Exposições
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26 anos dos fazedores de letras
Abr 23 201929 ABRIL > 02 MAIO I ÁTRIO PRINCIPAL FLUL
O jornal Os Fazedores de Letras, feito pelos estudantes da Faculdade de Letras, comemora 26 anos de existência. Para assinalar a data realiza-se uma exposição no átrio principal da FLUL e publica-se uma edição especial comemorativa. O projecto da exposição e da publicação foi desenvolvido por alunos de Design Editorial II, do 3.º ano da licenciatura de Design de Comunicação, no âmbito de uma colaboração entre a FLUL e a Área de Design de Comunicação da FBAUL.
A inauguração da exposição está agendada para o dia 29 de Abril, às 18h30, e a exposição ficará patente até 2 de maio.
+ info
Leiam-nos https://osfazedoresdeletras.com, escrevam-nos para osfazedores@gmail.com, e encontrem-nos no Facebook: www.facebook.com/osfazedoresdeletras ou no Instagram:http://instagram.com/osfazedoresdeletras.
Há 26 anos que somos fazedores de letras, venham fazê-las connosco.
revessa
Abr 21 201911 > 26 ABRIL I CAPELA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 11 de abril, às 18h00, na Capela das Belas-Artes, a exposição Revessa de Viviane Gueller, com curadoria de João Paulo Queiroz. A exposição ficará patente até 26 de abril.
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Viviane Gueller: no cais, junto ao rio
1. Viagem
Viviane Gueller empreendeu uma viagem. Esta viagem começou do outro lado do mar, do outro lado do Atlântico, junto à foz do Rio. É uma viagem de ida e de regresso, é uma viagem de gerações que procuram, constroem e regressam.
2. Quintal
Almeida-Garrett no livro ‘Viagens na Minha Terra’ descreve uma outra viagem, bem mais pequena. Depois da independência do Brasil o país ficara do tamanho de um quarto. Quarto que lhe recorda o outro quarto, o da prisão domiciliária de Xavier de Maistre, no livro ‘Viagem à volta do meu quarto’. É que Garrett sabe, e percebe, que as outrora caravelas, saídas de Lisboa para destinos maiores e incertos, tornaram-se em pequenos barcos, com destinos pequenos, e certos. Agora sobem o rio, em vez de atravessarem o Atlântico. Almeida-Garrett sobe o rio Tejo, entre amigos dos tempos de Coimbra, da Universidade!, a caminho do novo Ultramar que é agora, rio acima, a cidade de Santarém, ironia mais pequena:
Mas com este clima, com este ar que Deus nos deu, onde a laranjeira cresce na horta, e o mato é de murta, o próprio Xavier de Maistre, que aqui escrevesse, ao menos ia até ao quintal. (Almeida-Garrett, 1846:1-2).
3. Estige
No Renascimento um outro autor descreve na forma de um rio, a última viagem, a viagem em direção ao paraíso ou em direção ao inferno. Seria no cais do Estige, ou, para Gil Vicente, num simples Cais do Tejo. Falo aqui do Auto da Barca do Inferno (1518). O cais onde chegam os mortos, crentes que as suas grandezas de vida lhes garantem os maiores confortos a caminho do certo Paraíso. O barqueiro trata-os com ironia, e são encaminhados para o seu justo destino, uma das duas barcas, uma a caminho das brasas infernais, outro a caminho do céu. São aliás dois os Barqueiros. Um, um anjo, o outro, um diabo. Entre frades, banqueiros, alcoviteiras, procuradores, e outros pretensiosos, só serão recebidos pelo anjo os cavaleiros, homens de missão distinta e nobre, homens de grandeza, e mais um, um homem simples, que é Joane, o pobre de espírito, o parvo.
4. Um bilhete rasgado nas mãos
Falamos então de viagens, falamos então de peregrinações. O mesmo é dizer caminhadas em busca do espírito. Não está ao nosso alcance descrever, discernir, compreender. O seu motor é exterior e é superiormente determinado. Uma peregrinação é ela mesma a viagem, é ela mesma a metáfora da duração da vida. Pois começa, dura, e acaba. Ao final, saberemos o seu proveito, a sua fatalidade, o seu sentido. Ao final, um encontro no cais. Ao final, a travessia do Tejo, seja Rio acima, seja Atlântico abaixo. Viviane começou esta viagem há muito tempo, antes ainda de saber que estava a caminho. Isto não é novidade: acontece a todos nós. Só a meio da viagem percebemos que temos um bilhete rasgado nas mãos.
5. Peregrinação
A viagem é em si mesma uma ironia, mais do que uma alegoria. Uma ironia consiste na justaposição de diferentes significações no mesmo veículo sígnico. O contraste entre diferentes qualidades percebidas no mesmo instante, desencadeia o riso. Gil Vicente sabia-o muito bem: as primeiras edições dos seus autos transportam no frontispício o mesmo adágio latino: ridendo castigat mores. Rindo se criticam os costumes. Fernão Mendes Pinto sabia-o também. A sua Peregrinação tem tanto de verdadeiro como de exagerado, trazendo ao de cima a oposição funda entre a nobreza de caráter e a pobreza humana.
Fernão Mendes Pinto desceu o atlântico. Almeida Garrett subiu a corrente do Rio Tejo. Ambos riram, e ambos mostraram o que aprenderam. Viviane subiu o Atlântico, da Foz do Guaíba, à foz do Tejo. Aqui, de modo quotidiano, quase ocasional, encontrou o contraste da ironia funda destas viagens passadas e presentes, dos barcos que atravessaram mares aos barcos que atravessam rios. Encontrou a bordo de um ‘cacilheiro’ o som de vozes familiares mas desconhecidas, que alheias à grandeza do rio, falavam o crioulo das terras de Cabo Verde.
6. De mundo na mão, a olhar Porto Brandão
No cais de Lisboa, a caminho de Belém, sítio de largadas e de velhos, de heróis de pedra olhando fixamente Porto Brandão para sempre, na retórica do Estado Novo, nas formas do Padrão dos Descobrimentos. Com caravelas na mão, esferas armilares, mundos, livros e missões no seu destino. Neste cais, em local esquecido, mas perto, o Memorial à guerra do Ultramar, para recordar os mortos e feridos que há bem pouco tempo se empenharam numa guerra entre irmãos, a guerra colonial.
7. Revessas
São outros regressos, outros refluxos, outras revessas. A proposta de Viviane Gueller é simples: reencontrar os discursos, apontar aos humanos que, destinos à parte, esta viagem é antiga e vale um sentido, que é tão grande quanto pequeno, onde o rio se faz mar, ou não, como o rio da minha aldeia (Alberto Caeiro). Que, do lado de cá, do lado dos humanos, nos igualamos permanentemente, entre a noite e o riso, de Nuno Bragança (1969), no reencontro sem fim.
Referências
Almeida-Garrett, José de (1846) Viagens na minha Terra. Lisboa: Typographia da Gazeta dos Tribunaes. URL: http://purl.pt/55/4/
Bragança, Nuno (1969) A noite e o riso. Lisboa: Moraes.
Caeiro, Alberto [Fernando pessoa] (1946) “XX – O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia” In O Guardador de Rebanhos: Poemas de Alberto Caeiro. Lisboa: Ática.
Fernão Mendes Pinto (1983) Peregrinação. Transcrição de Adolfo Casais Monteiro. Col. Biblioteca de autores portugueses. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda.
Maistre, Xavier de (/1794) Voyage autour de ma chambre. Paris: Flamarion.
Vicente, Gil (/1518) Auto da Barca do Inferno. Biblioteca Digital. Porto: Porto Editora.
João Paulo Queiroz
ela — exposição de isabel sabino
Abr 15 2019APRESENTAÇÃO E LANÇAMENTO DO CATÁLOGO — 04 MAIO > 16H00 I SOCIEDADE NACIONAL BELAS ARTES
No âmbito da exposição ELA de Isabel Sabino que inaugurou no dia 11 de abril, na Sociedade Nacional de Belas-Artes, realiza-se no dia 4 de maio, às 16h00, a apresentação e o lançamento do catálogo da exposição, com a presença da artista.
Ainda no dia 4 de maio realiza-se a finissage da exposição.
pintura na terra
Abr 15 2019FINISSAGE E LANÇAMENTO DO LIVRO PINTURA NA TERRA I 27 ABRIL > 15H30 I GALERIA BELAS-ARTES
Realiza-se no dia 27 de abril, às 15h30, na Galeria das Belas-Artes a finissage e o lançamento do livro Pintura na Terra.
A exposição Pintura na Terra de João Paulo Queiroz, que inaugurou no dia 4 de abril, ficará patente até 29 de abril.
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Desde 2005 que executo pintura na mesma paisagem, de modo direto, no terreno, nos Valinhos, bem perto de Fátima. É terra quieta, que conhece peregrinos, e que me conhece bem. As séries têm-se sucedido, ano após ano. Ali tenho executado entre 60 a 120 trabalhos em cada ano, conforme me é possível.
Este espaço vital do artista, que reforça também uma certa dimensão performativa da sua proposta, está geograficamente identificado (…) e deve ser visto no quadro do rigor que caracteriza esta abordagem processual a que não é também alheia uma certa gestão disciplinada do tempo da realização / experimentação, mais própria das experiências científicas de largo espectro temporal (das observações da biologia, dos ciclos das vidas de determinadas espécies vegetais e animais, por exemplo) do que de um processo de criação artística, em regra, quase sempre mais espontâneos e fugazes (Leonardo Charréu, 2019)
Nesta exposição apresento os trabalhos feitos no ano de 2017: são 106 pequenas paisagens, em conjuntos de oito pinturas em cada dia, em que em cada um me debrucei sobre um conjunto de árvores em particular, começando desde manhã, e seguindo sem parar até ao escurecer.
João Paulo Queiroz
Nota biográfica
João Paulo Queiroz (Aveiro, Portugal). Curso Superior de Pintura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Mestre em Comunicação, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). Doutor em Belas-Artes pela Universidade de Lisboa, onde é professor. Co autor dos programas de Desenho A e B (10º ao 12º anos) do Ensino Secundário. Coordenador do Congresso Internacional CSO Criadores Sobre outras obras (anual, desde 2010) e diretor das revistas académicas :Estúdio (QUALIS: A2), Gama (QUALIS: B1), e Croma ISSN (QUALIS: B1). Coordenador do Congresso Matéria-Prima, Práticas das Artes Visuais no Ensino Básico e Secundário (anual, desde 2012). Dirige também a Revista Matéria-Prima (QUALIS: B1). Membro de diversas comissões e painéis científicos, de avaliação, e conselhos editoriais. Consultor da FCT, Portugal. Presidente do Centro de Estudos e Investigação em Belas-Artes (CIEBA), Portugal. Presidente da Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa, Portugal. Diversas exposições individuais de pintura. Prémio de Pintura Gustavo Cordeiro Ramos pela Academia Nacional de Belas-Artes em 2004.
![E_2019_CSO](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/03/E_2019_CSO.jpg)
CSO’2019 — 10º Congresso Internacional CSO, Criadores Sobre outras Obras
Abr 11 2019
12 > 17 ABRIL I SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES
Exposição – Raízes
Mar 18 201907 > 27 MARÇO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 7 de março, às 18h00, na Galeria das Belas-Artes a exposição Raízes, com coordenação de Victor dos Reis, curadoria de Marta de Menezes e produção da Associação Cultivamos Cultura.
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Artistas:
Coletiva Summer School Cultivamos Cultura
Felipe Shibuya
Jude Abuh-Zaineh
Andrew Carnie
Carla Rebelo
Eileen Ryan
Marta de Menezes
Suzanne Anker
Tarah Rhoda
Maria-Francisca Abreu-Afonso
A exposição Raízes é para a Cultivamos Cultura um dos eventos mais importantes do ano. É simultaneamente o momento de apresentar os resultados das residências artísticas que foram acontecendo durante a primavera e verão no espaço da Cultivamos Cultura em São Luís – Odemira, e também o momento de apresentar publicamente esses trabalhos em conjunto com peças selecionadas de outras coleções na área dos novos media e de diferentes parceiros. É uma ocasião para contextualizar o trabalho que desenvolvemos, mostrá-lo à comunidade educativa e artística, nacional e internacionalmente.
mesa — exposição coletiva de escultura
Mar 18 201915 FEVEREIRO > 23 MARÇO I OFICINAS DE FORMAÇÃO E ANIMAÇÃO CULTURAL DE ALJUSTREL
Exposição de Ana Carolina Neves, Ana Sofia Sá, Joana Alarcão, Joana Sequeira, Laura Reis, Marco Pestana e Miguel Nunes da Silva, alunos finalistas da licenciatura em Escultura 17/18.
Decorre, entre 15 de fevereiro e 23 de março de 2019, a exposição coletiva de escultura “MESA”, que reúne trabalhos de sete alunos finalistas da licenciatura em escultura 2017/2018.
A exposição realiza-se nas Oficinas de Formação e Animação Cultural de Aljustrel, ao abrigo do protocolo estabelecido entre a FBAUL e aquele Município, e encerra com a realização de dois ateliers de escultura destinados à população local, dinamizados pelos mesmos alunos.
Paisajes Enlazados
Fev 20 201907 > 27 FEVEREIRO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 7 de fevereiro, às 18h00, na Galeria das Belas-Artes a exposição Paisajes Enlazados de Ilídio Salteiro, com curadoria de Antonio García López.
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
“Los hombres construimos demasiados muros
y no suficientes puentes”
Sir Isaac Newton
Entender la serie Paisajes enlazados de Ilidio Salteiro desde la literalidad de un género como el paisaje, sería quedarse en la superficie de un pensamiento mucho más profundo. Solo es posible entender la obra de Salteiro como una manifestación autorreferial hacia la propia pintura en cuanto disciplina, y espacio para la expresión. Los paisajes primigenios y “magmáticos” presentes en las últimas obras de Salteiro, lejos de ser inocentes, señalan el sentido último de la pintura entendida como elección personal, y como acto de resistencia. En un contexto como el actual, donde la industria cultural parece haber abdicado ante la moda del entretenimiento, donde todo es virtual, devolver la mirada a los materiales básicos de la pintura: óleo, acrílico, acuarela, es devolver el protagonismo a la naturaleza de la que nacimos, es hablar del barro, el agua, o el musgo, es un acto utópico pero necesario para poner en valor la fortaleza del pensamiento creativo como motor de cambio. Es así como Salteiro, asume que tanto la pintura como el pensamiento creativo, forman parte de un mismo espacio que hoy parece en peligro. Pero también es consciente de que esa creatividad, es la que nos ha permitido enlazar lo micro con lo macro, el pasado con el presente, investigar sobre la vida, y en definitiva adaptarnos a un medio siempre turbio, siempre cambiante.
Debemos asumir que la muestra Paisajes enlazados, alude más allá del género paisaje, al espacio pictórico de Salteiro entendido como metáfora de la vida, con su diversidad genética pero también como su multiculturalidad. Con sus recurrentes paisajes inventados, Salteiro no hace más que encontrarse con el ser humano que los habita. Con sus anhelos y con sus turbaciones, con sus ganas de vivir y con su miedo a morir. Todo lo que nos rodea está interrelacionado, naturaleza y vida son la misma cosa, el agua de los ríos, y la sangre que fluye por nuestras venas. El pasado y el presente también estan conectados, todo esta en movimiento continuo, y no es posible por mucho que se empeñen los totalitarismos absurdos, y la cosificación que rodea a nuestra sociedad consumista, poner límites y barreras a la naturaleza y a la propia vida. Hacer eso es sinónimo de autodestrucción y fracaso como especie. Solo podremos sobrevivir, si respetamos los tiempos y los flujos de la naturaleza, si retornamos al origen y a los elementos más esenciales, el agua, el barro, el aire. Solo así, seremos capaces de respetarnos a nosotros mismos y por extensión de sentirnos vivos. Es por ello que Salteiro insiste en su empeño por tender puentes y construir refugios, huyendo así de la absurda idea de ponerle vallas al bosque. Es por ello que el acto pictórico de Salteiro, está más preocupado por la curiosidad asociada a la formulación de preguntas, que por el confort que pueda proporcionar conocer las respuestas. Es por ello que esos paisajes que pinta, no son un ejercicio de nostalgia, más bien son expresiones de vida, de metamorfosis, de interpretaciones de un tiempo presente convulso, y que siempre ha sido cambiante a lo largo de la historia.
Antonio García López
![E_2018_DINHEIRO](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/04/E_2018_DINHEIRO.jpg)
Dinero — Dinheiro — por la itenerancia
Fev 19 201925 JANEIRO > 24 FEVEREIRO I SALA DE EXPOSICIONES— UNIVERSIDAD POPULAR DE MAZARRÓN
Inaugura no dia 25 de janeiro de 2019, a 4ª exposição internacional itinerante ‘Dinero-Dinheiro’ em Espanha, comissariada por Antonio García López e Ilídio Salteiro, Vicedecano da Facultad de Bellas Artes de Murcia e professor da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa respetivamente. A inauguração terá lugar às 19h00 na Sala de Exposiciones de la Universidad Popular de Mazarrón, Murcia.
Artistas espanhóis e portugueses participantes:
Álvaro Alonso Sánchez, Antonio García López, Carmen Grau, Carolina Maestro, Concha Martínez Montalvo, Cristóvão V. Pereira, Diogo da Cruz, Domingos Loureiro, Dora Iva Rita, Francisca Núñez, Francisco Berenguer, Francisco J. Guillén, Ilídio Salteiro, João Castro Silva, João Paulo Queiroz, Jorge dos Reis, José Mayor, Juan J. Águeda, Luís Herberto, Luís Izquierdo, Manuel Gantes, Manuel Páez, Mariano Maestro, Maribel Pleguezuelos, Olga Rodríguez Pomares, Pedro Alonso Ureña, Román Gil, Torregar, Salvador Conesa, Víctor Piñera Albares (Virtoc), Victoria Santiago Godos.
A 1ª exposição teve lugar no Instituto Superior de Economia e Gestão de Lisboa (ISEG) entre 29 de outubro e 28 de novembro de 2016. Sendo uma exposição itinerante esteve no Museo de la Universidad de Murcia, entre 9 de Maio e 4 de Junho de 2018, seguiu-se o Museo de Archena onde esteve patente até 25 de agosto, em 14 de setembro inaugurou na Sala Levante da Facultad de Ciencias de la Empresa (UPTC), em Cartagena, onde esteve patente até 24 de outubro de 2018. Em 2019 será a Sala de Exposiciones de la Universidad Popular de Mazarrón a receber esta exposição, entre 25 de janeiro e 24 de fevereiro.
Está a ser preparada uma publicação com fotos das obras e textos dos seus autores. Esta informação também consta de um blog que inclui informação adicional e um catálogo virtual com os CV’s, fotos e textos de cada um dos artistas participantes: http://ddiinnhheeiirroo.blogspot.com/
CIEBA – Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes
Facultad de Bellas Artes de la Universidad de Murcia
Universidad Politecnica de Cartagena
Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto
Instituto Superior de Economia e Gestão
lo straniero
Fev 19 201907 > 23 FEVEREIRO I ISTITUTO PORTOGHESE DI SANT’ANTONIO IN ROMA
Inaugura no dia 7 de fevereiro, às 18h00, no Istituto Portoghese di Sant’Antonio in Roma a exposição Lo Straniero de Manuel Gantes, com curadoria de Luísa Arruda.
horário schedule
3ª a sábado › 17h–20h
tuesday to saturday › 5pm to 8pm
Manuel Gantes, propôs o enigmático título Lo Straniero para a exposição na Galeria do Instituto de Santo António dos Portugueses, revisitando a série de 119 desenhos da sua tese: Desenho no século XX e XXI: imagem, espaço, tempo, tese apresentada à Universidade de Lisboa, Faculdade de Belas-Artes, em 2013. A este núcleo temático de desenhos agregou outras séries, desta vez em pintura, relativas à sua actividade actual. A obra de Albert Camus, o seu pensamento, subjaz nas séries que Manuel Gantes nos dá a ver, reclamando na limpidez solar dos seus desenhos ou na opacidade pardacenta das tintas das pinturas, a condição de Straniero que somos de um ou outro modo. Urge reler Camus.
Luísa Arruda
DESENHO(S) EM CONSTRUÇÃO
Jan 29 201920 DEZEMBRO 2018 > 01 FEVEREIRO 2019 | GALERIA DA JUNTA DE FREGUESIA DE SANTA MARIA MAIOR
No dia 20 de Dezembro, às 18h00, na Galeria da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, inaugura a exposição DESENHO(S) EM CONSTRUÇÃO, onde serão apresentados trabalhos de artistas que concluíram há pouco o seu percurso académico.
Esta exposição de desenho é uma iniciativa do Grupo de Investigação em Desenho do CIEBA (Centro de Investigação e Estudos em Belas Artes), comissariada pela Área de Desenho da FBAUL, numa parceria entre a Faculdade de Belas-Artes de ULisboa e a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior.
Horário da exposição
2ª a 6ª feira: 14h00 – 18h00
Entrada pela Rua da Madalena, 147 ou pela Rua dos Fanqueiros, 170/178 (elevador 3B)
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Richard Serra refere numa entrevista que a arte existe para nos “salvar da banalidade do mundo”; os desenhos aqui apresentados parecem confirmar essa visão. Esta exposição procura dar conta de percursos e formações de alunos que se revelaram no domínio do desenho, sublinhando a ideia de um fazer em contínuo trânsito, sucessão; em construção. Sendo trabalhos de artistas que concluíram há pouco o seu percurso académico, é notória a vontade de transcender o visível, de o transformar, de lhe conferir novos sentidos, interpelando-nos e mostrando-nos modos pessoais de o entender.
Na diversidade de tópicos e abordagens adotados pelos autores, algumas preocupações são recorrentes e traduzem constantes: a renovada e necessária relação com a natureza, como acontece nos trabalhos de Inês Machado Pinto, Inês Mesquita, Joana Galego, Nuno Gonçalves ou Viktorya Kurmayeva; a evocação da memória, como atlas infindável de temas e imagens, posicionamento patente nos trabalhos de Francisca Pinto, Lígia Fernandes, Marco Morgado, Maria Teresa Carreira ou Mariana Teixeira; a experiência do espaço urbano, a velocidade que lhe é associada, e o desenho como forma de desaceleração, inquietação reconhecível nas propostas de Cecília Corujo, Daniel Teixeira, Diogo Elias ou João Távora; o corpo como matriz da relação com os outros e com o mundo, enaltecendo todos os sentidos na interpretação do visível, aspeto patente nas proposições de Bruno Medeiros, Fábio Veras, Mafalda d’Oliveira Martins ou Sara Mealha; a casa e a reinvenção dos lugares, local de reencontro consigo, mas também uma imensa possibilidade de experimentação do espaço, aspetos detetáveis nos desenhos de Manuel Queiró, Neide Carreira ou Nicoleta Sandulescu; ou ainda a constatação de uma pulsão para criações abstratas, incidindo na materialidade e nos processos de construção das obras, nos ritmos e nas geometrias dos suportes, como é o caso das composições de Ana Romãozinho, Sebastião Castelo Lopes ou Simão Martinez. O desenho digital representa, por vezes, a síntese entre o impulso ancestral para desenhar e o fascínio pelas novas tecnologias. Essa dupla condição encontra expressão nos trabalhos de Israel Teixeira, João David Fernandes, Patrícia Cassis ou Ricardo Lima. Da seleção de desenhos dos vinte e oito artistas aqui expostos reconhecemos o cruzamento destas e de outras possíveis leituras, reveladoras de um fértil potencial criativo, extensível de resto aos trabalhos de outros colegas que também terminaram o seu percurso de formação que, por limitações do espaço expositivo, não foi possível mostrar.
O percurso empreendido na Faculdade é importante, mas, inevitavelmente, uma parte limitada do trajeto de qualquer artista. A arte não prescinde do sentido crítico e reflexivo de quem a faz, permanentemente. É uma forma de vida que requer um olhar esclarecido e sensível sobre todos os fenómenos. Estas tarefas e predicados requerem tempo e constituem um compromisso para a vida. Um compromisso em constante construção.
Domingos Rego e Américo Marcelino
Exposição de: Ana Romãozinho, Bruno Medeiros, Cecilia Corujo, Daniel Teixeira, Diogo Elias, Fábio Veras, Francisca Pinto, Inês Machado Pinto, Inês Mesquita, Israel Teixeira, Joana Galego, João David Fernandes, João Távora, Lígia Fernandes, Mafalda d’Oliveira Martins, Manuel Queiró, Marco Morgado, Maria Teresa Carreira, Mariana Teixeira, Neide Carreira, Nicoleta Sandulescu, Nuno Gonçalves, Patricia Cassis, Ricardo Lima, Sara Mealha, Sebastião Castelo Lopes, Simão Martinez e Viktoriya Kurmayeva
Organização
Área de Desenho da FBAUL (Américo Marcelino, António Pedro F. Marques, Artur Ramos, Domingos Rego, Henrique Costa, Luísa Arruda, João Jacinto, Manuel Gantes, Manuel San-Payo e Pedro Saraiva) com o Departamento de Cultura da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior (Rute Reimão).
Curadoria
Américo Marcelino, Domingos Rego e Pedro Saraiva (com Henrique Costa para o Desenho Digital).
Comissão Executiva
Américo Marcelino, Domingos Rego, João Jacinto e Pedro Saraiva, com Daniel Teixeira, Inês Machado, Lígia Fernandes, Mariana Teixeira, Neide Carreira, Simão Martinez e Viktoriya Kurmayeva.
Apoio
Gabinete de Comunicação, Imagem e Inovação da FBAUL (Teresa Sabido, Isabel Nunes, Tomás Gouveia e Leonor Fonseca) e Junta de Freguesia de Santa Maria Maior (Rute Reimão).
isto é. achas
Jan 20 201910 > 29 JANEIRO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 10 de janeiro, às 18h00, na Galeria das Belas-Artes, a exposição Isto é.Achas de Alberto Rodrigues Marques, Francisco Correia e Gonçalo Gouveia.
Curadoria: Rui Serra
horário schedule
2ª a sábado › 11h–19h
monday to saturday › 11am to 7pm
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
A proposta desta exposição surgiu do contacto e da relação que nós os três estabelecemos ao longo dos últimos quatro anos, em que fomos alunos de Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
O ponto comum aos diferentes trajetos apresentados nesta exposição é a Pintura, quer seja enquanto pensamento quer seja enquanto obra materializada. É daí que parte a ideia desta exposição, que pretendemos que demonstre não só as diferentes abordagens, mas que também evidencie esse “movimento” oscilante e flexível no qual, em três momentos distintos (assinalado por cada um dos participantes), a pintura passa do plano bidimensional, mais perto da sua definição habitual, para o plano tridimensional no qual a questão do “objeto pintura” é subvertida.
Dito isto, o Francisco aborda a pintura do ponto de vista da superfície (a imagem). Encontrou na técnica – e mais concretamente na utilização da tinta de óleo pelo seu carácter carnal – o medium predileto para as pesquisas que desenvolve ao nível da forma. Essas configurações que cria (ou encontra) à superfície da tela, equipara-as a achados arqueológicos até então desconhecidos. Esse paralelismo surge da estreita comparação do momento em que procura no interior da pintura a imagem, com o processo de escavação em busca de possíveis artefactos perdidos. O facto de aliar a exploração matérica da tinta ao carácter gráfico da forma, fá-lo perseguir um universo irónico assente na fronteira entre abstração e figuração.
Seguidamente, o Alberto tem por base processos pictóricos que incidem sobre a importância dos materiais – quer sejam concebidos para o desempenho da atividade artística ou outros de carácter mundano – e a exploração das possibilidades ímpares que estes proporcionam.
Por vezes, inverte os métodos tradicionais da pintura criando trabalhos que são transportados para um território neutro, uma vez que é recorrente a aproximação ao espaço tridimensional; como é o caso das pinturas propostas para a exposição em que a tinta, ao invés de ser aplicada à superfície, é pressionada por detrás da chapa de aço resultando um aparente baixo-relevo.
Por último, o Gonçalo ‘apanha tudo’. Gosta de se definir como pintor-recolector. Acredita que os estímulos para a prática artística estão em todo o lado; a essência de cada coisa torna-a única e por isso tem propriedades que mais nada no mundo possui (por exemplo, comer uma bifana num estabelecimento lisboeta contém o seu intrínseco valor de vivência, enquanto ver uma exposição, ou um filme, tem outro). Depois de recolhidos, esses objetos são emparelhados na tentativa de encontrar relações insólitas entre si – tal como acontece com os materiais idealizados para fins artísticos -. A tela é virada do avesso para se tornar numa piscina, onde um tanque de guerra se mantém à tona de água graças a uma balsa salva-vidas. Ou o fotograma que funciona como pretexto para criar uma mala de pele de crocodilo com duas pernas e botas.
O propósito maior desta exposição é a de tornar compreensível a coreografia que propomos, onde a pintura se mostra em três das suas múltiplas valências, e durante a qual se intui uma operação de questionamento do olhar e da compreensão do que é observado. O próprio título da exposição – Isto é. Achas. -, além de desafiador, surge ele próprio como tom de negação e de impossibilidade perante o que é definido como uma conclusão.
![E_2018_ZG](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/11/E_2018_ZG.jpg)
singular pace
Dez 18 2018
17 NOVEMBRO 2018 > 5 JANEIRO 2019 I ZET GALLERY
No próximo dia 17 de novembro de 2018, sábado, inaugura pelas 16h00 a exposição SINGULAR PACE, com curadoria de Helena Mendes Pereira.
Procurando dar cumprimento ao objetivo de se aproximar e divulgar artistas recém-formados pela Academia, a seleção integra obras de arte de jovens artistas da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. A seleção, realizada no contexto das Galerias Abertas, edição de 2018, foi feita por um júri composto por Cabral Pinto (Diretor Artístico da Fundação Bienal de Arte de Cerveira), Fernanda Araújo (Artista Plástica), Jorge da Costa (Diretor do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais) e inclui estudantes de Licenciatura, Mestrado e Doutoramento.
Alberto Rodrigo Marques, Ana Sofia Sá, André Silva, Carla Afonso, Carolina Serrano, Dora Meireles, Fábio Veras, Francisco Correia, Jéssica Burrinha, Joana Pitta (Não Joana), Lena Wan, Marco Pestana, mikha-ez, Poli Pieratti, Rita Vidigal, Rodrigo Empis, Rúben Lança, Sal Silva e Tiago Santos são os protagonistas de SINGULAR PACE, exposição patente até ao dia 5 de janeiro de 2019. Todas as obras de arte estão disponíveis em www.zet.gallery
o trabalho na sombra — 10ª edição inshadow lisbon screendance festival
Dez 01 201823 NOVEMBRO > 14 DEZEMBRO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 23 de novembro, às 18h30, na galeria das belas-artes a exposição o trabalho na sombra no âmbito da 10ª edição do InShadow Lisbon Screendance Festival, que decorre entre 15 de novembro e 15 de dezembro.
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
O trabalho na sombra
O mundo afigura-se na sombra, entre o visível e o subjetivo, no interior. Aproximar trabalhos de artistas que antes não comunicavam é um exercício intuitivo, revelador de um processo de leitura múltipla, antecipador de narrativas. Colocar trabalhos artísticos em diálogo é por si um jogo exigente, responsável, permite a correlação direta entre as imagens e as respetivas texturas, escalas, perspetivas. Conseguimos experienciar as imagens pela perceção do corpo.
De 23 Novembro a 14 Dezembro, o Festival InShadow regressa à Galeria da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.Do cruzamento entre tecnologia, imagem e movimento são apresentados trabalhos de fotografia dos artistas portugueses: Susana Jesus, Susana Pereira e Henrique Frazão.
Apresentamos propostas de vídeo-dança, num dispositivo de sala de cinema, dos artistas Sean Wirz (Suiça), Foteini Papadopoulou & René Jeuckens & Bernd Mantz (Alemanha), Margarita Bali (Argentina/EUA), Dana Ruttenberg & Oreb Shkedy (Israel) e de Alexandre Alagoa (Portugal). Imagens que nos propõem uma desconstrução dos espaços arquitetónicos e das pessoas que os habitam. A experimentação, por via de jogos óticos e efeitos de edição, perspetiva um novo olhar sobre o ambiente em relação íntima com a ideia de movimento.
No espaço expositivo propomos também o convívio com a áudio-performance de Dárida Rodrigues (Brasil), o abrandamento na subtileza dos desenhos de Leonor Béltran (Portugal), e percebermos ainda a complexidade escultórica do novo objeto-prémio do festival, para celebrar os dez anos de programação, de José Carlos Neves (Portugal).
O Festival InShadow revela o melhor da criação artística transdisciplinar nas áreas do vídeo-dança, documentário, performance, exposições e instalações, um lugar de encontros imprevisíveis entre o cinema e a dança.A 10ª edição apresenta mais 150 artistas.
O tema da sombra estende-se por Lisboa na celebração dos dez anos em vários espaços: Cinemateca Portuguesa, Teatro do Bairro, Museu da Marioneta, Fundação Portuguesa das Comunicações, Espaço Santa Catarina, Espaço Cultural das Mercês, Galeria da FBAUL, Ler Devagar, ETIC e diversas outras parcerias.
O corpo inquieto, volta a ser imaginado na sombra.
![E_2017_ENTREMAOS](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2017/11/E_2017_ENTREMAOS.png)
ENTRE MÃOS PARTE lll (CERÂMICA / ESCULTURA)
Nov 01 20186 > 16 NOVEMBRO I BIBLIOTECA DA UNIVERSIDADE NOVA – Faculdade Ciência e Tecnologia
Inaugura no dia 6 de novembro, pelas 17h00, na Biblioteca da Universidade Nova – Faculdade Ciência e Tecnologia, no Monte da Caparica, a exposição ENTRE MÃOS Parte III (Cerâmica / Escultura), com curadoria de Marta Castelo e João Rolaça.
ARTISTAS:
Alice Junqueira, Bárbara Gabriela da Cruz, Beatriz Machado, Beatriz Pedrosa, Beatriz Taveira, Carolina Carvalho, Catarina Monteiro, Diamantino Diogo, Diogo Castelão Sousa, Diogo da Cruz, Diogo Figueira, Guilherme Aguiar de Matos, Joana Lapin, Joana Garcia e Costa, João Pedro Figueiredo Gonçalves, João Ramos, José Sotomayor, Laura Cortesão Monteiro, Maria Botto, Mariana Stoffel, Mariana Vinheiras, Matilde Ferreira, Miguel Cardoso Condeça, Sabina Vilagut, Sara de Campos, Sara Ribeiro Santos
Esta exposição esteve patente na Galeria das Belas-Artes entre 29 de novembro e 29 de dezembro de 2017 e 24 de março a 28 de abril de 2018 na Galeria Municipal de Montemor-o-Novo.
Participaram na exposição Parte I e Parte II: Bárbara Gabriela da Cruz, Beatriz Pedrosa, Carolina Carvalho, Catarina Monteiro, Diogo da Cruz, Liliana Velho, João Gama, João Rolaça, José Sotomayor, Maria Botto, Matilde Ferreira, Patrícia Gonçalves, Sabina Vilagut e Sara de Campos.
O barro é o material, por excelência, da criação. Desde as primitivas figuras em terracota, as primeiras peças de olaria, passando pela modelação escultórica, pelo design de objetos ou até às interseções deste material com as novas abordagens contemporâneas, o barro tem, ao longo de todas as épocas históricas, atraído os mais diversos criadores. Trata-se de uma matéria tão elementar e essencial como sofisticada, que tanto pode ser usada na sua simplicidade ou ser integrada e aplicada em produções tecnologicamente complexas e avançadas. Em qualquer caso o barro, atravessado pelo fogo, transforma-se na duradoura cerâmica que abunda e habita largamente o nosso quotidiano.
Na atualidade, a cerâmica enquanto modo de criação tem expandido os seus limites tradicionais e vindo a conquistar um espaço de visibilidade e de auto-afirmação artística, que destaca cada vez mais a sua autonomia e paradoxalmente a sua intrínseca relação com a arte e em particular com a escultura desde tempos idos.
A exposição ENTRE MÃOS | Cerâmicas reúne trabalhos de alunos e ex-alunos que escolheram a Unidade Curricular de Cerâmica do curso de Escultura da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e pretende revelar a versatilidade das matérias desta tecnologia, dando a conhecer diferentes abordagens plásticas — eventualmente díspares ou complementares — mas igualmente marcadas pela plasticidade da argila ancestral e pela liberdade de pensamento e criatividade dos autores que nela participam.
Muitos deles tomaram, pela primeira vez, o barro nas mãos, nas oficinas desta faculdade e mais ou menos cientes da sua larga história, modelaram diferentes pastas cerâmicas e usaram técnicas diferenciadas, criando discursos autorais, ora de raiz mais tradicional ora interdisciplinar que confirmam a riqueza plástica que esta tecnologia permite.
ENTRE MÃOS | Cerâmicas decorre de uma vontade antiga de tornar visível o trabalho desenvolvido nas unidades curriculares de cerâmica do primeiro ciclo do curso de Escultura da Faculdade de Belas-Artes, e de mostrar também os trabalhos recentes de ex-alunos que continuam a explorar profissionalmente esta área artística.
Marta Castelo
João Rolaça
CATÁLOGO
![E_2018_LUGARESCAMINHOS](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/10/E_2018_LUGARESCAMINHOS.jpg)
lugares e caminhos — exposição de finalistas da Licenciatura em Escultura
Out 15 201820 SETEMBRO > 31 OUTUBRO I GALERIA MUNICIPAL DE PROENÇA-A-NOVA
A exposição documental “LUGARES E CAMINHOS” resulta de uma residência artística, integrada no programa curricular de Escultura V, dedicada à problemática da intervenção escultórica na natureza.
A ação, realizada entre 1 e 3 de dezembro de 2017, ao abrigo do protocolo “Aldeia Criativa”, estabelecido entre a Câmara Municipal de Proença-a-Nova e a Área de Escultura da FBAUL, contou com a participação de trinta e cinco alunos, orientados pelos professores José Teixeira, José Revez e Andreia Pereira, e decorreu na área geográfica de Proença-a-Nova, delimitada entre a Aldeia Ruiva, a Ribeira da Isna e o Parque Eólico do Vergão.
Durante as saídas de campo, o grupo foi estimulado a refletir sobre as práticas de integração, intervenção e apropriação escultórica de caráter efémero, em conformidade com o espaço, com o corpo, com os elementos naturais ou artificiais preexistentes, bem como sobre os conceitos de dimensão, proporção e escala, materialização, desmaterialização e sentido de temporalidade.
Num regime de observação, indagação e ação direta no terreno, os alunos residentes deram conta das suas percepções e intenções em diversos ensaios de reconhecimento, realizados de forma individual e coletiva, incentivando o favorecimento de práticas não invasivas e processos de construção artesanais e sustentáveis, com recurso a materiais naturais, que voltaram a ser integrados na natureza pela ação dos elementos, ou recurso a elementos industriais encontrados nos locais e que, após a intervenção, foram recolhidos, reciclados ou reaproveitados.
Os resultados deste programa de trabalho estão em exposição na Galeria Municipal de Proença-a-Nova, até 31 de outubro de 2018. O encerramento e lançamento do catálogo decorrem no dia 27 de outubro, pelas 17:00 horas, na Galeria Municipal de Proença-a-Nova.
emergências ensino artístico e criação têxtil
Out 08 201801 SETEMBRO > 20 OUTUBRO I INSTITUTO DE DESIGN DE GUIMARÃES
A Contextile, na continuidade das edições anteriores, convidou escolas artísticas com disciplinas de técnicas têxteis – FBAUP (Faculdade de Belas Artes do Porto), Escola Artística Soares dos Reis (Porto), Escola Artística António Arroio (Lisboa), FBAUL (Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa), desafiando os alunos (e as escolas) para a criação e produção de trabalhos de arte têxtil, que serão apresentados em forma de exposição e instalação. Serão realizadas outras actividades conexas: workshops, talks, visitas em contexto.
Os alunos da FBAUL selecionados para a exposição “Emergências” no âmbito da Contextile 2018 – Bienal de Arte Têxtil Contemporânea são Alberto Marques, Ana Reis, Andreia Jesus, Ânia Pais, Bárbara Freire da Cruz, Beatriz Coelho, Carina Borges, Edna Serrão, Félix Soares, Inês Carrelhas, Inês Nisa, Joana Mourão Rosa, Margarida Vinhais, Maria Nascimento, Sara Santos e Sofia Livesay.
crise de identidade
Out 01 201802 > 13 OUTUBRO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 2 de outubro, às 18h30, na Galeria das Belas-Artes e na Galeria da Associação de Estudantes, a exposição Crise de Identidade.
Coordenação: António Nicolas e Pedro Almeida
A exposição de Design de Comunicação da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa é um evento que se realiza, de forma ininterrupta, há já 7 anos, sempre com uma temática diferente. O seu principal objetivo é dar a conhecer aquela que é a prática do Design de Comunicação no contexto desta instituição de ensino.
O projeto Crise de Identidade propõe-se a retratar a juventude dos nossos dias como geração-baloiço, à procura de equilíbrio, num tempo plural, de opostos e de escolhas. Os objetos expostos (de carácter interativo, editorial ou audiovisual), são resultado do trabalho do último ano da Licenciatura em Design de Comunicação de jovens designers, alunos finalistas no ano letivo 2017/18, e pretendem concretizar os sentimentos de uma geração face à ordem das coisas e do seu tempo.
horário |schedule
2ª a sáb › 11h–19h
encerra domingos e feriados
monday to saturday › 11am to 7pm
Paralelamente à exposição, vários eventos de cariz cultural associados ao projeto serão dinamizados, também na Faculdade de Belas-Artes. Além da inauguração da exposição, no dia 2 de Outubro, contamos com conversas e a exibição de documentários.
PROGRAMA
CONFERÊNCIAS
Youth Culture and Design —Elise By Olsen
8 de outubro, 19h00, escadaria da Capela das Belas-Artes
Elise By Olsen é editora e curadora baseada em Oslo, Noruega. Aos 13 anos, foi internacionalmente reconhecida como “a editora-chefe mais jovem do mundo” pelo seu trabalho na Revista Recens Paper, sobre cultura jovem.
Após demissão da Recens ao atingir a maioridade, Elise iniciou uma nova revista, agora de nome Wallet, onde se debruça sobre crítica e estruturas de poder no mundo da moda.
Além de editora, Elise By Olsen trabalha como consultora de marca, curadora de exposições e ainda como oradora em várias universidades.
Dia 8 de outubro, na FBAUL, falará sobre o seu período de crescimento e trabalho em volta da cultura jovem e da atual relação que essa cultura tem com objetos print como revistas.
Graphic Design – Print/Digital — Desisto + Under the Cover
9 de outubro, 19h00, escadaria da Capela das Belas-Artes
Desisto é uma plataforma multidisciplinar independente, criada em 2013 por Margarida Borges e Ricardo Martins, que mais recentemente passou a operar também como estúdio de Design Gráfico depois de receber José Mendes.
Responsável por projetos próprios, desenvolve trabalho nos campos cultural e comercial. O estúdio dedica-se principalmente a projetos na área da Identidade Visual, Branding, Projetos Editoriais, Design de Exposições / Cenários e Web Design, com um foco particular na tipografia e produção.
Dia 9 de outubro, juntam-se à Under The Cover para discutir o futuro do print do ponto de vista dos produtores (estúdio) e dos distribuidores (loja).
under the cover
under the cover é uma livraria contemporânea sediada em Lisboa, perto do Parque Gulbenkian e do Centro de Arte Moderna. Oferece uma ampla gama de revistas, jornais e livros internacionais cuidadosamente escolhidos para inspirar o leitor moderno.
Os materiais de leitura que dispõem abrangem todo tipo de tópicos, desde arte, moda, fotografia, comida, viagens, arquitetura, cultura e sociedade, até design, literatura e música.
Design e Identidade — Mário Moura
10 de outubro, 19h00, Auditório Lagoa Henriques
Mário Moura é crítico de design, conferencista e blogger. Leciona atualmente História e Crítica do Design na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto, integrando também o Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (i2ADS). Escreve regularmente para jornais, revistas e no blogue The Ressabiator. É autor do livro Design em Tempos de Crise (Braço de Ferro, 2009) e editor da revista Monumentânea (Grandes Armazéns do Design).
Estará a 10 de outubro na FBAUL para falar sobre o seu último livro, O Design que o Design não vê (Orfeu Negro, 2018) onde explora a relação do design com questões de género, raça e classe.
Graphic Design —Studio Degrau
11 de outubro, 19h00, escadaria da Capela das Belas-Artes
No dia 12 de outubro, o estúdio Degrau apresentará o seu trabalho, elaborando sobre a forma como o digital/virtual veio alterar a relação entre designer e cliente, designer e público, e público e os próprios objetos de design.
DOCUMENTÁRIOS
Y? – RETRATO GERACIONAL
Como nos vemos | Como nos vêem | Comos somos
— Daniela Oliveira, Inês Bacalhau e Madalena Anjos
4 de outubro, 19h00, Sala de Convívio da AEFBAUL
1 — Entrevistas a jovens millennials sobre sua geração e o sentimento de ser jovem;
2 — Cruzamento de reflexões de indivíduos de outras gerações para entender como estes podem contribuir para uma análise mais aprofundada;
3 — A geração através da lente de jovens fotógrafos que se debruçam sobre a temática da juventude
IN THE MOOD FOR LOVE?
Amor, Sexo e Geração
— Ana Adelino, Ana Simões e Luís Guerreiro
Permanente na exposição no espaço media na Galeria das Belas-Artes
Nesta época em que o sexting se torna a nova forma de cartas de amor e o gosto numa foto o novo piscar de olho num bar, serão as relações amorosas de hoje mais banais ou vulgares que as de gerações anteriores? São mais instantâneas, isso sem dúvida. Talvez até descartáveis? — Com a tomada de poder das redes sociais, que permitem agora um contacto constante e facilitado com o outro, estará o amor e a verdadeira intimidade em vias de extinção?
Para memória futura, será produzido um catálogo da exposição assim como um jornal, com ensaios temáticos assinados por docentes e alunos, em torno do tema da identidade e da juventude. Toda a atividade projetual e demais informações serão divulgadas no website e nas redes sociais do projeto.
Informamos que este evento será registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
explorações 2016-18 — projetos de mestrado de arte multimédia
Out 01 201804 > 11 OUTUBRO I CISTERNA DAS BELAS-ARTES
No dia 04 de outubro, às 19h00, inaugura na Cisterna das Belas-Artes, a exposição “Explorações 2016-18 — Projetos de Mestrado de Arte Multimédia “.
Performances: 4 de outubro, 20h00; 11 de outubro, 21h00
Finissage: 11 de outubro, 21h00
Exposição de Alice Turnbull, Dárida Rodrigues, Francisco Pinto, Guida Marques, João de Goes, Laura Muñoz Sánchez, Luciano Benjamin Cieza, Pedro Soares, Sandra Zuzarte
Coordenação: Mónica Mendes
Nesta exposição apresenta-se um conjunto de explorações realizadas por alunos do mestrado em Arte Multimédia no âmbito das suas investigações artísticas iniciadas em 2016. Trata-se de uma seleção que procura ilustrar a vitalidade de um mestrado que se tem pautado pela aposta na diversidade de propostas, inquietando-se em diferentes áreas, da instalação e audiovisual, performance e fotografia, e integração da realidade aumentada à estereografia.
É no ambiente intimista da cisterna do antigo convento franciscano que é hoje a faculdade de Belas-Artes que os artistas e investigadores Alice Turnbull, Dárida Rodrigues, Francisco Pinto, Guida Marques, João de Goes, Laura Muñoz Sánchez, Luciano Benjamin Cieza, Pedro Soares e Sandra Zuzarte expõem as suas criações.
E é nesse ambiente que percorremos as suas explorações como quem viaja no tempo que se suspende e num espaço que se percepciona múltiplo e único.”
Informamos que este evento será registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
horário |schedule
2ª a 6ª › 13h–20h
encerrado sáb., dom. e feriados
monday to friday › 1pm to 8pm
closed weekend and holiday
Um Peixe Fora d’Água — Ciclo dos Artistas Finalistas do Mestrado Arte e Multimédia
Set 24 20186 > 29 SETEMBRO | GALERIA BELAS-ARTES
No dia 6 de setembro, pelas 18h30, inaugura na Galeria da Faculdade de Belas-Artes, a primeira exposição do ciclo dos Artistas Finalistas do Mestrado em Arte Multimédia.
Esta exposição integra a programação da 9ª edição do Bairro das Artes — a Rentrée Cultural da Sétima Colina de Lisboa, que se realiza no dia 20 de setembro, entre as 18h00 e as 22h00 com a visita dos 38 espaços de arte contemporânea que integram este projeto.
Este ciclo é composto por 4 exposições com diferentes artistas, de acordo com as datas abaixo indicadas.
Coordenação e curadoria
João Paulo Queiroz
“Sentir-se como um peixe fora de água” é uma expressão banal mas que tão bem se acomoda na mente criativa. Os artistas são, e sempre foram, aqueles que arriscam colocar as suas guelras fora de água circulando o mundo contra a maré.
Após a conclusão dos estudos, Cláudia Peres, Cunha Pimentel, Fábio Colaço, Joana Pitta, Lena Wan, Luís Soares, Mariana Rosa, Maria Leonardo, Miguel Rodrigues, Rogério Paulo da Silva e Sinem Tas reúnem-se novamente com os projectos desenvolvidos ao longo do Mestrado Mestrado Arte e Multimédia, 2015/17. A exposição é um ciclo de quatro mostras, em que cada semana corresponde a uma distinta exibição contando com a participação três artistas.
Na primeira semana apresentamos Lena Wan, Rogério Paulo da Silva, e Cunha Pimentel que trabalham sobre o medium fotográfico: a imagem parada e em movimento; a fotografia como objeto da memória e, como forma de expressão lírica.
Na segunda seguinte, Fábio Colaço, Maria Leonardo e Cláudia Peres trabalham sobre os conceitos de memória, ficção e apropriação; Na terceira semana, Joana Pitta, Miguel Rodrigues e Maria Leonardo trabalham a fotografia e o vídeo como matéria escultórica. Por fim, assistimos à exposição de Sinem Tas, uma contadora de histórias vinda da Turquia; e de Mariana Rosa e Luís Soares que exibem trabalhos com a técnica coincidente do desenho digital.
1ª exposição – 6 -8 Setembro, 18h30 inauguração
Lena Wan
Rogério Silva
Cunha Pimentel
2ª exposição – 12- 15 Setembro , 18h30 inauguração
Joana Pitta
Miguel Novais Rodrigues
Maria Leonardo
3ª exposição – 19-22 Setembro, 18h30 inauguração
Fábio Colaço
Maria Leonardo
Cláudia Peres
4ª exposição – 25-29 Setembro, 18h30 inauguração
Mariana
Luís Soares
Sinem Tas
horário |schedule
2ª a sáb › 11h–19h
monday to saturday › 11am to 7pm
No lago dos peixes vermelhos, à sombra quente de uma estátua
Rente ao chão, acontecem coisas. Os pés descalços podem senti-las, os dedos podem tocá-las. Podem ser ruídos, folhas que nascem, verduras, migalhas, aragens, formigas, poeiras. Sobre os pés descalços, as pernas, os ossos, o sangue, a trepidação quente de um corpo vivo. Mais acima, há mãos inquietas, e mais ao alto, respiração, olhos atentos, brilhantes, ouvidos, e os cabelos bonitos. No meio deles, pensamentos, ideias, lembranças, perguntas e desejos. Contam uma história cheia de seres e de quereres, de recordações e de viveres. E ainda mais alto, um ar e um céu, a humidade da nuvem, a distância.
Em contato, a areia nos pés, o mar liso que vem e veste de espuma fria a pele brilhante. Uma aragem, e depressa um passo, equilíbrio. Um riso, e tudo passa.
A pergunta lança-se sobre o branco. Como contar uma coisa nova? Coisas que estavam aqui, perto de ti, não reparaste? Assim posso contar: uma rapariga de olhos fechados, com graça, diz Cunha Pimentel. O Rogério Silva toca-nos com cuidado, mostra o momento pensado, recorda a lembrança. Imagens que moram, tépidas. E a Lena Wan, a meio de uma viagem, paragem no fim de Portugal, onde acaba a Europa para quem vê de lá. A ver o começo da saudade.
Como mostrar uma ideia nova? Coisas que hão-de vir, não sabias? Uma ideia grande, a flutuar, mostra Fábio Colaço. Uma possibilidade que só eu percebi, no fundo das letras antigas, das tintas de linótipo, diz a Maria Leonardo. A cápsula do tempo, a antiga gravação, o pequeno homem, apresenta Cláudia Peres, de modo nítido.
Lá fora, o mundo brilha, aquecido. Olha-se cá de longe, no meio do tempo e do sítio, como recorta em Lisboa Miguel Novais Rodrigues. Mergulha-se a fundo na superfície muda da fita de um vídeo, olha aqui, substâncias, explica Joana Pitta. De Maria Leonardo, os cristais do novo mundo, o infinito.
No contracampo estou eu que olho, que oiço, e que te digo, diz Luís Soares, com um olhar mudo. Olhando na água, vendo quem sou, esquecendo o mundo, conhecendo, o desconhecido, conta Mariana Rosa. Sinem Tas, propondo novas ligações, no olhar do outro, no teu olhar.
Tudo junto, pensar a escrita, imaginar a imagem, transgredir a repetição. A Estátua já foi viva no seu tempo melancólico, e exibe agora a sua casca de memória, o resto de uma sombra quente. É bom lembrar.
João Paulo Queiroz
Este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
![E_2018_OLONGEEASIMAGENS](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/09/E_2018_OLONGEEASIMAGENS.png)
o longe e as imagens — exposição da pós-graduação em discursos da fotografia contemporânea
Set 24 201815 SETEMBRO > 03 OUTUBRO | GALERIA 5D CREATIVE HUB
No dia 15 de setembro, pelas 16:00h, inaugura na Galeria 5D Creative Hub, a exposição “O Longe e as Imagens” dos alunos da Pós-Graduação em Discursos da Fotografia Contemporânea das Belas-Artes Lisboa.
A finissage será no dia 3 de outubro às 16:00h.
Coordenação
Rogério Taveira
Gosto de pensar que a fotografia é uma forma de habitar.
Para ser habitada deve, primeiro, ser construída. Deve obedecer às regras da boa construção. Aquela que deve permanecer para que nos possamos “de-morar”[1] nela. Edificar uma imagem é construir uma possibilidade. Uma possibilidade que devemos cultivar e proteger, habitualmente. Para que fotografar possa então ser uma arquitectura do pensamento da imagem. Mas, como na arquitectura das pedras ou do betão, temos de começar por indagar o que é habitar para que possamos construir com solidez conceptual e material.
George Perec em Espèces d’espaces trabalha o espaço a partir da banalidade da vivência quotidiana. Viver, para ele, é “passar de um espaço para outro, enquanto fazemos o melhor possível para não esbarrar em nada.”[2] Por isso o espaço é, para ele, aquilo “onde a visão tropeça”[3]: sem obstáculos, tijolos, ângulos ou pontos de fuga o nosso olhar não vê nada. O nosso olhar é então convocado por obstáculos. Idiossincráticos. Uma parede pode ser uma mãe ou um inimigo. Uma habitação tal como uma página pode estar cheia ou vazia. Os signos habitam a página, percorrem-na[4].
Mas as dúvidas continuam sobre o que é o habitar: “Habitar um lugar é apropriar-se dele? O que é apropriar-se de um lugar? A partir de que momento um lugar se torna realmente nosso? É quando pomos os nossos três pares de meias de molho numa bacia de material plástico rosa?”[5]
A questão central parece situar-se então na forma como nos apropriamos de um lugar. Como nos de-moramos nele. Como construímos obstáculos. Como circunscrevemos o aberto de possibilidades a apenas uma. Uma imagem. Uma bacia de plástico rosa com três pares de meias de molho.
Gosto de pensar que a fotografia é uma forma de habitar.
Rogério Taveira
Coordenador da Pós-Graduação em Discursos da Fotografia Contemporânea
[1]Heidegger, Martin (2008) “Construir, Habitar, Pensar” in Ensaios e Conferências, Petrópolis, Editora Vozes, 1954, p.129.
[2]Perec, Georges (2000) Espèces d’espaces, Paris, Galilée, 1974, p.16. “Vivre, c’est passer d’un espace à une autre, en essayant le plus possible de ne pas se cogner.”
[3]idem, p.159. “(…) ce sur quoi la vue bute”.
[4] Idem, p.19. “A Página” inicia-se com uma epígrafe de Henri Michaux “J’écris pour me parcourir”.
[5]Idem, p.50. “Habiter un lieu, est-ce se l’approprier? Qu’est-ce que s’approprier un lieu? À partir de quando un lieu devient-il vraiment vôtre? Est-ce quand on a mis à tremper ses trois paires de chaussettes dans une bassine de matière plastique rose?”
Atlas. Relato visual de una metodologia artística
Ago 26 201821 > 29 AGOSTO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 21 de agosto, às 18h00, na Galeria da Faculdade de Belas-Artes a exposição “Atlas. Relato visual de una metodologia artística“, resultante do trabalho de 4 artistas da Facultad de Bellas Artes de la Universidad de Salamanca: Mikha-ez, Umasensio, Concha Sáez e Javier Ayuso.
Coordenação e curadoria
João Castro Silva
horário |schedule
2ª a sáb › 11h–19h
monday to saturday › 11am to 7pm
Este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
El presente proyecto muestra una metodología artística llevada a cabo en la asignatura de Idea, concepto y proceso en la creación artística I en la Facultad de Bellas Artes de la Universidad de Salamanca.
En ella, los artistas Concha Sáez, Umasensio, Mikha-ez y Javier Ayuso participan con distintas obras que ponen en contexto con otros creadores, estímulos audiovisuales o literarios a través de cartografías, que sirven a los estudiantes para establecer relaciones formales o conceptuales entre diferentes referentes.
De este modo, Atlas. Relato visual de una metodología artística, se conforma de cinco obras, documentadas fotográficamente –dos fotografías por obra– y una cartografía por cada obra que la vincula con otros agentes. Con esta suerte de ensayo visual se modifica el modo de concebir las relaciones de las obras entre sí, favoreciendo la compresión del trabajo de estos artistas desde un punto de vista transversal y no estandarizado del mundo.
Escultura e Pensamento
A Escultura é um processo de realização formal tridimensional que se baseia em representações conceptuais ligadas directamente a uma expressão interiorizada de sentimentos, reflexões ou encadeamentos de ideias. Ideias são as formas ou princípios originários da realidade observável e vivenciada e o Desenho a expressão mais viva dessa interioridade não formal, efémera, princípio essencial de materialização, origem de um processo que se revê finalmente numa matéria perene.
A Ideia[1] consiste numa pura forma, prévia à sua materialização em objecto, e pode ser considerada como a mais-valia individual que o autor projecta na obra final. O Desenho é o alicerce da obra final, a sua alma, pois a ele se encontra constitutivamente ligada a Ideia.
A Ideia é o turbilhão que desencadeia uma infinitude de processos, imagens e formas, novas maneiras de fazer e de pensar. Desenhar é equivalente a pensar[2], desenha-se com a mesma intenção com que se escreve, o Desenho é definidor de uma ideia, o meio de dar forma a um pensamento.
A Ideia cria novos objectos a partir de uma realidade natural que se reconhece como inicial e se torna reconhecida na obra final. Desenhar é, ao fim e ao cabo, pensar com a matéria e com a imaterialidade do pensamento, e o Desenho não é mais do que a superfície visível das aparências interiores que se inventam.
A obra de Arte reside previamente na alma humana, há uma forma interior, individual e idealizada, e várias formas exteriores que são utilizadas como fundamentos da imitação da Ideia. Entre Desenho e Ideia a fronteira é ténue, uma resolve-se na medida da outra, é através do traço que se encontra, a um tempo, a Ideia e o Desenho daquilo que se quer fazer.
Como expressão de uma Ideia, o Desenho não representa nunca aquilo que o olhar vê. O Desenho representa aquilo que se pensou[3], irremediavelmente idealiza o que se olha. A Ideia que fazemos da realidade é sempre uma forma depurada dessa mesma realidade, tem origem na natureza mas supera-a, essa é a mais-valia da Arte. Representa-se aquilo que se pensa a partir daquilo que se viu, viveu. A Ideia deriva da intuição que fazemos da natureza, é o resultado de uma experiência empírica. Originada na natureza, a Arte supera a sua origem e constitui-se como o próprio original.
Na Escultura como no Desenho as relações entre a prática e a teoria revelam-se como aspectos de uma única e idêntica actividade, cuja intenção, destino e produção é inseparável de uma demanda, sempre inacabada e constantemente retomada. O encontro da teoria com a Escultura é uma reflexão que assegura a própria forma e expressão de um exercício que se vai construindo na medida da sua invenção. Escultura é a teoria e a especulação juntas, que existem por referência a uma multiplicidade homogénea de objectos, de procedimentos e de técnicas. E se a Escultura se identifica e corporiza em objectos, é porque a sua natureza não é absolutamente conceptual, mas também visibilidade objectiva. Escultura é conjectura e destino, modos de pensar, de ver e de fazer.
João Castro Silva
Professor Auxiliar Escultor
[1] “A ideia é o espaço inaugural, espaço suplementar e excedentário, necessariamente «vazio», que desencadeia a (in)finitude de novos processos e imagens, de novas maneiras de fazer e de pensar.” (SILVA, Vítor Manuel Oliveira da, Ética e Política do Desenho, 2004, p. 174).
[2] “Dibujar es arañar tejiendo una red que atrapa las ideas; es iluminar ciñendo las formas con sombras; es resolver y ordenar una batalla de energías hasta hacer visible el pensamiento; y es, en definitiva, depositar ilusión sobre una superfície…” (BORDES, Juan, História História de las teorias de la figura humana. El dibujo, la anatomia, la proporción, la fisiogonomia, 2003, p. 18).
[3] “As obras, diz o nosso Vieira, são filhas dos pensamentos, no pensamento se concebem, do pensamento nascem, com o pensamento se crião, se augmentão, e se aperfeiçoão: e como os filhos recebem dos pais a natureza, o sangue e o appelido, assim se recebe do pensamento todo o bem e louvavel que resplandece nas obras” (RODRIGUES, Francisco de Assis, Na sessão publica triennal e distribuição de prémios da Academia das Bellas- Artes de Lisboa, 1856, p. 6).
Bibliografia
- BORDES, Juan, História de las teorias de la figura humana. El dibujo, la anatomia, la proporción, la fisiogonomia, Cátedra, Madrid, 2003.
- RODRIGUES, Francisco de Assis, Discurso pronunciado por Francisco de Assis Rodrigues na sessão pública trienal da Academia de Belas- Artes de Lisboa, Lisboa, 25 de Outubro de 1856.
- SILVA, Vítor Manuel Oliveira da, Ética e Política do Desenho, teoria e prática do desenho na arte do século XVII, FBAUP, Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, Porto, 2004.
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PRÉMIOS GAB-A 2018
Ago 26 2018PRÉMIOS GAB-A 2018
Durante o fim-de-semana de 19 e 20 de maio de 2018 a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa acolheu a 12ª edição das GAB-A / Galerias Abertas das Belas-Artes, um evento onde participam alunos e antigos alunos de todos os cursos da instituição e que promove a abertura dos espaços de trabalho e de investigação artística que a Faculdade de Belas-Artes contém, num espírito de oficina, de atelier ou de estúdio.
Nesta edição contou-se com a colaboração de três instituições artísticas para a atribuição de prémios que atribuíssem mérito a alguns dos trabalhos apresentados pelos participantes nas mais diversas áreas: Associação Luzlinar, zet gallery e Casa das Artes de Tavira.
VENCEDORES DO PRÉMIO LUZLINAR
1º lugar | Bolsa para residência artística de longa duração
- Ana Sofia Sá, com a obra “Retorno”, 2018.
Bolsas para residências artísticas de curta duração
- Carolina Lino
- Joana Pitta
- Pedro Tavares
- André Silva
- Marco Pestana
VENCEDORES DO PRÉMIO ZET GALLERY
Participantes seleccionados para participar numa exposição coletiva na zet gallery em Braga a 17 de novembro 2018:
- André Silva
- Marco Pestana
- Jéssica Burrinha
- Carla Afonso
- Mikha-ez
- Ana Sofia Sá
- Lena Wan
- Carolina Serrano
- Joana Pitta (Não Joana)
- Sal Silva
- Fábio Veras
- Tiago Santos
- Rúben Lança
- Poliana Pieratti
- Dora Meirelles Cerqueira
- Francisco Correia
- Alberto Rodrigues Marques
- Ana Sofia Sá, Rita Vidigal e Rodrigo Empis com “nós, e volta a ser ruína”
VENCEDORES DO PRÉMIO CASA DAS ARTES DE TAVIRA
Participantes seleccionados para participar numa exposição coletiva na Casa das Artes de Tavira na programação do verão 2019:
- Ana Sofia Sá
- Beatriz Mónica
- Carlos Cavaleiro
- Carolina Lino
- Hugo Cubo
- Juliana Julieta
- Leonor Sousa Fernandes
- Margarida Andrade
- Maria Francisca de Abreu Afonso
- Natacha Queirós
- Tiago Santos
- Vera Kace
Nota: os premiados que não receberam email de selecção devem contactar o Gabinete de Comunicação e Imagem afim de efectivarem os procedimentos necessários, nomeadamente a autorização para serem contactados futuramente por email e telefone para se agilizar o processo de participação.
finalistas de pintura belas-artes 16’17
Ago 26 201831 JULHO > 31 AGOSTO I SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES
Inaugura no dia 31 de julho, às 18h30, na Sociedade Nacional de Belas-Artes a exposição “Finalistas de Pintura Belas-Artes 16’17“
Coordenação: Miguel Ângelo Rocha
Curadoria: Margarida Eloy
horário | schedule
2ª a 6ª > 12h–19h
sáb. > 14h–20h
monday to friday 12noon to 7pm
saturday 2pm to 8pm
A inauguração é passível de ser registada e divulgada pela Faculdade através de fotografia e vídeo.
Trabalho em curso
Entrámos neste espaço e não havia ninguém – aparentemente, não havia ninguém.
Depois (imediatamente), apercebemo-nos que, afinal, o espaço já estava completo, repleto.
Então, a possibilidade seria criar um espaço nosso para podermos existir.
Como começar? Por onde começar?
“To build a house you start with the roof”(Franz West)
Talvez não exista um espaço vazio, sem referências ou contexto – o próprio espaço écontexto. Não existe um espaço vazio assim como não existe uma página em branco (ou tela em branco…).
Por breves momentos (antes de começar), é possível que a ideia de uma página em branco ou de um espaço sem ninguém seja plausível mas, assim que o primeiro gesto se inicie, originando uma marca numa superfície ou um golpe numa matéria, todas as referências surgem – o contexto da arte.
Um “espaço nosso”seria possivelmente a criação de uma voz própria alterando assim esse contexto, esse espaço já repleto. E esse “espaço”também inclui o tempo, quero dizer: a dinâmica espaço/tempo em que uma obra surge e que irá transformar essa mesma dinâmica.
O acto criativo equaciona a nossa experiência perante as subtilezas que percebemos do mundo. Contudo, aquele não é um empreendimento óbvio, exige o deslocamento da mente, dos preconceitos e da disponibilidade dos sentidos. É uma experiência para lá dos limites do que pode ser nomeado. Não obstante a objectividade que pode estruturar uma obra e a sua concepção, o seu fazer recupera instâncias complexas, de difícil acesso, relacionadas com a nossa natureza subjectiva.
Do contexto próprio da prática artística, a percepção da realidade é uma de multiplicidade e de simultaneidade de eventos. O olhar, o ver é, então, aquele que decorre, coincidente com o movimento – uma experiência do tempo como continuum. Trata-se então da actualização do ver e do pensamento enquanto forma; do movimento em si e do próprio mundo. Serão estas, porventura, as qualidades que estão na génese de uma voz (de uma pluralidade de vozes) e na procura daquela, patentes nas obras presentes nesta exposição.
À obra de arte não é só o tempo histórico específico que lhe corresponde mas, também, uma dimensão do fluxo temporal, algo presente desde o momento da sua concepção e até ao momento em que a obra é apreendida pelo observador. Este traz consigo a sua história, o seu conhecimento e os seus desejos para a experiência da obra. São os tempos colectivo e subjectivo, a partir da direcção do artista e da direcção do observador, que convergem e coincidem na obra, actualizando-a.
Como dizia, a actualização diz respeito ao movimento em si e do próprio mundo. Característica implícita nas acções sucessivas, de valor positivo e que incluem o indeterminado: aquilo que existe potencialmente e que rejeita o óbvio porque a indeterminação implica inovação e criação. É então, a indeterminação, intrínseca à procura de uma voz, de uma prática artística que se afirma como um organismo vivo. Esta é a possibilidade, a abertura e a receptividade ao encontro, uma atenção verificada por uma estrutura que está receptiva ao momento, à invenção que aí está potencialmente contida. São noções que reflectem uma consciência de pluralidade. É a dimensão que afirma o híbrido, o impuro, o imperfeito, conceitos que advêm da percepção que temos da realidade mas que não nos é de todo óbvia pois, desde que nascemos, que nos édito o que as coisas são e o que significam – somos ensinados a reconhecer e, o conhecimento, pela sua natureza, é algo que fica como possibilidade de aprendizagem. (O Eduardo Chillida dizia não acreditar no ensino da arte, que há algo que pode ser ensinado mas, o “resto”, na sua maior parte, só pode ser aprendido, o que é essencialmente diferente.)
A impureza de uma linguagem, uma arte que procura na indeterminação um veículo para adquirir um sentido de autonomia e vitalidade, são condições que advêm, precisamente, da recusa de qualquer categorização. Neste sentido, os trabalhos permanecem abertos, inconclusivos, são potencialmente novas materializações em si mesmos. A incorporação do fluxo e da mudança são elementos críticos na obra e encontram a sua última expressão na recusa de uma só configuração ou fim.
As implicações de tais obras são simultaneamente evidentes e imprevisíveis. A obra não dissimula nem mimetiza o mundo, será, porventura e também, evidência e presença no mundo. A obra é fluxo. Os seus significados balançam entre vários níveis de realidade: concreta, abstracta, simbólica, e outros, dependentes da subjectividade individual, embebidos no mundo, dependentes da luz, do espaço, do momento.
Captando e denunciando a espontaneidade do momento, as actualizações da obra revelam uma intermitência entre a sua natureza e a própria vida, por outras palavras, a sua dimensão política.
M.A.R., Junho 2018.
Exposição de Escultura — Mestrado 2018
Jul 12 201812 > 27 JULHO | CISTERNA DA FACULDADE DE BELAS-ARTES
Inauguração dia 12 de Julho às 18h00
Finissage dia 24 de Julho, às 18h00, com lançamento do catálogo
O Mestrado em Escultura constitui um marco, a sinalização de um período de reflexão e desenvolvimento de conceitos, processos e técnicas de futuros operadores nesse vasto campo que é hoje em dia a escultura.
O abandono da narrativa, da utilização de matérias e materiais nobres, de perenidade e estabilidade na escultura contemporânea e a assimilação de outros territórios como a arquitetura, a performance assim como a utilização de materiais perecíveis levam-na também a aceitar ser frágil e efémera à semelhança da condição humana.
Esta exposição dos alunos de Mestrado de Escultura procura apresentar-nos algumas ideias e a sua materialização em esculturas mais ecléticas do que nunca, assim como a utilização do espaço da cisterna que nos propõe um olhar de interação entre a escultura e o espaço intemporal ali existente.
Luísa Perienes
Professora Auxiliar
horário | schedule
2ª a 6ª › 15h–21h
monday to friday 3pm to 9pm
A inauguração e finissage são passíveis de serem registadas e divulgadas pela Faculdade através de fotografia e vídeo.
POÉTICAS PSICODÉLICO-VISIONÁRIAS: Arte e Estados Não Ordinários de Consciência
Jul 01 20189 > 13 JULHO | GALERIA DA ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES
Inauguração dia 9 de Julho às 18h30
A presente exposição resulta da investigação de Pós Doutoramento intitulada “POÉTICAS PSICODÉLICO-VISIONÁRIAS: Arte e Estados Não Ordinários de Consciência” em Ciências da Arte e do Património, realizada por José Eliézer Mikosz entre Abril de 2017 e Fevereiro de 2018 na FBAUL. Para esta pesquisa que contempla uma investigação teórica e um aprofundamento do tema da Arte Visionária e Psicadélica, desde a sua origem na Pré-História até às suas manifestações no século XXI, foram também realizadas pinturas em técnica mista durante a sua recente estadia em Lisboa.
Estas pinturas são o resultado do aprofundamento da consciência do artista, bem como num mergulho no seu mundo mágico pleno de cores fulgurantes, criaturas híbridas, imagens icónicas e arquetipais. São metáforas que nos retiram temporariamente do senso comum e nos lançam numa realidade paralela, perturbadora e erótica. Aqui como voyeurs podemos espreitar (usando mesmo uns óculos especiais que o artista disponibilizou para o efeito) o que os seus olhos interiores viram em estados especiais da mente e que através da sua pintura visionária traduz para o visível.
TERESA LOUSA
Professora auxiliar convidada da FBAUL
Área de Ciências da Arte e do Património
horário schedule
2ª a 6ª › 9h–19h
monday to friday 10am to 7pm
A inauguração é passível de ser registada e divulgada pela Faculdade através de fotografia e vídeo.
![E_2018_IMMERSIVEIMERSIVO](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/07/E_2018_IMMERSIVEIMERSIVO.png)
immersive | imersivo
Jul 01 201829 JUNHO > 21 JULHO | SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES
Nesta sua terceira edição, a conferência internacional Stereo & Immersive Media: Photography and Sound Researchexpande, uma vez mais, o seu campo. Se na anterior edição alargou-se ao território do som agora incorpora a criação artística apresentando uma exposição resultante de uma chamada de trabalhos a criadores contemporâneos nas áreas que constituem os seus domínios principais.
O tópico da imersão, inerente à imagem estereoscópica desde a sua invenção no século XIX e, em grande medida, razão principal da sua popularização, ressurge na época contemporânea tanto numa certa produção ligada à indústria do entretenimento e da cultura popular seja igualmente na criação artística, seja a que, através de materiais e tecnologias tradicionais, procura incorporar o sujeito no interior da obra como naquela que recorre às mais recentes tecnologias para alcançar este objetivo. Ou, como observamos nesta exposição, através da apropriação de media já arqueológicos (e este é um campo onde o ritmo de inovação e obsolescência é particularmente veloz), para obter novas formas e, sobretudo, alcançar novas significações.
Imersivo | Immersive é o resultado da seleção dos trabalhos apresentados e, na sua diversidade, um espelho interessante do modo como a imagem e/ou o som são usados de forma mais direta e deliberada para alcançar a imersão do sujeito observador na própria obra – torná-lo parte da ficção artística aproximando esta da convicção de experiência real, ao ponto do sujeito mergulhar numa experiência parareal e, nesse sentido, tornar-se ele próprio um sujeito fora da realidade (e, num certo sentido, fora de si mesmo) embora dentro dela por convicção, resultante dessa perturbante quanto fascinante combinação de persuasão, ilusão e crença.
Victor dos Reis
Rogério Taveira
Artistas selecionados
Agueda Simo, Ana Catarina Teixeira, Jennifer Crane, Ana Teresa Vicente, Ivo Louro, Sandra Zuzarte.
+info sobre os trabalhos apresentados
Curadoria
Victor dos Reis e Rogério Taveira.
Horário
De segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 12h00 às 19h00 e sábados das 14h00 às 20h00.
index.everything
Jul 01 201822 JUNHO > 08 JULHO I FABRICA FEATURES LISBOA
index.everything — Exposição de projetos do Mestrado em Design de Comunicação e Novos Media, 2017/2018
index.everything apresenta propostas desenvolvidas na disciplina de Projecto II do Mestrado em Design de Comunicação e Novos Media (Belas-Artes da ULisboa) que abordam sistemas e processos de indexação centrais à comunicação contemporânea.Tendo por mote temas como a política e a proteção de dados, a vigilância, a dependência e a pegada digital e explorando conceitos como dark patterns, apificação, critical gameplay ou a subversão de padrões de produção em design, os projectos exploram criticamente estas condições e fenómenos, refletindo sobre o seu impacto. Propõem assim um comentário sobre a forma como as ferramentas digitais moldam o acesso à informação ou definem uma economia da atenção, ao mesmo tempo que promovem mecanismos de controlo, num contexto de proliferação de redes sociais e aplicações estruturadas em torno de dados e métricas da nossa vida quotidiana. No seguimento destes temas, a exposição integra propostas resultantes de uma parceria com o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço*, no âmbito do projeto Literacia em Astronomia, visando o papel da arte e do design na veiculação de conhecimento científico.
* O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) é uma unidade de investigação da Universidade de Lisboa e da Universidade do Porto. Os projectos aqui apresentados enquadram-se no projeto Literacia em Astronomia, que surge de uma colaboração do IA com a Universidade de Leiden.
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Inauguração
22 de Junho às 18h
A inauguração é passível de ser registada e divulgada pela Faculdade através de fotografia e vídeo.
Exposição
22 de Junho a 08 de Julho 2018, das 10h—20h
Fabrica Features Lisboa
Rua Garrett 83, 4º Piso
Organização
Mestrado em Design de Comunicação e Novos Media, Belas-Artes, ULisboa
https://www.belasartes.ulisboa.pt/cursos/mestrados/design-de-comunicacao-e-novos-media/
Belas-Artes, ULisboa