano (1957); Henrique Pousão (1959); A Pintura na Teoria e na Prática (1961); Influências e Originalidade da Pintura (1961); A Geometria Estética de Velasquez (1962); A Paisagem nos Cursos de Pintura (1963); A Questão das Cores Complementares (1965); Estudos Complementares de Pintura (1970); Pintura Naturalista (1974).
com(posto)
Fev 16 202006 > 26 FEVEREIRO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 6 de fevereiro, às 18h00, na Galeria das Belas-Artes, a exposição coletiva com(posto), comissariada por Marta de Menezes. A exposição ficará patente até 26 de fevereiro.
Adam Zaretzky, Alex Warmouth, Ânia Pais, Crystal Kershaw, Dalila Honorato, Diana Aires, Eira Tapio, Ellen Wetmore, Gato Aleatório, Hege Tapio, Henry Wang, Jeff Warmouth, Marne Lucas, Mark Lipton, Marta de Menezes, Molly Ashley, Narae Jin, Rita Wang, Tiago Costa
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
O composto é matéria orgânica que foi decomposta em um processo chamado compostagem. É um processo de reciclagem de vários materiais orgânicos, também considerados resíduos e produz um condicionador de solo (composto).
A exposição deste ano na Galeria da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa tem um título duplo, pois a palavra composto tem uma complexidade de significados relevantes para a coesão desta mostra como um todo, mas também como um conjunto de obras de arte que têm significado profundo por si mesmas. Com(posto) implica um processo de transformação, e este ano a Cultivamos Cultura reflectiu muito sobre processos de transformação. A inevitabilidade das mudanças é uma constante que temos ao longo de nossas vidas, sobretudo no presente que vivemos agora. Composto e com-posto, composição, Com(posto) é uma exposição sobre ciclos, sobre transformação e sobre uma transformação em algo mais, algo que incentiva o crescimento de novos começos, de melhores começos. À medida que tomamos consciência da necessidade de mudar em nosso mundo, o nosso planeta, as nossas vidas, torna-se necessário e fundamental lembrar-nos que a vida é um processo dinâmico sem fim. Que a vida é um processo consistente de transformação e adaptação, que talvez devamos pensar nela como um processo de compostagem, cíclico. A arte, mais do que qualquer outra actividade humana, pode mostrar e ser um reflexo desse ciclo como vida e, portanto, a melhor maneira de nos lembrarmos que o processo de ser algo diferente, algo mais, algo mais ou algo menos, começa por compor e decompor o que precisamos para um potencial futuro. A exposição deste ano é composta por uma pequena série de obras de diferentes artistas que repensam o que nos podemos tornar.
os 500 desenhos de silva porto da coleção snba
Fev 16 202029 JANEIRO > 07 MARÇO I SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS ARTES
Inaugura no dia 29 de janeiro, às 18h30, a exposição 500 DESENHOS DE SILVA PORTO DA COLEÇÃO SNBA. A exposição ficará patente até 07 de março.
Horário
2ª a 6ª: 10h/19h; sáb.: 14h/19h
No Campo Grande, com Silva Porto
João Paulo Queiroz
- Presidente da Direção SNBA
Há 160 anos, em 1860, a Academia de Belas-Artes de Lisboa procurava um enquadramento para as suas exposições trienais, onde expunham, mediante obrigação estatutária, os seus professores e os seus alunos, obrigatoriamente e sem falta. Estas exposições eram as únicas e atraíam o interesse e participação de não académicos, de amadores e ilustres, sem um lugar para a sua exposição.
É fundada, em 1860, pelos académicos de Lisboa e alguns aristocratas, e com o patrocínio real, a Sociedade Promotora de Belas Artes, a antecessora direta da atual Sociedade Nacional de Belas Artes. Os seus sócios, os académicos, os alunos, e os amadores sofisticados, dividiam-se, como ainda hoje, em “sócios titulares” – os amadores categorizados – e em “sócios efetivos” – os artistas profissionais, possuidores de diploma em Belas Artes.
As exposições da Promotora são também trienais, como as da Academia, pelos seus estatutos. Quando Silva Porto regressa de Paris e participa na exposição de 1880, e cedo se apercebe que o seu ritmo de trabalho não era compatível com a lentidão implícita nas Exposições ao ritmo de três anos, talhadas a pensar nas grandes obras de composição histórica aparatosa e de lenta e esforçada elaboração.
Silva Porto trouxera novidades. Abrira a porta do atelier para, junto do gado e do povo, se sentar ao sol e, duramente, pintar ali mesmo os seus quadros. Era uma pintura portadora da frescura verde do rio, do azul metálico do céu dos dias quentes, do sol a pique que se reflete nas agulhas ondeantes das searas em sequeiro. Entorno da sua casa de campo, no Lumiar, estabelece um perímetro de operações, como o fizera em França, ao longo do Rio Oise em Auvers, ou na Floresta de Barbizon.
O trabalho, muito, é exposto nas exposições paralelas, em salas emprestadas, com um grupo restrito dos seus alunos e amigos. Chamam-lhes o Grupo do Leão, nome da cervejaria, aos Restauradores. As exposições são anuais, espécie de primeiros “Salões de Outono” e reservadas à “arte moderna”.
Ao mesmo tempo, a Sociedade Promotora esgotava as suas energias, pelo seu programa clássico, e pela monumental fundação do Museu das Janelas Verdes e a organização das suas exposições, levadas a cabo pelos seus académicos. Perdia-se o fôlego das exposições, mesmo trienais. Mas Silva Porto empreende a sequência, em paralelo, de oito exposições anuais sendo acompanhadas de muito êxito. Ele e os seus companheiros e admiradores, colecionadores e amadores, em combinação com Ramalho Ortigão, e contando com o apoio da casa real, preparam uma nova associação, dinâmica e reformada, que será o Grémio artístico.
Quando Silva Porto morreu, precocemente, aos 42 anos, em Lisboa, em 1893, deixa um complexo legado, tanto artístico, como institucional e patrimonial. É o Grémio Artístico que, no leilão do espólio do artista, em 1894, irá adquirir as suas gavetas de desenhos, a miscelânea de folhas de papel que lá se encontravam.
Objetos muito diversos, desde os pequeninos apontamentos de uma criança de 10 anos passando pelos trabalhos esforçadas de um estudante de escola industrial, projetos de arquitetura e estudos de Belas-Artes, provas de pensionista, desenhos de exame e de prova de acesso às academias de Paris, e muitos outros trabalhos que acompanharam a sua curta vida.
Será o Grémio Artístico que, já em 1901, se fundirá com a Sociedade Promotora, exangue, mas prestigiada, numa assembleia geral simultânea, originando assim a Sociedade Nacional de Belas Artes.
Este conjunto de desenhos é ao mesmo tempo monumental e banal, pois no acervo convivem os mais ambiciosos projetos com os mais insignificantes esbocetos e anotações ínfimas. Neles se esconde uma vida inteira, e uma leitura do mundo, um pensamento e muitos testemunhos.
O conjunto dos 500 desenhos, significativo e diversificado, protegeu-o, talvez. O tempo foi passando sem que se dispersasse, mantendo-se em diversas pastas e cadernos, conservados nas arrecadações da SNBA durante mais de 100 anos, a maior parte inéditos. Talvez a grandeza do espólio assustasse, e talvez não tenha sido mau de todo, afinal.
E os tempos mudaram: o trabalho de Sara Beirão, que no seu Mestrado de Ciências da Arte e do Património tomou como objeto de estudo o espólio da Sociedade Nacional de Belas-Artes, tomou como objeto o completo inventário deste conjunto. Um trabalho diligente, minucioso, atualizado e correto, com uma metodologia científica adequada, supervisionado pelas professoras Cristina Tavares e Elsa Garrett Pinho, as mais autorizadas especialistas.
Faltava agora a divulgação integral deste acervo. Em 2019 pudemos estabelecer a ligação oportuna entre a crescente consciência ambiental – e esse foi um ano grande para todos – e a temática desta pintura que nos faz regressar à Natureza. Pudemos assim fazer a proposta de associar esta exposição às iniciativas que a Câmara Municipal de Lisboa programou em 2020, por ocasião da atribuição pela Comissão Europeia a Lisboa do título de “Capital Verde.”
Foi o pretexto imaginado, proposto, valorizado e compreendido. Uma oportunidade de editar este volume, de restaurar, desenhos mais precários, de emoldurar a totalidade dos desenhos do acervo, sem excepção, e de mostrá-los também ao público.
A ideia, ambiciosa – 500 desenhos! – foi recebida com entusiasmo pelo vereador José Sá Fernandes e pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, que nos apoiaram.
Inesperadamente atual, a obra de Silva Porto esconde um pensamento profundo, e é uma oportunidade que surpreende na sua criatividade renovada: a natureza hoje mudou de lugar no imaginário, chama-se sustentabilidade, chama-se ambiente, chama-se verde: mas é ainda a mesma, aquela que Silva Porto tanto procurou e incansavelmente representou.
Olhamos de novo os trabalhos de Silva Porto, antes do plástico e do óxido de enxofre, da camada escura do que estamos a deixar nos estratos do antropoceno, e percebemos novos sentidos, chamadas, perguntas e desafios que ultrapassam em muito o gosto da época, e o domínio da pintura e do desenho, coisas afinal pequenas.
Desenvolve-se agora a obra de Silva Porto numa ética integral do ser humano. Este é um sinal da grandeza da obra: quando transcende a sua significância expressiva e se alarga até um humanismo novo, hoje, continuando a sua criação.
Lisboa, 15 de janeiro de 2020
Meia década de resistência tipográfica e editorial (oficinal, projetual, autoral)
Fev 16 202007 > 28 FEVEREIRO I AR.CO
Exposição de projectos dos alunos do mestrado em Práticas Tipográficas e Editorais Contemporâneas (FBAUL + FAUL + Ar.Co)
Os primeiros cinco anos lectivos: 2014-2019
Exposição em três núcleos.
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Primeira parte
“Oficinal”
Inauguração, quinta-feira, 6 de Fevereiro às 18h. Ar.Co, Xabregas.
Exposição patente de 7 a 28 de Fevereiro 2020.
Horário: 2ª a 6ª das 10h às 21h.
Local: Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual
Antigo Mercado de Xabregas, Rua Gualdim Pais, 1900-255 Lisboa
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Segunda parte
“Projectual”
Março 2020 (quatro semanas de duração)
Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa
Núcleo debruçado em torno da caligrafia e desenho de letra
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Terceira parte
“Autoral”
Maio/Junho 2020 (quatro semanas de duração)
Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Núcleo debruçado em torno do book design e do livro de artista
![E_2020_ESTATUTOS](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2020/02/E_2020_ESTATUTOS.jpg)
PROJETO DE REVISÃO DOS ESTATUTOS DA FACULDADE DE BELAS-ARTES
Fev 15 2020
SUGESTÕES ATÉ 25 DE FEVEREIRO DE 2020
PROJETO DE REVISÃO DOS ESTATUTOS DA FACULDADE DE BELAS-ARTES
Nos termos dos artigos 99.º a 101.º do Código do Procedimento Administrativo, e nos termos do Aviso n.º 614/2020, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 9, de 14 de janeiro de 2020, encontra-se em consulta pública o projeto de Estatutos da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, visando a sua apreciação através da recolha de sugestões feitas pelos interessados.
Os contributos e sugestões devem ser endereçados, até 25 de fevereiro de 2020, ao Presidente do Conselho de Escola, no prazo definido, de acordo com as indicações que se encontram no sitio da Faculdade de Belas-Artes.
esculturas infinitas
Fev 15 202003 DEZEMBRO > 16 FEVEREIRO I ÉCOLE NATIONALE SUPÉRIEURE DES BEAUX-ARTS DE PARIS ///
24 ABRIL > 07 SETEMBRO I MUSEU GULBENKIAN
A exposição Esculturas Infinitas é uma coprodução do Museu Calouste Gulbenkian e da École Nationale Supérieure des Beaux-Arts de Paris (ENSBAP), onde será apresentada em primeiro lugar entre 3 de dezembro de 2019 e 16 de fevereiro de 2020. Em Lisboa, a exposição ocorre entre 24 de abril e 7 de setembro de 2020.
Se em Paris o ponto de partida são os gessos da ENSBAP e do Louvre, no Museu Gulbenkian expõe-se uma seleção proveniente da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, pretendendo-se, por um lado, celebrar as coleções históricas de réplicas em gesso de esculturas conservadas em escolas de arte e, por outro, questionar a relevância da técnica do molde/modelagem nas práticas artísticas contemporâneas.
A exposição apresenta, lado a lado, estes acervos históricos e um conjunto de obras de 16 artistas contemporâneos, nacionais e internacionais: David Bestué, Christine Borland, Steven Claydon, Michael Dean, Asta Gröting, Simon Fujiwara, Oliver Laric, Juamana Manna, Jean-Luc Moulène, Charlotte Moth, Francisco Tropa, Xavier Veilhan, Marion Verboom, Daphne Wright, Heimo Zobernig e Aleksandra Domanović. Desenvolve-se assim, em diálogo e confronto, um olhar atual sobre a função pedagógica e a contribuição destas coleções de gessos europeias para a cultura visual e para os conceitos de reprodução, variação, serialidade, escala e matéria, entre outros.
Esta exposição constitui uma oportunidade para dar a conhecer ao público coleções históricas que têm vindo a despertar um interesse crescente por parte dos museus, dos investigadores e universidades e dos artistas contemporâneos.
Comissária: Penelope Curtis
Equipa curatorial: Armelle Pradalier, Penelope Curtis, Rita Fabiana, Thierry Leviez
Exposição organizada e coproduzida pela Fundação Calouste Gulbenkian e a École nationale supérieure des Beaux-Arts de Paris, com a colaboração da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
SCANTOLOGY — WORKSHOP E CONFERÊNCIA DO PROF. ZIL LILAS
Fev 10 202011 > 14 FEVEREIRO I SALA 3.07
WORKSHOP (ROOM 3.07 – FBAUL)
Conceptual objectives of the workshop start from introduction of high resolution scanning technique and are set to address the following issues:
(1.) an “uncanny valley” phenomenon plaguing 3D animation since introduction of powerful reality mimicking methodology,
(2.) meaningful introduction of the principles of 3D scanning to the art students with no previous experience in 3D animation or computer graphics.
(3.) portable scanning device as a reality recording engine similar to photo and video camera used in documentation and
(4.) raw scanned data as artistic material—what are the strategies.
During the workshop participants will be introduced to the file conversion technology and the principles of scan-based character design.
The main practical focus areas of the workshop are:
A. To learn using EinscanPro 3D scanner.
B. Based on the 3D scans to deliver a graphically articulated object (creature, character, animal, letter, symbol or humanoid),
C. To animate the combined scanned elements in a way which corresponds to the artistic concept.
SCHEDULE:
Tuesday, 11 February (4hr)
14.00 – 15.00 Introduction to the workshop, short presentation of Mr. Lilas, major artistic concepts and technical framework of the forthcoming activities. Historical examples, state-of-the-art and extrapolation of future tendencies
15.00 – 16.00 Technical introduction into scanning techniques, peculiarities and usage in artistic projects.
16.00 – 18.00 Introduction to and practical training on how to use EinscanPro scanner.
Wednesday, 12 February (4hr)
14:00 – 15:00 Brainstorming of the key concepts of the individual projects. Formation of the working groups, establishment of the work-flow.
15:00 – 17:00 Individual scanning exercises. Students are expected to bring their own objects to scan.. Learning to apply different techniques based on the light conditions and size of an object. Specifics of scanning human.
17:00 – 18:00 Learning to convert the scans into usable file format.
Thursday, 13 February (4hr)
14:00 – 16:00 Making an art from scans. Applying different graphical solutions, from 2-color comic book style to hyperrealism. Choosing the best application to work with scanned files. Mapping models, creating movements and transformations. Work with the model themselves: scale, dissolving, transparency, texture, reaction to light.
16:00 – 18:00 Finalization of the projects and the final presentation of the student projects (public).
REGISTRATION CLOSED
CONFERENCE
Friday, 14 February
14:00 – 16:00 – Philosophical and practical aspect of scanning addressing interests and technical level of 2nd and 3rd year animation students. This section of the workshop/ conference will encompass philosophical/historical aspects of scanning and also technical issues especially usability of this class of devices as a tool suitable for artistic expression.
CV- PROF. ZIL LILAS
Zilvinas Lilas is since 2004 a full-time professor at the Academy of Media Arts, Cologne (Germany). In his academic career Prof. Lilas has been consistently engaged with the phenomenon of new technologies as an universal tool for creative self-expression.After graduating Vilnius Art Academy in painting (Diploma 1991) and the Ohio State University (MFA studio arts 1998) Z.Lilas was professionally engaged in Hollywood as technical director at such companies such as Walt Disney Studios, Oddworld Inhabitants, where he worked on a number of animated films, games, publications, and television projects including Treasure Planet, Chicken Little, and others.
![E_2020_INVARIANTE_4](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2020/02/E_2020_INVARIANTE_4.jpg)
Invariante uma suspensão
Fev 10 202008, 13, 15 E 20 FEVEREIRO I CISTERNA BELAS-ARTES
Instalação sonora Invariante uma suspensão de Paulo Morais
HORÁRIOS:
Dias da apresentação
08 fevereiro,,18h10
13 fevereiro, 19h40
15 fevereiro, 18h10
20 fevereiro, 19h40
Entrada livre até ao número limite de 20 visitantes por apresentação .
Não é permitida a entrada depois dos horários estabelecidos.
O trabalho de Paulo Morais materializa-se na criação de Instalações/ Performances que resultam da constante pesquisa sobre a atenção — descobrir, filtrar, e evidenciar — em processos de confrontação ou associação de ideias e objectos.
O “conceito aberto” e a “forma pela forma” são pontos de partida essenciais para “ver/reconhecer o que já lá está”. A apropriação de território, espaço e tempo, estabelece ligações entre matéria/ objectos que, em movimento, geram sonoridades.
O imaginário, de referencial industrial e natural, conecta-se à química, física, função e vida dos objetos. Instalações que evidenciam a percepção de tempo e movimento, que se prolongam, adiando um fim, aludindo à experiência perpetua.
No processo criativo, vento, luz, fogo, água e magnetismo são impulsionadores de movimento que se traduz em peso, resistência, atrito, tensão, queda ou inércia, dando origem a acontecimentos sonoros sobre a reciprocidade “causa-efeito”. O resultado são propostas abertas de paisagens visuais e sonoras que trabalham com a atenção, evocando o acaso aparente, o momento e a ilusão.
Repensar as museologias na era da descolonização das artes
Fev 10 2020
20 FEVEREIRO > 18H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Arte selvagem, arte negra, arte primitiva, arte extra europeia, arte étnica? Como é que se passou de uma visão de « selvagem » para uma visão repleta de valores humanistas? Como repensar a museologia para expor uma arte considerada durantes séculos como arte colonial?
Estas são algumas das questões e desafios dos principais museus da Europa na última década.
Partindo de nossa experiência nos museus franceses e do recente relatório Sarr-Savoy (2018) encomendado pelo presidente francês, veremos de que forma é que se tem pensado a museologia participativa, a descolonização das artes as heranças coloniais através de arrojados artefatos e dispositivos de museografia e de arquiteturas.
Nota Bio-Bibliográfica:
Egidia Souto
Doutorada em Literatura e Arte pela Universidade da Sorbonne Nouvelle, é professora associada de literatura e cultura lusófona (Portugal e África) na mesma universidade. As suas pesquisas dividem-se em diversas áreas, entre as quais se destacam: a pintura e a ekphrasis; a importância da paisagem como teatro do mundo; os lugares de memória; a arte tribal, museologias participativas. É conferencista, há mais de dez anos, no Museu do Quai Branly-Jacques Chirac, Museu Dapper, Museu do Homem. Tem colaborado em diversos projetos antropológicos ligados ao património. É membro do CREPAL (Centre de recherches sur les pays lusophones), Universidade da Sorbonne Nouvelle, CEAUP (Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto), do grupo Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal da Universidade do Porto e do Instituto de antropologia cultural (Instituto Frobenius), Universidade Goethe de Francfort-sur-le-Main.
grão
Fev 05 202001 > 16 FEVEREIRO 2020 I GALERIA DA ANTIGA CAPITANIA DE AVEIRO
A presente exposição apresenta pela primeira vez os resultados da GRÃO – Residência Artística e de Investigação, que teve a sua primeira edição entre 14 de outubro e 3 de novembro de 2019 na sede da entidade organizadora, a Associação Quinta das Relvas (Branca, Albergaria-a-Velha).
Carolina Serrano, Francisco Lourenço, Hugo Lami, Joana Patrão, João Melo, Juliana Matsumura, Tiago Rocha Costa e Tiago Santos, bem como Beatriz Manteigas e Mariana Malheiro (coordenadoras do projeto) são os artistas representados, selecionados para fazerem parte desta primeira edição da GRÃO pelos artistas que apadrinharam o projeto sob a forma de visitas de acompanhamento aos participantes: Isabel e Rodrigo Cabral, Rodrigo Oliveira, Rui Sanches, Sara Bichão e Vasco Costa.
Esta residência, que se pretende anual, contou com o apoio das Faculdades de Belas-Artes das Universidades de Lisboa e Porto.
Entidade Organizadora: CMA
horário
2ª a 6ª › 10h–12h30 / 13h30–18h
Entrada livre
+INFO: Museu da Cidade | Rua João Mendonça, nº. 9/11 3800 – 200 Aveiro.
Tel: (+351) 234 406 485
Email: museucidade@cm-aveiro.pt
Conferência “Pulsações dilatadas — Uma extensão da música nas artes plásticas”
Fev 01 202012 FEVEREIRO > 18H30 I SALA 3.49
Conferência “Pulsações dilatadas — Uma extensão da música nas artes plásticas“, por Bertrand Chavarría-Aldrete, no dia 12 de Fevereiro às 18h30 no âmbito do Festival DME – Dias de Música Electroacústica, acolhido pelo doutoramento em Belas Artes — Arte Multimédia.
O Festival DME – Dias de Música Electroacústica tem a honra de apresentar uma série de actividades em Fevereiro com o célebre músico e artista plástico espanhol-mexicano Bertrand Chavarría-Aldrete.
Bertrand Chavarría-Aldrete é Professor no Conservatório Claude Debussy e no Conservatório Courbevoie, ambos em Paris. Músico e artista plástico Bertrand é uma referência nas áreas da música contemporânea, cinema e artes plásticas.
Revista Convocarte
Fev 01 2020
Christian Marclay, The Clock, 2010, video, 24 h
13 FEVEREIRO > 18H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Apresentação por Fernando Rosa Dias, Stefanie Franco e Leonor Veiga
Com comunicação do filósofo Michel Guérin
Apresentação e lançamento da versão digital da revista 8 / 9 sob o tema “Arte e Tempo” (2019)
“Que é, pois, o tempo? Quem poderá explicá-lo clara e brevemente? Quem o poderá apreender, mesmo só com o pensamento, para depois nos traduzir por palavras o seu conceito? E que assunto mais familiar e mais batido nas nossas conversas do que o tempo? Quando dele falamos, compreendemos o que dizemos. Compreendemos também o que nos dizem quando dele nos falam. O que é, por conseguinte, o tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; se o quiser explicar a quem me fizer a pergunta, já não sei”.
(Santo Agostinho, Confissões, Santo Agostinho, Confissões, Livro XI)
“Qu’est-ce donc que le temps ? Qui pourra l’expliquer clairement et en peu de mots ? Qui pourra, pour en parler convenablement, le saisir même par la pensée ? Cependant quel sujet plus connu, plus familier de nos conversations que le temps ? Nous le comprenons très bien quand nous en parlons ; nous comprenons de même ce que les autres nous en disent.Qu’est-ce donc que le temps ? Si personne ne me le demande, je le sais ; si je cherche à l’expliquer à celui qui m’interroge, je ne le sais plus.”
(St Augustin, Confessions, Livre XI)
Lançamento de trabalhos do próximo número 10 / 11 “Arte e Loucura” (2020)
“A loucura, longe de ser uma anomalia, é a condição normal humana. Não ter consciência dela, e ela não ser grande, é ser homem normal. Não ter consciência dela e ela ser grande, é ser louco. Ter consciência dela e ela ser pequena é ser desiludido. Ter consciência dela e ela ser grande é ser génio”
(Fernando Pessoa)
“La folie, loin d’être une anomalie, est la condition normale de l’homme. L’ignorer sans qu’elle soit grande, c’est être un homme normal. L’ignorer alors qu’elle est grande, c’est être fou. En être conscient alors qu’elle est petite, c’est être déçu. En être conscient et qu’elle soit grande, c’est être un génie.”
(Fernando Pessoa)
Apresentação e lançamento da versão impressa da revista 6 / 7 sob o tema “Ars Ludens – Arte, Jogo e Lúdico” (2018)
“A comunicabilidade universal subjectiva do modo de representação num juízo de gosto (…) não pode ser outra coisa senão o estado de ânimo no jogo livre da faculdade da imaginação e do entendimento (…) . “
Kant, Crítica da Faculdade do Juízo. Analítica do belo. §9
“La propriété subjective qu’a le mode de représentation propre au jugement de goût de pouvoir être universellement partagé (…), ne peut donc être autre chose que l’état de l’esprit dans le libre jeu de l’imagination et de l’entendement (…).”
Kant, Critique de la faculté de juger. Analytique du beau. §9
http://convocarte.belasartes.ulisboa.pt
convocarte@belasartes.ulisboa.pt
As revistas CONVOCARTE editadas estão disponíveis na loja online.
extrai — apresentação do projecto, lousal
Fev 01 202015 FEVEREIRO > 16H00 I CENTRO CIÊNCIA VIVA DO LOUSAL
A povoação mineira do Lousal, localizada no concelho de Grândola, tem a sua história ligada à exploração mineira da pirite desde o final do século XIX. O encerramento da mina em 1988, veio alterar toda a sua dinâmica sociocultural e demográfica provocada pelo fim da actividade mineira.
Este é um projecto de programação de residências artísticas com Ângela Ferreira, Carlos Moura, Letícia Larín, Rogério Taveira e Tiago Rocha Costa, que reúnem as artes visuais na sua expressão pública como ferramenta para o trabalho social.
A sessão de apresentação pública do projecto irá realizar-se no próximo sábado, 15 de fevereiro às 16.00 horas, no auditório do Centro Ciência Viva do Lousal.
Programação:
16:00 – 16:30 – Apresentação do projeto
16:30 – 17:30 – Debate aberto
Entrada livre, sujeita à lotação da sala.
PURO INÓSPITO OU A TRANSCENDÊNCIA DOS OBJECTOS CORPÓREOS ARTLAB — TAPEÇARIA CONTEMPORÂNEA
Jan 27 202012 DEZEMBRO > 30 JANEIRO 2020 I GALERIA DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS DO CASTELO DE PORTALEGRE
Inaugura no dia 12 de dezembro, às 17h00, na Galeria de Exposições Temporárias do Castelo de Portalegre, a exposição PURO INÓSPITO OU A TRANSCENDÊNCIA DOS OBJECTOS CORPÓREOS ARTLAB — TAPEÇARIA CONTEMPORÂNEA.
A exposição que se realiza na Galeria de Exposições Temporárias do Castelo de Portalegre reafirma a ligação estabelecida entre a unidade curricular de Tapeçaria da Licenciatura em Pintura da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, o Museu de Tapeçaria de Portalegre Guy Fino e a Câmara Municipal de Portalegre.
Esta exposição intitulada: «Puro Inóspito ou a Transcendência dos Objectos Corpóreos – ArtLab – Tapeçaria Contemporânea», procura introduzir-nos numa «territorialidade imagética» em que a convicção de que as coisas que fazem parte do mundo do pintor são a superfície do mundo visível, este fluxo incessante de transformações é observado, ensaiado de forma a permitir instaurar uma ordem artística (cosmos) que transcende o impacto da fascinação e pavor perante a natureza (Ernesto Grassi).
Os “objectos corpóreos” entendidos como tapeçarias contemporâneas, reconhecidas como «coisas» que podem ser vistas em fragmentos momentâneos de um mundo construído e partilhado por cada autor ao desvendar na materialidade da obra a sua presença imagética (visível) que se torna comunicação multidimensional. Esta mostra-se estrutura-se através de três grupos de «objectos corpóreos» que são identificados pela numeração romana de I, II e III. No “Objectos Corpóreos I”, encontram-se os artistas Alves Dias, Leonor Serpa Branco e Joedy Marins, representando a memória e o legado da Tapeçaria Contemporânea. No «Objectos Corpóreos II», existem os testemunhos artísticos dos professores da disciplina, no caso do Hugo Ferrão, manifesta nas obras a intencionalidade essencial dos materiais e matérias fundadores da Tapeçaria (linhas, tecidos, agulhas) que inventam corpos que aparentam emaranhados de tessituras, já a Susana Pires concebe obras motivadas pelo vestígio do toque revelador da sensualidade e sensorialidade de um corpo intuído. Por último no “Objectos Corpóreos III”, encontramos uma explosão de propostas, com enorme diversidade de criatividade por parte dos alunos selecionados que frequentam a unidade curricular de Tapeçaria: Ana Rita Esteves, Andreia Jesus, Ânia Pais, Aline Welmer, Daniela Landeiro, Joana Leão Alves, Joana Batista, Maria Inês Marcos, Maria Madeira, Maria Nascimento e Margarida Vinhais. A maioria das peças são respostas de enorme qualidade e actualidade, realizadas num contexto que por vezes é muito limitativo, com toda a generosidade que caracteriza a juventude, materializaram mundos em forma de objectos corpóreos poéticos de uma subtileza surpreendente (Andreia Jesus, Ânia Pais, Maria Inês Marcos e Margarida Vinhais) ou funcionalidades que suavizam a existência (Maria Madeira, Ana Rita Esteves e Joana Batista). Neste tempo magnífico em que fui professor de «criaturas mágicas» a quem chamei de alunos pelos seus nomes, fomos capazes de nos olhar nos olhos em busca de humanidade e conhecimento e por breves instantes, sentimos fazermos parte de uma comunidade de seres que desejam mediar a tragédia da vida através de «objectos corpóreos» capazes de despertar mais sentido perante o «puro inóspito» da vivência.
Hugo Ferrão
Regente da unidade curricular de Tapeçaria
Licenciatura em Pintura
entre — exposição de tiago santos
Jan 27 202015 > 29 JANEIRO 2020 I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 15 de janeiro de 2020, às 18h00, na Galeria das Belas-Artes, a exposição Entre de Tiago Santos, com curadoria de Isabel Sabino. A exposição ficará patente até 29 de janeiro de 2020.
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Entre
Todo o homem, patrão a bordo depois de Deus.
Todo o homem, prisioneiro no fundo do porão.
E navio ao mesmo tempo que marinheiro.
Marguerite Yourcenar[1]
No estúdio do jovem artista Tiago Santos (Oliveira de Azeméis, 1996), ocorre-me esta palavra ‘entre’ quando me vejo perante obras em processo, materiais espalhados no chão e mesas, o cheiro e a luz próprios do ambiente de trabalho de atelier que é sempre familiar e que, ao mesmo tempo, se faz estranho.
Estou aqui ‘entre’ tarefas, no meu próprio tempo, mas sobretudo entre objetos, entre representações, entre vestígios de realidades, entre gestos de procura, entre obras, entre palavras e, novamente, entre tempos (entre gerações e entre décadas e séculos de obras, antes e depois de mim, antes e depois deste jovem artista). Não é, contudo, um estar de passagem. Sinto-me no lugar certo à hora certa. O resto agora não conta.
Aliás, mal acabo de chegar pelo meio da chuva miudinha que cai lá fora, o Tiago acolhe-me e diz: entre. E, no interior, vejo pela janela larga a manhã cinzenta e molhada, cujo clima cromático continua nos papéis, cá dentro.
Entre espaços, infiltra-se portanto o olhar.
Entre janelas e paredes há a luz que passa. Entre umas e outras, parece que a luz se fixa mais demoradamente em certas matérias, sejam elas da realidade ou decantadas nas obras. Mesmo aquela luz branca que, no contraste através de vidros aparentes ou quadros, me cega numa certa penumbra acolhedora, acaba por se render ao seu destino, como por exemplo nos casos em que bate e foge de imediato, reflectida, repelida. Esses são os objetos que brilham na sedução da comunicação e da beleza consumível. Aqui rareiam.
Outros são os das matérias cujas superfícies, humildes como corpos baços, absorvem a luz e guardam-na na escuridão, em réstias desmultiplicadas no interior das células, prontas a iluminarem-se ao toque, de dentro para fora.
Poderíamos pensar que é algo químico, algo que resulta da mistura e respiração dos materiais aqui presentes neste laboratório informalmente obsessivo e parcialmente negro: papel, carvão, grafite, tintas acrílicas, betumes, diluentes, etc. Mas, na verdade, é a natureza dos gestos que altera a pele destas coisas aqui visíveis, acende o que elas escondem e cria essa relação inesperada com a luz, essa reação em potência. Neste lugar (ocorre-nos um outro que não este, como uma distante caverna, galeria subterrânea, porão de navio) a luz não se vislumbra por ser reflectida; é imanente, mas precisa de ser revelada.
É o que aqui se passa, suspeito, no estúdio e em cada obra: superfícies intensa e insistentemente tocadas, manuseadas, pisadas, pelos olhos que têm dedos e pelos dedos que têm penas, lábios, dentes e máquinas caprichosas, são propensas a revelarem a sua força expressiva, a sua verdade. É com a sua erosão no labor que se ilumina o brilho baço e quente do sangue dentro do corpo, do carvão sobre o papel, do alcatrão da estrada escura da viagem. E não se gasta tal negrume de tanto olhar, pelo contrário, de tanto olhar nele fulgem centelhas e, com elas, vemos algo. Entre olhares, acontece um facto: uma obra que se funde com um espaço e que dele faz por sair.
Trata-se, portanto, de um acontecimento, pois é isso uma obra, um labor que produz resultados, um trabalho inclusive como Marx repensou e cujo conceito fábulas de cigarras e formigas servem para debater até hoje. Todavia, também no caso de Tiago Santos a obra não é apenas nem a labuta nem o que ela faz, o objeto desenho ou o objeto pintura. A obra é, sobretudo, o aroma que fica, o sabor/saber que permanece, entre olhares. Por isso é que olhar (contemplar devidamente) é trabalho, dá trabalho, produz experiência e obra.
Entre o papel e a tela, sem referir agora o espaço real, o olhar desdobra-se e hesita. Pode supor-se que, aqui, é o papel que se instaura como arena prioritária, embora haja telas em curso. Dúctil e absorvente, o papel é a superfície que melhor guarda marcas, por imperceptíveis que pareçam, permitindo que formas “raptadas” da vida se tornem “matéria comungada com o papel” (aqui adaptando expressões do próprio artista que, não se furtando ao uso das palavras, respeita a sua rigidez possível). No seu caso, entre pintura, desenho e escrita, por vezes as diferenças perdem importância na necessidade e poder expressivo das passagens, tornando fútil e artificial qualquer separação.
Repetem-se, pois, gestos sobre chão, papel ou tela. Repetem-se letras e nascem palavras, repetem-se palavras e nascem poemas. Também aqui é de uma poética que se trata, de um movimento tão metafórico quanto generativo, pois há um gesto, mais outro e depois outro ainda e produzem marcas. Mas não é a sua simples soma que conta, se bem que essa soma interesse pela necessidade produtiva, isto é, para fazer nascer formas, figuras, espaços de diferentes naturezas sugeridos no plano: resultados mais ou menos estáveis ou efémeros. De novo, o que conta mesmo é o que acontece entre gestos, entre traços, entre manchas, quando acontece. E quando acontece, suspendem-se gestos, traços e manchas, antes de voltar a essa lida. O que acontece é no intervalo. Entre tudo o que se passa, passa-se algo. Entre (tanto).
Daí a imensa importância do tempo, da sua irregular velocidade, ora voraz, ora muito lento, para nos podermos dar verdadeiramente conta do presente. No presente é que acontece o que acontece. “Há que ser paciente”, diz também Tiago.
Entre um antes e um depois, há sempre o atelier, o espaço entre. No estúdio não há relógios adequados, porque é o lugar onde o tempo pulsa com o corpo, simplesmente: os relógios acertam-se com um corpo que faz. “Lugar visceral por natureza”, escreve o artista, referindo-se ao seu carácter orgânico, semi-informe, eventualmente sujo. Arena orgânica, quando invadida (profanada?) por matérias, memórias, imagens fotográficas, nela os gestos pictóricos vão sagrando uma dissecação devoradora, uma digestão lenta que procura transformação e renovação de formas usando também processos de destruição (sobreposição, apagamento, rasura, erosão, uma vez e mais outra e outra), podendo deixar pelo caminho ruínas de passagem. Mais do que lugar, o atelier é extensão do corpo do artista, dos seus gestos, da sua vontade face à resistência do mundo que ali ecoa.
Para a pintora Marlene Dumas, também a imagem referente é uma carga pesada e ela debate-se com a sua história, afirmando num certo momento que a sua arte “is situated between the pornographic tendency to reveal everything and the erotic inclination to hide what it’s all about.”[2]Aceder e facultar acesso ao desejo é o que, no fundo, alimenta o processo do fazer e da sua partilha, obrigando a um ritual combinado de controle e liberdade, como sabem navios e marinheiros: resistir entre ondas para navegar com elas.
Entre si – independentemente de poderem sugerir interiores e paisagens, de haver entre espaços figuras fantasmáticas que não sabemos se chegam ou partem, se o espaço é único ou abre representações dentro de representações, ecrãs ou coisas materiais, se as matérias se degradam ou renascem alquimicamente, ou se o seu ‘filme’ avança em câmara lenta ou vai fastbackward (porque tudo está de passagem) – cada obra é separada das que a antecedem, num processo que evita a serialidade. É que esta implica algum determinismo e, pelo contrário, parece interessar a Tiago Santos privilegiar a manutenção da atenção permanente, da lucidez que instaura uma lógica de ‘quadro’ ou ‘aparição’, se bem que não deixe de haver, contudo, recorrências e afinidades, elos possíveis que, sem fechar narrativas, possibilitam nexos de entendimento entre si.
Entre os limites da construção e da ruína, talvez por esse labor assim se confundam, nos resultados finais, os tempos do passado e do futuro. Talvez por isso também pouco interessem, frequentemente, esses resultados, rapidamente tornados caducos e nunca finais na voragem da procura da comunhão certa de tudo na matéria, como Tiago afirma quando procura pisar a sua própria sombra, ciente dos passos de Kiefer, Pedro Saraiva ou João Jacinto e identicamente implicado na consciência de Yourcenar sobre a erosão do tempo e da sua lenta capacidade de modelação.
“You can’t TAKE a painting, you MAKE a painting”[3], diz de novo Marlene Dumas, sobre esse fazer laborioso, ao que Tiago acrescenta: “pintar é uma submissão extrema”.
Passo a passo, Robert Walser e Xavier De Maistre precisaram de calcorrear muito chão para perderem de vista o caminho ou as paredes do quarto fechado. Com ambos, recorda-se que toda a criação artística requer um estranho jogo interior que apaga ou integra limites impostos, fazendo deles matéria para horizontes mais amplos e abrindo o discurso a partir da linguagem, a narrativa a partir da figura ou vulto que a forma.
Aqui, no estúdio de Tiago Santos e no que dele, entretanto nos chega a esta outra sala, entre interior e exterior, entre tecto, paredes e chão, neste tempo suspenso entre realidades, é preciso deixar que o olhar caminhe, gesticule, labore, para pisarmos a arena do artista e experimentarmos a sua transformação: como no voo de pássaro dos antigos, conjugamos na mobilidade do olhar diferentes, senão mesmo impossíveis, pontos de vista, ou seja, visões; ou como numa máquina do tempo, na ficção científica, atravessamos datas e horas; ou ainda, como no tapete voador que Xerazade inventou num dos seus contos para iludir a morte, vemo-nos pisar outra história.
E, então, também o artista regressa de novo àquele “(…) espaço de 10m2…uma vez lá, espera ser deixado em paz pela consciência para poder sonhar de uma maneira muito distante e, ao mesmo tempo próxima, de qualquer um de nós.”[4]
Isabel Sabino
28 de novembro de 2019
[1] “Blocos de apontamentos 1942-1948” [1942]. Peregrino e estrangeiro. Lisboa: Livros do Brasil, 1990, p. 147.
[2]DUMAS, Marlene. “Pornographic tendency” [1986]. Em Sweet Nothings. Notes and texts. London: Tate Publishing, 2015, p. 33.
[3] Marlene Dumas. “Miss Interpreted” [1992]. Em Sweet Nothings. Notes and texts. London: Tate Publishing, 2015, p. 64.
[4]Tiago Santos, excerto de um dos seus relatórios para as disciplinas finais de Pintura V e VI, FBAUL, 2018-19. Várias expressões entre aspas usadas no presente texto, quando não identificadas, são também oriundas desses relatórios.
As Belas-Artes na Descobre a ULisboa_28 e 29 Janeiro
Jan 15 2020
28 > 29 JAN | DESCOBRE A ULISBOA |REITORIA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
Mais uma vez as Belas-Artes estarão presentes na Descobre a ULisboa, uma mostra de todas as faculdades e institutos desta Universidade, promovida pela Reitoria.
Teremos várias atividades com a participação dos nossos alunos e estamos disponíveis para te apresentar a nossa Faculdade e esclarecer todas as tuas questões.
Não deixes de nos visitar! Estamos à tua espera!
Que Cores Pintaram o Teatro Romano — modelos e ensaios da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa
Jan 10 202012 NOVEMBRO > 26 JANEIRO 2020 I MUSEU DE LISBOA, TEATRO ROMANO
Inaugura no dia 12 de novembro , às 18h00, no Museu de Lisboa, Teatro Romano, a exposição “Que Cores Pintaram o Teatro Romano — modelos e ensaios da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa”.
Imaginar hoje como seria o teatro romano há 2.000 anos, aquando da sua construção, é um exercício difícil de realizar. A maqueta em exposição no museu, assim como as plantas de reconstituição que a investigação logrou obter toram esta questão mais fácil de perceber. Falta, no entanto, conhecer os detalhes decorativos e as cores que os vários elementos arquitetónicos teriam. Em colaboração com a Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, este foi o trabalho que alguns dos alunos ensaiaram: reconstituir a forma e a cor de alguns dos elementos arquitetónicos que ornamentavam o teatro romano de Felicitas Iulia Olisipo.
a vida é um emaranhado de nós
Jan 02 202023 NOVEMBRO > 11 JANEIRO I ZET GALLERY
Inaugura no dia 23 de novembro, às 16h00, na Zet Gallery, em Braga, a exposição “A VIDA É UM EMARANHADO DE NÓS”, com visit a guiada e performativa.
A exposição estará patente até 11 de janeiro de 2020.
Trata-se de uma exposição coletiva com obras selecionadas de artistas que participaram nas GAB-A (Galerias Abertas das Belas-Artes).
Joana Meneses Fernandes (coordenadora do projeto Braga Cultura 2030), Miguel Bandeira Duarte (diretor do Museu Nogueira da Silva), Luís Coquenão (artista visual) e Helena Mendes Pereira (curadora da zet gallery) formam o júri que selecionou, a partir dos participantes na edição de 2019 das Galerias Abertas da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, um grupo de 13 autores.
Alberto Rodrigues Marques, Ana Lúcia Ventura, Ana Sofia Sá, André Costa, Carlos Filipe Cavaleiro, Francisco Lourenço, Hugo Castilho, Lorenzo Bordonaro, Lígia Fernandes, Joana Lapin, Joana Paiva Sequeira, Pablo Quiroga e Segismundo ocupam o espaço expográfico, que é intersetado visual e concetualmente a partir de distintos apelos emocionais, evidenciando o cruzamento disciplinar dos trabalhos.
Campanha de Natal “18 escolas, 18 Ajudas”
Dez 19 2019ATÉ 31 DEZEMBRO 2019
A Universidade de Lisboa (ULisboa), em parceria com o IPO de Lisboa e a Editora Livros Horizonte, realiza a 7.ª edição da Campanha “18 Escolas, 18 Ajudas”.
O objetivo é ajudar o IPO de Lisboa através da compra da agenda solidária 2020 ou da entrega de livros (novos, não usados) do Plano Nacional de Leitura (PNL):
- Com a compra da agenda está a ajudar a construir o novo edifício de cuidados ambulatórios do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, cujas receitas visam a melhoria das condições de acolhimento dos cerca de 60 mil doentes que estão em tratamento.
- Os Livros do PNL serão para apoiar as atividades pedagógicas na escola da unidade de pediatria do Instituto Português de Oncologia (IPO), onde dezenas de crianças internadas têm aulas e continuam os seus projetos de vida académica, minimizando o impacto do afastamento físico da escola.
Até 31 de dezembro pode depositar os livros do PNE nos dois caixotes que se encontram à entrada, junto à Portaria e pode adquirir a agenda transferindo o valor de 12,50€ para:
Livros Horizonte, Lda.
NIB 0007.0010.0000449.0018.18
IBAN PT50000700100000449001818
e apresentando o comprovativo da transferência de multibanco nos seguintes locais:
Gabinete de Comunicação e Imagem, FBAUL (dias úteis das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00)
Reitoria (dias úteis das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 16h00)
Caleidoscópio (dias úteis das 9h00 às 16h00)
Museu Nacional de História Natural e da Ciência (terça a sexta das 10h00 às 17h00, sábado e domingo das 11h00 às 18h00)
lll Colóquio Expressão Múltipla: Teoria e Prática do Desenho 2019
Dez 16 201918 > 19 DEZEMBRO I GRANDE AUDITÓRIO
Este congresso visa proporcionar uma visão abrangente sobre a investigação na área do Desenho. É dirigido sobretudo aos estudiosos que procuram desenvolver dissertações e teses na área do Desenho ou noutras que possam de alguma forma ampliar as discussões relativas a esta área de conhecimento. Pretende-se a disseminação das diversas experiências, metodologias e resultados.
Coordenação do Colóquio
Artur Ramos – Universidade de Lisboa
Comissão Organizadora/editorial
Américo Marcelino – Universidade de Lisboa
Artur Ramos – Universidade de Lisboa
Beatriz Manteigas – Universidade de Lisboa
Henrique Costa – Universidade de Lisboa
Comissão Científica
Alexandre Guedes - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Américo Marcelino – Universidade de Lisboa
António Costa Valente – Universidade de Aveiro
Armando Jorge Caseirão – Universidade de Lisboa
Artur Ramos – Universidade de Lisboa
Daniel Bilbao Peña – Universidade de Sevilha
Henrique Costa – Universidade de Lisboa
José Maria da Silva Lopes – Universidade do Porto
Luís Herberto – Universidade da Beira Interior
Mário Bismarck – Universidade do Porto
Miguel Ángel Bastante Recuerda – Universidade de Sevilha
Miguel Bandeira Duarte – Universidade do Minho
Rita Carvalho – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Ricardo Leite – Universidade do Porto
Simón Arrebola-Parras – Universidade de Sevilha
Todos os resumos e artigos serão submetidos a uma revisão Peer Review. Os resumos aprovados serão impressos na ocasião da conferência e os textos completos serão publicados online no Repositório da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Submissão de Comunicações
1ª Fase – Envio de resumos provisórios para o e-mail expressaomultipla@gmail.com.
Até 15 novembro, data limite para o envio do Resumo.
Até 30 novembro, notificação de pré-aceitação ou recusa
Nesta primeira fase cada comunicação é apresentada através de um RESUMO de uma ou duas páginas (máx. 2.000 carateres) que pode incluir uma ou duas ilustrações.
2ª Fase – Envio dos Artigos
Até 19 de janeiro de 2020, envio do artigo para publicação no repositório
Apreciação por ‘double blind review’ ou ‘arbitragem cega.’
Cada artigo recebido pelo secretariado é reenviado, sem referência ao autor, a dois, ou mais, dos membros da Comissão Científica, garantindo-se no processo o anonimato de ambas as partes (double-blind). No procedimento privilegia-se a distância geográfica entre a origem de autores e a dos revisores científicos.
Formato do Artigo
Cada comunicação final tem cinco páginas (máx. 11.000 caracteres sem contar com os espaços referentes ao corpo do texto, sem contar com caracteres do título, resumo, palavras-chave, legendas e bibliografia).
O formato do artigo, com as margens, tipos de letra e regras de citação é o abaixo indicado:
TÍTULO
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Resumo
O resumo deve ter no máximo 10 linhas, fonte Times New Roman, tamanho 11, espaçamento simples, parágrafo justificado.
Abstract
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Referências Bibliográficas
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![E_2019_ENCONTROPATRIMONIO_2](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2019/09/E_2019_ENCONTROPATRIMONIO_2.jpg)
EXPOSIÇÃO a ilustração na ulisboa
Dez 16 201928 NOVEMBRO > 20 DEZEMBRO | GALERIA BELAS-ARTES
2ª a 6ª feira, 11h00-19h00 / sábado, 14h00-17h00
No âmbito do 2.º Encontro A Universidade de Lisboa e o Património, apresenta-se uma exposição que pretende unir as coleções de várias unidades orgânicas desta instituição de Ensino Superior.
Aqui encontramos a Ilustração na sua plenitude, como modelo ou exercício de aprendizagem, ultrapassando a visão tradicional do seu conceito bidimensional, que ganha uma nova tridimensionalidade com um caráter absolutamente pedagógico.
Esta pequena recolha que agora apresentamos demonstra a potencialidade da ligação entre as coleções que constituem o Património da ULisboa, refletindo a necessidade da adoção de uma estratégia para o património que ligue as várias unidades orgânicas em torno de um eixo comum para a defesa da sua herança partilhada.
Este cruzamento inesperado pretende fomentar novas pontes de ligação entre as diferentes escolas e os seus museus, como o objetivo de incentivar novos projetos transversais e transdisciplinares entre os seus investigadores.
Curadoria:
Alice Nogueira Alves
Ana Mafalda Cardeira
Filipa Soares
Maria Teresa Sabido
Virgínia Glória Nascimento
LAGOA HENRIQUES (1923 – 2009)
Da coleção à ilustração
UMA EVOCAÇÃO DO ATELIER DE LAGOA HENRIQUES
O estudo do processo criativo de um artista do século XX tem forçosamente de partir do reconhecimento das suas fontes artísticas e do seu universo de referências na Natureza e nas Culturas do Mundo por onde viajou. Ao apresentarmos uma seleção de fotos do atelier, realizadas algumas delas em vida do artista ou pouco depois do seu falecimento, antes da desmontagem e transferência do espólio, pretendemos dar conta dessas múltiplas «lembranças» materializadas nos objetos colecionados.
Assim, às conchas (náutilus e búzios) e aos barros etnográficos, juntam-se as máscaras (africanas e japonesas), as lucernas, os leques (chineses e japoneses), instrumentos musicais eruditos e populares, um tinteiro ou a estatuária antiga em madeira (europeia e asiática). Nesta destacam-se dois Cristos, um da Ressureição, seiscentista, e um fragmento de um Crucificado que Lagoa Henriques considerava ser da mão de Miguel Ângelo, com base numa análise estilística e na referência documental a um Cristo desse autor existente numa capela de um antigo Convento lisboeta.
Curadoria:
Maria Teresa Sabido
Virgínia Glória Nascimento
Alice Nogueira Alves
Com a colaboração de
Fernando António Baptista Pereira
Maria João Gamito
27 > 30 NOVEMBRO 2019 | Faculdade de Belas-Artes
27 nov | Sessão de Abertura | Anfiteatro Manuel Valadares | Museu de História Natural e da Ciência (entrada pelo átrio principal do Museu)
28 – 30 nov | Apresentação das comunicações, pósteres e workshops | Grande Auditório | FBAUL
Apresentação
Na sequência da edição de 2018, realiza-se entre os dias 27 e 30 de novembro de 2019 a segunda edição do Encontro – A Universidade de Lisboa e o Património, organizado pela Faculdade de Belas-Artes, em conjunto com a Reitoria e com a colaboração das Escolas da ULisboa.
Neste encontro é pretendida uma abordagem global ao notável património cultural e natural da ULisboa, nas suas múltiplas vertentes – científica, artística, histórica e arquitetónica – reunindo património do saber e da ciência, representado pelos seus edifícios, museus, bibliotecas, arquivos, laboratórios, jardins e coleções, que são identificados como fontes de memória, compreensão, identidade, diálogo, coesão e criatividade.
A importância de iniciativas desta natureza fundamenta-se nas diretrizes internacionais, segundo as quais cabe às instituições a responsabilidade da preservação dos seus elementos patrimoniais e da sua divulgação. Este papel deve ser acentuado no contexto de uma instituição de ensino superior, considerada como a detentora de todos os testemunhos materiais e imateriais da evolução do ensino nacional e europeu nos últimos séculos.
O debate entre as várias escolas da ULisboa visa a promoção do cruzamento dos diversos domínios do conhecimento e do saber, desenvolvidos nas suas Faculdades, Institutos e Centros de Investigação, que trabalham as mais variadas áreas, desde as Artes e Humanidades, às Ciências e Tecnologias. Tem também como objetivo estimular a criação de novas sinergias resultantes de uma visão transdisciplinar no seio da ULisboa
Este encontro pretende ainda reforçar a educação da comunidade académica para a importância do seu património único, e fomentar a contribuição de todos para o estudo e estabelecimento de estratégias de salvaguarda, preservação, valorização e divulgação deste importante recurso para a construção de uma identidade comum.
Linhas temáticas
- Ilustração literária, científica, arqueológica, artística e paisagística
- Estudo, Dinamização e Divulgação do Património e das Coleções da ULisboa
- Estratégias na ULisboa para a Valorização, Preservação, Conservação e Restauro do Património
O primeiro dia é dedicado ao Património Cultural da Universidade de Lisboa e o segundo ao Património Cultural na Universidade de Lisboa, onde se destacam projetos sobre património cultural realizados pelas escolas da Universidade.
PROGRAMA (PDF)
LIVRO DE RESUMOS (PDF)
Comissão Executiva e Organizadora
Alice Nogueira Alves (FBA)
Ana Bailão (FBA)
Ana Mafalda Cardeira (FBA)
Cristina Tavares (FBA)
Eduardo Brito-Henriques (IGOT)
Eduardo Duarte (FBA)
Fernando António Baptista Pereira (FBA)
Filipa Soares (IST)
João Pais (FBA)
João Paulo Martins (FA)
Jorge dos Reis (FBA)
Luís Jorge Gonçalves (FBA)
Maria Isabel Dias (IST-CTN)
Maria Teresa Sabido (FBA)
Mariana Diniz (FL)
Marta Frade (FBA)
Marta Manso (FBA)
Marta Lourenço (MUHNAC)
Palmira Siva (IST)
Pedro Arsénio (ISA)
Odete Palaré (FBA)
Virgínia Glória Nascimento (FBA)
Keynote Speakers
Artur Ramos (FBA)
Fernando António Baptista Pereira (FBA)
Maria Isabel Dias (IST-CTN)
Marta Lourenço (MUHNAC)
Comissão Científica
António Vaz Carneiro (FM)
Artur Ramos (FBA)
Carlos Fabião (FL)
Eduardo Brito-Henriques (IGOT)
Fernando António Baptista Pereira (FBA)
Henrique Leitão (FC)
Isabel Dias (IST-CTN)
João Paulo Martins (FA)
Luísa Arruda (FBA)
Maria João Mogarro (IE)
Maria João Neto (FL)
Marta Lourenço (MUNHAC)
Susana Henriques (FM)
Vítor Serrão (FL-ANBA)
Comissão de Honra
Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa | Presidente da República
Professor Doutor António Cruz Serra | Reitor da Universidade de Lisboa
Professor Doutor José Manuel Pinto-Paixão |Vice-Reitor da Universidade de Lisboa
Professor Doutor António Feijó | Pró-Reitor da Universidade de Lisboa
Dra. Catarina Vaz Pinto | Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa
Professor Doutor Carlos da Costa Salema | Presidente da Academia das Ciências
Doutora Emília Ferreira| Diretora do Museu Nacional de Arte Contemporânea
Almirante Francisco Vidal Abreu | Presidente da Academia de Marinha
Professor Doutor Guilherme d’Oliveira Martins | Administrador da Fundação Calouste Gulbenkian
Professor Catedrático Luís Aires Barros | Presidente da Sociedade de Geografia
Professora Doutora Manuela de Matos Fernandes | Presidente da Academia Portuguesa da História
Professora Doutora Maria Calado |Presidente do Centro Nacional de Cultura
Doutora Natália Correia Guedes | Presidente da Academia Nacional de Belas-Artes
BoCA — Os Espacialistas
Dez 09 2019BoCA 2019 / Gonçalo M. Tavares & Os Espacialistas, “Os Animais e o Dinheiro”, Teatro da Trindade © Bruno Simão
13 DEZEMBRO > 18H00 I SALA 4.15
A BoCA – Biennial of Contemporary Arts, bienal de arte contemporânea, realiza-se nas cidades de Lisboa e Porto, com expansão das suas atividades a outras cidades portuguesas e estrangeiras. A segunda edição da BoCA decorreu entre 15 de março e 30 de abril de 2019, simultaneamente, nas cidades de Lisboa, Porto e Braga.
A BoCA propõe um conceito colaborativo inédito entre instituições culturais com uma programação transversal entre campos artísticos; a sua programação contempla o desafio a artistas portugueses e estrangeiros para criarem objectos artísticos em novos contextos do seu corpo de trabalho e em novos espaços.
Além do evento principal, a BoCA tem actividades paralelas e uma programação continuada. Por um lado, a circulação nacional e internacional de obras e ciclos de programação que expandem a BoCA a outras cidades, por outro lado, o projecto educativo com actividades como: a BoCA Summer School (que acontece todos os anos e que convida vários artistas portugueses e estrangeiros a dirigirem workshops) e a BoCA de… (um ciclo de masterclasses de artistas que participaram na BoCA para falarem do seu trabalho e do projecto específico que criaram em escolas e universidades).
Direção artística e programação: John Romão
OS ESPACIALISTAS
Nova criação / Performance / BoCA 2019
Os Espacialistas é um projeto laboratorial de investigação teórica e prática das ligações entre Arte e Arquitetura com início de atividade em 2008. Substituem o lápis pela máquina fotográfica, enquanto dispositivo de desenho, de pensamento, de perceção e de diagnóstico do espaço natural e construído, cujas ações são reguladas pelo Diário do Espacialista e auxiliadas pelo “Kit Espacialista Por/tátil” que transportam consigo. Entre os trabalhos realizados destacam-se: projetos de arquitetura, exposições de fotografia, vídeos, instalações, espaços cénicos, performances, colaborações literárias, ilustrações fotográficas, oficinas, seminários e publicações.
Apresentados em locais tão diversos como o Museu da Electricidade (2008), Galeria Lagar de Azeite (2008), Galeria de Arte Contemporânea Paulo Amaro (2008), Ordem dos Arquitetos – OASRS (2008), Feira de Arte Internacional de Lisboa (2008), Laboratório de Atividades Criativas (2009), Centro Cultural das Caldas da Rainha (2009), Centro Cultural de Belém (2009/2011), Coreto do Jardim da Estrela (2009), Jardim da Torre de Belém (2009), Universidade Lusíada de Lisboa (2009), Centro Nacional de Cultura (2009), Auditório dos Oceanos (2010), Teatro da Trindade (2010), Universidade de Belas-Artes do Porto (2010), Teatro do Campo Alegre (2010), São Luiz Teatro Municipal (2010/2011), Red Bull House Of Art (2011), Circuito Aberto de Arte Pública de Paredes (2012), Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto – FAUP (2013), 17ª Bienal de Cerveira (2013), livro “Atlas do Corpo e da Imaginação” de Gonçalo M. Tavares, Fundação Calouste Gulbenkian (2014/2015), Fábrica da Moagem de Tomar (2014), “Post Architectural Voices” (Espaço Mira, Porto, 2015). Projecto em Exposição: “Os Espacialistas no Palácio” (Março/Abril 2016), “LAR – Laboratório de Arte e Arquitectura” na Universidade Lusíada de Lisboa (2016/—-) e Loja do Espacialista no Centro Cultural de Belém ( 2017/ —-).
um monumento para o lousal — sessão pública de inauguração
Dez 02 2019
07 DEZEMBRO > 15H00 I LOUSAL
Durante o ano de 2018, com o suporte do Município de Grândola, desenvolveu-se na aldeia mineira do Lousal um projeto comunitário de arte pública em homenagem ao movimento operário mineiro. O processo participativo resultou na conceção de uma intervenção escultórica para ser implantada na povoação.
O objetivo deste projeto foi pensar, testar e concretizar um modelo de criação artística partilhado entre a comunidade do Lousal e uma equipa de mediação liderada pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, à qual se associaram outros centros de investigação científica (CIEBA/ FBAUL, CEACT/UAL, VICARTE/FBAUL, IHA – NOVA FCSH, DINAMIA’CET-IUL, CICS-NOVA). Um modelo de trabalho que permitiu o envolvimento de todos na discussão de propostas em torno de uma imagem de futuro para o Lousal, potenciando a tomada de decisões coletivas, a apropriação e o usufruto pleno do espaço público. A apresentação pública da obra será no dia 7 de dezembro de 2019, pelas 15 horas.
Páginas Inquietas. Sobre Documentos Insubmissos — conferência de mário moura
Dez 01 201918 DEZEMBRO > 18H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Alguns são objectos pequenos, portáteis, que se escondem no bolso ou na palma da mão. São assim para circular discretamente ou porque não há dinheiro para mais. Resumem-se a uma folha impressa dos dois lados, dobrada para simular a ideia de revista. Outros são grandes, demasiado grandes, é difícil desdobrá-los, as suas páginas viram-se com desordem e ruído. Lê-los em público chama necessariamente a atenção, incomoda a pessoa no lugar ao lado, da mesa do fundo, provoca o burburinho alheio. São o equivalente impresso de quem ouve música alto no autocarro. Outros são impossíveis de ler fora de casa: vêm em formatos estranhos, exóticos, caixas, posters que se dobram para fazer páginas, encadernações de elástico, capas que brilham como os espelhos com que se fazem sinais a partir de uma ilha deserta. Alguns cheiram a novo, acabados de fazer; outros envelheceram, melhor ou pior. O mesmo formato que os tornou tão estranhos e ofensivos ameaça destruí-los, rasgá-los, torcê-los, esmagá-los. Em Páginas Inquietas, apresentam-se publicações cujos temas se relacionam com a urgência do acto político, social ou subversivo. E cujo aspecto gráfico chama a atenção. Tenta-se perceber se a sua política se alicerça – ou não – nas suas formas gráficas, no seu formato, nos seus materiais.
Páginas Inquietas, um projecto de Mário Moura e Susana Gaudêncio, toma agora o formato de livro após uma primeira exposição originalmente apresentada no Espaço Mira, Porto em 2016.
Apoiado pela Câmara Municipal do Porto através do programa CRIATÓRIO.
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20 de Dezembro às 17h
Lançamento do livro Páginas Inquietas. Sobre Documentos Insubmissos. Biblioteca Pública Municipal do Porto.
28 de Dezembro às 17h
Lançamento do livro Páginas Inquietas. Sobre Documentos Insubmissos. Livraria STET, Lisboa