viseiras produzidas pelo projectlabb da fbaul — patente registada no boletim de propriedade industrial
O modelo de viseira desenvolvido e produzido pelo ProjectLabb / CIEBA /FBAUL (Laboratório de Design de Equipamento do Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes [CIEBA] da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa [FBAUL]), doado a várias instituições, unidades hospitalares, instituições de saúde, forças de segurança, entidades de índole social e outras entidades públicas, tem a sua patente registada no Boletim de Propriedade Industrial, na página 18.
Perante os diversos pedidos que surgiram no início do surto de covid o ProjectLabb / CIEBA /FBAUL (Laboratório de Design de Equipamento do Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes [CIEBA] da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa [FBAUL]) desenvolveu e está a produzir um modelo de viseiras, no sentido de contribuir para a redução da falta de equipamentos de protecção que tem havido nesta época de pandemia.
Considerando a necessidade de recorrer a um processo de fabrico rápido foi desenvolvido um modelo cuja produção é feita a partir de uma diversidade mínima de meios e de materiais.
Foi ainda tomado como imperativa a possibilidade de disponibilizar um ficheiro através da Internet para que este modelo possa estar acessível e disponível em locais mais remotos, onde é difícil o acesso aos principais canais de comunicação e logística.
Trata-se de um modelo acessível, de baixo custo, quer pelo investimento que exige no fabrico, quer pelos materiais que emprega. É também leve e confortável, facilitando a sua utilização intensiva.
Esta viseira recorre, unicamente, ao corte por laser cnc de folha de plástico flexível, nomeadamente o polipropileno (PP) ou o politereftalato de etileno (PETG). Elimina-se assim a necessidade do recurso a elásticos, espumas, colantes, ou outro material ou processo, já que, na eventualidade de escassear qualquer um deles, a produção seria inviabilizada.
A viseira é assim constituída por um número de peças tão reduzido quanto possível, cuja simplicidade e rapidez de montagem, garante a acessibilidade ao utilizador.
A pala superior previne a entrada de partículas por cima. Ao unir o plano frontal com a zona de contacto com a testa, garante rigidez e resistência da viseira, apesar da sua leveza. Para a viseira em si recorreu-se à comum folha A4 de acetato transparente, usada em impressoras e fotocopiadoras, com uma perfuração padrão, de forma a facilitar não só a montagem, mas a produção deste equipamento de forma autónoma. O seu desempenho de protecção é completo, protegendo toda a zona da cara do utilizador. Através de fechos reguláveis, adapta-se com facilidade a qualquer pessoa.
Através do Centro de Investigação em Belas-Artes (CIEBA) e por financiamento por fundos nacionais através da FCT- Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P. – no âmbito do projeto com referência UIDB/04042/2020, tornou-se possível dar início à produção de 5000 viseiras para doação a instituições de saúde, forças de segurança e outras entidades públicas que necessitem deste equipamento de protecção, assim como outras entidades de índole social onde esta protecção seja necessária.
Constituem a equipa João Rocha, João Costa, Tiago Girão e Cristóvão Pereira. O desenvolvimento deste projecto contou também com a preciosa ajuda de equipas de profissionais de saúde do Instituto Português de Oncologia, do Hospital São Francisco Xavier e Hospital de São José, a quem expressamos o nosso reconhecimento.