Arte
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Morreu Helena Almeida, uma das mais importantes artistas plásticas do século XX
Set 28 2018Aos 84 anos, Helena Almeida faleceu na sua casa em Sintra, deixando inequivocamente mais pobre o universo da arte nacional e internacional.
Nascida em Lisboa, em 1934 e filha do escultor Leopoldo de Almeida (autor do Padrão dos Descobrimentos em Lisboa), Helena Almeida terminou a sua formação em Pintura na Escola Superior de Belas-Artes em Lisboa, em 1955, com vinte e um anos.
Através de uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian realizou parte dos seus estudos em Paris, onde inicia o seu percurso na arte abstrata.
A partir dos anos 60 destacou-se pela sua obra multifacetada, sobretudo envolvendo a fotografia, tornando-se uma figura conhecida no panorama artístico português contemporâneo e uma das mais importantes do último século.
Quando volta para Portugal, em 1967, realiza a sua primeira exposição individual, na Galeria Buchholz. Desde então foram 50 anos de carreira, até aos seus últimos trabalhos, alguns deles feitos ainda este ano e agora expostos na Galeria Helga de Alvear, em Madrid.
A Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa não quer deixar de prestar homenagem a esta artista plástica que é considerada uma das mais importantes do século XX, que elevou a arte nacional, projetando-a para palcos internacionais.
queer lisboa 22 — festival internacional de cinema queer
Set 26 201814 > 22 SETEMBRO I CINEMA SÃO JORGE
Desde 2015 que a Faculdade de Belas-Artes da ULisboa se associa ao QUEER Festival Internacional de Cinema Queer, como patrocinadora do prémio a atribuir à obra vencedora na secção competitiva Queer Art.
O júri deste ano, constituído por Paula Arantzazu Ruiz, Ricardo Teixeira e Victor dos Reis, premiou o filme O Inferninho / My Own Private Hell, de Guto Parente & Pedro Diogenes (Brasil; 2018; 82 min.).
O júri atribuiu ainda uma menção especial a Martyr de Mazen Khaled (Líbano, Itália; 2017; 84 min).
COMPETIÇÃO QUEER ART
Secção onde o cinema se cruza com as artes plásticas, sob duas perspectivas: por um lado, uma mostra de produções recentes que exploram os limites das linguagens, géneros e narrativas cinematográficas; e, por outro, obras documentais e de ficção que retratam personagens de renome do mundo das artes queer. Nesta secção (máximo de 8 filmes) cabem igualmente filmes que retratem novas tendências da teoria queer.
PRÉMIO
Melhor Filme: 1.000 € (patrocinado pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa).
Um Peixe Fora d’Água — Ciclo dos Artistas Finalistas do Mestrado Arte e Multimédia
Set 24 20186 > 29 SETEMBRO | GALERIA BELAS-ARTES
No dia 6 de setembro, pelas 18h30, inaugura na Galeria da Faculdade de Belas-Artes, a primeira exposição do ciclo dos Artistas Finalistas do Mestrado em Arte Multimédia.
Esta exposição integra a programação da 9ª edição do Bairro das Artes — a Rentrée Cultural da Sétima Colina de Lisboa, que se realiza no dia 20 de setembro, entre as 18h00 e as 22h00 com a visita dos 38 espaços de arte contemporânea que integram este projeto.
Este ciclo é composto por 4 exposições com diferentes artistas, de acordo com as datas abaixo indicadas.
Coordenação e curadoria
João Paulo Queiroz
“Sentir-se como um peixe fora de água” é uma expressão banal mas que tão bem se acomoda na mente criativa. Os artistas são, e sempre foram, aqueles que arriscam colocar as suas guelras fora de água circulando o mundo contra a maré.
Após a conclusão dos estudos, Cláudia Peres, Cunha Pimentel, Fábio Colaço, Joana Pitta, Lena Wan, Luís Soares, Mariana Rosa, Maria Leonardo, Miguel Rodrigues, Rogério Paulo da Silva e Sinem Tas reúnem-se novamente com os projectos desenvolvidos ao longo do Mestrado Mestrado Arte e Multimédia, 2015/17. A exposição é um ciclo de quatro mostras, em que cada semana corresponde a uma distinta exibição contando com a participação três artistas.
Na primeira semana apresentamos Lena Wan, Rogério Paulo da Silva, e Cunha Pimentel que trabalham sobre o medium fotográfico: a imagem parada e em movimento; a fotografia como objeto da memória e, como forma de expressão lírica.
Na segunda seguinte, Fábio Colaço, Maria Leonardo e Cláudia Peres trabalham sobre os conceitos de memória, ficção e apropriação; Na terceira semana, Joana Pitta, Miguel Rodrigues e Maria Leonardo trabalham a fotografia e o vídeo como matéria escultórica. Por fim, assistimos à exposição de Sinem Tas, uma contadora de histórias vinda da Turquia; e de Mariana Rosa e Luís Soares que exibem trabalhos com a técnica coincidente do desenho digital.
1ª exposição – 6 -8 Setembro, 18h30 inauguração
Lena Wan
Rogério Silva
Cunha Pimentel
2ª exposição – 12- 15 Setembro , 18h30 inauguração
Joana Pitta
Miguel Novais Rodrigues
Maria Leonardo
3ª exposição – 19-22 Setembro, 18h30 inauguração
Fábio Colaço
Maria Leonardo
Cláudia Peres
4ª exposição – 25-29 Setembro, 18h30 inauguração
Mariana
Luís Soares
Sinem Tas
horário |schedule
2ª a sáb › 11h–19h
monday to saturday › 11am to 7pm
No lago dos peixes vermelhos, à sombra quente de uma estátua
Rente ao chão, acontecem coisas. Os pés descalços podem senti-las, os dedos podem tocá-las. Podem ser ruídos, folhas que nascem, verduras, migalhas, aragens, formigas, poeiras. Sobre os pés descalços, as pernas, os ossos, o sangue, a trepidação quente de um corpo vivo. Mais acima, há mãos inquietas, e mais ao alto, respiração, olhos atentos, brilhantes, ouvidos, e os cabelos bonitos. No meio deles, pensamentos, ideias, lembranças, perguntas e desejos. Contam uma história cheia de seres e de quereres, de recordações e de viveres. E ainda mais alto, um ar e um céu, a humidade da nuvem, a distância.
Em contato, a areia nos pés, o mar liso que vem e veste de espuma fria a pele brilhante. Uma aragem, e depressa um passo, equilíbrio. Um riso, e tudo passa.
A pergunta lança-se sobre o branco. Como contar uma coisa nova? Coisas que estavam aqui, perto de ti, não reparaste? Assim posso contar: uma rapariga de olhos fechados, com graça, diz Cunha Pimentel. O Rogério Silva toca-nos com cuidado, mostra o momento pensado, recorda a lembrança. Imagens que moram, tépidas. E a Lena Wan, a meio de uma viagem, paragem no fim de Portugal, onde acaba a Europa para quem vê de lá. A ver o começo da saudade.
Como mostrar uma ideia nova? Coisas que hão-de vir, não sabias? Uma ideia grande, a flutuar, mostra Fábio Colaço. Uma possibilidade que só eu percebi, no fundo das letras antigas, das tintas de linótipo, diz a Maria Leonardo. A cápsula do tempo, a antiga gravação, o pequeno homem, apresenta Cláudia Peres, de modo nítido.
Lá fora, o mundo brilha, aquecido. Olha-se cá de longe, no meio do tempo e do sítio, como recorta em Lisboa Miguel Novais Rodrigues. Mergulha-se a fundo na superfície muda da fita de um vídeo, olha aqui, substâncias, explica Joana Pitta. De Maria Leonardo, os cristais do novo mundo, o infinito.
No contracampo estou eu que olho, que oiço, e que te digo, diz Luís Soares, com um olhar mudo. Olhando na água, vendo quem sou, esquecendo o mundo, conhecendo, o desconhecido, conta Mariana Rosa. Sinem Tas, propondo novas ligações, no olhar do outro, no teu olhar.
Tudo junto, pensar a escrita, imaginar a imagem, transgredir a repetição. A Estátua já foi viva no seu tempo melancólico, e exibe agora a sua casca de memória, o resto de uma sombra quente. É bom lembrar.
João Paulo Queiroz
Este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
![E_2018_COLOQUIOCONSERVACAORESTAURO](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/08/E_2018_COLOQUIOCONSERVACAORESTAURO.png)
ll colóquio investigações em conservação do património — inscrições prolongadas até 17 setembro
Set 24 201827 SETEMBRO I MUSEU DA FARMÁCIA // 28 > 29 SETEMBRO I GRANDE AUDITÓRIO FBAUL
INSCRIÇÕES DE 11 DE JULHO A 17 DE SETEMBRO 2018
APRESENTAÇÃO
O II Colóquio “Investigações em Conservação do Património”, que resulta da parceria entre a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e o Museu da Farmácia, decorrerá no dia 27 de Setembro no Museu e nos dias 28 e 29 de Setembro na Faculdade.
É também uma iniciativa de um conjunto de investigadores das unidades de investigação do CIEBA (FBAUL), do CITAR (UCP/Escola das Artes), do Centro Física (UM) e do Consórcio Heritas.
Tem como objetivo ser um espaço de reflexão alargada, atual, multidisciplinar e transversal sobre as investigações em conservação do património em mestrado, doutoramento e pós-doutoramento.
No primeiro colóquio abordaram-se vários tópicos associados ao estudo e conservação do Património Imóvel, Integrado e Móvel. Critérios, metodologias e materiais foram analisados e discutidos tendo contribuído para o enriquecimento do conhecimento sobre o panorama da investigação nacional, e também internacional, no campo da conservação e restauro do património.
OBJETIVOS DO COLÓQUIO
A 2ª edição do colóquio “Investigações em Conservação do Património” visa reunir as investigações de Conservação e Restauro realizadas em mestrado, doutoramento e pós-doutoramento, bem como projetos desenvolvidos no âmbito profissional por conservadores-restauradores e outros autores no estudo e preservação do Património Cultural.
O colóquio pretende ser, na continuidade da primeira edição, um ponto de encontro e de discussão acerca das novas tendências e desafios encontrados na conservação e restauro e na preservação do Património, a nível nacional e internacional.
O evento apresenta um conjunto de painéis aos quais os autores e co-autores podem submeter contribuições. Destacamos um pela sua atualidade: o aquecimento global. As constantes alterações climáticas são uma realidade e já levaram à perda de inúmeros bens culturais. Por este motivo, apela-se à submissão de investigações que abordem metodologias de salvaguarda e intervenção no Património em caso de catástrofe natural.
Os idiomas oficiais são português e castelhano.
PROGRAMA PRELIMINAR
Comunicações
27 setembro
28 setembro
29 setembro
Pósteres
REGRAS PARA A APRESENTAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES ORAIS / PÓSTERES
Comunicações
1. O tempo de apresentação das comunicações orais tem um máximo de 12 minutos.
2. Os apresentadores terão disponível um computador e um projetor.
3. Os apresentadores de todas as comunicações previstas para cada sessão deverão estar presentes, no mínimo, 15 minutos antes do início da respetiva sessão para inserção e teste dos slides.
4. Os certificados das apresentações realizadas serão entregues aos apresentadores que se encontrem inscritos no Congresso após as apresentações.
Pósteres
- Os pósteres devem ser apresentados e organizados na vertical, com dimensões 70 x 100 cm, permitindo a leitura de cima para baixo ou da esquerda para a direita.
- O layout é livre.
- Os pósteres devem conter o logotipo das afiliações dos autores e o banner do evento disponível aqui.
- Independentemente do dia da sessão de pósteres, estes têm de ser entregues até às 10h00 do dia 28 de Setembro na receção do evento.
- É obrigatória a inscrição de um autor para que o póster seja exposto.
- Durante a sessão de pósteres os autores devem permanecer junto ao seus pósteres para apresentação e esclarecimento de questões.
PUBLICAÇÃO
Os autores podem publicar as suas investigações em duas revistas:
a) Conservar Património
A revista Conservar Património (http://revista.arp.org.pt/) está indexada em diversas bases de dados internacionais, nomeadamente na Scopus e na Web of Science.
b) Ge-Conservación
A revista Ge-Conservación (http://ge-iic.com/ojs/index.php/revista) está indexada em diversas bases de dados internacionais, nomeadamente na Scopus.
Ambas são revistas científicas, motivo pelo qual todos os artigos são anonimamente avaliados por pares. As contribuições dos autores das comunicações orais podem ser publicadas na revista Conservar Património, e as contribuições dos autores dos pósteres na revista Ge-Conservación.
Na redação do artigo será imperativo o respeito pelas normas de cada uma das revistas.
Data limite para envio dos artigos: 31 de Outubro de 2018
LOCALIZAÇÃO
DIA 27 de SETEMBRO>MUSEU DA FARMÁCIA Lisboa
Rua Marechal Saldanha, 1
1249-069 Lisboa
DIAS 28 e 29 de SETEMBRO>FACULDADE DE BELAS-ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
Largo da Academia Nacional de Belas-Artes
1249-058, Lisboa, Portugal
ACESSOS
Autocarros: 100 e 58 (Praça Luís de Camões)
Elétricos: 28, Elevador da Bica
Metro: Baixa/Chiado
Estacionamento: Parques da Calçada do Combro e Largo de Camões (pagos)
DATAS IMPORTANTES:
- 27, 28 e 29 Setembro – realização do Congresso
- 31 Outubro 2018 – data limite para submissão dos artigos
COMISSÃO ORGANIZADORA
- Ana Bailão (FBAUL-CIEBA/CF/CITAR)
- Liliana Cardeira (FBAUL-CIEBA/ HERITAS)
- Ana Guerin (FBAUL-CIEBA)
- Alice Nogueira Alves (FBAUL-CIEBA/ARTIS)
- Beatriz Bento (FBAUL)
- Anabela Cardeira (FBAUL-CIEBA/ HERITAS)
- Ana Alvarez (FBAUL-CIEBA)
- Ana Sofia Neves (FBAUL)
- Gonçalo Magano (FBAUL-MF)
- Guilherme Lopes (FBAUL)
- Marina Albuquerque (FBAUL)
- Marta Aleixo (FBAUL)
COMISSÃO CIENTÍFICA
-
- Alba Fuentes (UPV)
- Agnès Le Gac ( FCT-UNL/LIBPhys-UNL)
- Ana Bidarra (Techn&Art – IPT; GeoBioTec – UA; Cinábrio)
- Ana Calvo (UCM)
- Antoni Colomina Subiela (UPV)
- António Candeias (UE-HERCULES)
- Alexandre Gonçalves (IST-CEris/ICIST)
- Ana Tomé (IST-CEris)
- Arianne Vanrell (Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia)
- Carlo Bottaini (UE-LH/ CIDEHUS)
- Cristina Tavares (FBAUL)
- Elisa Díaz González (ULL)
- Eduardo Duarte (FBAUL-CIEBA)
- Eduarda Vieira (UCP-CITAR)
- Fernando António Baptista Pereira (FBAUL-CIEBA)
- Frederico Henriques (UCP-CITAR)
- Helena Melo (IPT/ UE- HERCULES)
- Isabel Tissot (Archeofactu/LIBPhys-UNL)
- Joaquim Inácio Caetano (FLUL-IARTIS)
- João Mimoso (L NEC)
- José António Gonçalves (DGPC)
- José Mendes (UCP-CITAR)
- Luís Mateus (FA-CIAUD)
- Luís Pereira (Água de Cal)
- Lurdes Esteves (Museu Nacional do Azulejo)
- Mayte Teresa Pastor Valls (UPV)
- Maria Alicia Sanchez Ortiz (UCM)
- Maria do Rosário Veiga (LNEC)
- Marta Frade (FBAUL-CIEBA)
- Marta Manso (FBAUL-LIBPHys)
- Mercês Lorena (IJF-DGPC)
- Milene Gil (UE- HERCULES)
- Paulo Simões Rodrigues (UE-CHAIA – HERITAS)
- Roberto Amador Moscardó
- Rocio Bruquetas (Museo de América)
- Rute Fontinha (LNEC)
- Rúben Morales Gonzáles (UCM)
- Rui Bordalo (UE- HERCULES)
- Sérgio Nascimento (UM)
- Sílvia Garcia Fernandez-Villa (UCM)
- Teresa Desterro (IPT-CIEBA)
- Vanessa Antunes (LIBPHys)
- Victor Ferreira (FA-CIAUD)
INSCRIÇÕES
As inscrições no II Colóquio Investigações em Conservação do Património estão abertas entre 11 de julho e 17 de setembro de 2018.
A inscrição é obrigatória.
- Alunos 15€
- Público geral 25€.
NOTA: Alunos, ex-alunos e docentes da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, estão isentos de pagamento de taxa de inscrição.
Qualquer dúvida contactar coloquio.icp@gmail.com ou comunicacao@belasartes.ulisboa.pt.
Como realizar inscrição online:
_Alunos, ex-alunos e docentes da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, estão isentos de pagamento de taxa de inscrição, sendo obrigatória a inscrição.
_Alunos, ex-alunos e docentes de outras instituições de ensino, autores e co-autores de comunicações do Colóquio e público em geral – inscrição obrigatória com o valor de 25€ (15€ para alunos).
A inscrição no II Colóquio Investigações em Conservação do Património na Faculdade de Belas-Artes é realizada exclusivamente on-line, através da plataforma Fenix.
Antes de efetuar a sua inscrição on-line leia atentamente as instruções abaixo. Em caso de dúvidas contacte o Gabinete de Comunicação e Imagem da Faculdade de Belas-Artes (comunicacao@belasartes.ulisboa.pt; +351 213 252 173).
- Para efetuar a sua inscrição on-line deverá aceder ao sistema Fenix e autenticar-se com os dados da sua conta Campus@ULisboa. Caso tenha perdido o acesso à sua conta Campus@ULisboa, poderá efetuar a sua recuperação AQUI.
- Caso não tenha frequentado qualquer curso (Licenciatura, Pós-Graduação, Mestrado ou Doutoramento) na Faculdade de Belas-Artes e não possua conta Campus@ULisboa, deverá necessariamente realizar um pré-registo na aplicação FenixEdu AQUI.
- NOTA: Têm ocorrido alguns problemas no envio de mensagens para a realização do pré-registo para endereços com os seguintes domínios: @netcabo.pt; @hotmail.com; @vodafone.pt. Como o motivo das falhas da entrega é alheio à ULisboa, caso o seu email seja de um desses domínios, informamos que não podemos garantir que as notificações do processo de candidatura sejam entregues atempadamente.Nestes casos, sugerimos que se inscreva com uma conta @gmail.com.
- Após aceder à aplicação, deverá selecionar o separador Candidaturas. Seguidamente, deverá realizar a sua inscrição, escolhendo a opção I Colóquio Investigações em Conservação do Património. Após estes passos, deverá preencher os dados solicitados no formulário eletrónico.
- A inscrição on-line apenas se tornará válida após o pagamento da respetiva taxa de inscrição (exceto nas situações em que esteja prevista isenção), sendo para o efeito disponibilizada uma referência multibanco. Caso não seja efetuado o pagamento até à data indicada, o processo será anulado.
- O pagamento é feito exclusivamente através da referência multibanco disponibilizada, não podendo ser realizado nem por transferência bancária, nem na Tesouraria da FBAUL.
- Os erros ou omissões cometidos no preenchimento do formulário eletrónico de candidatura, ou na instrução do processo de inscrição, são da exclusiva responsabilidade do candidato.
Qualquer dúvida contactar coloquio.icp@gmail.com ou comunicacao@belasartes.ulisboa.pt.
Concurso Prato de Natal Vista Alegre
Ago 27 2018ENTREGA DE CANDIDATURAS ATÉ 7 DE SETEMBRO
CONCURSO EXCLUSIVO PARA ALUNOS 4º ANO LICENCIATURA PINTURA FBAUL
No âmbito do Protocolo entre a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e a Vista Alegre Atlantis S.A. está aberto um concurso para os alunos inscritos no 4º ano da Licenciatura em Pintura da FBAUL, para o prato de Natal da Vista Alegre.
REGULAMENTO
PRIMEIRA
(Caraterísticas / Especificidades)
Os projetos devem ter as seguintes caraterísticas e/ou especificidades:
a) Serem originais e concebidos propositadamente para o efeito;
b) Integrarem-se na natureza simbólica da época natalícia;
c) Apresentarem-se segundo: dimensões do suporte – A3; mancha do tondo – 23,5 cm de diâmetro; sem restrições técnicas;
d) O projeto pode contemplar frente-e-verso (verso: aba traseira com 5 cm);
e) Os concorrentes são responsáveis pela originalidade dos trabalhos apresentados, garantindo a sua autoria e assumindo toda a responsabilidade decorrente de reclamações de terceiros no que diz respeito a direitos de autor e direitos conexos, devendo assinar uma declaração de honra onde seja referido que a peça é original.
SEGUNDA
(Procedimentos)
O concurso obedecerá aos seguintes procedimentos:
a) Divulgação nos sítios de internet da FBAUL e da Vista Alegre;
b) Entrega do projeto final e das propostas em formato digital no Gabinete de Comunicação, Imagem e Inovação (GCII) da FBAUL;
c) Reunião e deliberação do júri;
d) Anúncio dos vencedores e divulgação dos projetos a concurso.
TERCEIRA
(Destinatários)
a) Podem concorrer a este prémio todos os alunos inscritos no 4º ano da Licenciatura em Pintura da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) com inscrição regular à data da candidatura;
b) Cada candidato pode apresentar o máximo de 3 projetos.
QUARTA
(Prazos)
- O concurso público decorrerá entre os dias 1 de julho e 7 de setembrode 2018;
- Os alunos interessados em participar deverão proceder à inscrição, apresentando candidatura online através do preenchimento da FICHA DE INSCRIÇÃO e do envio para o e-mail do GCII (comunicacao@belasartes.ulisboa.pt) uma imagem da obra final, identificada com o respetivo nome, mediante o carregamento (upload) de uma fotografia, com qualidade igual ou superior a 300 dpi’s, juntamente com uma memória descritiva da obra (máx. 300 palavras), até 7 de setembro de 2018;
- A obra final, física, identificada com o nome da obra e do autor, deverá ser entregue presencialmente no GCII da FBAUL até 7 de setembro de 2018;
- Os resultados do concurso serão divulgados até 30 de setembro de 2018;
- As obras não selecionadas devem ser levantadas no GCII até 30 de outubro de 2018.
QUINTA
(Elementos da proposta)
Na submissão de candidatura deverão constar os seguintes elementos:
a) Ficha de candidatura devidamente preenchida;
b) Foto da obra com qualidade igual ou superior a 300 dpi’s;
c) Título da obra, dimensões, materiais, técnica, ano de realização;
d) Memória descritiva (máx. 300 palavras);
e) Declaração de honra onde seja referido que a peça é original.
SEXTA
(Júri)
- O júri é responsável pela apreciação e seleção das obras candidatas
- O júri será constituídopelosseguinteselementos:
a) Dois elementos do Gabinete de Design e Marketing da Vista Alegre, na qualidade de representantes da Vista Alegre;
b) ProfessoraDoutoraIsabel Sabino e Professor Doutor Carlos Vidal,na qualidade de representantesda FBAUL.
SÉTIMA
(Prémio)
- A obra escolhida será produzida e comercializada como prato de Natal que integrará a coleção da Vista Alegre de acordo com o contrato de direitos de autor a celebrar entre a Vista Alegre e o vencedor do concurso;
- Todos os concorrentes terão direito a um certificado de participação no concurso;
- A Vista Alegre reserva-se o direito a não selecionar qualquer obra se o projeto não corresponder a critérios da própria coleção.
OITAVA
(Direitos de Autor)
- A Vista Alegre e a FBAUL respeitarão os direitos de propriedade industrial, de autor e conexos, constantes da regulamentação e legislação em vigor;
- Os direitos intelectuais e patrimoniais dos projetos efetuados no âmbito deste Acordo serão objeto de contrato entre aos seus autores e a Vista Alegre;
Atlas. Relato visual de una metodologia artística
Ago 26 201821 > 29 AGOSTO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 21 de agosto, às 18h00, na Galeria da Faculdade de Belas-Artes a exposição “Atlas. Relato visual de una metodologia artística“, resultante do trabalho de 4 artistas da Facultad de Bellas Artes de la Universidad de Salamanca: Mikha-ez, Umasensio, Concha Sáez e Javier Ayuso.
Coordenação e curadoria
João Castro Silva
horário |schedule
2ª a sáb › 11h–19h
monday to saturday › 11am to 7pm
Este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
El presente proyecto muestra una metodología artística llevada a cabo en la asignatura de Idea, concepto y proceso en la creación artística I en la Facultad de Bellas Artes de la Universidad de Salamanca.
En ella, los artistas Concha Sáez, Umasensio, Mikha-ez y Javier Ayuso participan con distintas obras que ponen en contexto con otros creadores, estímulos audiovisuales o literarios a través de cartografías, que sirven a los estudiantes para establecer relaciones formales o conceptuales entre diferentes referentes.
De este modo, Atlas. Relato visual de una metodología artística, se conforma de cinco obras, documentadas fotográficamente –dos fotografías por obra– y una cartografía por cada obra que la vincula con otros agentes. Con esta suerte de ensayo visual se modifica el modo de concebir las relaciones de las obras entre sí, favoreciendo la compresión del trabajo de estos artistas desde un punto de vista transversal y no estandarizado del mundo.
Escultura e Pensamento
A Escultura é um processo de realização formal tridimensional que se baseia em representações conceptuais ligadas directamente a uma expressão interiorizada de sentimentos, reflexões ou encadeamentos de ideias. Ideias são as formas ou princípios originários da realidade observável e vivenciada e o Desenho a expressão mais viva dessa interioridade não formal, efémera, princípio essencial de materialização, origem de um processo que se revê finalmente numa matéria perene.
A Ideia[1] consiste numa pura forma, prévia à sua materialização em objecto, e pode ser considerada como a mais-valia individual que o autor projecta na obra final. O Desenho é o alicerce da obra final, a sua alma, pois a ele se encontra constitutivamente ligada a Ideia.
A Ideia é o turbilhão que desencadeia uma infinitude de processos, imagens e formas, novas maneiras de fazer e de pensar. Desenhar é equivalente a pensar[2], desenha-se com a mesma intenção com que se escreve, o Desenho é definidor de uma ideia, o meio de dar forma a um pensamento.
A Ideia cria novos objectos a partir de uma realidade natural que se reconhece como inicial e se torna reconhecida na obra final. Desenhar é, ao fim e ao cabo, pensar com a matéria e com a imaterialidade do pensamento, e o Desenho não é mais do que a superfície visível das aparências interiores que se inventam.
A obra de Arte reside previamente na alma humana, há uma forma interior, individual e idealizada, e várias formas exteriores que são utilizadas como fundamentos da imitação da Ideia. Entre Desenho e Ideia a fronteira é ténue, uma resolve-se na medida da outra, é através do traço que se encontra, a um tempo, a Ideia e o Desenho daquilo que se quer fazer.
Como expressão de uma Ideia, o Desenho não representa nunca aquilo que o olhar vê. O Desenho representa aquilo que se pensou[3], irremediavelmente idealiza o que se olha. A Ideia que fazemos da realidade é sempre uma forma depurada dessa mesma realidade, tem origem na natureza mas supera-a, essa é a mais-valia da Arte. Representa-se aquilo que se pensa a partir daquilo que se viu, viveu. A Ideia deriva da intuição que fazemos da natureza, é o resultado de uma experiência empírica. Originada na natureza, a Arte supera a sua origem e constitui-se como o próprio original.
Na Escultura como no Desenho as relações entre a prática e a teoria revelam-se como aspectos de uma única e idêntica actividade, cuja intenção, destino e produção é inseparável de uma demanda, sempre inacabada e constantemente retomada. O encontro da teoria com a Escultura é uma reflexão que assegura a própria forma e expressão de um exercício que se vai construindo na medida da sua invenção. Escultura é a teoria e a especulação juntas, que existem por referência a uma multiplicidade homogénea de objectos, de procedimentos e de técnicas. E se a Escultura se identifica e corporiza em objectos, é porque a sua natureza não é absolutamente conceptual, mas também visibilidade objectiva. Escultura é conjectura e destino, modos de pensar, de ver e de fazer.
João Castro Silva
Professor Auxiliar Escultor
[1] “A ideia é o espaço inaugural, espaço suplementar e excedentário, necessariamente «vazio», que desencadeia a (in)finitude de novos processos e imagens, de novas maneiras de fazer e de pensar.” (SILVA, Vítor Manuel Oliveira da, Ética e Política do Desenho, 2004, p. 174).
[2] “Dibujar es arañar tejiendo una red que atrapa las ideas; es iluminar ciñendo las formas con sombras; es resolver y ordenar una batalla de energías hasta hacer visible el pensamiento; y es, en definitiva, depositar ilusión sobre una superfície…” (BORDES, Juan, História História de las teorias de la figura humana. El dibujo, la anatomia, la proporción, la fisiogonomia, 2003, p. 18).
[3] “As obras, diz o nosso Vieira, são filhas dos pensamentos, no pensamento se concebem, do pensamento nascem, com o pensamento se crião, se augmentão, e se aperfeiçoão: e como os filhos recebem dos pais a natureza, o sangue e o appelido, assim se recebe do pensamento todo o bem e louvavel que resplandece nas obras” (RODRIGUES, Francisco de Assis, Na sessão publica triennal e distribuição de prémios da Academia das Bellas- Artes de Lisboa, 1856, p. 6).
Bibliografia
- BORDES, Juan, História de las teorias de la figura humana. El dibujo, la anatomia, la proporción, la fisiogonomia, Cátedra, Madrid, 2003.
- RODRIGUES, Francisco de Assis, Discurso pronunciado por Francisco de Assis Rodrigues na sessão pública trienal da Academia de Belas- Artes de Lisboa, Lisboa, 25 de Outubro de 1856.
- SILVA, Vítor Manuel Oliveira da, Ética e Política do Desenho, teoria e prática do desenho na arte do século XVII, FBAUP, Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, Porto, 2004.
![E_2018_PREMIOSGABA](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/06/E_2018_PREMIOSGABA.png)
PRÉMIOS GAB-A 2018
Ago 26 2018PRÉMIOS GAB-A 2018
Durante o fim-de-semana de 19 e 20 de maio de 2018 a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa acolheu a 12ª edição das GAB-A / Galerias Abertas das Belas-Artes, um evento onde participam alunos e antigos alunos de todos os cursos da instituição e que promove a abertura dos espaços de trabalho e de investigação artística que a Faculdade de Belas-Artes contém, num espírito de oficina, de atelier ou de estúdio.
Nesta edição contou-se com a colaboração de três instituições artísticas para a atribuição de prémios que atribuíssem mérito a alguns dos trabalhos apresentados pelos participantes nas mais diversas áreas: Associação Luzlinar, zet gallery e Casa das Artes de Tavira.
VENCEDORES DO PRÉMIO LUZLINAR
1º lugar | Bolsa para residência artística de longa duração
- Ana Sofia Sá, com a obra “Retorno”, 2018.
Bolsas para residências artísticas de curta duração
- Carolina Lino
- Joana Pitta
- Pedro Tavares
- André Silva
- Marco Pestana
VENCEDORES DO PRÉMIO ZET GALLERY
Participantes seleccionados para participar numa exposição coletiva na zet gallery em Braga a 17 de novembro 2018:
- André Silva
- Marco Pestana
- Jéssica Burrinha
- Carla Afonso
- Mikha-ez
- Ana Sofia Sá
- Lena Wan
- Carolina Serrano
- Joana Pitta (Não Joana)
- Sal Silva
- Fábio Veras
- Tiago Santos
- Rúben Lança
- Poliana Pieratti
- Dora Meirelles Cerqueira
- Francisco Correia
- Alberto Rodrigues Marques
- Ana Sofia Sá, Rita Vidigal e Rodrigo Empis com “nós, e volta a ser ruína”
VENCEDORES DO PRÉMIO CASA DAS ARTES DE TAVIRA
Participantes seleccionados para participar numa exposição coletiva na Casa das Artes de Tavira na programação do verão 2019:
- Ana Sofia Sá
- Beatriz Mónica
- Carlos Cavaleiro
- Carolina Lino
- Hugo Cubo
- Juliana Julieta
- Leonor Sousa Fernandes
- Margarida Andrade
- Maria Francisca de Abreu Afonso
- Natacha Queirós
- Tiago Santos
- Vera Kace
Nota: os premiados que não receberam email de selecção devem contactar o Gabinete de Comunicação e Imagem afim de efectivarem os procedimentos necessários, nomeadamente a autorização para serem contactados futuramente por email e telefone para se agilizar o processo de participação.
finalistas de pintura belas-artes 16’17
Ago 26 201831 JULHO > 31 AGOSTO I SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES
Inaugura no dia 31 de julho, às 18h30, na Sociedade Nacional de Belas-Artes a exposição “Finalistas de Pintura Belas-Artes 16’17“
Coordenação: Miguel Ângelo Rocha
Curadoria: Margarida Eloy
horário | schedule
2ª a 6ª > 12h–19h
sáb. > 14h–20h
monday to friday 12noon to 7pm
saturday 2pm to 8pm
A inauguração é passível de ser registada e divulgada pela Faculdade através de fotografia e vídeo.
Trabalho em curso
Entrámos neste espaço e não havia ninguém – aparentemente, não havia ninguém.
Depois (imediatamente), apercebemo-nos que, afinal, o espaço já estava completo, repleto.
Então, a possibilidade seria criar um espaço nosso para podermos existir.
Como começar? Por onde começar?
“To build a house you start with the roof”(Franz West)
Talvez não exista um espaço vazio, sem referências ou contexto – o próprio espaço écontexto. Não existe um espaço vazio assim como não existe uma página em branco (ou tela em branco…).
Por breves momentos (antes de começar), é possível que a ideia de uma página em branco ou de um espaço sem ninguém seja plausível mas, assim que o primeiro gesto se inicie, originando uma marca numa superfície ou um golpe numa matéria, todas as referências surgem – o contexto da arte.
Um “espaço nosso”seria possivelmente a criação de uma voz própria alterando assim esse contexto, esse espaço já repleto. E esse “espaço”também inclui o tempo, quero dizer: a dinâmica espaço/tempo em que uma obra surge e que irá transformar essa mesma dinâmica.
O acto criativo equaciona a nossa experiência perante as subtilezas que percebemos do mundo. Contudo, aquele não é um empreendimento óbvio, exige o deslocamento da mente, dos preconceitos e da disponibilidade dos sentidos. É uma experiência para lá dos limites do que pode ser nomeado. Não obstante a objectividade que pode estruturar uma obra e a sua concepção, o seu fazer recupera instâncias complexas, de difícil acesso, relacionadas com a nossa natureza subjectiva.
Do contexto próprio da prática artística, a percepção da realidade é uma de multiplicidade e de simultaneidade de eventos. O olhar, o ver é, então, aquele que decorre, coincidente com o movimento – uma experiência do tempo como continuum. Trata-se então da actualização do ver e do pensamento enquanto forma; do movimento em si e do próprio mundo. Serão estas, porventura, as qualidades que estão na génese de uma voz (de uma pluralidade de vozes) e na procura daquela, patentes nas obras presentes nesta exposição.
À obra de arte não é só o tempo histórico específico que lhe corresponde mas, também, uma dimensão do fluxo temporal, algo presente desde o momento da sua concepção e até ao momento em que a obra é apreendida pelo observador. Este traz consigo a sua história, o seu conhecimento e os seus desejos para a experiência da obra. São os tempos colectivo e subjectivo, a partir da direcção do artista e da direcção do observador, que convergem e coincidem na obra, actualizando-a.
Como dizia, a actualização diz respeito ao movimento em si e do próprio mundo. Característica implícita nas acções sucessivas, de valor positivo e que incluem o indeterminado: aquilo que existe potencialmente e que rejeita o óbvio porque a indeterminação implica inovação e criação. É então, a indeterminação, intrínseca à procura de uma voz, de uma prática artística que se afirma como um organismo vivo. Esta é a possibilidade, a abertura e a receptividade ao encontro, uma atenção verificada por uma estrutura que está receptiva ao momento, à invenção que aí está potencialmente contida. São noções que reflectem uma consciência de pluralidade. É a dimensão que afirma o híbrido, o impuro, o imperfeito, conceitos que advêm da percepção que temos da realidade mas que não nos é de todo óbvia pois, desde que nascemos, que nos édito o que as coisas são e o que significam – somos ensinados a reconhecer e, o conhecimento, pela sua natureza, é algo que fica como possibilidade de aprendizagem. (O Eduardo Chillida dizia não acreditar no ensino da arte, que há algo que pode ser ensinado mas, o “resto”, na sua maior parte, só pode ser aprendido, o que é essencialmente diferente.)
A impureza de uma linguagem, uma arte que procura na indeterminação um veículo para adquirir um sentido de autonomia e vitalidade, são condições que advêm, precisamente, da recusa de qualquer categorização. Neste sentido, os trabalhos permanecem abertos, inconclusivos, são potencialmente novas materializações em si mesmos. A incorporação do fluxo e da mudança são elementos críticos na obra e encontram a sua última expressão na recusa de uma só configuração ou fim.
As implicações de tais obras são simultaneamente evidentes e imprevisíveis. A obra não dissimula nem mimetiza o mundo, será, porventura e também, evidência e presença no mundo. A obra é fluxo. Os seus significados balançam entre vários níveis de realidade: concreta, abstracta, simbólica, e outros, dependentes da subjectividade individual, embebidos no mundo, dependentes da luz, do espaço, do momento.
Captando e denunciando a espontaneidade do momento, as actualizações da obra revelam uma intermitência entre a sua natureza e a própria vida, por outras palavras, a sua dimensão política.
M.A.R., Junho 2018.
![E_2018_RESVESCASTELODEVIDE](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/02/E_2018_RESVESCASTELODEVIDE.png)
RÉSVÉS CASTELO DE VIDE
Jul 22 201818 > 29 JULHO I CASTELO DE VIDE
Inscrições encerradas a 1 de abril.
RÉSVÉS Castelo de Vide é a oitava atividade do ciclo de residências artísticas transdisciplinares da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa designado por RÉSVÉS, um projeto que procura promover a produção artística como um possível motor de desenvolvimento económico, combate à exclusão social e melhoria da qualidade de vida das comunidades, através da formação cultural e de um aumento da auto-estima.
No decorrer de duas semanas, 12 alunos da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) irão encontrar-se com gentes e tradições de Castelo de Vide, um território dinâmico e com grande entusiasmo pela arte.
Trabalhando individualmente ou em grupo, os alunos participantes, representantes dos mais diversos cursos e graus académicos da FBAUL, devem desenvolver projetos artísticos que representem e valorizem o património, a cultura e a comunidade do local.
Participantes RÉSVÉS Castelo de Vide:
— André Fernandes | Mestrado em Conservação, Restauro e Produção de Arte Contemporânea
— Isabel Valente | Licenciatura em Desenho
— João Leitão | Doutoramento em Arte Multimédia
— Madalena Anjos | Licenciatura em Design de Comunicação
— Manuel Fonseca | Licenciatura em Escultura
— Manuela Romeiro | Mestrado em Pintura
— Maria Costa | Licenciatura em Pintura
— Maria Rita Bourbon | Licenciatura em Design de Equipamento
— Martim Dinis | Mestrado em Pintura
— Paula Simão | Mestrado em Ensino Artístico
— Victor Pires | Mestrado em Educação Artística
Exposição de Escultura — Mestrado 2018
Jul 12 201812 > 27 JULHO | CISTERNA DA FACULDADE DE BELAS-ARTES
Inauguração dia 12 de Julho às 18h00
Finissage dia 24 de Julho, às 18h00, com lançamento do catálogo
O Mestrado em Escultura constitui um marco, a sinalização de um período de reflexão e desenvolvimento de conceitos, processos e técnicas de futuros operadores nesse vasto campo que é hoje em dia a escultura.
O abandono da narrativa, da utilização de matérias e materiais nobres, de perenidade e estabilidade na escultura contemporânea e a assimilação de outros territórios como a arquitetura, a performance assim como a utilização de materiais perecíveis levam-na também a aceitar ser frágil e efémera à semelhança da condição humana.
Esta exposição dos alunos de Mestrado de Escultura procura apresentar-nos algumas ideias e a sua materialização em esculturas mais ecléticas do que nunca, assim como a utilização do espaço da cisterna que nos propõe um olhar de interação entre a escultura e o espaço intemporal ali existente.
Luísa Perienes
Professora Auxiliar
horário | schedule
2ª a 6ª › 15h–21h
monday to friday 3pm to 9pm
A inauguração e finissage são passíveis de serem registadas e divulgadas pela Faculdade através de fotografia e vídeo.
POÉTICAS PSICODÉLICO-VISIONÁRIAS: Arte e Estados Não Ordinários de Consciência
Jul 01 20189 > 13 JULHO | GALERIA DA ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES
Inauguração dia 9 de Julho às 18h30
A presente exposição resulta da investigação de Pós Doutoramento intitulada “POÉTICAS PSICODÉLICO-VISIONÁRIAS: Arte e Estados Não Ordinários de Consciência” em Ciências da Arte e do Património, realizada por José Eliézer Mikosz entre Abril de 2017 e Fevereiro de 2018 na FBAUL. Para esta pesquisa que contempla uma investigação teórica e um aprofundamento do tema da Arte Visionária e Psicadélica, desde a sua origem na Pré-História até às suas manifestações no século XXI, foram também realizadas pinturas em técnica mista durante a sua recente estadia em Lisboa.
Estas pinturas são o resultado do aprofundamento da consciência do artista, bem como num mergulho no seu mundo mágico pleno de cores fulgurantes, criaturas híbridas, imagens icónicas e arquetipais. São metáforas que nos retiram temporariamente do senso comum e nos lançam numa realidade paralela, perturbadora e erótica. Aqui como voyeurs podemos espreitar (usando mesmo uns óculos especiais que o artista disponibilizou para o efeito) o que os seus olhos interiores viram em estados especiais da mente e que através da sua pintura visionária traduz para o visível.
TERESA LOUSA
Professora auxiliar convidada da FBAUL
Área de Ciências da Arte e do Património
horário schedule
2ª a 6ª › 9h–19h
monday to friday 10am to 7pm
A inauguração é passível de ser registada e divulgada pela Faculdade através de fotografia e vídeo.
![E_2018_IMMERSIVEIMERSIVO](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/07/E_2018_IMMERSIVEIMERSIVO.png)
immersive | imersivo
Jul 01 201829 JUNHO > 21 JULHO | SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES
Nesta sua terceira edição, a conferência internacional Stereo & Immersive Media: Photography and Sound Researchexpande, uma vez mais, o seu campo. Se na anterior edição alargou-se ao território do som agora incorpora a criação artística apresentando uma exposição resultante de uma chamada de trabalhos a criadores contemporâneos nas áreas que constituem os seus domínios principais.
O tópico da imersão, inerente à imagem estereoscópica desde a sua invenção no século XIX e, em grande medida, razão principal da sua popularização, ressurge na época contemporânea tanto numa certa produção ligada à indústria do entretenimento e da cultura popular seja igualmente na criação artística, seja a que, através de materiais e tecnologias tradicionais, procura incorporar o sujeito no interior da obra como naquela que recorre às mais recentes tecnologias para alcançar este objetivo. Ou, como observamos nesta exposição, através da apropriação de media já arqueológicos (e este é um campo onde o ritmo de inovação e obsolescência é particularmente veloz), para obter novas formas e, sobretudo, alcançar novas significações.
Imersivo | Immersive é o resultado da seleção dos trabalhos apresentados e, na sua diversidade, um espelho interessante do modo como a imagem e/ou o som são usados de forma mais direta e deliberada para alcançar a imersão do sujeito observador na própria obra – torná-lo parte da ficção artística aproximando esta da convicção de experiência real, ao ponto do sujeito mergulhar numa experiência parareal e, nesse sentido, tornar-se ele próprio um sujeito fora da realidade (e, num certo sentido, fora de si mesmo) embora dentro dela por convicção, resultante dessa perturbante quanto fascinante combinação de persuasão, ilusão e crença.
Victor dos Reis
Rogério Taveira
Artistas selecionados
Agueda Simo, Ana Catarina Teixeira, Jennifer Crane, Ana Teresa Vicente, Ivo Louro, Sandra Zuzarte.
+info sobre os trabalhos apresentados
Curadoria
Victor dos Reis e Rogério Taveira.
Horário
De segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 12h00 às 19h00 e sábados das 14h00 às 20h00.
7º Congresso Matéria-Prima 2018
Jul 01 201810 > 13 JULHO I SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES
O “VII Congresso Internacional Matéria-Prima: práticas das Artes Visuais no ensino básico e secundário” irá decorrer em Portugal, na Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA) de 10 a 13 de julho de 2018. Lança-se o desafio, aos professores e investigadores em ensino das artes visuais, de partilhar, no congresso “Matéria-Prima,” novas perspetivas operacionais de desenvolvimento curricular com focagem nos seus resultados concretos.
Propõe-se como tema geral: ensino das artes, perspetivas e exemplos do terreno.
Pretende-se criar um espaço de partilha de experiências no terreno, com resultados de trabalhos desenvolvidos em unidades de trabalho e respetivas reflexões sobre o sucesso, avaliação, adequação. Trata-se de cruzar olhares entre os profissionais experimentados, os investigadores em práticas pedagógicas e em desenvolvimento curricular e os alunos do mestrado em Ensino das Artes Visuais (UL) que ensaiam apoios nas experiências educativas.
MIGRAÇÕES — processos migratórios e práticas artísticas em tempos de guerra: do século xx à atualidade
Jun 21 2018LANÇAMENTO E APRESENTAÇÃO 21 JUNHO > 18H I FUNDAÇÃO JOSÉ SARAMAGO
Migrações – Processos migratórios e práticas artísticas em tempo de guerra: do século XX à actualidade, coordenado por Cristina Pratas Cruzeiro, reúne textos de investigadores especialistas, nacionais e estrangeiros, sobre uma matéria de grande actualidade, incidindo sobre os processos migratórios a partir das artes. Esta é uma publicação do Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes – CIEBA (Grupo de Investigação e de Estudos em Ciências da Arte e do Património — Francisco de Holanda) da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL).
![E_2018_HELENKELLER](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/05/E_2018_HELENKELLER.png)
Uma outra forma de ver: sentindo!
Jun 09 2018![item](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/plugins/wp-advanced-image-lazy-load/img/white.gif)
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![item](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/plugins/wp-advanced-image-lazy-load/img/white.gif)
No dia 9 de Maio, a Faculdade de Belas-Artes recebeu 6 alunos e 3 professoras do Centro Helen Keller, no âmbito do projeto “Uma outra forma de ver: sentindo!”, organizado pela Prof.ª Marta Frade.
Esta exposição, preparada especialmente para incluir pessoas cegas, permitiu a estas crianças o contato direto com diversas réplicas de obras escultóricas da Coleção de Gessos das Belas-Artes.
Através do tato, e com o apoio de legendas em braille, os alunos puderam “ver” sentindo as esculturas com as suas próprias mãos, descobrindo assim obras que de outro modo lhes seriam inacessíveis.
O objetivo era que esta iniciativa tivesse um caráter inclusivo em todos os sentidos: não só permitir aos cegos o contato com as obras de arte, mas também que eles pudessem fazer essa atividade integrados com pessoas normovisuais (também elas podendo usufruir desse contato tátil com as esculturas) e não separados, numa atividade à parte unicamente direcionada para cegos.
A Prof.ª Marta Frade, as professoras do Centro Helen Keller e estudantes das Belas-Artes acompanharam estes alunos numa experiência muito enriquecedora, e até emotiva, para todos os envolvidos.
No final a opinião geral foi unânime: a repetir!
Prof.ª Marta Frade – Agradecimentos
Centro Helen Keller: à Professora Rita Lourenço de Ciências naturais, à Professora Vanessa Balsinha de Educação Visual e à Professora Joana Silvestre de Educação especial, e às crianças Maria, Alexandra, Mariana, Leandro e João. À Margarida Valente pela sua colaboração, partilha de conhecimento e por ter proporcionado as legendas em braille, aos alunos finalistas da Licenciatura de Escultura do Laboratório de Conservação e Restauro da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa Dinora, Inês, João, Rebeca, por todo o empenho, dedicação, colaboração na curadoria da exposição e principalmente no acompanhamento constante de cada aluno.
![E_2018_EMTODOSOSSENTIDOS](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/05/E_2018_EMTODOSOSSENTIDOS.png)
Em Todos os Sentidos – Uma Exposição Interativa Multissensorial
Jun 01 201825 MAIO > 02 JUNHO I CALEIDOSCÓPIO ULISBOA
A Universidade de Lisboa (ULisboa) organiza pela primeira vez a exposição “Em Todos os Sentidos – Uma Exposição Interativa Multissensorial”, uma mostra interativa que permite visitar um conjunto de experiências sensoriais, cognitivas e emocionais, compreender as especificidades das necessidades educativas especiais e vivenciar ações colocando-se no lugar de alguém que utiliza os sentidos de forma diferente.
A exposição é composta por atividades que convocam um dos 5 sentidos ou vários sentidos em simultâneo. Cada uma apela a diferentes formas de sentir e agir.
A partir das atividades e das sensações vivenciadas o público poderá (re)descobrir o mundo à nossa volta e perceber que a diversidade nos enriquece e que uma sociedade mais inclusiva é uma sociedade mais rica.
A Faculdade de Belas-Artes foi uma das instituições da ULisboa que participou na organização da iniciativa.
A inauguração será no dia 25 de maio no edifício do Caleidoscópio pelas 16:00h.
![E_2018_CHIADO](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/01/E_2018_CHIADO.jpg)
carmo, chiado e as aparições de fausto
Jun 01 201801 > 15 JUNHO I MUSEU ARQUEOLÓGICO DO CARMO
Inaugura no dia 1 de junho, às 17h30, em Lisboa, no MUSEU ARQUEOLÓGICO DO CARMO, a última exposição internacional relativa ao Chiado, Carmo e ao mito de Fausto, com a participação de docentes e estudantes de cinco Instituições de Ensino Artístico Superior, aventura coletiva a exibir em diversas cidades europeias, projeto com a conceção e a curadoria geral de José Quaresma, acompanhado nesta tarefa por outros quatro curadores convidados para estabelecer os elos com os respetivos países.
As Instituições participantes são:
École Nationale Supérieure des Beaux-Arts de Paris
Facultad de Belas Artes de Cuenca
École Nationale Supérieure des Arts Visuels La Cambre, Bruxelas
Academia de Belas Artes de Lodz
e docentes e estudantes da FBAUL.
No dia 1 de fevereiro, em Cuenca, foi apresentado oficialmente o livro de ensaios deste ano com a coordenação do docente acima referido, assim como um Ciclo internacional de Conferências com a designação: Carmo, Chiado e as Aparições de Fausto. Esfera Pública e Transfigurações de um Mito.
LÓDZ: 3 a 17 janeiro
CUENCA: 1 A 25 fevereiro
PARIS: 1 a 26 março
LISBOA: 2 a 15 maio; 1 a 15 junho
![E_2018_ESCULTURACOMPARADA](https://www.belasartes.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/06/E_2018_ESCULTURACOMPARADA.png)
O Museu de Escultura Comparada – Uma coleção renegada
Jun 01 20189 JUNHO | PALÁCIO NACIONAL DE MAFRA
No seguimento das atividades do Ano Europeu do Património Cultural a mestranda das Belas-Artes, Bárbara Freire da Cruz-Figueiredo, convida-nos a entrar no seu caso estudo da dissertação, «Museu de Escultura Comparada» no próximo dia 9 de Junho no Palácio Nacional de Mafra das 17h às 20h30.
Atividade inédita, visto a polémica que este pequeno museu tem atravessado desde a sua origem. O Museu de Escultura Comparada – surge inicialmente na necessidade da não existência de um museu nacional de escultura. Foi por sua vez oficializado em 1964 mas permanece desde o primeiro dia com as suas portas fechadas. Esta grandiosa mostra acarreta em si o espírito indomável do escultor e do historiador de arte Diogo de Macedo, que por sua vez salvaguardou esta coleção peculiar de moldagens nacionais e francesas, que estariam em risco de ser destruídas.
No desejo de sensibilizar e informar o público quer de uma técnica desvalorizada como ainda a saborear o melhor o Património nacional, agora pela mão da aluna, o Museu de Escultura Comparada apesar de encoberto pelo tempo e pelo pó, abre as suas portas ao público nesta cápsula do tempo – e ainda que o pó tenha uma conotação negativa, tem tido o papel mais importante, na conservação diária das peças.
Esta atividade para além de complementar a investigação da aluna, pretende sensibilizar uma vez mais a atenção para a salvaguarda do património nacional, e acima de tudo, recordar a necessidade de abrir de uma vez por todas as portas desta magna coleção que trará benefícios para a sociedade e para a cultura portuguesa.
Esta coleção ilustra o legado português – Exposição do Mundo Português de 1940, disposta num cortejo de cal, por 9 salas no Torreão Sul do Palácio Nacional de Mafra, permitindo uma leitura comparativa e cronológica ainda com a essência de um museu dos anos 60.
Bárbara Freire da Cruz-Figueiredo
femeeting / women in art, science and technology 2018
Jun 01 201815 > 19 JUNHO I FBAUL, LISBOA / FUNDAÇÃO EUGÉNIO DE ALMEIDA, ÉVORA / CULTIVAMOS CULTURA E NATURARTE, ODEMIRA
O FEMeeting 2018 é uma conferência co-organizada pela Cultivamos Cultura e pelo CIC.Digital da Universidade Nova de Lisboa em parceria com a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e o Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida. O objectivo desta reunião é reunir mulheres de todo o mundo para compartilhar e divulgar o seu trabalho e projectos nas artes, ciências e tecnologia.
Com a missão de fortalecer a nossa comunidade, contribuir para o desenvolvimento das metodologias de prática e investigação em arte e ciência e estabelecermos novas estratégias de colaboração, vamos partilhar conhecimento.
A conferência consiste em duas tardes de palestras abertas ao público em geral na sala de conferências da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa no dia 15 de Junho, e, no dia 16, na Fundação Eugénio de Almeida em Évora. Os 3 dias seguintes terão lugar no Cultivamos Cultura e em Naturarte em São Luís, Odemira.
conservação e restauro de esculturas em gesso
Mai 15 201817 MAIO > 01 JUNHO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 17 de maio, às 18h00, na galeria das Belas-Artes a exposição Conservação e Restauro de Esculturas em Gesso resultado do trabalho de restauro realizado pela Professora Marta Frade, no âmbito do seu doutoramento, sob orientação do Professor António Matos.
A exposição é de entrada livre e estará patente até 01 de junho.
Horário da exposição: 2ª a 6ª feira, das 10h00 às 18h00
19 de maio (sábado): das 14h00 às 23h00
(restantes sábados e domingos está encerrada)
Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Um trabalho em constante progresso!….
Esta exposição resulta do trabalho realizado no âmbito do doutoramento, sob orientação do Professor Doutor António Matos. É o início de um longo caminho para a valorização, preservação, conservação e restauro da arte em gesso. Resulta de um percurso que começou há 21 anos, onde o conhecimento e estudo sobre esta matéria tornaram-se mais coesos, exaltando uma vontade de preservar e valorizar uma arte que se entendia como efémera.
Neste percurso, trabalhar em restauro de arte edificada permitiu manter um saber-fazer tradicional que se previa perder. Mas também com os artistas, proporcionou um momento privilegiado dando lugar a um diálogo entre o escultor e o conservador-restaurador. Nesta última etapa houve a oportunidade de olhar não só para a obra em si, como também para uma colecção de um valor incalculável, que guarda em si estórias e histórias, saberes-fazeres, evoluções de técnicas, memórias…..que definem períodos e estilos, ajudando a vivenciar a evolução do ensino artístico português.
Nestes anos houve o privilégio de procurar conceitos, metodologias de uma arte tão empírica, quer por parte de estucadores como de formadores. A simbiose entre a investigação e a prática proporcionaram uma contribuição para o ensino. A transmissão de saberes permite parar o tempo para olhar de uma outra forma a arte, sensibilizar e cuidar o que outrora foi, e é, arte de alguém.
Nesta exposição percorremos três eixos principais: a Valorização sobre a reserva escultórica bem como de todo o património móvel e imóvel em gesso; a Metodologia onde é visível o diálogo entre o escultor e o conservador-restaurador bem como o uso da ciência e tecnologia (como por exemplo a radiografia) para o conhecimento da estrutura interna e também a análise da matéria em si; por fim o Ensino onde é dada a importância da transmissão de saberes e o trabalho realizado com os alunos na cadeira Laboratório de Conservação e restauro da Licenciatura de Escultura.
Embora frágil e efémero, o gesso foi a matéria eleita para a divulgação da arte pela Europa, para imitar uma variedade de matérias nobre não alcançáveis e guarda em si, como uma espécie de fóssil, marcas do artista, perdurando no tempo para as gerações futuras.
Marta Frade
participação das belas-artes no xxxv congresso da fidem
Mai 15 201829 MAIO > 02 JUNHO I OTAVA, CANADÁ
Decorre na cidade de Ottawa (Canadá), de 29 de maio a 2 de junho de 2018, o XXXV Congresso Internacional de Medalhística da Fédération Internationale de la Médaille d`Art (FIDEM), que conta com uma representação de quarenta e sete medalhas de vinte e quatro autores portugueses. Neste grupo destacam-se as propostas da FBAUL da autoria de nove alunos dos nossos três ciclos de estudos: Ana Sofia Neves, Catarina Mendes, Beatriz Bronze, Gabriel Siams, Inês Barros, Joana Alves, João Bernardo Santos, Mafalda Theias e Miguel Matos, de Andreia Ferreira, docente da FBAUL e de Hugo Maciel, ex-aluno da FBAUL.
Ainda no âmbito do Congresso, e com o objetivo de possibilitar a participação de um público mais jovem, o University Museum of Bergen (Noruega) patrocinou, uma vez mais, um programa de bolsas de estudo, no valor de 2.000 € cada, destinado a jovens medalhistas de todo o mundo. Das dez bolsas atribuídas, duas foram ganhas pelas alunas Catarina Mendes (Mestrado em Escultura) e Beatriz Mónica (Licenciatura em Escultura), que assim viram reconhecido o trabalho desenvolvido na área da Medalhística.
No jantar final do Congresso o Escultor José Teixeira será galardoado com o BAMS Struck Medal Award, por Gregory Fattorini, pela sua medalha CANTE World Heritage. Este prémio é atribuído à melhor medalha cunhada em 2017.
BLOCKED BUILDINGS QUEER MODERNISM AND CONCRETE CONSTIPATION
Mai 15 2018
1 de JUNHO | 11h00 | SALA 4.06
A counter/queer examination of concrete as a material in architecture and sculpture
Conferência por Jonathan Cane
Wits City Institute – África do Sul
Organização: Prof.ª Ângela Ferreira
Mestrado de Escultura
Aberto a todos os alunos
Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Razões filosóficas e tecnológicas para a pintura nunca acabar
Mai 15 201801 JUNHO > 16H00 I MUSEU ARQUEOLÓGICO DO CARMO , SALA DE CONFERÊNCIAS
Por questões oficiais a DATA E O LOCAL DA CONFERÊNCIA FORAM ALTERADOS.
Pedimos desculpa pelo incómodo.
Fica remarcada para as 16h00 , no dia 1 de junho, na Sala de Conferências do Museu Arqueológico do Carmo, Largo do Carmo, Lisboa (A entrada no Museu para assistir à Conferência é gratuita).
Será ainda feito o lançamento do livro A Pintura e o Elemento fotográfico. Uma Reciprocidade Inesgotável, e inaugurada a Exposição Carmo, Chiado e as Aparições de Fausto, pelas 17h30, no mesmo local.
Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
A comunicação será desenvolvida em quatro momentos:
1) Apresentação de cinco ideias artísticas com consequências tecnológicas inteiramente relacionadas com a pintura, ou melhor, o elemento pictural: (a) A pintura entre as imagens acheiropoietos e as imagens tecnologicamente elaboradas; (b) As “afinidades electivas” entre o elemento pictural e o elemento fotográfico. (c) De “A Pintura é a flor de todas as artes” (Alberti) à “Homeostasia dinâmica” do elemento pictural. (d) Rememoração e infatigável auto-reflexividade do elemento pictural. Visionamento de exemplos concretos de pintura. (e) A instalação pictural e o homo spectator.
(25 minutos de duração).
2) Apresentação de cinco teses filosóficas relacionáveis com o elemento pictural: (a) As Telephone Paintings de László Moholy-Nagy e as imagens conversacionais em André Gunthert; (b) O “Mito de Theuth”, as linguagens e as tecnologias a partir de Fedro); (c) A interpelação das ideias picturais e a fecundidade da asserção kantiana “aquela representação da faculdade da imaginação que dá muito que pensar”; (d) A metáfora da identidade e da diferenciação através do tempo em Stephen Ferret: O Barco de Teseu; (e) Arthur Danto, After the End of Art ou a questão da morte da pintura na forma tentada.
(25 minutos de duração).
3) Momento dedicado à apresentação do livro que trata uma parte substancial das questões referidas: A Pintura e o Elemento Fotográfico: uma Reciprocidade Inesgotável. A Pintura Contemporânea no Barco de Teseu. (2015-2020). Vol. III
(10 minutos de duração).
4) Diálogo e objecções.
(20 minutos de duração).
Lisboa, 24 de maio, 2018
José Quaresma
INSCRIÇÕES ENCERRADAS
A entrada nas conferências é livre e gratuita, mas de inscrição obrigatória.
corpo de meteorito
Mai 15 201802 > 28 MAIO I CAPELA BELAS-ARTES
Corpo de Meteorito, exposição de Mikha-ez, patente na Capela das Belas-Artes entre 2 e 28 de maio de 2018. Esta exposição, com curadoria de João Castro Silva, insere-se na programação oficial da 12º edição das GAB-A, Galerias Abertas das Belas-Artes e, por isso, a sua inauguração realiza-se no dia 19 de maio, às 14h00, com a presença do artista.
No dia 16 de maio realiza-se uma coreografia coordenada de Mikha-ez e Laura Índigo, às 12h00 e outra às 17h00,
Horário: as visitas deverão ser agendadas com o artista através do e-mail mikhaez@usal.es
Este evento é passível de ser registado e divulgado pela Faculdade através de fotografia e vídeo
RELAÇÃO
Todo o conhecimento é uma relação, um processo permanente e contínuo do nosso corpo com o cosmos; trocas, sinais, informações, sensações. O que existe para nós, é dependente da nossa compreensão. Para lá da nossa medida, aquilo que não é, ou foi alguma vez, parte do nosso corpo, não poderá nunca persistir. As bases relacionais que mantemos com aquilo que criamos, observamos, vivenciamos são tão essenciais que as suas articulações são as mesmas da nossa existência[1]. Trata-se de relações que são feitas por mediação, digamos, quer pelas impressões que nele inscreveu o gesto criador, quer pelas que o olhar fruidor recria.
O espaço não se limita a um conceito físico pois só através de um processo de abstracção mental poderemos estabelecer os códigos da sua percepção. A noção de espaço é inerente à própria existência humana e dela deriva[2]. A percepção de um objecto, de uma forma ou de uma grandeza, como reais, reenvia-nos a um mundo de sistemas de experiências em que o nosso corpo e os fenómenos estão inseparavelmente interligados.
Espaço é a extensão do ‘meu’ corpo, projectada em todas as direcções até ao infinito; as posições intencionais e os movimentos projectados no espaço impõem-se pelo seu efeito desde a aparição do homem[3]. Espaço é a relação que os corpos, objectos, ou coisas, mantêm entre si; corpos que se relacionam com outros, sendo embora uns, entidades vivas e os outros, entidades inertes. Relação, ainda, do corpo com os elementos que o constituem porque todas estas ‘variáveis’ se integram intrinsecamente.
Na percepção, o interior revela-se no exterior, numa significação que só se pode compreender plenamente através do tacto e do olhar. “A palavra percepção vem de percipio que se origina em capio - agarrar, prender, tomar com ou nas mãos, empreender, receber, suportar. Enraíza-se, portanto, no tato, (…).”[4] O olho que percepciona, utiliza informação anteriormente apreendida e reconhece, interpreta, antecipa e prevê o que surge no seu campo de visão. O nosso sistema visual reage a estímulos externos, mas não é esse estímulo que vai determinar a percepção. Existe um vão entre os estímulos externos a que o nosso olho reage e a percepção, e é nesse vão que o olhar se torna criativo, inteligente. Perceber é assimilar os estímulos e dar-lhes um significado, adivinhamos o que vemos, completamos com as nossas memórias aquilo que se oferece aos nossos sentidos. Uns vêem como fundo aquilo que outros entendem como figura, o significado é obra nossa, individual. Vemos aquilo que sabemos, percebemos a realidade de uma forma única, particular.
No entanto é imprescindível a mediação do outro para a tomada de consciência do eu – porque introduz a estranheza ou a familiaridade, a possibilidade de estabelecer relação, de suscitar comparação. Relação entre o corpo e o espírito. Relação entre o homem e o universo. Relação entre a ordem interna e a organização exterior. Relação directa com a matéria, um conteúdo que se conhece e se reconhece na variação e na semelhança com o contentor[5].
São as vivências, conhecimentos e demais condicionantes socioculturais que vão influir de maneira fundamental na elaboração da imagem por parte do observador. O observador ajusta e compõe os dados que a forma lhe oferece e fá-los coincidir com os esquemas que guarda na sua memória. Sistema de relações que permitem percepcionar o mundo na sua total abrangência, dos momentos anteriores, que passaram, aos posteriores, que continuam após aquele instante.
João Castro Silva
Professor Auxiliar Escultor
BIBLIOGRAFIA
- FORTES, Manuel de Azevedo, Lógica Racional, INCM, Lisboa, 2002.
- GOETHE, Johann Wolfgang, Escritos obre Arte, trad. de Marco Aurélio Werle, Imprensa Oficial, São Paulo, 2005.
- GORSZ, Elisabeth, 1995 Space, Time and Perversions: Essays on the Politics of the Body, Routledge, N.Y. & London, 1995.
- KNOBBE, Maria Margarida, A palavra da pele, Revista FAMECOS, nº 25, Porto Alegre, Dezembro 2004.
- SERRES, Michel, Variações sobre o Corpo, Bertrand Brasil, R. J., 2004.
[1] “(…) não precisamos inventar a roda porque ela sempre esteve em nós. Sua presença corporal dispensou-nos da necessidade de descobri-la.” (SERRES, 2004, p. 105).
[2] “(…) ainda que possamos perceber o espaço sem corpo, nunca poderemos perceber o corpo sem espaço.” (FORTES, 2002, p. 126).
[3] “Os corpos articulam discursos, sem necessariamente falarem, porque são codificados com e como signos. Articulam códigos sociais. Tornam-se intertextualizados, narrativizados; simultâneamente incarnam códigos sociais, leis, normas e ideais. “Se os corpos são atravessados e infiltrados por saberes, significações e poder, eles podem igualmente, em determinadas circunstâncias, tornar-se pólos de luta e resistência, inscrevendo-se activamente em práticas sociais.” (GORSZ, 1995, pp. 35/36).
[4] KNOBBE, 2004, p. 128.
[5] “Mas o que é o exterior de uma natureza orgânica senão a aparição que eternamente se modifica do interior? Essa exterioridade, essa superfície está adaptada de tal maneira a uma estrutura interior múltipla, enredada e suave, que ela se torna, desse modo, ela mesma algo de interior, na medida em que ambas as determinações, a exterior e a interior, estão sempre na mais imediata relação, tanto na mais silenciosa existência quanto no mais forte movimento.” (GOETHE, 2005, p. 159).
BIOGRAFIA de Miguel González Diez (Mikha-ez)
crossing borders, shifting boundaries: city
Mai 15 201830 MAIO > 18H30 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
LANÇAMENTO E APRESENTAÇÃO DO 5º NÚMERO DA PUBLICAÇÃO SCOPIO MAGAZINE ” CROSSING BORDERS, SHIFTING BOUNDARIES: CITY ”
A apresentação da sessão estará a cargo de Vítor dos Reis, Presidente da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa que mediará uma conversa em torno do tema Fotografia, Arquitectura e Arte, contando com a presença de Susana Ventura (Ed. scopio Magazine), Paulo Catrica (Fotógrafo e autor convidado scopio Magazine), Pedro Leão Neto (Coord. Edições scopio) e de Rogério Paulo Taveira (FBAUL).
Entrada livre (sujeita à lotação da sala).
Programa sujeito a alterações (sem aviso prévio).
Este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Sobre a publicação
A scopio Magazine, uma publicação periódica anual cuja responsabilidade editorial é do grupo de investigação CCRE pertencente ao Centro de Estudos de Arquitecura e Urbanismo (CEAU) da FAUP, é o suporte de divulgação e investigação ligado em termos gerais à Arquitectura, Arte e Imagem (AAI) e, em termos específicos, à Fotografia Documental e Artística relacionada com Arquitectura, Cidade e Território. A publicação desenvolve-se através de ciclos temáticos e tem como propósito divulgar diversos autores e trabalhos na área da Fotografia Documental e Artística que de alguma forma promovam uma reflexão sobre o contributo das imagens na compreensão da realidade e na construção de imaginários, entre o documento e a ficção, entre a reprodução e a manipulação, entre o analógico e o digital. O universo da Arquitectura é, assim, entendido de uma forma abrangente como uma prática e disciplina capaz de integrar os domínios sócio – económico, político, histórico e técnico. Por outro lado, interessam-nos trabalhos onde a imagem fotográfica é principalmente utilizada como um instrumento de investigação que permite descobrir novas perspectivas sobre a arquitectura e suas vivências. A scopio Magazine serve também para o envolvimento de sectores académicos, culturais e sociais em concepções e práticas dotadas de poder de inovação relativas à cidade, nas suas múltiplas vertentes, com especial destaque para as que utilizam a fotografia e a imagem como instrumentos críticos do território. Crossing Borders e Shifting Boundaries, Cidade é o tema principal e categoria do ciclo atual da scopio Magazine que focaliza o seu interesse em países diversos, questionando como é que a arquitetura se transforma, como reflete diferentes identidades culturais híbridas em muitos países e como tudo isso interage e afeta as nossas cidades e paisagem, considerando as categorias mencionadas: Arquitetura , Cidade e Território.
scopio Editions
O universo de interesse da scopio Editons é, em termos gerais, o da Arquitectura, Arte e Imagem (AAI) e, em termos específicos, o da Fotografia Documental e Artística relacionada com Arquitectura, Cidade e Território. Neste contexto, a Arquitectura é entendida de uma forma abrangente como uma prática e disciplina capaz de integrar os domínios social, económico, político, histórico e técnico. A scopio Editions tem uma linha editorial com uma estrutura dinâmica constituída por publicações periódicas e não periódicas com o objectivo de difundir diversos trabalhos e autores que utilizam ou investigam o universo da Arquitectura, Arte e Imagem de uma forma critica, exploratória e inovadora, com especial incidência na Fotografia Documental e Artística, relacionada com Arquitectura, Cidade e Território.
Clara Menéres (1943-2018)
Mai 01 2018Clara Menéres
No Porto estudou escultura na Escola Superior de Belas Artes, onde foi discípula dos mestres Barata Feyo, Lagoa Henriques, Heitor Cramez e Júlio Resende. Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian de 1978 a 1981, em Paris, doutorou-se em Etnologia pela Universidade Paris VII. Foi ainda Research Fellow do Center for Advanced Visual Studies do MIT (Massachusetts Institute of Technology, Estados Unidos,) entre finais dos anos oitenta e início dos anos 90.
Iniciou a atividade pedagógica na Escola Superior de Belas Artes do Porto; entre 1971 e 1996 foi professora na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (atual Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa), onde exerceu o cargo de Presidente do Conselho Diretivo de 1993 a 1996; foi Professora Associada e, depois, Professora Catedrática na Universidade de Évora, onde lecionou de 1996 a 2007.
Participou em inúmeras mostras coletivas, nomeadamente: Exposição 73 (Lisboa, Sociedade Nacional de Belas Artes, 1973), onde apresentou Jaz Morto e Arrefece, uma representação escultórica realista de um soldado morto com a farda da guerra colonial, inspirada no poema O Menino de Sua Mãe de Fernando Pessoa; Alternativa Zero (Lisboa, Galeria Nacional de Arte Moderna, 1977), onde apresentou Mulher-Terra-Vida, uma obra poderosamente simbólica conotada com a Land Art; XIV Bienal de São Paulo (Brasil, 1977); Anos 60, Anos de Rutura: uma Perspetiva da Arte Portuguesa nos Anos Sessenta, inserida na programação de Lisboa 94, Capital Europeia da Cultura (Lisboa, Palácio Galveias, 1994).
Os temas dominante da sua obra escultórica são os mitos fundadores, e cultos solares, aquáticos, e essencialmente de fecundidade, bem evidente em obras como Papisa ou Coincidentia Oppositorum (1983), dos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, Relicário, Fogo Fátuo III ou Igniculli Terra Emicantes (1987) e Alba Navis (1987). Outros temas são a alegoria da morte (Os Amantes ou Restos Arqueológicos de uma viagem para a morte com o qual alcançou o Prémio de Escultura da IV Bienal Internacional de Vila Nova de Cerveira); a intervenção cívica (apresentou Jaz morto e arrefece o menino de sua mãe na SNBA, em 1973, e no pós 25 de Abril integrou o Grupo ACRE, com Queiroz Ribeiro e Lima de Carvalho); as reflexões científicas e filosóficas (exposição “Da terra à Luz ou a Coincidentia Oppositorum entre Nicolua de Cusa e Max Planck”) e as temáticas bíblicas.
A artista e professora dedicou-se também à investigação artística e à participação na vida cultural e política do país. Recentemente, fez parte da I Conferência sobre A representação do Sagrado no Mundo da Imagem, associou-se ao Programa Cultural do Congresso Feminista 2008, no qual esteve patente o painel fotográfico Clara Meneres. Escultura. Obra retrospetiva entre os anos 1968-1980, era membro efetivo do MIC (Movimento de Intervenção e Cidadania), formalmente instituído em 2006, e em 2009 candidatou-se às Eleições Europeias pelo MPT (Partido da Terra) e à Assembleia da República pela coligação Frente Ecologia e Humanismo.
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11 maio, 17h30 – Câmara Ardente na Capela nº 1 da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, Av. de Berna, em Lisboa
19h15 – Missa na Capela
12 maio, 9h00 – Missa de Corpo Presente na Igreja de Nossa Senhora de Fátima
Seguirá depois para Santo Estevão de Barrosas, Lousada, Minho
ERASMUS – ILHA DE REUNIÃO(fr) Criação e formação
Mai 01 201823 MAIO > 16H30 I SALA 3.61 I ENTRADA LIVRE
Conferência de SASHA NINE, professora da École Supérieure d’Art de La Réunion (proferida em inglês). A conferência tem como objetivo apresentar a Escola Superior de Artes da Ilha de Reunião e o trabalho da professora.
Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
adriano de sousa lopes — conservação e restauro das obras académicas pertencentes ao espólio da faculdade de belas-artes da universidade de lisboa
Mai 01 201826 ABRIL > 11 MAIO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 26 de abril, na Galeria das Belas-Artes a exposição Adriano de Sousa Lopes — conservação e restauro das obras académicas pertencentes ao espólio da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, resultado do trabalho de restauro das pinturas de Adriano de Sousa Lopes, realizado pela doutoranda Liliana Cardeira, no âmbito do seu doutoramento, sob orientação da Professora Ana Bailão.
A curadoria da exposição é de Beatriz Bento, Mestre em Museologia e Museografia pela FBAUL.
A exposição é de entrada livre e estará patente até 11 de maio.
Horário:
2ª a 6ª 10h/18h
sáb.: 10h/13h
No dia 11 de maio a Galeria encerra às 13h00
Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
DN (20.04.2018) — Belas Artes exibe obras restauradas inéditas de Adriano de Sousa Lopes
OBSERVADOR (26.04.2018) — Belas Artes de Lisboa exibem obras restauradas inéditas de Adriano de Sousa Lopes
SAPO24 (26.04.2018)— Belas Artes de Lisboa exibem obras restauradas inéditas de Adriano de Sousa Lopes
Adriano de Sousa Lopes nas Belas-Artes: vislumbres de uma carreira
What passing-bells for these who die as cattle?
— Only the monstrous anger of the guns.
(Wilfred Owen, Anthem for Doomed Youth, 1917)[1]
Adriano de Sousa Lopes (1879-1944) entrou nas Belas-Artes de Lisboa em 1895. Aqui foi aluno de Veloso Salgado (1864-1945) e de Luciano Feire (1864-1935). Prémio Anunciação em 1900, parte para Paris em 1903 com uma bolsa do Legado Valmor. Durante esta primeira estadia em Paris frequenta a École Nationale de Beaux-Arts e a então famosa Académie Julien; expõe no Salon d’Automne e, em 1907 e em 1908, viaja até Veneza – prelúdio das viagens que mais tarde fará pela Europa e pelo norte de África. Com a entrada de Portugal na I Guerra Mundial parte em 1917 para a frente de batalha, integrando o Corpo Expedicionário Português. Como oficial artista, o único entre as tropas portuguesas, regista o mortífero conflito militar e a penosa vida dos soldados-ratos nas trincheiras do norte de França. Desta experiência resultará um trabalho único na história da arte portuguesa.
O acervo Sousa Lopes da Faculdade de Belas-Artes integra onze pinturas que lhe estão atribuídas e que são datadas destes seus anos de formação: primeiro como aluno dos mestres lisboetas e depois como estudante bolseiro na capital da Europa, obrigado a enviar para Lisboa as provas do acertado investimento feito na sua educação cosmopolita. Este conjunto de obras é, assim, emblemático da natureza específica das coleções artísticas da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL): maioritariamente constituídas por obras do período de aprendizagem dos artistas e designers nacionais[2]. Esta restrição das coleções à breve e precoce passagem pela instituição dos autores das obras tem sido frequentemente entendida como uma fraqueza ou insignificância intrínseca – avaliação em que assentou muito do desinteresse a que estiveram votadas ao longo de décadas. Na verdade, deve ser entendida como sinónimo da singularidade e qualidade específica do património da maior e mais antiga escola nacional: ao abarcarem o período de formação dos artistas e designers nacionais, estas coleções permitem uma visão primordial das suas carreiras, através de criações que, tantas vezes, desaparecem ou ficam ocultas do olhar público e da investigação crítica; nalguns casos, permitem mesmo vislumbres inesperados ou antevisões renovadas do futuro já conhecido.
Sendo uma escola, a missão principal da FBAUL é «a formação, a investigação e a disseminação do saber nos domínios da arte, da cultura e da ciência que lhe são historicamente reconhecidos bem como nos domínios emergentes da criação contemporânea»[3]. Ao mesmo tempo, cabem-lhe responsabilidades museológicas embora, à semelhança de outras escolas de arte e design, nem sempre disponha dos recursos humanos e dos meios técnicos que melhor garantam a inventariação, a conservação e reabilitação do seu património material. Acima de tudo, a dotação financeira ao seu dispor esgota-se no cumprimento da sua missão principal, ficando até longe, como infelizmente sabemos, de suprir integralmente as necessidades inerentes. Esta dimensão dupla (ou híbrida) é um factor distintivo face a outras instituições de ensino superior e museus e, por isso mesmo, uma vantagem da qual deverá saber tirar partido – pese embora todas as dificuldades que, no contexto atual, coloca à sua gestão. Se a isto somarmos a manutenção e a preservação do Convento de São Francisco da Cidade, no qual a Faculdade está sediada, percebemos melhor a amplitude e o carácter sui generis dos desafios patrimoniais que a FBAUL enfrenta.
A criação de cursos e de vias de especialização (da graduação à pós-graduação) na área de ciências da arte e do património, a aposta que neles tem sido feita nos últimos anos e o claro crescimento tanto dos recursos como dos resultados diretamente ligados ao estudo, à preservação e à recuperação de obras de arte é um sinal claro da vontade da instituição em fazer das dificuldades vantagens. O investimento feito na preservação e na divulgação da grande coleção de escultura em gesso, de qualidade internacional, e a elaboração, em curso, de um plano estratégico para todas as coleções e acervos é um outro.
A presente exposição é, por isso, um excelente exemplo desta nova capacidade da FBAUL em estudar, recuperar e divulgar o seu próprio património artístico. Nela encontramos de forma muito clara estas três vertentes: ao tornar público o resultado do trabalho de restauro das pinturas de Adriano de Sousa Lopes, realizado pela estudante Liliana Cardeira, no âmbito do seu doutoramento, sob orientação da Professora Ana Bailão, a exposição permite difundir o conhecimento resultante do estudo das obras e do autor que a intervenção exige, revelando ao mesmo tempo o processo e os meios da própria intervenção. Esta ênfase no processo de trabalho, para além das inerentes razões científicas e óbvias vantagens pedagógicas, demonstra os paralelismos que a especialidade de conservação e restauro mantém com o processo produtivo de artistas e designers, a sua reconhecida importância nos resultados criativos e a repercussão que tem alcançado na cultura visual contemporânea.
Além das pinturas de Adriano de Sousa Lopes agora mostradas, a coleção das Belas-Artes integra ainda seis desenhos e vinte e quatro gravuras do artista. Destas, dez estão diretamente relacionadas com a sua experiência na frente de guerra e com o trabalho daí resultante. Uma sepultura portuguesa na terra de ninguém é, provavelmente, de todas as gravuras a mais próxima da crueza dos dois versos de Wilfred Owen nascidos da violência inaudita da Grande Guerra. Será dos escombros desta que nascerá o século XX. Mas será também depois dela que a carreira de Adriano de Sousa Lopes se tornará, em Portugal, uma das mais bem sucedidas da primeira metade do novo e moderno século.
[1] «Que sinos dobram para estes que morrem como gado? / — Apenas a fúria monstruosa das armas.» Os dois primeiros versos do poema de Wilfred Edward Salter Owen (1893-1918), poeta inglês que participou como soldado na I Guerra Mundial e morreu nas trincheiras francesas uma semana antes do armistício, surgem logo no início do War Requiem, composto por Benjamin Britten (1913-1976) em 1961-62 para a consagração da nova Catedral de Conventry (cujo edifício medieval foi destruído nos bombardeamentos da II Guerra Mundial). No texto da sua obra, Britten combinou nove poemas de Owen sobre a guerra com os textos latinos tradicionais da missa de requiem.
[2] A FBAUL é detentora de outras acervos, como os que integram obras adquiridas para fins assumidamente pedagógicos ou provenientes de legados. No primeiro caso, destaca-se a coleção de réplicas em gesso de grandes obras escultóricas mundiais; no segundo, o legado do professor e artista Lagoa Henriques (1923-2009). Relembre-se que o essencial das coleções artísticas reunidas na Academia de Belas-Artes de Lisboa, após a sua fundação em 1838, foram-lhe retiradas, entre o fim do século XIX e o início do século XX, para integrarem os novos museus públicos da capital – os atuais Museu Nacional de Arte Antiga e Museu Nacional de Arte Contemporânea.
[3] Estatutos da Faculdade de Belas-Artes, Diário da República, 2.ª série, N.º 43, 3 de março de 2014, p. 6227.
GAB-A — 12ª edição das galerias abertas das belas-artes
Mai 01 201819 > 20 MAIO I BELAS-ARTES
Este evento é passível de ser registado e divulgado pela Faculdade através de fotografia e vídeo
As Galerias Abertas das Belas-Artes são um evento periódico da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, que nos dias 19 e 20 de maio de 2018 realizará a sua 12ª edição.
Horário abertura ao público:
19 maio: 14h – 23h
20 maio: 14h – 19h
Esta atividade integra-se no ANO EUROPEU DO PATRIMÓNIO CULTURAL 2018.
INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Durante o fim-de-semana de 19 e 20 de maio de 2018 a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa vai acolher a 12ª edição das GAB-A / Galerias Abertas das Belas-Artes. Participam alunos e ex-alunos dos vários cursos que a escola integra: Arte Multimédia, Ciências da Arte e do Património, Desenho, Design de Comunicação, Design de Equipamento, Escultura e Pintura.
As GAB-A são um fórum de discussão e mostra de jovens artistas, produtos de investigação artística e obras em contexto de ensino superior artístico público, integrados no espaço físico onde são pensados e produzidos.
Não é uma comum exposição em galeria, museu ou centro cultural. É a abertura dos espaços de trabalho e de investigação artística que a Faculdade de Belas-Artes contém, num espírito de oficina, de atelier ou de estúdio.
As GAB-A são um evento de partilha com públicos exteriores que depende da vontade dos seus participantes, das solicitações, motivações, e da oportunidade e convites que, depois de cada edição, lhe são dirigidas.
É um espaço de grande informalidade, com a presença dos jovens autores. Um fórum / feira, onde se ensaiam questões pragmáticas como o universo do contacto com o mundo exterior, a constituição de grupos e projetos ou a definição de estratégias de ações futuras. Um momento de troca de experiências e de aplicação de conhecimentos.
Nas GAB-A não há seleção de obras nem de participantes por qualquer entidade que não o próprio autor, possibilita-se que cada estudante teste a sua capacidade de decisão, de autocrítica e de autonomia. São convidados a participar todos os alunos que o queiram fazer, todos os que tenham a segurança e a determinação que qualquer profissão exige.
Possibilita-se a fruição de um ambiente de fórum de arte atual, no contexto do seu núcleo embrionário (o local de aprendizagem e investigação) o que propicia interrogações sobre os mundos, sobre a arte e sobre o mundo da arte.
Nas GAB-A estabelecem-se pontes entre todos os ciclos e níveis de ensino. Participam alunos que frequentam a Faculdade há seis meses ao lado de outros que a frequentam há muitos mais anos (licenciandos, mestrandos e doutorandos).