becoming traviata de philippe béziat
20 MAIO 2022 > 19H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Music in Frames: Intérprete e (Des)construção do Mito
Se o intérprete é (des)construtor de mitos, o cinema ajuda a (des)construir os mitos que se geram em torno do intérprete. São vários os debates ao longo dos últimos dois séculos que colocam em jogo no pensamento a dimensão simbólica, mítica, linguística e fenomenológica da relação que a espécie humana estabelece consigo e com o mundo. Neste terreno, aquilo que a modernidade entende por arte vem desempenhando um papel fundamental não só para alimentar esses debates, mas também como solo fértil para que essas dimensões continuem a marcar o compasso do percurso da espécie.
O intérprete incarna-se como agente da esfera mítica, nas mãos do qual se produz uma alquimia do material (musical e também dramático) na produção de significados. Mas é também, em certos casos, na percepção da sua própria existência como pessoa que ocorre uma transmutação: é o próprio intérprete que se confunde com o mito, o seu nome sinónimo da aura que evoca.
Neste ciclo, pretendemos assim abordar, por um lado, exemplos de como o mito em torno do próprio intérprete (Glenn Gould e David Helfgott) é (des)construído cinematograficamente, em 32 Short Films About Glenn Gould, de François Girard, e Shine, de Scott Hicks, e, por outro, representações da construção mítica levada a cabo pelo intérprete no seu métier no documentário Becoming Traviata, de Philippe Béziat, e no filme Cold War – Guerra Fria, de Paweł Pawlikowski
Sessões
Ricardo Pereira – 32 Short Films About Glenn Gould, François Girard, 1993
15 de Março, 18:30h | CAN – Colégio Almada Negreitos
Nicholas McNair – Shine, Scott Hicks, 1996
13 de Abril, 18:30h | FCSH
Teresa Projecto – Becoming Traviata, de Philippe Béziat, 2012
20 de de Maio, 19:00h | FBAUL
O evento é passível de ser registado e divulgado pela Faculdade de Belas-Artes através de fotografia e vídeo
Luís Bastos – Cold War – Guerra Fria, de Paweł Pawlikowski, 2018
9 de Junho, 19:00h | Cossoul