Arte
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WORKSHOP DE RABISCOS TERAPÊUTICOS
Fev 25 2019Até ao dia 26 de Fevereiro de 2019 estão abertas as inscrições para o Workshop de Rabiscos Terapêuticos, a realizar na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Coordenador: João Peneda
Formadora: Luci Vilanova
Horário
28 Fevereiro (5ª feira)
15h00-17h00
Duração total
2h00, em 1 sessões
Sala: 3.63
Público-Alvo
Exclusivo para estudantes da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, de todos os ciclos.
Descrição
Rabiscos Terapêuticos é um termo criado para definir os doodles que são utilizados em um processo de autoconhecimento. Doodle é uma palavra inglesa para referir um tipo de esboço ou desenho realizado quando uma pessoa está distraída ou ocupada. A palavra correspondente na língua portuguesa é “rabisco”. São desenhos simples que podem ser tanto figurativos quanto abstratos. Ao fazermos doodles podemos apreender 29% a mais de informações verbais. Sendo assim, é um ótimo método para estimular a concentração através da escuta, e é também, utilizado por muito artistas como um berçário de ideias para seus projetos artísticos, pois favorece e aciona a criatividade.
Objectivos gerais
Experimentar a aplicação da estratégia dos Rabiscos Terapêuticos num grupo formado por estudantes de Belas-Artes.Pretende-se conscientizar os estudantes de Belas-Artes acerca dessa importante prática que tantas pessoas costumam realizar naturalmente, mas à qual não se confere importância.
Materiais que os alunos deverão trazer para o workshop
Não será preciso trazer nenhum material, tudo será fornecido pela Formadora.
Inscrição
A participação no workshop é gratuita.
As inscrições já estão encerradas.
Termo de responsabilidade
- Caso não se verifique o número mínimo de inscritos, a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa não se responsabiliza pela não realização do workshop
Pessoa por Almada: O Primeiro Olhar
Fev 20 201921 FEVEREIRO > 18H30 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Desenho sobre papel, 27 x 36 cm de largura; lápis de cor (rosa)
No dia 21 de fevereiro, às 18h30, realiza-se no Auditório Lagoa Henriques, a sessão de apresentação do desenho “Retrato de Fernando Pessoa”, da autoria de José de Almada Negreiros.
A entrada é livre.
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Oradores: A sessão terá a participação de Victor dos Reis (Presidente da FBAUL) e de António M. Trindade (Colecionador) bem como dos especialistas Fernando Rosa Dias (Professor da FBAUL), Fernando Cabral Martins (Professor da FCSH-UNL) e Marta Soares (Investigadora e Curadora).
A Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, apresenta o Retrato de Fernando Pessoa, desenho da autoria de José de Almada Negreiros, adquirido recentemente por um colecionador particular a um dos herdeiros do escritor.
O desenho integrou a exposição Os caminhos de Orpheu realizada em 2015 na Biblioteca Nacional de Portugal (entre 24 de março e 27 junho) e foi reproduzido no respetivo catálogo (n.º 15, p. 165) com a data de 1915. Surge também na obra de Richard Zenith, Fotobiografias do século XX – Fernando Pessoa (Lisboa, Círculo de Leitores, 2008).
A grande novidade acerca deste desenho – e a principal justificação para esta apresentação – é a sua verdadeira data: 1913 e não 1915, como até agora erroneamente se pensava. De facto, a observação atenta da obra e, em particular, da assinatura de Almada permitiu concluir que a marca abaixo desta corresponde à data de 1913, inscrita de forma idêntica à data das pinturas a óleo destinadas à Alfaiataria Cunha, em Lisboa. Uma destas tem a data de 1913 exatamente com a mesma grafia. Além disso, trata-se de um desenho a lápis de cor (rosa) e não de uma sanguínea, como tem sido descrito. O retrato adquire assim um interesse adicional por ter sido realizado no ano em que Fernando Pessoa e José de Almada Negreiros se conheceram. O primeiro tinha então 25 anos e o segundo 20.
A primeira referência feita por Pessoa a Almada surge no seu diário a 1 de Março de 1913 (Sábado):
«De manhã recebi cartas do Natal e do Sá-Carneiro. — Depois do almoço ideei várias pequenas poesias, sendo uma a alteração da Voz de Deus, por concordar com a crítica do Sá-Carneiro. Para baixo para o escritório do Mayer. Estive escrevendo as poesias compostas em casa, e nesta Agenda. Saí do escritório do Mayer às 14 1/2. Fui à tipografia ver se estavam a imprimir o Teatro. Ali estive, com uma interrupção (ir ao escritório do Lavado) até às 19. De noite lá voltei. Fui com o Almada Negreiros ao quarto dele ver os trabalhos para a exposição; achei muito bons. Foram também, ao mesmo tempo, Castañé, Lacerda e um rapazito Joyce, primo do António Joyce. Cheguei a casa pouco depois da meia-noite.»
Almada Negreiros, tanto quanto sabemos, fez apenas dois desenhos em vida de Pessoa: a caricatura que apresentou no II Salão dos Humoristas em 1913 e o presente desenho. Há um “arco” interessante entre a caricatura, o presente retrato e o desenho que fez no dia da morte do poeta e que foi publicado no Diário de Notícias a 1 de dezembro de 1935. Dos três, este é o único feito na presença do poeta. Na realidade, é o único retrato de Fernando Pessoa, além do de Adolfo Castañé, feito durante a sua vida.
Por esta renovada e ampliada importância, histórica e artística, é nosso dever defender a futura integração da obra nas coleções do Estado português.
Belas Artes defende inclusão de retrato de Pessoa por Almada nas coleções estatais (DN – 13/02/2019)
primeiras jornadas em educação artística
Fev 20 201922 FEVEREIRO > 10H-19H I ANFITEATRO 2, INSTITUTO DE EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE DE LISBOA
Estas Jornadas procuram interrogar e problematizar as grandes questões que acompanham, na contemporaneidade, o debate em torno da educação artística. Os conferencistas propõem-se reflectir sobre os processos da criação nos diferentes contextos e níveis em que as identidades pessoais se enraízam. Abordarão tanto as narrativas de constituição de si do artista quanto as instituições que governam a cognição, a distribuição e a apropriação dos bens culturais. O objectivo das Primeiras Jornadas em Educação Artística é, assim, o de colocar em presença e em diálogo dinâmicas que muitas vezes nos surgem como antagónicas, como irredutíveis.
Também no campo das artes, tratar-se-á de pensar como as forças da liberdade e as do poder estão profundamente imbrincadas. O desejo de independência e de originalidade que invadem o sujeito-a-caminho da criação não se pode afirmar fora de um quadro institucional, como o que a educação escolar configura, em que se trabalha para a padronização e a homogeneização das categorias da visualidade e das práticas artísticas. É todo um campo de ambiguidades e ambivalências, de tensões e resistências que se procurará identificar e debater.
As Primeiras Jornadas em Educação Artística decorrem no âmbito do Programa Doutoral em Educação Artística (dupla titulação Universidade de Lisboa e Universidade do Porto) e são organizadas pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
A entrada é livre com inscrição obrigatória
PROGRAMA
10.00 Abertura
Luís Miguel Carvalho, Diretor do IE-ULisboa
10.15 Criação, governamentalidade e crítica: O paradigma da criatividade como forma de governo na educação
Catarina S. Martins e Tiago Assis, FBA-UP
11.00 O gesto texturante que revela uma escrita académica inventiva: Os desafios intertextuais de Barthes, Deleuze, Derrida e Foucault
Jorge Ramos do Ó, IE-ULisboa
11.45 Pausa para café
12.00 Debate
14.30 Perspetivas críticas sobre o devir do sujeito investigador em Educação Artística
Ana Paula Caetano e Ana Paz, IE-ULisboa
15.15 A deslocação de si e a inscrição nas práticas descolonizadoras
José Paiva, FBA-UP
16.00 Pausa para café
16.15 Cultura Visual, um enquadramento axial: O eixo do signo, o eixo do observador e o eixo da instituição
João Paulo Queiroz, FBA-ULisboa
17.00 Debate
17.45 Intervalo
18.00 Conferência de Encerramento What is ‘really’ taught in the arts education and its research? The alchemy of teaching
Thomas S. Popkewitz, Universidade Wisconsin-Madison
19.00 Encerramento
Paisajes Enlazados
Fev 20 201907 > 27 FEVEREIRO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 7 de fevereiro, às 18h00, na Galeria das Belas-Artes a exposição Paisajes Enlazados de Ilídio Salteiro, com curadoria de Antonio García López.
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
“Los hombres construimos demasiados muros
y no suficientes puentes”
Sir Isaac Newton
Entender la serie Paisajes enlazados de Ilidio Salteiro desde la literalidad de un género como el paisaje, sería quedarse en la superficie de un pensamiento mucho más profundo. Solo es posible entender la obra de Salteiro como una manifestación autorreferial hacia la propia pintura en cuanto disciplina, y espacio para la expresión. Los paisajes primigenios y “magmáticos” presentes en las últimas obras de Salteiro, lejos de ser inocentes, señalan el sentido último de la pintura entendida como elección personal, y como acto de resistencia. En un contexto como el actual, donde la industria cultural parece haber abdicado ante la moda del entretenimiento, donde todo es virtual, devolver la mirada a los materiales básicos de la pintura: óleo, acrílico, acuarela, es devolver el protagonismo a la naturaleza de la que nacimos, es hablar del barro, el agua, o el musgo, es un acto utópico pero necesario para poner en valor la fortaleza del pensamiento creativo como motor de cambio. Es así como Salteiro, asume que tanto la pintura como el pensamiento creativo, forman parte de un mismo espacio que hoy parece en peligro. Pero también es consciente de que esa creatividad, es la que nos ha permitido enlazar lo micro con lo macro, el pasado con el presente, investigar sobre la vida, y en definitiva adaptarnos a un medio siempre turbio, siempre cambiante.
Debemos asumir que la muestra Paisajes enlazados, alude más allá del género paisaje, al espacio pictórico de Salteiro entendido como metáfora de la vida, con su diversidad genética pero también como su multiculturalidad. Con sus recurrentes paisajes inventados, Salteiro no hace más que encontrarse con el ser humano que los habita. Con sus anhelos y con sus turbaciones, con sus ganas de vivir y con su miedo a morir. Todo lo que nos rodea está interrelacionado, naturaleza y vida son la misma cosa, el agua de los ríos, y la sangre que fluye por nuestras venas. El pasado y el presente también estan conectados, todo esta en movimiento continuo, y no es posible por mucho que se empeñen los totalitarismos absurdos, y la cosificación que rodea a nuestra sociedad consumista, poner límites y barreras a la naturaleza y a la propia vida. Hacer eso es sinónimo de autodestrucción y fracaso como especie. Solo podremos sobrevivir, si respetamos los tiempos y los flujos de la naturaleza, si retornamos al origen y a los elementos más esenciales, el agua, el barro, el aire. Solo así, seremos capaces de respetarnos a nosotros mismos y por extensión de sentirnos vivos. Es por ello que Salteiro insiste en su empeño por tender puentes y construir refugios, huyendo así de la absurda idea de ponerle vallas al bosque. Es por ello que el acto pictórico de Salteiro, está más preocupado por la curiosidad asociada a la formulación de preguntas, que por el confort que pueda proporcionar conocer las respuestas. Es por ello que esos paisajes que pinta, no son un ejercicio de nostalgia, más bien son expresiones de vida, de metamorfosis, de interpretaciones de un tiempo presente convulso, y que siempre ha sido cambiante a lo largo de la historia.
Antonio García López
lançamento do livro “o messias” de rocha de sousa
Fev 20 201922 FEVEREIRO > 17H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
No dia 22 de fevereiro, às 17h00, no Auditório Lagoa Henriques, realiza-se o lançamento do livro “O MESSIAS” de Rocha de Sousa.
A apresentação será feita pela Professora Isabel Sabino.
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
ROCHA DE SOUSA
Professor universitário (aposentado) na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa onde participou nos órgãos directivos e científicos da instituição, tendo sido significativa a sua actuação na Reforma do Ensino Superior Artístico. Foi também Professor Convidado na Universidade Aberta, onde investigou e leccionou tecnologia do vídeo. Membro correspondente da Academia Nacional de Belas Artes, membro da A.I.C.A e larga participação na SNBA.
Com uma larga actividade artística, participou em centenas de exposições individuais e colectivas no país e no estrangeiro.
Participou em diversos campos de criação e espaços de cultura, nomeadamente ensaio e crítica de arte (Diário de Lisboa, Colóquio, Seara Nova, Sinal, artes Plásticas), trabalho de conferências, visitas guiadas, além de pesquisa e ensaio em cinema e vídeo, com diversos filmes publicados, arte digital.
Colaborou em várias séries sobre arte para a RTP, como Arte Portuguesa, As Coisas e as Imagens, A mão, O Homem em desenvolvimento, entre várias outras.
Publicou livros de carácter pedagógico, didáctico e técnico como Didáctica Educação Visual, Ver e Tornar Visível, Desenho: tpu19, Introdução às Artes Plásticas, ed. Gulbenkian, entre outros sobre autores como Teixeira Lopes, Pedro Chorão, Eduardo Nery, Luís Dourdil.
No plano literário tem publicado vários livros: Amnésia (teatro), Angola 61 — uma crónica de guerra — A Casa, Os Passos Encobertos, A Casa Revisitada, A Culpa de Deus, Belas Artes e Segredos Conventuais, coincidências Voluntárias, Talvez Imagens e Gente de Um Inquieto Acontecer, Lírica do Desassossego, Narrativas da Suprema Ausência.
Dinero — Dinheiro — por la itenerancia
Fev 19 201925 JANEIRO > 24 FEVEREIRO I SALA DE EXPOSICIONES— UNIVERSIDAD POPULAR DE MAZARRÓN
Inaugura no dia 25 de janeiro de 2019, a 4ª exposição internacional itinerante ‘Dinero-Dinheiro’ em Espanha, comissariada por Antonio García López e Ilídio Salteiro, Vicedecano da Facultad de Bellas Artes de Murcia e professor da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa respetivamente. A inauguração terá lugar às 19h00 na Sala de Exposiciones de la Universidad Popular de Mazarrón, Murcia.
Artistas espanhóis e portugueses participantes:
Álvaro Alonso Sánchez, Antonio García López, Carmen Grau, Carolina Maestro, Concha Martínez Montalvo, Cristóvão V. Pereira, Diogo da Cruz, Domingos Loureiro, Dora Iva Rita, Francisca Núñez, Francisco Berenguer, Francisco J. Guillén, Ilídio Salteiro, João Castro Silva, João Paulo Queiroz, Jorge dos Reis, José Mayor, Juan J. Águeda, Luís Herberto, Luís Izquierdo, Manuel Gantes, Manuel Páez, Mariano Maestro, Maribel Pleguezuelos, Olga Rodríguez Pomares, Pedro Alonso Ureña, Román Gil, Torregar, Salvador Conesa, Víctor Piñera Albares (Virtoc), Victoria Santiago Godos.
A 1ª exposição teve lugar no Instituto Superior de Economia e Gestão de Lisboa (ISEG) entre 29 de outubro e 28 de novembro de 2016. Sendo uma exposição itinerante esteve no Museo de la Universidad de Murcia, entre 9 de Maio e 4 de Junho de 2018, seguiu-se o Museo de Archena onde esteve patente até 25 de agosto, em 14 de setembro inaugurou na Sala Levante da Facultad de Ciencias de la Empresa (UPTC), em Cartagena, onde esteve patente até 24 de outubro de 2018. Em 2019 será a Sala de Exposiciones de la Universidad Popular de Mazarrón a receber esta exposição, entre 25 de janeiro e 24 de fevereiro.
Está a ser preparada uma publicação com fotos das obras e textos dos seus autores. Esta informação também consta de um blog que inclui informação adicional e um catálogo virtual com os CV’s, fotos e textos de cada um dos artistas participantes: http://ddiinnhheeiirroo.blogspot.com/
CIEBA – Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes
Facultad de Bellas Artes de la Universidad de Murcia
Universidad Politecnica de Cartagena
Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto
Instituto Superior de Economia e Gestão
lo straniero
Fev 19 201907 > 23 FEVEREIRO I ISTITUTO PORTOGHESE DI SANT’ANTONIO IN ROMA
Inaugura no dia 7 de fevereiro, às 18h00, no Istituto Portoghese di Sant’Antonio in Roma a exposição Lo Straniero de Manuel Gantes, com curadoria de Luísa Arruda.
horário schedule
3ª a sábado › 17h–20h
tuesday to saturday › 5pm to 8pm
Manuel Gantes, propôs o enigmático título Lo Straniero para a exposição na Galeria do Instituto de Santo António dos Portugueses, revisitando a série de 119 desenhos da sua tese: Desenho no século XX e XXI: imagem, espaço, tempo, tese apresentada à Universidade de Lisboa, Faculdade de Belas-Artes, em 2013. A este núcleo temático de desenhos agregou outras séries, desta vez em pintura, relativas à sua actividade actual. A obra de Albert Camus, o seu pensamento, subjaz nas séries que Manuel Gantes nos dá a ver, reclamando na limpidez solar dos seus desenhos ou na opacidade pardacenta das tintas das pinturas, a condição de Straniero que somos de um ou outro modo. Urge reler Camus.
Luísa Arruda
desimaginar o mundo — jornadas manuel antónio pina
Fev 11 2019
17 JANEIRO > 09 FEVEREIRO I SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES
No dia 18 de Novembro de 2018, celebrou-se o 75° aniversário do nascimento do poeta Manuel António Pina, autor de uma mais consistentes e imaginativas obras da literatura em língua portuguesa.
Depois de São Paulo e do Porto, as Jornadas Internacionais Desimaginar o Mundo – Manuel António Pina 2019 acontecem em Lisboa, na Sociedade Nacional de Belas Artes com o lançamento dos livros “Manuel António Pina: desimaginar o mundo: descriá-lo” e “Manuel António Pina: dos olhos e das matérias”, no dia 17 de janeiro, às 18h30, no Auditório da SNBA. A apresentação dos dois livros contará com a intervenção do Professor José Carlos Pereira.
Ainda no dia 17 de janeiro, às 19h30 inaugura nas Galerias Fernando de Azevedo (SNBA) as exposições de fotografia Desimaginar o mundo, descriá-lo, e de pintura Elogio da matéria, em homenagem ao escritor. As exposições ficarão patentes até dia 9 de fevereiro.
horário schedule
2ª a 6ª › 12h–19h
sáb › 14h–20h
monday to friday › 12pm to 7pm
saturday › 2pm–8pm
CONSULTAR O PROGRAMA AQUI
fbaul’ous
Fev 11 2019DESENHO(S) EM CONSTRUÇÃO
Jan 29 201920 DEZEMBRO 2018 > 01 FEVEREIRO 2019 | GALERIA DA JUNTA DE FREGUESIA DE SANTA MARIA MAIOR
No dia 20 de Dezembro, às 18h00, na Galeria da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, inaugura a exposição DESENHO(S) EM CONSTRUÇÃO, onde serão apresentados trabalhos de artistas que concluíram há pouco o seu percurso académico.
Esta exposição de desenho é uma iniciativa do Grupo de Investigação em Desenho do CIEBA (Centro de Investigação e Estudos em Belas Artes), comissariada pela Área de Desenho da FBAUL, numa parceria entre a Faculdade de Belas-Artes de ULisboa e a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior.
Horário da exposição
2ª a 6ª feira: 14h00 – 18h00
Entrada pela Rua da Madalena, 147 ou pela Rua dos Fanqueiros, 170/178 (elevador 3B)
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Richard Serra refere numa entrevista que a arte existe para nos “salvar da banalidade do mundo”; os desenhos aqui apresentados parecem confirmar essa visão. Esta exposição procura dar conta de percursos e formações de alunos que se revelaram no domínio do desenho, sublinhando a ideia de um fazer em contínuo trânsito, sucessão; em construção. Sendo trabalhos de artistas que concluíram há pouco o seu percurso académico, é notória a vontade de transcender o visível, de o transformar, de lhe conferir novos sentidos, interpelando-nos e mostrando-nos modos pessoais de o entender.
Na diversidade de tópicos e abordagens adotados pelos autores, algumas preocupações são recorrentes e traduzem constantes: a renovada e necessária relação com a natureza, como acontece nos trabalhos de Inês Machado Pinto, Inês Mesquita, Joana Galego, Nuno Gonçalves ou Viktorya Kurmayeva; a evocação da memória, como atlas infindável de temas e imagens, posicionamento patente nos trabalhos de Francisca Pinto, Lígia Fernandes, Marco Morgado, Maria Teresa Carreira ou Mariana Teixeira; a experiência do espaço urbano, a velocidade que lhe é associada, e o desenho como forma de desaceleração, inquietação reconhecível nas propostas de Cecília Corujo, Daniel Teixeira, Diogo Elias ou João Távora; o corpo como matriz da relação com os outros e com o mundo, enaltecendo todos os sentidos na interpretação do visível, aspeto patente nas proposições de Bruno Medeiros, Fábio Veras, Mafalda d’Oliveira Martins ou Sara Mealha; a casa e a reinvenção dos lugares, local de reencontro consigo, mas também uma imensa possibilidade de experimentação do espaço, aspetos detetáveis nos desenhos de Manuel Queiró, Neide Carreira ou Nicoleta Sandulescu; ou ainda a constatação de uma pulsão para criações abstratas, incidindo na materialidade e nos processos de construção das obras, nos ritmos e nas geometrias dos suportes, como é o caso das composições de Ana Romãozinho, Sebastião Castelo Lopes ou Simão Martinez. O desenho digital representa, por vezes, a síntese entre o impulso ancestral para desenhar e o fascínio pelas novas tecnologias. Essa dupla condição encontra expressão nos trabalhos de Israel Teixeira, João David Fernandes, Patrícia Cassis ou Ricardo Lima. Da seleção de desenhos dos vinte e oito artistas aqui expostos reconhecemos o cruzamento destas e de outras possíveis leituras, reveladoras de um fértil potencial criativo, extensível de resto aos trabalhos de outros colegas que também terminaram o seu percurso de formação que, por limitações do espaço expositivo, não foi possível mostrar.
O percurso empreendido na Faculdade é importante, mas, inevitavelmente, uma parte limitada do trajeto de qualquer artista. A arte não prescinde do sentido crítico e reflexivo de quem a faz, permanentemente. É uma forma de vida que requer um olhar esclarecido e sensível sobre todos os fenómenos. Estas tarefas e predicados requerem tempo e constituem um compromisso para a vida. Um compromisso em constante construção.
Domingos Rego e Américo Marcelino
Exposição de: Ana Romãozinho, Bruno Medeiros, Cecilia Corujo, Daniel Teixeira, Diogo Elias, Fábio Veras, Francisca Pinto, Inês Machado Pinto, Inês Mesquita, Israel Teixeira, Joana Galego, João David Fernandes, João Távora, Lígia Fernandes, Mafalda d’Oliveira Martins, Manuel Queiró, Marco Morgado, Maria Teresa Carreira, Mariana Teixeira, Neide Carreira, Nicoleta Sandulescu, Nuno Gonçalves, Patricia Cassis, Ricardo Lima, Sara Mealha, Sebastião Castelo Lopes, Simão Martinez e Viktoriya Kurmayeva
Organização
Área de Desenho da FBAUL (Américo Marcelino, António Pedro F. Marques, Artur Ramos, Domingos Rego, Henrique Costa, Luísa Arruda, João Jacinto, Manuel Gantes, Manuel San-Payo e Pedro Saraiva) com o Departamento de Cultura da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior (Rute Reimão).
Curadoria
Américo Marcelino, Domingos Rego e Pedro Saraiva (com Henrique Costa para o Desenho Digital).
Comissão Executiva
Américo Marcelino, Domingos Rego, João Jacinto e Pedro Saraiva, com Daniel Teixeira, Inês Machado, Lígia Fernandes, Mariana Teixeira, Neide Carreira, Simão Martinez e Viktoriya Kurmayeva.
Apoio
Gabinete de Comunicação, Imagem e Inovação da FBAUL (Teresa Sabido, Isabel Nunes, Tomás Gouveia e Leonor Fonseca) e Junta de Freguesia de Santa Maria Maior (Rute Reimão).
provas públicas de agregação da professora doutora luísa d’orey capucho arruda
Jan 29 2019
31 JANEIRO > 01 FEVEREIRO > 14H30 I REITORIA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
Nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro de 2019 pelas 14h30, realizam-se na Reitoria da Universidade de Lisboa as provas públicas de Agregação no ramo Belas-Artes especialidade de Desenho da Faculdade de Belas-Artes, da Professora Doutora Luisa d’Orey Capucho Arruda.
Na 1ª sessão é apreciado o currículo e relatório da disciplina e na 2ª sessão é apresentado o sumário do seminário ou lição: Paula Rego obras e séries. Cada prova tem a duração máxima de duas horas.
Chamada de trabalhos (call for papers) para Cadernos de Arte Pública (CAP) – volume 1 (2019)
Jan 28 2019
Tema do 1º volume
O primeiro volume para o qual agora se lança a chamada de trabalhos (call for papers) dedica-se ao tema: Memória, Património e Narrativas em Arte Pública. Estes temas foram selecionados por se tratarem de pontos de partida essenciais para o melhor entendimento do Estado da Arte da Arte Pública. O tema permite as mais vastas formas de abordagem na redação de conteúdos, os mesmos podem ter por base experiências e reflexões, teóricas ou práticas, técnicas, metodologias, interpretações pessoais, baseadas tanto em texto como imagem, todas são bem-vindas dentro dos formatos indicados.
As línguas de trabalho são o Português e o Inglês e a revisão dos artigos será desenvolvida pela Comissão Científica.
Redigir o seu trabalho, num dos formatos indicados:
– Artigos científicos – full papers ( ± 5000 palavras/ words);
– Ensaios – Working Papers ( ± 1000 palavras/ words);
– Recensões – Reviews ( ± 500 palavras/ words).
Calendário
31 Janeiro – Data limite para entrega da chamada de trabalhos (Call for papers);
1 de Fev. a 31 de Fev. – revisão dos artigos recebidos;
1 de Março – comunicação dos artigos seleccionados e convite para apresentação nas Jornadas de trabalho da Linha Transversal de Arte Pública /CIEBA, a realizar em Abril e Novembro de 2019 na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Mais informações: https://www.urbancreativity.org/cap_call_2019.html
WORKSHOP DE DESENHO DE IMPRENSA – Presse Citron/Yuzu Press
Jan 28 2019Grupo de Investigação em Desenho do CIEBA / Área de Desenho
Até ao dia 1 de Fevereiro de 2019 estão abertas as inscrições para o Workshop de Desenho de Imprensa, a realizar na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Coordenador: Américo Marcelino
Formadores: Patrick dos Santos e Sophie Bourly (da École Estienne de Paris, uma conceituada escola reconhecida internacionalmente e especializada, entre outras, nas artes gráficas, ilustração e cartoon).
Horário
5 a 7 Fevereiro (3ª a 5ª feira)
1° dia – 14h00-18h00 (4h00)
2° dia – 10h00 -13h00 e 15h00h -18h00 (6h00)
3° dia -10h00-13h00 e 15h00 -18h00 (6h00)
Duração total
16 horas, em 5 sessões em 3 dias
Salas
3.60 e 4.08
Público-Alvo
Exclusivo para estudantes da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, de todos os ciclos.
Descrição
Presse Citron/ Yuzu Press, o evento de desenho de imprensa
O reconhecimento do Troféu Citron / BnF Press (25 anos, incluindo 5 anos de colaboração entre École Estienne & BnF), o sucesso da parceria com o Líbano, criada há dois anos com a colaboração de Plantu através do Troféu “The Stone Feather”) e o exame dos contextos (2019: os 50 anos do Charlie Hebdo, nosso parceiro histórico, os 30 anos do CLÉMI, iniciador do dispositivo, o apoio de nossos parceiros institucionais e o crescente interesse de influenciadores culturais do distrito nos levam a dar uma nova ambição ao nosso evento.)
Os parceiros do evento atribuirão na sessão de 2019 do Presse Citron / BnF Trophy um Prémio Internacional para estudantes de todas as escolas de arte europeias e mundiais interessadas.
O laureado receberá um cheque de 800€, bem como uma caixa de presentes no valor de 1000€ oferecidos pelos nossos parceiros.
Neste workshop realizado em parceria com a Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, dois professores da École Estienne selecionarão os desenhos resultantes da colaboração, para participarem na importante competição internacional Yuzu Press Prize em França.
Objectivos
Uma introdução à prática reativa de desenho de imprensa como parte da competição internacional Presse Citron/Yuzu Press.
A contribuição é cultural, mas também técnica, pois dá as chaves práticas para se posicionar neste campo artístico e desenvolver uma linguagem gráfica pessoal.
Materiais que os alunos deverão trazer para o workshop
- Pincel de feltro (ESSENCIAL)
- Vários lápis e marcadores
- Computadores ou dispositivos com ligação à Internet para capturar notícias e imagens ao vivo. Possível Tablet digitalizador (facultativo).
Inscrição
A participação no workshop é gratuita.
Fazer a INSCRIÇÃO AQUI
Termo de responsabilidade
- Caso não se verifique o número mínimo de inscritos, a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa não se responsabiliza pela não realização do workshop
isto é. achas
Jan 20 201910 > 29 JANEIRO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 10 de janeiro, às 18h00, na Galeria das Belas-Artes, a exposição Isto é.Achas de Alberto Rodrigues Marques, Francisco Correia e Gonçalo Gouveia.
Curadoria: Rui Serra
horário schedule
2ª a sábado › 11h–19h
monday to saturday › 11am to 7pm
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
A proposta desta exposição surgiu do contacto e da relação que nós os três estabelecemos ao longo dos últimos quatro anos, em que fomos alunos de Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
O ponto comum aos diferentes trajetos apresentados nesta exposição é a Pintura, quer seja enquanto pensamento quer seja enquanto obra materializada. É daí que parte a ideia desta exposição, que pretendemos que demonstre não só as diferentes abordagens, mas que também evidencie esse “movimento” oscilante e flexível no qual, em três momentos distintos (assinalado por cada um dos participantes), a pintura passa do plano bidimensional, mais perto da sua definição habitual, para o plano tridimensional no qual a questão do “objeto pintura” é subvertida.
Dito isto, o Francisco aborda a pintura do ponto de vista da superfície (a imagem). Encontrou na técnica – e mais concretamente na utilização da tinta de óleo pelo seu carácter carnal – o medium predileto para as pesquisas que desenvolve ao nível da forma. Essas configurações que cria (ou encontra) à superfície da tela, equipara-as a achados arqueológicos até então desconhecidos. Esse paralelismo surge da estreita comparação do momento em que procura no interior da pintura a imagem, com o processo de escavação em busca de possíveis artefactos perdidos. O facto de aliar a exploração matérica da tinta ao carácter gráfico da forma, fá-lo perseguir um universo irónico assente na fronteira entre abstração e figuração.
Seguidamente, o Alberto tem por base processos pictóricos que incidem sobre a importância dos materiais – quer sejam concebidos para o desempenho da atividade artística ou outros de carácter mundano – e a exploração das possibilidades ímpares que estes proporcionam.
Por vezes, inverte os métodos tradicionais da pintura criando trabalhos que são transportados para um território neutro, uma vez que é recorrente a aproximação ao espaço tridimensional; como é o caso das pinturas propostas para a exposição em que a tinta, ao invés de ser aplicada à superfície, é pressionada por detrás da chapa de aço resultando um aparente baixo-relevo.
Por último, o Gonçalo ‘apanha tudo’. Gosta de se definir como pintor-recolector. Acredita que os estímulos para a prática artística estão em todo o lado; a essência de cada coisa torna-a única e por isso tem propriedades que mais nada no mundo possui (por exemplo, comer uma bifana num estabelecimento lisboeta contém o seu intrínseco valor de vivência, enquanto ver uma exposição, ou um filme, tem outro). Depois de recolhidos, esses objetos são emparelhados na tentativa de encontrar relações insólitas entre si – tal como acontece com os materiais idealizados para fins artísticos -. A tela é virada do avesso para se tornar numa piscina, onde um tanque de guerra se mantém à tona de água graças a uma balsa salva-vidas. Ou o fotograma que funciona como pretexto para criar uma mala de pele de crocodilo com duas pernas e botas.
O propósito maior desta exposição é a de tornar compreensível a coreografia que propomos, onde a pintura se mostra em três das suas múltiplas valências, e durante a qual se intui uma operação de questionamento do olhar e da compreensão do que é observado. O próprio título da exposição – Isto é. Achas. -, além de desafiador, surge ele próprio como tom de negação e de impossibilidade perante o que é definido como uma conclusão.
singular pace
Dez 18 2018
17 NOVEMBRO 2018 > 5 JANEIRO 2019 I ZET GALLERY
No próximo dia 17 de novembro de 2018, sábado, inaugura pelas 16h00 a exposição SINGULAR PACE, com curadoria de Helena Mendes Pereira.
Procurando dar cumprimento ao objetivo de se aproximar e divulgar artistas recém-formados pela Academia, a seleção integra obras de arte de jovens artistas da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. A seleção, realizada no contexto das Galerias Abertas, edição de 2018, foi feita por um júri composto por Cabral Pinto (Diretor Artístico da Fundação Bienal de Arte de Cerveira), Fernanda Araújo (Artista Plástica), Jorge da Costa (Diretor do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais) e inclui estudantes de Licenciatura, Mestrado e Doutoramento.
Alberto Rodrigo Marques, Ana Sofia Sá, André Silva, Carla Afonso, Carolina Serrano, Dora Meireles, Fábio Veras, Francisco Correia, Jéssica Burrinha, Joana Pitta (Não Joana), Lena Wan, Marco Pestana, mikha-ez, Poli Pieratti, Rita Vidigal, Rodrigo Empis, Rúben Lança, Sal Silva e Tiago Santos são os protagonistas de SINGULAR PACE, exposição patente até ao dia 5 de janeiro de 2019. Todas as obras de arte estão disponíveis em www.zet.gallery
lançamento da revista arteteoria nº1/ll série
Dez 01 201805 DEZEMBRO > 18H30 I LINHA DE SOMBRA LIVRARIA, CINEMATECA
Com este número duplo, correspondente aos números 18/19, a revista Arteteoria inicia a sua II Série. Fundada no ano 2000, em articulação com o mestrado de Teorias da Arte da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, e sob a direcção do Professor Catedrático José Fernandes Pereira (1953-2012), foi dirigida, entre 2009 e 2017, pela Profª. Doutora Maria João Ortigão e pelo Prof. Doutor Eduardo Duarte. A partir do caminho percorrido, a revista Arteteoria procura hoje a sua acreditação junto dos repertórios de investigação, tendo procedido, para o efeito, à constituição de um Conselho Científico, à revisão duplamente cega por pares (double blind peer review), e à adopção das normas recomendadas de edição e publicação, tendo em vista a sua indexação em bases de dados internacionais.
Neste número alargámos também o âmbito da revista ao Brasil, seja em termos de co-direcção seja em termos de colaboradores, iniciando um desejável e progressivo processo de internacionalização, que pretende incorporar colaborações de outros países da Europa e da América. Em termos de estrutura, e para além da consagração da figura do Editor, externo à Direcção, a revista divide-se em duas partes: um corpo principal, que recolhe os artigos respeitantes ao tema, ou dossier, seleccionados para cada número, e uma segunda parte, intitulada Notas de Investigação, onde se promovem, divulgam, e incentivam os trabalhos de investigadores mais jovens, no âmbito de mestrados, doutoramentos e pós-doutoramentos, vinculados ao CIEBA (Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes), ou a outros centros e institutos de investigação.
Aproveitando o centenário, ocorrido em 2017, da Revolução Russa de Outubro de 1917, constituiu-se ensejo da Direcção celebrar a efeméride, e particularmente o surgimento das vanguardas que anteciparam a revolução política, e nela se desenvolveram, sem esquecer, naturalmente, o cerceamento a que foram mais tarde sujeitas pelas opções estéticas e programáticas do regime então implantado, pese embora as implicações que uma outra noção de realismo, proposta pelos vanguardistas russos, acabaria por ter na arte da posteriormente constituída União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), mas também da Europa e do continente americano. Ainda assim, e tendo em conta o carácter disseminado das vanguardas, as propostas, entre outras, do futurismo, do construtivismo, do suprematismo e do formalismo russos, frutificaram muito para além das fronteiras onde surgiram, reconfigurando a arte ocidental, e não só, sendo que os seus efeitos ainda ecoam na arte contemporânea, seja pela sua sedimentação lenta, ou pela reavaliação que as neovanguardas fizeram desse legado. Para além das propostas estéticas propriamente ditas, e da pioneira noção de arte como praxis social, no quadro referencial das aspirações programáticas e ideológicas dos artistas na época, o reconhecimento do valor da criatividade humana, em termos vivenciais e ontológicos, não deixa de constituir, ainda hoje, motivo de uma profunda reflexão.
Num tempo, como o nosso, em que também a arte, a braços com o multiculturalismo estreito que o processo de globalização implantou, se vê convertida muitas vezes numa “marca”, mercadoria e “commodity” — e em que até a resistência política inerente ao acto criativo é frequentemente parodiada, ou rapidamente absorvida pelos fluxos das novas tendências estéticas, políticas e sociais, do chamado pós-capitalismo —, o espírito que animou a produção artística russa nas duas primeiras décadas do século XX é ainda hoje louvável exemplo de explosão criativa, pese embora a referida instrumentalização que o poder político fez dessa mesma produção, atenuando, ou extinguindo, na maioria das vezes, o contributo fecundo de artistas que encaravam a arte como uma outra possibilidade de regenerar a sociedade, através de um outro modo de ver, viver, e relacionar-se com o mundo.
O confronto dos valores da arte, na sua ontogénese, com os valores de mercado tem implicado frequentemente uma hegemonia dos segundos sobre os primeiros, ambos se confundindo, por vezes, numa voragem que alterou o próprio sistema da arte, como fora conhecido desde, pelo menos, o romantismo até às últimas décadas. Sem prejuízo do lícito valor de mercado, o valor da arte, assim como o valor da experiência estética — desde a fruição à própria possibilidade de afirmação de uma identidade individual e colectiva, construída a partir do mundo, ou mundos, possibilitados pela abertura da obra de arte —, são hoje motivo também de profunda reflexão. A necessidade desta reflexão, que tem surgido, com frequência, de modo tangencial, é tanto mais urgente quanto os valores de mercado se transformaram em valores absolutos da vida contemporânea; na verdade, há hoje escassos indícios de uma verdadeira e fundamentada crítica ao conflito entre os valores ontogenéticos da obra de arte e os valores de mercado, sendo que, quando essa crítica aflora, e dada a actual e cínica base alargada de consenso, rapidamente cai na suspeita de romântica ou marxista, procurando-se, de um modo não raras vezes frágil, do ponto de vista argumentativo, descredibilizá-la à partida.
Na verdade, a partir da experiência estética, a arte constitui-se abertura para um horizonte histórico, não enquanto conjunto ou soma de factos passados, mas possibilidade efectiva de um destino, já que, no modo compreensivo da obra de arte, se pode figurar, e refigurar, uma existência mais livre e, consequentemente, mais fraterna, transcendendo, em parte, as fronteiras do fenómeno designado por Arthur Danto de “mundo da arte”. Da exortação e do acolhimento iniciais à experimentação e ao imprevisto, que largamente caracterizaram as vanguardas russas, ficou consagrado o princípio de que o que se vê através da obra de arte se vê melhor, dada a sua natureza pluridimensional e aberta, através da qual cada ser humano pode construir e exercer uma subjectividade autêntica enquanto fundamento da própria existência. Neste contexto, o número duplo que agora apresentamos procurou, tanto quanto possível, problematizar e reflectir, dentro dos diversos paradigmas de investigação em arte, não apenas as diversas práticas e expressões artísticas (do cinema à pintura, da escultura à arquitectura, à curadoria, à educação artística, e à denominada arte pública), mas, também, a relação do então promissor papel emancipado da mulher com as revoluções estética e política russas.
É neste sentido que Alexei Bueno apresenta cerca de trinta filmes, realizados entre 1924 e 1948, e em cuja análise reflecte os aspectos da estética fílmica, o seu contexto histórico e ideológico, e a sua influência no Brasil em particular. De Helena de Freitas, reconhecida comissária e investigadora, e sob o fundo das duas últimas grandes exposições dedicadas pela Fundação Gulbenkian a Amadeo de Sousa-Cardoso, em Lisboa e Paris, publicamos o texto inédito de uma conferência, na qual retoma a biografia e a complexidade das possíveis relações da pintura do artista portugês com a arte russa, relações que poderão ter mitigado na sua obra a influência das vanguardas oriundas de França. Daniela Kern parte também do legado da revolução russa, e da acção pedagógica de Max Raphael no domínio da educação artística, para sublinhar a dimensão social da arte, dentro de uma nova proposta ideológica. Sandra Makoviecky e Luana Wedekin problematizam as novas concepções expográficas da arte pública, resultantes de outro entendimento da relação política do ser humano com a obra de arte, não deixando de reflectir acerca desse outro devir da arte em direcção ao cidadão no espaço público, a partir do confronto das novas estratégias curatoriais subjacentes às exposições “Rosa Azul” e à última exposição futurista “0.10”.
Afonso Medeiros reitera a necessidade de estudar a precedência das revoluções artísticas face à revolução política na Rússia no início do novecentismo; por outro lado, propõe-se analisar “o princípio ideogramático” como modus operandi das vanguardas e das neovanguardas, tanto pelos artistas russos como pelos poetas concretistas brasileiros, num espaço de criação artística que se estende dos Estados Unidos ao Japão. Paulo Simões Nunes estuda a articulação entre a tentativa de construção de uma nova sociedade, saída da revolução russa de Outubro, e o papel da arquitectura construtivista na edificação dessa mesma sociedade, a partir de uma nova reflexão sobre o realismo. A revolução tipográfica, lograda pelas vanguardas russas, a partir do eixo Moscovo-Berlim, é objecto da reflexão de Jorge dos Reis, na qual propõe uma “topografia da tipografia”, assumindo como marco histórico a obra teórica de Jan Tschichold.
Das relações entre as dinâmicas sociais e a escultura, no âmbito das vanguardas russas, ocupa-se João Castro Silva, assumindo como linha da investigação desse processo a “objectivação” da arte, e a progressiva partidarização da cultura, proposta por Lenine. Uma possível cartografia do percurso feminino no construtivismo russo é apresentada pela investigadora Joana Tomé, a partir das produções artísticas de Popova, Ekster e Stepanova, e nela analisa e situa o papel da mulher artista no próprio processo das vanguardas e da revolução política, concluindo que, à tentativa de emancipação efectiva da mulher artista, rapidamente se colocaram diversos obstáculos, legitimados por uma ideologia de Estado que teimou em manter uma hegemonia patriarcal. Perante as propostas estéticas e políticas soviéticas, Carlos Vidal faz a análise das contradições e afinidades do próprio conceito de vanguarda, na conexação com os realismos, e propõe, em simultâneo, uma leitura desses mesmos realismos, que se estenderam à Europa, aos Estados Unidos e ao México, como consequência da “porta aberta” pelas referidas vanguardas.
Na secção Notas de Investigação, publicamos um artigo acerca da pintura de Ana Mata, do cineasta e professor Eduardo Geada, uma apresentação documentada do Acervo de Fotografia da FBAUL, da autoria de Priscila Machado, com nota introdutória de Luísa Arruda, e uma síntese retrospectiva dos cem anos das vanguardas russas, da autoria da professora e investigadora Isabel Nogueira. Por fim, Leonor Reis, aluna do Mestrado de Crítica, Curadoria e Teorias da Arte, da FBAUL, faz uma introdução à dimensão estética no pensamento de Emmanuel Levinas.
Fiel ao seu espírito inaugural, a revista Arteteoria abre-se agora às questões de um mundo globalizado, buscando o equilíbrio entre o trabalho consolidado de investigadores experientes e as novas propostas de jovens pesquisadores no domínio da investigação em arte.
Uma última nota de agradecimento é devida a todas as pessoas que contribuíram para este número duplo da revista Arteteoria, mas também ao CIEBA, à Presidência da FBAUL, e ao El Corte Inglés, Grandes Armazéns, nas pessoas do Prof. Doutor João Paulo Queiroz, Prof. Doutor Vítor dos Reis, e da Doutora Susana Santos, respectivamente, pelo apoio institucional.
José Carlos Pereira
António Vargas
Fiel ao seu espírito inaugural, a revista Arteteoria abre-se agora às questões de um mundo globalizado, buscando o equilíbrio entre o trabalho consolidado de investigadores experientes e as novas propostas de jovens pesquisadores no domínio da investigação em arte.
Uma última nota de agradecimento é devida a todas as pessoas que contribuíram para este número duplo da revista Arteteoria, mas também ao CIEBA, à Presidência da FBAUL, e ao El Corte Inglés, Grandes Armazéns, nas pessoas do Prof. Doutor João Paulo Queiróz, Prof. Doutor Vítor dos Reis, e da Doutora Susana Santos, respectivamente, pelo apoio institucional.
o trabalho na sombra — 10ª edição inshadow lisbon screendance festival
Dez 01 201823 NOVEMBRO > 14 DEZEMBRO I GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 23 de novembro, às 18h30, na galeria das belas-artes a exposição o trabalho na sombra no âmbito da 10ª edição do InShadow Lisbon Screendance Festival, que decorre entre 15 de novembro e 15 de dezembro.
horário schedule
2ª a 6ª › 11h–19h
monday to friday › 11am to 7pm
O trabalho na sombra
O mundo afigura-se na sombra, entre o visível e o subjetivo, no interior. Aproximar trabalhos de artistas que antes não comunicavam é um exercício intuitivo, revelador de um processo de leitura múltipla, antecipador de narrativas. Colocar trabalhos artísticos em diálogo é por si um jogo exigente, responsável, permite a correlação direta entre as imagens e as respetivas texturas, escalas, perspetivas. Conseguimos experienciar as imagens pela perceção do corpo.
De 23 Novembro a 14 Dezembro, o Festival InShadow regressa à Galeria da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.Do cruzamento entre tecnologia, imagem e movimento são apresentados trabalhos de fotografia dos artistas portugueses: Susana Jesus, Susana Pereira e Henrique Frazão.
Apresentamos propostas de vídeo-dança, num dispositivo de sala de cinema, dos artistas Sean Wirz (Suiça), Foteini Papadopoulou & René Jeuckens & Bernd Mantz (Alemanha), Margarita Bali (Argentina/EUA), Dana Ruttenberg & Oreb Shkedy (Israel) e de Alexandre Alagoa (Portugal). Imagens que nos propõem uma desconstrução dos espaços arquitetónicos e das pessoas que os habitam. A experimentação, por via de jogos óticos e efeitos de edição, perspetiva um novo olhar sobre o ambiente em relação íntima com a ideia de movimento.
No espaço expositivo propomos também o convívio com a áudio-performance de Dárida Rodrigues (Brasil), o abrandamento na subtileza dos desenhos de Leonor Béltran (Portugal), e percebermos ainda a complexidade escultórica do novo objeto-prémio do festival, para celebrar os dez anos de programação, de José Carlos Neves (Portugal).
O Festival InShadow revela o melhor da criação artística transdisciplinar nas áreas do vídeo-dança, documentário, performance, exposições e instalações, um lugar de encontros imprevisíveis entre o cinema e a dança.A 10ª edição apresenta mais 150 artistas.
O tema da sombra estende-se por Lisboa na celebração dos dez anos em vários espaços: Cinemateca Portuguesa, Teatro do Bairro, Museu da Marioneta, Fundação Portuguesa das Comunicações, Espaço Santa Catarina, Espaço Cultural das Mercês, Galeria da FBAUL, Ler Devagar, ETIC e diversas outras parcerias.
O corpo inquieto, volta a ser imaginado na sombra.
apresentação do livro “o convento de s. francisco da cidade”
Dez 01 201806 DEZEMBRO > 19H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
O livro “O Convento de S. Francisco da Cidade” da autoria da Professora Margarida Calado será apresentado pela autora, no dia 6 de dezembro, às 19h00, no Auditório Lagoa Henriques.
A entrada é livre.
PREÇO ESPECIAL (durante a cerimónia de apresentação): 20€
Informamos que este evento poderá ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
O livro que agora se publica comemora os 800 anos da fundação do Convento em 1217, retomando em grande parte a edição de 2000, decorrente de um trabalho iniciado em 1996, a pedido do Conselho Directivo então em exercício (Professora Clara Menéres), que posteriormente foi decidido publicar por iniciativa de outro Conselho Directivo (Professora Maria João Gamito), como primeiro número de um conjunto de edições da Faculdade. A presente edição foi actualizada em função de obras entretanto publicadas e que de algum modo estão relacionadas com a história do convento ou do seu património.
Tornou-se assim possível dar a conhecer ao público em geral, nomeadamente aos visitantes do Convento, e aos docentes e estudantes da Universidade de Lisboa, as várias fases de construção do edifício, acompanhando simultaneamente a história da Ordem Franciscana na cidade de Lisboa e, depois da sua extinção, de alguns dos serviços públicos que foram instalados neste espaço.
Margarida Calado
Expressão Múltipla ll: Teoria e Prática do Desenho
Dez 01 201818 > 19 DEZEMBRO I SALA 3.61 I ENTRADA LIVRE
Este congresso tem como objectivo desenvolver uma visão abrangente sobre investigação em Desenho. É prioritariamente dirigido a investigadores que trabalham dissertações e teses em Desenho ou noutras áreas que possam de alguma forma ampliar as discussões relativas a esta área de conhecimento. Pretende-se o debate e disseminação das diversas experiências, metodologias e resultados.
Todos os resumos e artigos serão submetidos a uma revisão Peer Review. Os resumos aprovados serão entregues impressos na ocasião da conferência e os textos completos serão publicados onlne no Repositório da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
DATAS IMPORTANTES
Até 30 de novembro, notificação de pré-aceitação ou recusa
Até 30 de dezembro, entrega dos artigos completos
Até 15 janeiro, notificação de aceitação ou recusa para publicação
COMISSÃO CIENTÍFICA
Américo Marcelino – Universidade de Lisboa
António Costa Valente – Universidade de Aveiro
Armando Jorge Caseirão – Universidade de Lisboa
Daniel Bilbao Peña – Universidade de Sevilha
José Artur Vitória de Sousa Ramos – Universidade de Lisboa
José Maria da Silva Lopes – Universidade do Porto
Luís Herberto – Universidade da Beira Interior
Luisa Arruda – Universidade de Lisboa
Manuel Gantes – Universidade de Lisboa
Maria João Durão – Universidade de Lisboa
Mário Bismarck – Universidade do Porto
Miguel Ángel Bastante Recuerda – Universidade de Sevilha
Miguel Bandeira Duarte – Universidade do Minho
Ricardo Leite – Universidade do Porto
Simón Arrebola-Parras – Universidade de Sevilha
Falar de Carlos Relvas no seu tempo, nos tempos de hoje…
Nov 22 201823 NOVEMBRO > 18H00 I GRANDE AUDITÓRIO
por: José Soudo
Tomando como referência que nos tempos atuais a reconstrução da memória é feita a partir de coleções, arquivos e atlas de imagens, tomou-se a iniciativa de estruturar, uma reflexão sobre o Arquivo fotográfico e o(s) estúdio(s) de Carlos Relvas, fotógrafo “amateur”, do século XIX, na Golegã.
Sobre a obra de Carlos Relvas (1838/1894), membro desde 1869, da “Societé Française de Photographie”, um dos mais prestigiados e destacados fotógrafos na Europa na sua época, muito se tem escrito e falado, mas na maior parte das vezes, mais fundamentado no estereótipo e na ficção e menos na realidade dos factos.
Sobre ele há mais incertezas e desconhecimento, do que certezas fundamentadas sobre factos, pelo que é lícito afirmar que para o estudo profundo e analítico deste autor, “tudo” ou quase tudo ainda se encontrará por fazer.
Esta reflexão sobre Carlos Relvas, o seu legado patrimonial e o seu arquivo, será mais uma homenagem, modesta sem dúvida, mas que permitirá a pesquisa de mais pistas e contributos, para um debate e conhecimento mais alargado, possivelmente transdisciplinar, sobre a obra fascinante deste fotógrafo português, do século XIX, tão desconhecido ainda, em pleno século XXI, quer em Portugal quer no estrangeiro.
José Soudo – n. Lisboa – 1950
Mestre em Fotografia Aplicada. Título de “Especialista” na Área dos Audio Visuais e Produção dos Media – Fotografia.
Fotógrafo. Curador. Investigador independente em História da Fotografia.
Docente de Fotografia desde 1982 e História da Fotografia desde 1986, no Curso de Fotografia do Departamento de Fotografia do Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual.
Coordenador Técnico, com funções pedagógicas, do Departamento de Fotografia do Ar.Co, de 1986 a 2016.
Sócio co-fundador em 1982, da Galeria e do Projecto de Animação Cultural, “Ether-Vale tudo menos tirar olhos”.
Formador creditado, da Bolsa de Formadores do “Cenjor – Centro Protocolar para Formação de Jornalistas Profissionais”, em ações de formação para jornalistas, nas áreas da Fotografia, do Fotojornalismo, da sua história e cultura, desde 1992.
Docente na Licenciatura do CSF – Curso Superior de Fotografia, da ESTT – Escola Superior de Tecnologia, do IPT – Instituto Politécnico de Tomar, de 2002 até 2016, ano de Aposentação.
Diretor da Licenciatura em Fotografia da ESTT/IPT no ano de 2015. Co-fundador do referido Curso.
Membro da Comissão Executiva do CEFGA – Centro de Estudos em Fotografia da Golegã, nos anos de 2008 a 2009. (Protocolo estabelecido entre ao Município da Golegã e o IPT).
Membro da Comissão de Estudo para a Recuperação da Casa-Estúdio Carlos Relvas, na Golegã, nomeado pelo IPPAR, em Junho de 1996. Deve-se ao relatório desta comissão, o parecer favorável do IPPAR, para o restauro efetivo da Casa Estúdio, executado pelo Arquiteto Victor Mestre, entre 2001 e 2003.
Enquanto fotógrafo, está representado em diversas coleções, oficiais e particulares, quer em Portugal quer no estrangeiro e, também através de livros e publicações diversas, assim como em exposições individuais e também coletivas, com outros artistas visuais.
o futuro do presente: simples ou composto?
Nov 07 2018Congresso – O Retrato: representações e modos de ser
Nov 06 20186 – 8 NOVEMBRO | GRANDE AUDITÓRIO BELAS-ARTES E SALA POLIVALENTE MNAC
O Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado (MNAC-MC), o Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (IHA-FCSH/NOVA), a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), o Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho (CEHUM) e os Amigos do Museu do Chiado convidam a comunidade científica e académica a apresentar propostas de comunicação e painéis sobre o Retrato.
A representação do outro ou outros — ou do mesmo, no auto-retrato — tem sido uma constante na Arte. Poderoso documento do desejo de perenidade, do estatuto pessoal, social e artístico, do modo como ambicionamos ser vistos na vida e na posteridade, o retrato tem sido vastamente estudado e revisitado. Num ano em que Lisboa vê o tema reabordado, numa grande exposição no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), e em que a reposição de colecção do MNAC-MC retoma um núcleo de retrato Oitocentista, o tema potencia o diálogo.
Da sensibilidade romântica à observação do natural e ao registo psicológico, o retrato cruza o século XIX analisando e registando modos distintos de ser, num leque que abrangeu o espelho de afirmação individual, ao reflexo de ambientes sociais, políticos e económicos de várias gerações. Oscilando também entre múltiplos registos, no século XX e agora no XXI, o retrato ampliou a sua polissemia, reexaminando aspectos sociais, decorativos ou artísticos, ou captando tensões e desigualdades sociais, e prosseguindo pela incursão onírica, multiplicando-se e fragmentando-se ou reconfirmando-se na reivindicação da experiência de simulacro, da autorreflexividade ou da alegoria.
Assim, convidamos os investigadores interessados a apresentar propostas de comunicações sobre os modos do retrato, desde o retrato social e político (gendarizado, criador de estatuto, definidor de poder e memória, estruturador do mito histórico), à construção da intimidade, à elaboração de conceitos normativos de beleza ou fealdade, seja na representação do outro (ou em formas de ausência) ou na auto-representação. Convidamos todos os interessados a reflectir e a problematizar connosco aspectos do retrato na contemporaneidade, entendendo-a em termos latos, não excluindo antecedentes históricos e artísticos iluminadores do contexto actual e das formas de recepção.
Numa época em que as disciplinas se cruzam, acolheremos com igual interesse os estudos sobre vários media artísticos (pintura, escultura, desenho, gravura, fotografia, vídeo, instalação), incluindo o recurso ao desenho científico na ciência forense como capaz de recuperar informação histórica e social crucial, bem como a entrevista, o documentário, a reflexão filosófica e a criação literária.
As comunicações serão de 20 minutos e podem incidir sobre temáticas como:
Genealogia do retrato | Quem representa quem e porquê / Quem é representado e porquê | A expressão e seus paradigmas | Observação e registos do rosto/corpo | As ciências do rosto/corpo | Os tempos do rosto/corpo | Políticas da expressão | Fisionomia, vestuário e beleza | Auto-observação, auto-imagem | Selfies and ussies: retratos nas redes sociais | Imagem e estatuto | Totalidade e fragmento | O retrato individual, familiar e de grupo | O retrato animal | O rosto/corpo comunicante | O poder da máscara | Entre a intimidade e a política | Por baixo da pele | Retrato sexualizado/retrato e género | O retrato literário | Verdade e verosimilhança | A construção da história
ENTRE MÃOS PARTE lll (CERÂMICA / ESCULTURA)
Nov 01 20186 > 16 NOVEMBRO I BIBLIOTECA DA UNIVERSIDADE NOVA – Faculdade Ciência e Tecnologia
Inaugura no dia 6 de novembro, pelas 17h00, na Biblioteca da Universidade Nova – Faculdade Ciência e Tecnologia, no Monte da Caparica, a exposição ENTRE MÃOS Parte III (Cerâmica / Escultura), com curadoria de Marta Castelo e João Rolaça.
ARTISTAS:
Alice Junqueira, Bárbara Gabriela da Cruz, Beatriz Machado, Beatriz Pedrosa, Beatriz Taveira, Carolina Carvalho, Catarina Monteiro, Diamantino Diogo, Diogo Castelão Sousa, Diogo da Cruz, Diogo Figueira, Guilherme Aguiar de Matos, Joana Lapin, Joana Garcia e Costa, João Pedro Figueiredo Gonçalves, João Ramos, José Sotomayor, Laura Cortesão Monteiro, Maria Botto, Mariana Stoffel, Mariana Vinheiras, Matilde Ferreira, Miguel Cardoso Condeça, Sabina Vilagut, Sara de Campos, Sara Ribeiro Santos
Esta exposição esteve patente na Galeria das Belas-Artes entre 29 de novembro e 29 de dezembro de 2017 e 24 de março a 28 de abril de 2018 na Galeria Municipal de Montemor-o-Novo.
Participaram na exposição Parte I e Parte II: Bárbara Gabriela da Cruz, Beatriz Pedrosa, Carolina Carvalho, Catarina Monteiro, Diogo da Cruz, Liliana Velho, João Gama, João Rolaça, José Sotomayor, Maria Botto, Matilde Ferreira, Patrícia Gonçalves, Sabina Vilagut e Sara de Campos.
O barro é o material, por excelência, da criação. Desde as primitivas figuras em terracota, as primeiras peças de olaria, passando pela modelação escultórica, pelo design de objetos ou até às interseções deste material com as novas abordagens contemporâneas, o barro tem, ao longo de todas as épocas históricas, atraído os mais diversos criadores. Trata-se de uma matéria tão elementar e essencial como sofisticada, que tanto pode ser usada na sua simplicidade ou ser integrada e aplicada em produções tecnologicamente complexas e avançadas. Em qualquer caso o barro, atravessado pelo fogo, transforma-se na duradoura cerâmica que abunda e habita largamente o nosso quotidiano.
Na atualidade, a cerâmica enquanto modo de criação tem expandido os seus limites tradicionais e vindo a conquistar um espaço de visibilidade e de auto-afirmação artística, que destaca cada vez mais a sua autonomia e paradoxalmente a sua intrínseca relação com a arte e em particular com a escultura desde tempos idos.
A exposição ENTRE MÃOS | Cerâmicas reúne trabalhos de alunos e ex-alunos que escolheram a Unidade Curricular de Cerâmica do curso de Escultura da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e pretende revelar a versatilidade das matérias desta tecnologia, dando a conhecer diferentes abordagens plásticas — eventualmente díspares ou complementares — mas igualmente marcadas pela plasticidade da argila ancestral e pela liberdade de pensamento e criatividade dos autores que nela participam.
Muitos deles tomaram, pela primeira vez, o barro nas mãos, nas oficinas desta faculdade e mais ou menos cientes da sua larga história, modelaram diferentes pastas cerâmicas e usaram técnicas diferenciadas, criando discursos autorais, ora de raiz mais tradicional ora interdisciplinar que confirmam a riqueza plástica que esta tecnologia permite.
ENTRE MÃOS | Cerâmicas decorre de uma vontade antiga de tornar visível o trabalho desenvolvido nas unidades curriculares de cerâmica do primeiro ciclo do curso de Escultura da Faculdade de Belas-Artes, e de mostrar também os trabalhos recentes de ex-alunos que continuam a explorar profissionalmente esta área artística.
Marta Castelo
João Rolaça
CATÁLOGO
Workshop Ruídos e Interferências
Nov 01 201812 E 13 NOVEMBRO > 20H-22H I SALA 3.07
Workshop Ruídos e Interferências, por Brian Mackern
Na sequência da colaboração iniciada na edição 2017, the new art fest promoverá, com a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, uma aula prática sobre arte, eletrónica e computação, tendo por ponto de partida a obra e a presença de Brian Mackern, um dos pioneiros americanos da arte digital e do ‘bending’.
INSCRIÇÃO
Este workshop é gratuito mas de inscrição obrigatória. Os interessados deverão enviar um e-mail para geral@thenewartfest.com com o título “Ruídos e Interferências” e informar se são alunos da FBAUL, indicar o nome, o número, o curso e o ano que frequentam.
Temos um limite máximo de 21 vagas, sendo que 14 estão reservadas para alunos da FBAUL.
the art happens here
Nov 01 201809 NOVEMBRO > 17H/19H I SALA 4.11
A Thousand Years of Procedural Practices
Miguel Carvalhais
17H00
Computational technologies have radically transformed our social and cultural landscapes. Their reach spans everything from our education, to politics, war, how we socialise, work, go about our lives, how we die and are mourned. This is not only due to the ubiquity of computational technologies but also because they have been, since their inception, developed with the intent of becoming complementary cognitive artefacts that may augment human intellect and fuse with humans in a synergistic whole. Engelbart, Licklider, and many others started the process of hybridisation of human beings with the machinic phylum (De Landa 1991) thoroughly, and perhaps irreversibly, accelerating hominisation, “the process of the emergence of the human species” (Lévy 1997).
As human intellect is transformed, deep changes in fields of the arts and design inevitably follow. But this transformation was not caused solely by the development and popularisation of computational technologies. Rather, computational or procedural thinking is something that artists across all fields have been probing for a rather long time. This presentation will explore some of that history, laying some of the artistic practices that predated the availability and ubiquitousness of contemporary computing machines.
Miguel Carvalhais: https://www.carvalhais.org
The Digital in Digital Art
Mario Verdicchio
18H00
Theorising over the relation between art and digital technology is challenging, because a new layer of analysis on the artistic use of computers was added in the 1960s over a debate on art that was far from over. Some technological and sociotechnical aspects of computers must be taken into account to form a more complete picture on what is going on in digital art. Technological characteristics of computers depend on the physical properties of their components, while their sociotechnical aspects derive from the fact that these artefacts are conceived, designed, built, and deployed in society. Dealing with electronics on the one hand and with companies on the other may not look relevant for a discourse in aesthetics, but computers are fundamentally dependent on these aspects of reality and, thus, a discourse on what digital art is must take off from this standpoint.
Mario Verdicchio: https://cs.unibg.it/verdicchio/
1º ENCONTRO – A UNIVERSIDADE DE LISBOA E O PATRIMÓNIO
Nov 01 201819 > 20 NOVEMBRO | PAVILHÃO CENTRAL, SALÃO NOBRE - INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
19, 20, 21 e 24 novembro | Visitas ao Património da ULisboa | Várias Escolas da ULisboa
Sob a égide do Ano Europeu do Património Cultural, a Universidade de Lisboa não pode deixar de se associar às comemorações que se desenrolam por toda a Europa. A universidade para além de dispor de um património cultural notável, nas suas múltiplas vertentes – científica, artística, arquitetónica e histórica – desenvolve também, há largos anos, inúmeros projetos de investigação e valorização do património cultural através das suas escolas e centros de investigação.
O primeiro Encontro – A Universidade de Lisboa e o Património – é organizado pelo Instituto Superior Técnico, em conjunto com a Reitoria e conta com a colaboração das suas Escolas, entre elas a Faculdade de Belas-Artes.
O evento realizar-se-á nos dias 19 e 20 de Novembro. O primeiro dia é dedicado ao Património Cultural da Universidade de Lisboa e o segundo dedicado ao Património Cultural na Universidade de Lisboa, onde se destacam projetos sobre património cultural realizados pelas escolas da Universidade. Está previsto ainda um programa de visitas ao Património Cultural da Universidade.
Este encontro centra-se no impacto da Universidade de Lisboa como Património Cultural e no papel e responsabilidade que assume na sua preservação e divulgação, pretendendo-se que forneça uma plataforma para a decisão de alto nível discutindo como melhor usar e estudar o património cultural como um recurso estratégico com múltiplos benefícios para o futuro nacional e Europeu, constituindo um legado duradouro do Ano Europeu do Património Cultural 2018. Este debate a nível das várias escolas da Universidade de Lisboa constituirá a ocasião perfeita para assegurar um acompanhamento concreto da comunicação da Comissão Europeia sobre “Reforçar a identidade europeia através da educação e cultura”, celebrando-se com o Ano Europeu do Património Cultural 2018.
Notícias sobre o evento:
https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/campus-e-comunidade/dois-dias-de-encontros-com-o-patrimonio/
THE LEFT CONFERENCE — PHOTOGRAPHY AND FILM CRITICISM
Nov 01 201809 > 10 NOVEMBRO I FBAUL
The aim of the third edition of The Left Conference, Photography and Film Criticism is to debate the use of photographs and film from a leftist stance. In particular, to critical examine and explore the relation of documentary practices with political commitment in different historical circumstances throughout the twentieth century and the early twenty first century.
The seminar/conference together will take place at the Faculty of Fine Arts of the Universidade de Lisboa on the 9th and 10th November 2018.
Keynote speakers
David Bate (University of Westminster, London UK)
José Bragança de Miranda (Universidade NOVA de Lisboa)
Conference Venue & Dates
Faculty of Fine Arts of the Universidade de Lisboa
9th and 10th November 2018
More info on the conference:
photographyandtheleft.wordpress.com
www.facebook.com/TheLeftConference